Ahsoka conseguiu, assim como "o Mandaloriano" antes, ser mais competente, inspirado emocional e divertido do que essa ultima enfadonha trilogia de "Star Wars" no cinema. Motivos..acho que são os mesmos : personagens mais ricos e cativantes, história solida que busca o novo, mas referencia com maestria o que ja foi feito. Seja na trilogia antiga de George Lucas, ou nas animações de onde os personagens vieram. E aqui algo mais positivo é perceber a força desses persoangens que talvez pra velha guarda de fã seja colocado em segundo plano, mas que tem sua força e profundidade não devendo nada a mitologia e personagens antigos e cânones a mais tempo. O elenco ta perfeito Rosario Dawson é Ahsoka, na ferocidade das batalhas, na calma e tranqulidade ao falar, na sabedoria auspiciosa, de uma Jedi remanescente, uma Ronin. A novata Natasha Liu Bordizzo, perfeita também na rebelde e geniosa Sabine um contraponto a Ahsoka que enxerga em sua relação com ela, os mesmo desafios e dilemas em sua relação com seu antigo mestre Anakin. A série consegue ser nostalgica, abraçando fãs antigos, soa como um agradecimento aos fãs das animações que por muitos (inclusive eu) foram deixadas de lado e soa original e unica demonstrando o caminho a ser seguido no futuro. Referenciando e homenageando o passado, mas sem deixar de criar novas histórias com personagens profundos e carismaticos. Ray Stevenson (Baylan Skoll) esta orgulhoso, la de uma galaxia, bem bem distante.
Um retrato bem contundente do meio da década de 90, com seus estilos, cultura pop efervescente, musica e também escândalos. Quando a internet ainda engatinhava a revelação da fita de Pamela cai como uma bomba na carreira em ascensão da modelo/atriz que já queria alçar voos maiores do que "Baywatch". Já pra Tommy foi uma publicidade negativa pra já fadada ao fim, carreira com seu Motleycrue, o ostracismo era questão de tempo. A qualidade da atuação de Lilly james como Pam, é bem nítida e rica, acredito que foi desafiador, fisica e emocionalmente e ela tem desempenho louvável, transmitindo com exatidão toda amargura, magoa e tristeza de ver algo intimo levado a publico da maneira mais nojenta e covarde. Conseguiu uma atuação soberba ao encarar esse "Man's world" com sensatez e inteligência coisa que Tommy Lee não tinha nem de longe. Stan também perfeito. A série joga luz sobre vários aspectos da história e a situa de forma muito competente, dando voz a Pamela e a sua luta de se manter integra em um momento onde ela era apenas vista como um objeto. A visão da série da voz e redenção a essa mulher que sempre foi tratada como objeto de desejo, mas que antes de tudo era uma mulher linda, talentosa doce e carinhosa.
Acho que colocar a série apenas no nicho de melhor adaptação de jogos para séries é muito pouco, quando na verdade ela tem excelência em ambientação pós apocalipse e nesse gênero de zumbis, e mesmo quando na verdade pelo menos até agora eles não foram o principal mal a ser combatido. E a série por mais de um episódio deixava claro que o mal do homem é o próprio homem . O jogo é excelente, e a reconstituição de passagens dele é um deleite para os fãs, mas a série demonstrou sua força e riqueza ao se distanciar dele, ao se colocar sobre novas e/outras histórias. No aspecto da humanidade dos personagens, nas suas personalidades, algo que o jogo apenas acena, mas aqui há uma construção rica, muito bem feita principalmente pelo acerto do elenco principal e seus dois atores principais, que primam pela química entrega e atuações totalmente emocionais. Uma primeira temperada madura, visceral, que cumpre o prometido, respeita o que foi feitos nos jogos e expande a visão pra outra mídia de forma rica e inclusiva sob vários aspectos.
Acho que em meio a conturbada fase atual da Marvel, onde para muitos , há mais erros que acertos dificilmente She-Hulk passaria pelo crivo dos fãs mais xiitas ou dos "nerdolas Boomers" que se doem com um protagonismo feminino forte (Vide Capitã Marvel). Pra mim she hulk é um acerto desde sua atriz principal (Tatiana Maslany <3) que coloca em Jen Walters uma advogada correta, sagaz com algum complexo de inferioridade, mas que se demonstra muito resoluta no que acredita. E ainda ganha de presente do primo, "um kit hulk", que no começo renega mas quem com passar do tempo a abraça, e o usa ás vezes pra situações nem tão heroicas. Adorei o humor, meio "comédia romântica de tribunal" lembrando "Ally Macbeal", mas sem perder a pegada de heróis, com varias participações bem legais e dentro do contexto. Coadjuvantes inspirados (Nkki !!!) e o bom e carismático uso da quebra da quarta parede, por Tatiana/ Jenn fizeram dessa série um diferencial dentro da tal "formula Marvel" que ja se demonstra desgastada. Torço pela sua continuação e pela exploração maior desses personagens dentro de outras séries ou mesmo em filmes.
Mais que tentar "humanizar" o desumano, a série prima em vários momentos por ampliar a visão a respeito de todo caso, dando voz e legitimidade a vitimas, familiares pessoas envolvidas direta ou indiretamente em todo caso. Levantar além dos aspectos psicológicos e de formação de Dahmer ,jogar luz pro momento e lugar tanto no tempo, quanto na sociedade americana do começo dos anos 90. A omissão da policia ao se tratar de um caso envolvendo relações homo afetivas, um preconceito e mal caratismo desdenhador. Um medo da Aids que assolava esse grupo de pessoas, e o tratamento diferenciado a Dahmer em detrimento das vitimas vindas de minorias e sendo mais pobres. Há também um enfoque no poder midiático que o caso toma, toda essa coisa americana de glamourizar assassinos jogados na mídia com um tipo de fascínio. O que continua acontecendo mesmo até hoje. Acho que tudo ja foi dito sobre a atuação de Evan o credenciando a prêmios nas próximas premiações. Os coadjuvantes estão perfeitos também. Destaque para Richard Jenkins (o pai de Dahmer), e NIecy Nash a vizinha combativa e desconfiada. Acerto da Netflix e Murphy que conseguiram uma série dramática, tensa e com justiça e respeito para com as vitimas desse cruel e insano assassino.
, acho que começou com um pé na porta mas foi nivelando chegando no final mais comedido, sem um banho de sangue que apregoava.
,Mas não se ater aos quadrinhos é uma marca da série desde o começo, e nem por isso, a desqualifica. Há mais qualidade na abordagem dos personagens, é um enriquecimento no material já muito bom de Garth Ennis. Anthony Starr mantém a toada da loucura e do sadismo. E o "timing" pra intolerância ideológica/politica demonstra a qualidade, importância e urgência de certos questionamentos em nossa sociedade real e não menos caótica e sombria.
A escrita acida e totalmente engraçada de James Gunn com o carisma inquestionável de John Cena fez com que o personagem mais odiado desde o ultimo "Esquadrão suicida" passasse a ser senão o mais, um dos mais queridos dos vilões da DC atualmente. O tom sarcástico e violento ao longo dos episódios não perde o ritmo, mesmo tratando de assuntos sisudos(racismo, supremacia, negacionismo) a série é divertida ágil demonstrando toda a química do elenco (Danielle Brooks e Freddie Stroma ótimos !!) entre eles, e o proposto por Gunn através da sua escrita e direção.
Continuou na mesma pegada da primeira, desenvolvendo mais alguns personagens (Dr. Psycho e o arco do coringa), as piadas estão afiadas e a violência tbm faz sua parte. O ep do Bane e tudo em relação a ele, hahahahaa !!
Adorei toda a relação Ivy- Harley, tratada com maturidade e de forma verdadeira, fiquei com dó do Homem Pipa, mas como homem adulto acho q irá superar. Apesar de não ser muito adulto, um herói\vilão que baseia sua habilidades em PIPAS, hahahahaa !!
Madura, inteligente, engraçada e violenta um acerto da DC, com um personagem versatil e carismatico.
Bom doc, que faz uma importante denuncia ao se conviver em sociedade. Se perceber nas entrelinhas qualquer pequeno sinal de um comportamento tido até então como normal e perfeito, mas que vem embutido de outras situações que se desencadeiam dentro de uma familia aparentemente perfeita. Òtimo, triste, sombrio..mas que nos faz pensar em conceitos e rever atitudes do nosso cotidiano em sociedade.
Trailer sucinto, mas que aguça a vontade de ver essa parte da história. Produção impecável espero que a história tenha folego e se não tiver que não encham linguiça.
Rápida, violenta e com humor negro e ferino muito inteligente. Que grata surpresa, ao mesmo tempo que presta homenagem e trata com respeito personagens da DC, zoa e faz graça com personagens clássicos e sisudos. Ótimo tom, tanto no humor, na ação e também no certo drama que carrega. Um grande acerto, jogar luz pra vilões coadjuvantes mas que nos causa empatia, tipo : Tubarão, cara de barro e por que não..Homem Pipa. Adorei a voz de Kaley Cuoco como Harley, uma coisa louca dissimulada e irritante, mas sempre amavel. E Lake Bell perfeita como Hera, sensata, sarcástica e sexy. Adorei, vou correndo pra segunda temporada.
"O estranho mundo de Jack", apesar de ser totalmente baseado na obra e ilustrações de Tim Burton de sua época de estagiário da Disney não é dirigido por ele. Henry Selick dirigiu por sua vasta experiência em animações "stop and motion". Ele também fez o ótimo "Coraline". Isso ta no episódio que explora os bastidores do filme. Quanto a série é bem rica nos detalhes, mesmo sem a participação dos principais envolvidos nos projetos, espero por mais episódios.
Primeira experiência da Marvel no formato de TV( não conto as series Marvel/Netflix) e de forma totalmente competente, perfeita e até inovadora. Na forma de contar uma história que esta totalmente ligada ao MCU, mas que se mantem de pé por conta própria, devido á sua história, sua beleza técnica, carisma e personalidade dos personagens. Inova e ao mesmo tempo, busca homenagear o feito antes na televisão, a cada década da realidade de Wanda, indo de "Feiticeira" a "Modern Family". Séries que em algum momento marcaram Wanda e servem como exemplo de realidade suburbana que a ajuda a aguentar seu luto e tristeza. Atuação perfeita do casal principal, Paul Betanny perfeito, e Elisabeth Olsen, que consegue transmitir todas as camadas fragmentadas de sua personagem. Do drama a comédia física, passando por tristeza e poder. Ótimo trabalho de Elisabeth, crescendo junto com a personagem. Ótimos coadjuvantes, mas fica o registro da ótima Katryn Hahn que trava um embate com Elisabeth na atuação, nesse personagem dubio, ambíguo e cheio de segredos. A série conseguiu nos prender, deixar mistérios e sugeria um monte de situações conspiratórias. Algumas que não se concretizaram, para tristeza dos fãs mais xiitas. Mas pra mim tudo cabível perfeito, referenciando o universo marvel com cuidado e respeito, mas sem perder o "humor marvel" característico. Ótima estreia da Marvel nesse formato, ótima continuação do proposto á esses personagens nos filmes. No aguardo do que pode ser explorado a respeito deles no futuro. Òtima serie que me deixou órfão, de uma ótima história desses personagens tão bons e emblemáticos.
Jon Berthal mais uma vez encarna Frank Castle, com maestria. Na selvageria, na dramaticidade, na força intensa e emocional de cada fala e atitude. Perfeito. A série continua visceral na ação e tem um "plot" intrincado e convincente que segura a história. Há novos personagens secundários, bem trabalhados, Amy e a psicóloga, Krista e também a volta de Dinah e Mahoney, o desenvolvimento de Russo\Retalho tbm foi bem feito, Ben Barnes conseguiu momentos bem tensos e psicóticos. Meu maior destaque foi para Pilgrim na ótima e sucinta atuação de Josh Stewart, que passa essa lealdade cega, o homem conflitante com seu passado. Buscando uma redenção, que ele mesmo acha difícil encontrar. Uma série de herói madura, real, violenta nos moldes que o personagem da Marvel sempre demonstrou em seus quadrinhos. Espero que esse material volte a ser apresentado, talvez na disney, mas com a mesma pegada e principalmente com esse elenco muito competente. Bom registro desse personagem. Já sinto fala.
Eles conseguiram, Favreau, Filoni o cast de diretores, escritores, atores e atrizes envolvidos nessa serie, que da outro rumo e busca um novo aspecto e visão pra essa mitologia, eles conseguiram !! Eu só consigo pensar em palavrões e exclamações. Mas meus mais sinceros "Dank Farric!!" Primoroso pra dizer pouco, emocional e emocionante pra dizer muito. Mandalorian pra mim, é a melhor coisa feita nesse Universo Star Wars desde a trilogia original. Nem mesmo Lucas conseguiu isso na sua segunda trilogia. Coube aos Fãs boys colocar nos trilhos, com um argumento simples num personagem mais humano, mas não menos heroico, levado com maestria e paixão por Pedro Pascal, trazer de volta o fascínio pela mitologia e continuar o legado de personagens tão marcantes. A obra esta em boas mãos, espero uma nova temporada ainda mais marcante como essa. Porque em poucas e sabias palavras : "This is the way".
Essa segunda temporada potencializou todos os acontecimentos da primeira, sendo rápida, amarrada, rebuscada na violência gráfica, e com algum "Gore",( na verdade muito, hahaha!!), não deixando cair a voltagem em nenhum momento. O texto rápido, ágil cheio de temas pertinentes nos dias de hoje, jogando luz para problemas atuais, mas sem perder o humor, negro, mordaz, ferino. Capitão Pátria continua sendo o personagem central, que sintetiza bem o momento do mundo que vivemos, nas suas falas ações no tom autoritário, acima do bem do mal. Gostei da dinâmica de grupo dos "rapazes", Hughie é o corpo estranho no meio deles, mas que mais do que nunca se faz necessário. Ótima trilha também, bem pontual, nos momentos oportunos, que faz com que a experiência seja ainda mais completa. Òtima temporada que ao mesmo tempo termina de forma coesa, mas abrindo um leque de possibilidades para o que pode vir acontecer na terceira. Aguardo ansioso.
A grande idéia, mérito e também poderia ter sido o grande problema de "Doom Patrol" era o afastamento continuo a cada episódio, da serie convencional e padrão de super heróis. A warner apostou nessa não convencional serie de heróis e até zombou das outras crias mais "softs" da CW. Acho que o elenco pontual e bem escolhido fez o diferencial, ajudando bastante na criação dessa família distópica. Diane Guerrero e April Bowlby, são os destaques, além de claro o sempre talentoso e carismático Brendan Frasier com seu "desmiolado robotman". Como nunca acompanhei os quadrinhos desses heróis, fica difícil traçar paralelo, com o material escrito. Mas o roteiro, ágil, divertido e muitas vezes nonsense, fazem da experiencia de assistir bastante prazerosa. Há o drama pelas histórias trágicas de cada personagem, e ha também a comedia muito a cargo da química conseguida entre os membros da equipe. Grata surpresa em serie de super heróis que como já disse, não escolheu o caminho fácil e clichê já bastante visitado. Mas sim explorando outro espectro, da coisa de super herói, um até mais ousado e inventivo do que "The Boys", mas alcançando o mesmo exito, aqui de uma forma mais leve e cômica.
Talvez o tratamento mais maduro e coerente em relação a um personagem do Universo Marvel envolvendo cinema e tv. E é tão triste ao final dessa terceira temporada, perceber que ficamos órfão de um material tão rico de uma ambientação tão cuidadosa e de um elenco tão talentoso, que levou com total cuidado e entrega essas 3 temporadas. Culminando num desfecho bem próximo do satisfatório, pq para mim, havia mais a explorar, mas não sei como Marvel/Netflix negociaram o final e também não me prenderei a isso. O importante é ressaltar a temporada perto da perfeição, na construção dos personagens, no enredo que demonstra com clareza toda a construção da escalada de Wilson Fisk na sua manipulação de bastidores, voltando a cidade contra o demolidor. O surgimento bem elaborado de Ben Poindexter "Dex" em um vilão atormentado, psicótico, e mortal, o embrião perfeito para o que viria a ser Bullseye/Mercenário. Episódios que me marcaram foram a invasão da prisão por por Matt e aquele que faz um apanhado na história de Karen Page, mas são tantas passagens marcantes que é difícil exemplificar. Gostaria de um longa, mesmo no serviço de Stream, para consagrar tamanha competência de elenco e produção e pra alegrar os fãs da série, vejo em um misto de alegria e preocupação os boatos da aparição de Demolidor num próximo filme de Homem Aranha, devido a natureza mais leve e cômica dos filmes do teioso até agora. Mas as história do "Homem sem medo" interpretado com maestria por Charlie Cox merecia melhor sorte.
Nunca fui fã de animes mas ao assistir "Gurren Lagan" todas aquelas coisas bem características de anime das quais eu torcia o nariz, parecem ter sido esquecidas. As lutas megalômanas, o exagero caricatural das situações e dos personagens, a sensualização exacerbada das personagens femininas, enfim gurren, tem tudo isso, em menor ou maior grau, mas isso passa quase despercebido, ou ao menos não atrapalham a ponto de vc desisitir. Adorei o "plot", sua construção, seus personagens a maluquice nonsense de Kamina que em meio a discursos rasteiros, injetam animo e confiança em toda tropa e principalmente no seu tímido e sem confiança irmão Simon. Personagem que no começo me irritava com suas fraquezas enquanto o altivo e doido, com complexo de macho alfa kamina parecia ser o principal, mas a mudança brusca e atordoante no desenrolar da história nos fez sentir, e continuar..assim como Simon. Foi um divisor de água, para algo mais maduro e emocional. Yoko é um personagem forte, sensualizada ás vezes, e o jeito que lida com isso..é engraçado..mas tem seu valor pra tropa sempre que colocado á prova, se mostra competente e valorosa, a despeito a atributos físicos e trajes, é uma personagem muito querida. Os estereótipos estão lá..mas a essência, as metáforas e as lições em gurren são mais marcantes. A amizade, a coragem, o crescimento como individuo, o não se curvar perante adversidades, são qualidades essenciais do ser humano, e isto por baixo da escrita de ficção, humanos com seus mechas, e muita destruição, é a mensagem que fica exemplificada.
A série conseguiu em oito episódios o que a nova trilogia não conseguiu : resgatar a mitologia de uma nova perspectiva, abraçando o novo, sem perder os resquícios tradicionais propostos por George Lucas la atras. Personagens cativantes,e um herói renegado, com um senso moral questionável até sua ultima caçada proposta pela "guilda". Pascal, perfeito monossilábico, com humor seco e uma ironia em cada fala. Favreau acertou a mão na narrativa, na construção de ambientes e personagens, mesmo os coadjuvantes, são ricos e com profundidade. "Baby Yoda", é perfeito, é docil e poderoso, angelical, fofo, mas dono de um poder até então nunca visto por Mando. Vários diretores de renome assinam episódios e cada um tem um jeito de ler e propor o material, mas que mantém essa coesão e equilibro. Destaques para Taika Waititi e Bryce Dallas Howard, com direções certeiras. Favreau acendeu o estopim la atrás do que hoje conhecemos como "Universo Cinematográfico Marvel", aqui ele inicia algo, que não sabemos se será tão grande, mas a primeira temporada cumpre com louvor o proposto, nos fazendo ansiosos já pela segunda.
O passeio nostálgico pelos famigerados anos 80 continua..e aqui nessa temporada com mais referencias cinematográficas que as musicais das outras, mas mesmo assim continua um deleite pros apaixonados por essa época na história da cultura pop. As crianças crescerem e estão naquela parte da vida meio odiosa pra quem como eu já passou por ela a algum tempo. Mas mesmo assim o carisma dos personagens ajuda a suporta-los(Mike e Lucas apenas melhorem !! ) Henderson e Will se mostram mais sensatos e não tão com hormônios á flor da pele..e Dustin ainda tem um momento romântico improvável e fofo, muito legal !! O plot é bem amarrado e fácil, usa como pano de fundo a guerra fria em um dos seus auges. A paranoia, o medo do "inimigo vermelho", traz bons momentos, outros meio estereotipados e caricatos, mas todos cabíveis naquela época. Milly Bob traz uma "El" mais poderosa menos hesitante com seus poderes e melhor na interação com seu meio. Jonathan teve uma participação diminuída, enquanto Nancy foi a fundo como repórter investigativa. Jim continuou o herói pés no chão simplório mas bem resolvido que também nos causa grande empatia. Gostei da parceria Steve e Robin (Maya Hawk linda e talentosa) e também o maior espaço pra Erica, irmã de Lucas, que mostra seu valor a turma. Temporada excelente que fecha um arco mas que pode trazer novos desdobramentos, mesmo fora de Hawkins, cidade que já sinto saudade. Ansioso pela próxima temporada desde já.
Tudo continuou impecável na parte técnica : reconstituição de época primorosa, figurinos e bela fotografia da fria e cinzenta Londres do começo do seculo. Talvez algumas pontas e situações não tenham sido bem exploradas e ficaram sujeitas a meras citações e referencias, mas o brilho do elenco, com grandes atuações deixa esses pequenos defeitos diminuídos ante a entrega dos atores na defesa de seus personagens. Mais uma vez Eva Green nos entrega uma Vanessa fragilizada e traumatizada por sua sina e destino. Também houve espaço pro desenvolvimento pro personagem da criatura, John, sua família suas perdas e vidas bem retratadas em meio ao convívio com Vanessa no hospital.Houve episódios marcantes tensos cheio de situações limites com autor teor de suspense. Em um roteiro inspirado cheio de passagens tristes e melancólicas embaladas por poesias tanto em imagens belas e bem marcantes quanto nas citações pertinentes de poetas daquele mesmo período. Uma pena o fim abrupto, mas coeso..com tão marcantes personagens da literatura de terror, a série entra pra mim no hall das melhores do gênero, tratando com respeito e legitimidade tão queridos personagens.
Um final de série coerente com a temporada apresentada, talvez um pouco corrido, sem dar a enfase necessária a histórias e mitologias que tinham uma profundidade em outros momentos da série. Mesmo assim achei coeso..esse final meio agridoce e justo. Onde os Starks encontraram seu caminho, sendo no exilio forçado, governando um norte livre ou mesmo explorando pontos desconhecidos no mapa de Westeros. Uma temporada de episódios medianos, mas que não apaga essa rica história, de uma bela produção. Agradar todo mundo é sempre complicado.
Ahsoka (1ª Temporada)
4.0 137Ahsoka conseguiu, assim como "o Mandaloriano" antes, ser mais competente, inspirado emocional e divertido do que essa ultima enfadonha trilogia de "Star Wars" no cinema. Motivos..acho que são os mesmos : personagens mais ricos e cativantes, história solida que busca o novo, mas referencia com maestria o que ja foi feito. Seja na trilogia antiga de George Lucas, ou nas animações de onde os personagens vieram. E aqui algo mais positivo é perceber a força desses persoangens que talvez pra velha guarda de fã seja colocado em segundo plano, mas que tem sua força e profundidade não devendo nada a mitologia e personagens antigos e cânones a mais tempo. O elenco ta perfeito Rosario Dawson é Ahsoka, na ferocidade das batalhas, na calma e tranqulidade ao falar, na sabedoria auspiciosa, de uma Jedi remanescente, uma Ronin. A novata Natasha Liu Bordizzo, perfeita também na rebelde e geniosa Sabine um contraponto a Ahsoka que enxerga em sua relação com ela, os mesmo desafios e dilemas em sua relação com seu antigo mestre Anakin. A série consegue ser nostalgica, abraçando fãs antigos, soa como um agradecimento aos fãs das animações que por muitos (inclusive eu) foram deixadas de lado e soa original e unica demonstrando o caminho a ser seguido no futuro. Referenciando e homenageando o passado, mas sem deixar de criar novas histórias com personagens profundos e carismaticos.
Ray Stevenson (Baylan Skoll) esta orgulhoso, la de uma galaxia, bem bem distante.
Pam & Tommy
3.8 69Um retrato bem contundente do meio da década de 90, com seus estilos, cultura pop efervescente, musica e também escândalos. Quando a internet ainda engatinhava a revelação da fita de Pamela cai como uma bomba na carreira em ascensão da modelo/atriz que já queria alçar voos maiores do que "Baywatch". Já pra Tommy foi uma publicidade negativa pra já fadada ao fim, carreira com seu Motleycrue, o ostracismo era questão de tempo. A qualidade da atuação de Lilly james como Pam, é bem nítida e rica, acredito que foi desafiador, fisica e emocionalmente e ela tem desempenho louvável, transmitindo com exatidão toda amargura, magoa e tristeza de ver algo intimo levado a publico da maneira mais nojenta e covarde. Conseguiu uma atuação soberba ao encarar esse "Man's world" com sensatez e inteligência coisa que Tommy Lee não tinha nem de longe. Stan também perfeito. A série joga luz sobre vários aspectos da história e a situa de forma muito competente, dando voz a Pamela e a sua luta de se manter integra em um momento onde ela era apenas vista como um objeto. A visão da série da voz e redenção a essa mulher que sempre foi tratada como objeto de desejo, mas que antes de tudo era uma mulher linda, talentosa doce e carinhosa.
The Last of Us (1ª Temporada)
4.4 1,2K Assista AgoraAcho que colocar a série apenas no nicho de melhor adaptação de jogos para séries é muito pouco, quando na verdade ela tem excelência em ambientação pós apocalipse e nesse gênero de zumbis, e mesmo quando na verdade pelo menos até agora eles não foram o principal mal a ser combatido. E a série por mais de um episódio deixava claro que o mal do homem é o próprio homem . O jogo é excelente, e a reconstituição de passagens dele é um deleite para os fãs, mas a série demonstrou sua força e riqueza ao se distanciar dele, ao se colocar sobre novas e/outras histórias. No aspecto da humanidade dos personagens, nas suas personalidades, algo que o jogo apenas acena, mas aqui há uma construção rica, muito bem feita principalmente pelo acerto do elenco principal e seus dois atores principais, que primam pela química entrega e atuações totalmente emocionais. Uma primeira temperada madura, visceral, que cumpre o prometido, respeita o que foi feitos nos jogos e expande a visão pra outra mídia de forma rica e inclusiva sob vários aspectos.
Mulher-Hulk: Defensora de Heróis
3.1 468 Assista AgoraAcho que em meio a conturbada fase atual da Marvel, onde para muitos , há mais erros que acertos dificilmente She-Hulk passaria pelo crivo dos fãs mais xiitas ou dos "nerdolas Boomers" que se doem com um protagonismo feminino forte (Vide Capitã Marvel). Pra mim she hulk é um acerto desde sua atriz principal (Tatiana Maslany <3) que coloca em Jen Walters uma advogada correta, sagaz com algum complexo de inferioridade, mas que se demonstra muito resoluta no que acredita. E ainda ganha de presente do primo, "um kit hulk", que no começo renega mas quem com passar do tempo a abraça, e o usa ás vezes pra situações nem tão heroicas. Adorei o humor, meio "comédia romântica de tribunal" lembrando "Ally Macbeal", mas sem perder a pegada de heróis, com varias participações bem legais e dentro do contexto. Coadjuvantes inspirados (Nkki !!!) e o bom e carismático uso da quebra da quarta parede, por Tatiana/ Jenn fizeram dessa série um diferencial dentro da tal "formula Marvel" que ja se demonstra desgastada. Torço pela sua continuação e pela exploração maior desses personagens dentro de outras séries ou mesmo em filmes.
Quebra essa aí K.E.V.I.N .
Dahmer: Um Canibal Americano
4.0 671 Assista AgoraMais que tentar "humanizar" o desumano, a série prima em vários momentos por ampliar a visão a respeito de todo caso, dando voz e legitimidade a vitimas, familiares pessoas envolvidas direta ou indiretamente em todo caso. Levantar além dos aspectos psicológicos e de formação de Dahmer ,jogar luz pro momento e lugar tanto no tempo, quanto na sociedade americana do começo dos anos 90. A omissão da policia ao se tratar de um caso envolvendo relações homo afetivas, um preconceito e mal caratismo desdenhador. Um medo da Aids que assolava esse grupo de pessoas, e o tratamento diferenciado a Dahmer em detrimento das vitimas vindas de minorias e sendo mais pobres. Há também um enfoque no poder midiático que o caso toma, toda essa coisa americana de glamourizar assassinos jogados na mídia com um tipo de fascínio. O que continua acontecendo mesmo até hoje. Acho que tudo ja foi dito sobre a atuação de Evan o credenciando a prêmios nas próximas premiações. Os coadjuvantes estão perfeitos também. Destaque para Richard Jenkins (o pai de Dahmer), e NIecy Nash a vizinha combativa e desconfiada. Acerto da Netflix e Murphy que conseguiram uma série dramática, tensa e com justiça e respeito para com as vitimas desse cruel e insano assassino.
The Boys (3ª Temporada)
4.2 560 Assista AgoraÓtima temporada, com um fechamento ok, que nos deixa ansiosos pra uma próxima
, acho que começou com um pé na porta mas foi nivelando chegando no final mais comedido, sem um banho de sangue que apregoava.
Pacificador (1ª Temporada)
4.2 339 Assista AgoraA escrita acida e totalmente engraçada de James Gunn com o carisma inquestionável de John Cena fez com que o personagem mais odiado desde o ultimo "Esquadrão suicida" passasse a ser senão o mais, um dos mais queridos dos vilões da DC atualmente. O tom sarcástico e violento ao longo dos episódios não perde o ritmo, mesmo tratando de assuntos sisudos(racismo, supremacia, negacionismo) a série é divertida ágil demonstrando toda a química do elenco (Danielle Brooks e Freddie Stroma ótimos !!) entre eles, e o proposto por Gunn através da sua escrita e direção.
A aparição da liga da Justiça no ultimo episódio foi tão nosense, me fez rir demais !!
Patrulha do Destino (2ª Temporada)
4.1 42 Assista AgoraCliff//Robotman
no embate final com Jesus, ri demais, hahahaha !!
Arlequina (2ª Temporada)
4.4 42 Assista AgoraContinuou na mesma pegada da primeira, desenvolvendo mais alguns personagens (Dr. Psycho e o arco do coringa), as piadas estão afiadas e a violência tbm faz sua parte. O ep do Bane e tudo em relação a ele, hahahahaa !!
Adorei toda a relação Ivy- Harley, tratada com maturidade e de forma verdadeira, fiquei com dó do Homem Pipa, mas como homem adulto acho q irá superar. Apesar de não ser muito adulto, um herói\vilão que baseia sua habilidades em PIPAS, hahahahaa !!
O Mistério das Mortes de Burari
3.7 44 Assista AgoraBom doc, que faz uma importante denuncia ao se conviver em sociedade. Se perceber nas entrelinhas qualquer pequeno sinal de um comportamento tido até então como normal e perfeito, mas que vem embutido de outras situações que se desencadeiam dentro de uma familia aparentemente perfeita. Òtimo, triste, sombrio..mas que nos faz pensar em conceitos e rever atitudes do nosso cotidiano em sociedade.
A Casa do Dragão (1ª Temporada)
4.1 712 Assista AgoraTrailer sucinto, mas que aguça a vontade de ver essa parte da história. Produção impecável espero que a história tenha folego e se não tiver que não encham linguiça.
Arlequina (1ª Temporada)
4.4 68 Assista AgoraRápida, violenta e com humor negro e ferino muito inteligente. Que grata surpresa, ao mesmo tempo que presta homenagem e trata com respeito personagens da DC, zoa e faz graça com personagens clássicos e sisudos. Ótimo tom, tanto no humor, na ação e também no certo drama que carrega. Um grande acerto, jogar luz pra vilões coadjuvantes mas que nos causa empatia, tipo : Tubarão, cara de barro e por que não..Homem Pipa. Adorei a voz de Kaley Cuoco como Harley, uma coisa louca dissimulada e irritante, mas sempre amavel. E Lake Bell perfeita como Hera, sensata, sarcástica e sexy. Adorei, vou correndo pra segunda temporada.
Filmes que Marcam Época: Natal (1ª Temporada)
3.9 13 Assista Agora"O estranho mundo de Jack", apesar de ser totalmente baseado na obra e ilustrações de Tim Burton de sua época de estagiário da Disney não é dirigido por ele. Henry Selick dirigiu por sua vasta experiência em animações "stop and motion". Ele também fez o ótimo "Coraline". Isso ta no episódio que explora os bastidores do filme. Quanto a série é bem rica nos detalhes, mesmo sem a participação dos principais envolvidos nos projetos, espero por mais episódios.
WandaVision
4.2 844 Assista AgoraPrimeira experiência da Marvel no formato de TV( não conto as series Marvel/Netflix) e de forma totalmente competente, perfeita e até inovadora. Na forma de contar uma história que esta totalmente ligada ao MCU, mas que se mantem de pé por conta própria, devido á sua história, sua beleza técnica, carisma e personalidade dos personagens. Inova e ao mesmo tempo, busca homenagear o feito antes na televisão, a cada década da realidade de Wanda, indo de "Feiticeira" a "Modern Family". Séries que em algum momento marcaram Wanda e servem como exemplo de realidade suburbana que a ajuda a aguentar seu luto e tristeza. Atuação perfeita do casal principal, Paul Betanny perfeito, e Elisabeth Olsen, que consegue transmitir todas as camadas fragmentadas de sua personagem. Do drama a comédia física, passando por tristeza e poder. Ótimo trabalho de Elisabeth, crescendo junto com a personagem. Ótimos coadjuvantes, mas fica o registro da ótima Katryn Hahn que trava um embate com Elisabeth na atuação, nesse personagem dubio, ambíguo e cheio de segredos. A série conseguiu nos prender, deixar mistérios e sugeria um monte de situações conspiratórias. Algumas que não se concretizaram, para tristeza dos fãs mais xiitas. Mas pra mim tudo cabível perfeito, referenciando o universo marvel com cuidado e respeito, mas sem perder o "humor marvel" característico. Ótima estreia da Marvel nesse formato, ótima continuação do proposto á esses personagens nos filmes. No aguardo do que pode ser explorado a respeito deles no futuro. Òtima serie que me deixou órfão, de uma ótima história desses personagens tão bons e emblemáticos.
O Justiceiro (2ª Temporada)
3.8 261 Assista AgoraJon Berthal mais uma vez encarna Frank Castle, com maestria. Na selvageria, na dramaticidade, na força intensa e emocional de cada fala e atitude. Perfeito. A série continua visceral na ação e tem um "plot" intrincado e convincente que segura a história. Há novos personagens secundários, bem trabalhados, Amy e a psicóloga, Krista e também a volta de Dinah e Mahoney, o desenvolvimento de Russo\Retalho tbm foi bem feito, Ben Barnes conseguiu momentos bem tensos e psicóticos. Meu maior destaque foi para Pilgrim na ótima e sucinta atuação de Josh Stewart, que passa essa lealdade cega, o homem conflitante com seu passado. Buscando uma redenção, que ele mesmo acha difícil encontrar. Uma série de herói madura, real, violenta nos moldes que o personagem da Marvel sempre demonstrou em seus quadrinhos. Espero que esse material volte a ser apresentado, talvez na disney, mas com a mesma pegada e principalmente com esse elenco muito competente. Bom registro desse personagem. Já sinto fala.
O Mandaloriano: Star Wars (2ª Temporada)
4.5 445 Assista AgoraEles conseguiram, Favreau, Filoni o cast de diretores, escritores, atores e atrizes envolvidos nessa serie, que da outro rumo e busca um novo aspecto e visão pra essa mitologia, eles conseguiram !! Eu só consigo pensar em palavrões e exclamações. Mas meus mais sinceros "Dank Farric!!" Primoroso pra dizer pouco, emocional e emocionante pra dizer muito. Mandalorian pra mim, é a melhor coisa feita nesse Universo Star Wars desde a trilogia original. Nem mesmo Lucas conseguiu isso na sua segunda trilogia. Coube aos Fãs boys colocar nos trilhos, com um argumento simples num personagem mais humano, mas não menos heroico, levado com maestria e paixão por Pedro Pascal, trazer de volta o fascínio pela mitologia e continuar o legado de personagens tão marcantes. A obra esta em boas mãos, espero uma nova temporada ainda mais marcante como essa. Porque em poucas e sabias palavras : "This is the way".
The Boys (2ª Temporada)
4.3 647 Assista AgoraEssa segunda temporada potencializou todos os acontecimentos da primeira, sendo rápida, amarrada, rebuscada na violência gráfica, e com algum "Gore",( na verdade muito, hahaha!!), não deixando cair a voltagem em nenhum momento. O texto rápido, ágil cheio de temas pertinentes nos dias de hoje, jogando luz para problemas atuais, mas sem perder o humor, negro, mordaz, ferino. Capitão Pátria continua sendo o personagem central, que sintetiza bem o momento do mundo que vivemos, nas suas falas ações no tom autoritário, acima do bem do mal.
Gostei da dinâmica de grupo dos "rapazes", Hughie é o corpo estranho no meio deles, mas que mais do que nunca se faz necessário. Ótima trilha também, bem pontual, nos momentos oportunos, que faz com que a experiência seja ainda mais completa. Òtima temporada que ao mesmo tempo termina de forma coesa, mas abrindo um leque de possibilidades para o que pode vir acontecer na terceira. Aguardo ansioso.
Patrulha do Destino (1ª Temporada)
4.2 156 Assista AgoraA grande idéia, mérito e também poderia ter sido o grande problema de "Doom Patrol" era o afastamento continuo a cada episódio, da serie convencional e padrão de super heróis. A warner apostou nessa não convencional serie de heróis e até zombou das outras crias mais "softs" da CW. Acho que o elenco pontual e bem escolhido fez o diferencial, ajudando bastante na criação dessa família distópica. Diane Guerrero e April Bowlby, são os destaques, além de claro o sempre talentoso e carismático Brendan Frasier com seu "desmiolado robotman". Como nunca acompanhei os quadrinhos desses heróis, fica difícil traçar paralelo, com o material escrito. Mas o roteiro, ágil, divertido e muitas vezes nonsense, fazem da experiencia de assistir bastante prazerosa. Há o drama pelas histórias trágicas de cada personagem, e ha também a comedia muito a cargo da química conseguida entre os membros da equipe. Grata surpresa em serie de super heróis que como já disse, não escolheu o caminho fácil e clichê já bastante visitado. Mas sim explorando outro espectro, da coisa de super herói, um até mais ousado e inventivo do que "The Boys", mas alcançando o mesmo exito, aqui de uma forma mais leve e cômica.
Demolidor (3ª Temporada)
4.3 452 Assista AgoraTalvez o tratamento mais maduro e coerente em relação a um personagem do Universo Marvel envolvendo cinema e tv. E é tão triste ao final dessa terceira temporada, perceber que ficamos órfão de um material tão rico de uma ambientação tão cuidadosa e de um elenco tão talentoso, que levou com total cuidado e entrega essas 3 temporadas. Culminando num desfecho bem próximo do satisfatório, pq para mim, havia mais a explorar, mas não sei como Marvel/Netflix negociaram o final e também não me prenderei a isso. O importante é ressaltar a temporada perto da perfeição, na construção dos personagens, no enredo que demonstra com clareza toda a construção da escalada de Wilson Fisk na sua manipulação de bastidores, voltando a cidade contra o demolidor. O surgimento bem elaborado de Ben Poindexter "Dex" em um vilão atormentado, psicótico, e mortal, o embrião perfeito para o que viria a ser Bullseye/Mercenário. Episódios que me marcaram foram a invasão da prisão por por Matt e aquele que faz um apanhado na história de Karen Page, mas são tantas passagens marcantes que é difícil exemplificar. Gostaria de um longa, mesmo no serviço de Stream, para consagrar tamanha competência de elenco e produção e pra alegrar os fãs da série, vejo em um misto de alegria e preocupação os boatos da aparição de Demolidor num próximo filme de Homem Aranha, devido a natureza mais leve e cômica dos filmes do teioso até agora. Mas as história do "Homem sem medo" interpretado com maestria por Charlie Cox merecia melhor sorte.
Tengen Toppa Gurren Lagann
4.2 53Nunca fui fã de animes mas ao assistir "Gurren Lagan" todas aquelas coisas bem características de anime das quais eu torcia o nariz, parecem ter sido esquecidas. As lutas megalômanas, o exagero caricatural das situações e dos personagens, a sensualização exacerbada das personagens femininas, enfim gurren, tem tudo isso, em menor ou maior grau, mas isso passa quase despercebido, ou ao menos não atrapalham a ponto de vc desisitir. Adorei o "plot", sua construção, seus personagens a maluquice nonsense de Kamina que em meio a discursos rasteiros, injetam animo e confiança em toda tropa e principalmente no seu tímido e sem confiança irmão Simon. Personagem que no começo me irritava com suas fraquezas enquanto o altivo e doido, com complexo de macho alfa kamina parecia ser o principal, mas a mudança brusca e atordoante no desenrolar da história nos fez sentir, e continuar..assim como Simon. Foi um divisor de água, para algo mais maduro e emocional. Yoko é um personagem forte, sensualizada ás vezes, e o jeito que lida com isso..é engraçado..mas tem seu valor pra tropa sempre que colocado á prova, se mostra competente e valorosa, a despeito a atributos físicos e trajes, é uma personagem muito querida. Os estereótipos estão lá..mas a essência, as metáforas e as lições em gurren são mais marcantes. A amizade, a coragem, o crescimento como individuo, o não se curvar perante adversidades, são qualidades essenciais do ser humano, e isto por baixo da escrita de ficção, humanos com seus mechas, e muita destruição, é a mensagem que fica exemplificada.
O Mandaloriano: Star Wars (1ª Temporada)
4.4 532 Assista AgoraA série conseguiu em oito episódios o que a nova trilogia não conseguiu : resgatar a mitologia de uma nova perspectiva, abraçando o novo, sem perder os resquícios tradicionais propostos por George Lucas la atras. Personagens cativantes,e um herói renegado, com um senso moral questionável até sua ultima caçada proposta pela "guilda". Pascal, perfeito monossilábico, com humor seco e uma ironia em cada fala. Favreau acertou a mão na narrativa, na construção de ambientes e personagens, mesmo os coadjuvantes, são ricos e com profundidade. "Baby Yoda", é perfeito, é docil e poderoso, angelical, fofo, mas dono de um poder até então nunca visto por Mando. Vários diretores de renome assinam episódios e cada um tem um jeito de ler e propor o material, mas que mantém essa coesão e equilibro. Destaques para Taika Waititi e Bryce Dallas Howard, com direções certeiras. Favreau acendeu o estopim la atrás do que hoje conhecemos como "Universo Cinematográfico Marvel", aqui ele inicia algo, que não sabemos se será tão grande, mas a primeira temporada cumpre com louvor o proposto, nos fazendo ansiosos já pela segunda.
Stranger Things (3ª Temporada)
4.2 1,3KO passeio nostálgico pelos famigerados anos 80 continua..e aqui nessa temporada com mais referencias cinematográficas que as musicais das outras, mas mesmo assim continua um deleite pros apaixonados por essa época na história da cultura pop. As crianças crescerem e estão naquela parte da vida meio odiosa pra quem como eu já passou por ela a algum tempo. Mas mesmo assim o carisma dos personagens ajuda a suporta-los(Mike e Lucas apenas melhorem !! ) Henderson e Will se mostram mais sensatos e não tão com hormônios á flor da pele..e Dustin ainda tem um momento romântico improvável e fofo, muito legal !! O plot é bem amarrado e fácil, usa como pano de fundo a guerra fria em um dos seus auges. A paranoia, o medo do "inimigo vermelho", traz bons momentos, outros meio estereotipados e caricatos, mas todos cabíveis naquela época. Milly Bob traz uma "El" mais poderosa menos hesitante com seus poderes e melhor na interação com seu meio. Jonathan teve uma participação diminuída, enquanto Nancy foi a fundo como repórter investigativa. Jim continuou o herói pés no chão simplório mas bem resolvido que também nos causa grande empatia. Gostei da parceria Steve e Robin (Maya Hawk linda e talentosa) e também o maior espaço pra Erica, irmã de Lucas, que mostra seu valor a turma. Temporada excelente que fecha um arco mas que pode trazer novos desdobramentos, mesmo fora de Hawkins, cidade que já sinto saudade. Ansioso pela próxima temporada desde já.
Penny Dreadful (3ª Temporada)
4.2 646 Assista AgoraTudo continuou impecável na parte técnica : reconstituição de época primorosa, figurinos e bela fotografia da fria e cinzenta Londres do começo do seculo. Talvez algumas pontas e situações não tenham sido bem exploradas e ficaram sujeitas a meras citações e referencias, mas o brilho do elenco, com grandes atuações deixa esses pequenos defeitos diminuídos ante a entrega dos atores na defesa de seus personagens. Mais uma vez Eva Green nos entrega uma Vanessa fragilizada e traumatizada por sua sina e destino. Também houve espaço pro desenvolvimento pro personagem da criatura, John, sua família suas perdas e vidas bem retratadas em meio ao convívio com Vanessa no hospital.Houve episódios marcantes tensos cheio de situações limites com autor teor de suspense. Em um roteiro inspirado cheio de passagens tristes e melancólicas embaladas por poesias tanto em imagens belas e bem marcantes quanto nas citações pertinentes de poetas daquele mesmo período. Uma pena o fim abrupto, mas coeso..com tão marcantes personagens da literatura de terror, a série entra pra mim no hall das melhores do gênero, tratando com respeito e legitimidade tão queridos personagens.
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraUm final de série coerente com a temporada apresentada, talvez um pouco corrido, sem dar a enfase necessária a histórias e mitologias que tinham uma profundidade em outros momentos da série. Mesmo assim achei coeso..esse final meio agridoce e justo. Onde os Starks encontraram seu caminho, sendo no exilio forçado, governando um norte livre ou mesmo explorando pontos desconhecidos no mapa de Westeros. Uma temporada de episódios medianos, mas que não apaga essa rica história, de uma bela produção. Agradar todo mundo é sempre complicado.