Você está em
  1. > Home
  2. > Usuários
  3. > pedrovs
26 years Santa Maria - (BRA)
Usuário desde Julho de 2015
Grau de compatibilidade cinéfila
Baseado em 0 avaliações em comum

Últimas opiniões enviadas

  • Pedro Somavilla

    Reassisti hoje, não lembrava muita coisa. Sem dúvidas é um filme muito bom, muito do que deixou o Tarantino icônico já tava ali, os diálogos sobre coisas aleatórias (o da gorjeta e o da madona, muito bons), a sanguinolência toda (o cara com as roupa tudo encharcada de sangue em cima duma poça vermelha, é lindo), as montagens intercalando passado e presente (pra mim funciona muito bem, os personagens sendo apresentado conforme vão se tornando relevantes). Amo o Steve Buscemi aqui, é talvez o meu favorito, o blonde (Michael Madsen) psicopatão ficou muito marcante, a cena da tortura deve ser uma das mais icônicas. O white (Harvey Keitel) e o orange (Tim Roth) baleado no carro achei bom demais também, praticamente é esse momento de um cuidando e confortando o outro à beira da morte que torna a relação dos dois convincente, porque fora isso é bem vago e breve o contato dos dois que é mostrado. O conflito moral do personagem do Tim Roth aparece de maneira sutil, não é escrachado. Achei um final bem original, não é óbvio, gostei muito, somado com todo o resto, passa a pegada autoral que o Tarantino viria a consolidar.

    Não consigo deixar de colocar em perspectiva com os outros filmes dele, acho que é um filme ainda um pouco menos polido, mais curto, acredito que com o orçamento menor, os personagens secundários não são tão icônicos, parece que fica faltando um pouco de tempo de tela no geral. Fiquei comparando muito com Pulp Fiction, acho que afinal ambos partilham de um sub-gênero tarantiano de filmes de crime, e dos dois filmes de bandidos de terno, o Pulp Fiction pra mim é mais impecável. Seria, alias, o Sr. Blonde, Vic Vega, parente do Vincent Vega? Além do sobrenome o temperamento dos dois é bem parecido.

    Você precisa estar logado para comentar. Fazer login.
  • Pedro Somavilla

    Caramba, essa temporada foi pra uma direção bem mais porrada, filosofica, existencial. Amei a "MT", personagem incrivel, a protagonista ser uma moradora do trem em vez de um humano adicionou uma profundidade e uma complexidade muito ousada. Episodio favorito pra mim foi wasteland.

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    No fim acabou se revelando meio que um pinóquio moderno, do brinquedo ou robó querendo se tornar humano. Eu fiquei querendo ver essa questão ir mais longe, fiquei com a leve impressão que a solução pra ela ganhar um número foi um pouco forçada. Talvez eu só devesse sentar e dizer "uhul, um final feliz", mas eu queria muito ver o diálogo dela com o condutor ir mais longe.

    Você precisa estar logado para comentar. Fazer login.
  • Pedro Somavilla

    Quando fui assistir não sabia nadinha sobre a série, só tinha interesse no tema conversa fiada e achei que seria um "how to" de verdade, ensinando realmente a fazer coisas. Assisti esse primeiro episódio, achei legal, mas não era o que eu esperava e eu não peguei bem o espírito da coisa. Alguns meses depois lembrei da existência da série e resolvi dar seguimento, mas agora já sabendo que não era um how to aos moldes clássicos, me apaixonei.

    O primeiro episódio já dá muito do tom da série, é documental, feita a mão, bem editada, de comédia, com um flow ou uma linha de pensamento muito interessante e cativante e com algumas reflexões bem interessantes em meio a comédia. Ele começa o episódio parecendo um tutorial mesmo, dando informaçõess e definições sobre o que é conversar fiado, mas o episódio termina com ele contando que perdeu um amigo num acidente de carro e o cara falando que o amigo dele se matou, a conversa mais distante que dá pra imaginar de algo fiado. Depois disso ele conclui dizendo que de vez em quando a gente precisa sair das conversas rasas e desabafar com a pessoa certa, ou as coisas vão se acumular. Ou seja, não é um tutorial vazio e sim uma reflexão genuina feita a partir de um tópico qualquer (feita de uma forma muito engraçada, mas não por isso menos reflexiva). Em outro episódio sobre cobrir moveis ele chega a conclusão que os danos que as coisas sofrem fazem parte da história delas, ou como a gente se ilude que algumas coisas são temporárias e quando a gente menos percebe o temporário se tornou permanente (falando de andaimes), ou que melhor do que tentar fazer algo perfeito é fazer algo genuino, antes que a oportunidade de fazer aquilo se vá (risoto).

    Além das reflexões no meio dos tutoriais me chamou a atenção como ele vai fazendo conexões entre as coisas saindo do tópico mas ao mesmo tempo se mantendo? Tipo começar falando de cobrir móveis pra falar de réplicas de arte e depois de circuncisão e depois voltar pros móveis. Ele consegue no fim, depois de tantos desvios, amarrar tudo. Achei isso sensacional, como ele a partir de coisas e situações reais e absurdas vai expandindo um tópico e decompondo aquilo em conceitos gerais e mais abstratos.

    E por fim, não tem como não falar dessa parte, eu amei como ele simplesmente acha as pessoas e situações mais absurdas, tipo o cara que quer fazer a pele do penis crescer de volta (esse é um dos meus episódios favoritos). A parte documental é incrivel, ele tem a habilidade de catar imagens e situações fantásticas.

    Enfim, me apaixonei muito sobre a maneira do cara de pensar e a proposta de gravar tudo ao redor dele e de tratar certos tópicos como se ele fosse um alienigena investigando algo.

    Você precisa estar logado para comentar. Fazer login.

Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.

Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.