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Últimas opiniões enviadas

  • Pedrus S. Paz

    “O riso é satânico, é portanto profundamente humano."
    Charles Baudelaire . .

    O Coringa surge inspirado no personagem Gwynplaine - interpretado pelo Conrad Veidt em 1928. Atuação insana em "O Homem Que Ri" (The Man Who Laughs - 1928) de direção do Paul Leni. É uma adaptação de um romance do Victor Hugo. No enredo o monarca inglês Jaime II ordena que desconfigure o rosto de Gwynplaine e o condene a rir para sempre. .

    As várias faces do Coringa nos quadrinhos tem o seu apogeu no final dos anos 40. O Coringa chegou a ter protagonismo maior do que o Batman na década seguinte, então surgiu a CMAA - Comics Magazine Association of America (Associação Americana de Revistas em Quadrinhos) criou-se códigos de censuras a violência e erotização nos quadrinhos - Comic Code Authority. A frente do projeto de teor moralista o psiquiatra Fredric Wertham, autor do livro "Seduction of the Innocent".

    Quando o Frank Miller fez o quadrinhos "O Cavaleiro das Trevas" em 1986 e o Alan Moore fez "A Piada Mortal" em 1988, temos um surgimento de Coringas insanos e cruéis. São esses Coringas que a nossa geração está mais acostumada, por motivos óbvios. Também se eternizaram no imaginário com atuação do Jack Nicholson que deu sua cara ao personagem, onde temos um Coringa meio "Iluminado" e por vezes "Um Estranho no Ninho" e o Heath Ledger que elevou o Coringa ao status de gênio do crime e do caos.
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    Temos no Coringa de 2019 um filme que o roteiro traz um argumento fraco (filosoficamente), mas o filme sustenta-se o tempo todo pela atuação do Joaquim Phoenix, o mais interessante são as diversas homenagens aos vários Coringas e os trejeitos de cada um dos atores anteriores, do Cesar Romes de 1966 ao Heath Ledger. Acontece que O Coringa do Joaquim Phoenix adentrou uma nova esfera, talvez inevitável no cinema Hollywoodiano atual: A politização da loucura.

    A mentalidade revolucionária por trás do atual palhaço é um tema que foi pouco abordados nas poucas resenhas que eu li. Talvez em outro século o filme poderia servir como uma denúncia ao furor revolucionário, mas o que faremos em um século onde louvamos o caos? Ter empatia por um assassino, apenas te faz ter menos empatia pelas suas vítimas. Transformamos o Coringa em um Social Justice Warrior. Em qualquer época não precisaríamos re-afirmar que a grama é verde. .
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    O elemento surpresa em todos os Coringas anteriores é o fato do mistério por trás da maquiagem. A maldade tem o seu maior charme quando não é explicada ou entendida. Acontece que o Artur Fleck com seu passado triste de abusos não suscitou nenhum debate sobre o tema, apenas passamos a entender menos ainda como um homem sozinho com deficit cognitivo que não consegue entender os motivos pelos quais não é engraçado, um dia torna-se à simbolo.

    Tudo muda quando o Coringa o consegue uma arma, afinal todos somos um Coringa em potencial com uma arma em mãos. Você entende aquela propaganda gratuita contra a tão invejada Segunda Emenda à Constituição dos Estados Unidos, um trapalhão com um comportamento de supetão cria o inicio de um estopim revolucionário ao assassinar a sangue frio três executivos dentro de um metrô. Onde o ódio aos ricos é crescente e o proeminente candidato para Prefeitura de Gotham é uma bilionário caricato, qualquer semelhança entre o Thomas Wayne e o Donald Trump é mera coincidência. .

    A proposito substitua a máscara de palhaço usada no filmes pela do Guy Fawkes do V de Vingança e temos um novo Ocuppy Wall Street de Gotham. Após a queda da Bastilha de Gotham - a clássica cena que cria o Batman - onde a família Wayne é atacada em um beco, é profanada por o assassinato ter como justificativa pura e simples - o ódio aos ricos. A romantização do movimento revolucionário deu voz ao Arthur Fleck que despertou o desejo assassinato por motivo fútil adormecido em Gotham e nos vários corações ressentidos por todo o mundo.A mentalidade revolucionária por trás do atual palhaço é um tema que foi pouco abordados nas poucas resenhas que eu li. Talvez em outro século o filme poderia servir como uma denúncia ao furor revolucionário, mas o que faremos em um século onde louvamos o caos? Ter empatia por um assassino, apenas te faz ter menos empatia pelas suas vítimas. Transformamos o Coringa em um Social Justice Warrior. Em qualquer época não precisaríamos re-afirmar que a grama é verde. .
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    O elemento surpresa em todos os Coringas anteriores é o fato do mistério por trás da maquiagem. A maldade tem o seu maior charme quando não é explicada ou entendida. Acontece que o Artur Fleck com seu passado triste de abusos não suscitou nenhum debate sobre o tema, apenas passamos a entender menos ainda como um homem sozinho com deficit cognitivo que não consegue entender os motivos pelos quais não é engraçado, um dia torna-se à simbolo.

    Tudo muda quando o Coringa o consegue uma arma, afinal todos somos um Coringa em potencial com uma arma em mãos. Você entende aquela propaganda gratuita contra a tão invejada Segunda Emenda à Constituição dos Estados Unidos, um trapalhão com um comportamento de supetão cria o inicio de um estopim revolucionário ao assassinar a sangue frio três executivos dentro de um metrô. Onde o ódio aos ricos é crescente e o proeminente candidato para Prefeitura de Gotham é uma bilionário caricato, qualquer semelhança entre o Thomas Wayne e o Donald Trump é mera coincidência. .

    A proposito substitua a máscara de palhaço usada no filmes pela do Guy Fawkes do V de Vingança e temos um novo Ocuppy Wall Street de Gotham. Após a queda da Bastilha de Gotham - a clássica cena que cria o Batman - onde a família Wayne é atacada em um beco, é profanada por o assassinato ter como justificativa pura e simples - o ódio aos ricos. A romantização do movimento revolucionário deu voz ao Arthur Fleck que despertou o desejo assassinato por motivo fútil adormecido em Gotham e nos vários corações ressentidos por todo o mundo.

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  • Pedrus S. Paz

    Interessante ler nos comentários aqui presentes, apenas analises puramente seculares sobre opressão e direitos humanos, exatamente do defensores do relativismo.Talvez uma das lutas mais estranhas do feminismo moderno seja a destruição do capitalismo, apesar de que em partes faz sentido, é justamente o capitalismo o maior inimigo do feminismo, é manutenção do capitalismo que torna a luta feminista obsoleta, é o capitalismo que destruiu o mito da desigualdade salarial e deu voz as mulheres, são em sociedades altamente industrializadas em que os direitos tão exigidos pelas feministas modernas existem, e consequentemente o maior enfraquecimento da família que é substituída pelo Estado Moderno, é em sociedades tribais que existe um fortalecimento da família e a total ausência do capitalismo. Eu fiz um questionamento moral sobre esse relativismo que se faz hoje em defesa de algumas tradições em nome da hegemonia de algumas culturas, não estou eu, afirmando que o capitalismo é a solução para essas sociedades, mas o inverso, só foi possível o surgimento do capitalismo e o respeito as mulheres em uma sociedade livre, como a nossa, devido a vários fatores, incluindo a noção de que devemos amar ao próximo como nós mesmo.

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  • juliane
    juliane

    hey Pedrus :)

  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • Filmow
    Filmow

    Olá
    Você poderia aceitar a solicitação de amizade para te incluirmos no grupo de moderadores?
    Abraços.

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