Filmes como esse me lembram porque eu amo cinema. Além da fotografia e trilha sonora excelentes, o ritmo lento da narrativa não deixa o espectador cansado, mas motivado a observar cada frame do universo que Under The Skin apresenta. Saí da sala de cinema e fiquei pensando nesse filme. Ainda estou pensando nele e vou pensar por um bom tempo.
Além de atuações boas de Chloe Sevigny e Jena Malone, o que me leva a indicar esse filme é a fotografia, apenas. As cenas poeticamente lindas e impecáveis. Cada frame daria uma linda imagem. Já história é uma bobagem pretensiosa que brinca com o que é real e não é. Tenta ser onírica, mas acaba entediante, a não ser que você veja apenas interessado na fotografia.
Tudo se encaixa perfeitamente nesse terror, trilha sonora, direção, roteiro e atuações. O ritmo é ótimo e a história brinca com os clichês do gênero. Um dos melhores filmes sobre "home invasion".
Hit Girl está melhor do que nunca, mas o problema é que a história não é suficiente o bastante para que haja essa continuação. Quando a Hit Girl aparece, o filme brilha, mas as outras cenas são esquecíveis.
A atuação natural de Elle Fanning é o que torna esse drama tão interessante. A atriz consegue entregar diversas expressões e convencer com uma adolescente com problemas de ansiedade e medo do futuro.
É interessante retratar o cotidiano de pessoas comuns quando elas são interessantes, o que não acontece nesse filme. Além disso, as cenas que deveriam ser eróticas são entediantes e completamente anti-eróticas. Uma pena que a trilha sonora seja tão boa e tenha participação de bandas interessantes, que são desrespeitadas ao participarem de um projeto sem propósito.
Quem quer ver um documentário sobre a intimidade do casal, vai amar. Se você procura detalhes sobre o trabalho e a parceria profissional deles, sairá insatisfeito. De qualquer forma, um documentário emocionante, mesmo que use recursos apelativos para isso.
O roteiro e direção de Smashed não diferencia de nenhum outro bom filme sobre o processo de um alcoólatra em recuperação, mas a performance de Mary Elizabeth Winstead torna o que seria apenas bom como ótimo. A vulnerabilidade e o turbilhão de expressões entregue pela atriz torna Smashed um filme imperdível.
O monólogo no primeiro ato do filme é sensacional, além de uma fotografia e direção impecáveis. O problema aqui é o imenso número de reviravoltas que o roteiro apresenta, o que acaba compromentendo a narrativa e tornando-a confusa em alguns momentos.
As pessoas não entenderam o experimentalismo do filme. Gus Van Sant fez um dos filmes mais sombrios e assustadores que já vi. O terror existente aqui é apenas interior.
Interessante como o filme inverte e coloca a mulher no poder e o homem só como objeto de desejo, ainda mais pensando que o filme é de 1965. Embora não pareça, esse filme influenciou muitos outros.
Com ótima trilha sonora, boa fotografia e atuações carismáticas, esse filme consegue que alguns erros do roteiro sejam perdoados. Uma bela surpresa do cinema nacional. Bom entretenimento.
Menos sutil do que deveria ser, essa crítica ao mundo da arte tem alguns momentos inspirados e uma boa ideia. Entendo a necessidade de Bergman em fazer um filme assim após realizar tantas produções densas psicológicamente.
Como o próprio Bergman disse, o filme tem uma direção pesada. As coisas são muito explícitas e nem todas as piadas funcionam. Ao menos é interessante ver um diretor filosófico investir em uma comédia escrachada com as atrizes Bibi Andersson e Harriet Andersson, que trabalharam com ele em vários outros filmes.
Embora evite alguns erros do primeiro filme, como criar pontas soltas sem explicações, "Silent Hill 2 - Revelação" cria novos problemas em uma narrativa confusa e cheia de furos.
Apesar da fotografia ser excelente e as criaturas em Silent Hill serem muito bem feitas, a atmosfera tensa do primeiro longa aparece aqui em poucas vezes. É quase impossível levar a sério a história do filme, já que são tantos erros. Por exemplo, se Heather/Sharon esconde tanto quem realmente para não se encontrada pelos vilões, por quê mantem um retrato na sala com a imagem dela criança com os pais? Como os demônios consegue sair de Silent Hill e ir atrás de Sharon sendo que a premissa interessante apresentada no primeiro filme é as criaturas pertecerem e ficarem presas àquele universo. Além disso, alguns personagens aparecem apenas para morrer, sem acrescentar absolutamente nada à história.
Adelaide Clemens vive Sharon com expressão, mas não pode fazer muito com uma personagem tão limitada. A participação de Malcolm McDowell é deplorável. Carrie-Anne Moss está completamente perdida como uma vilã sem graça, apesar de ser notável os esforços da atriz para criar uma personagem fria e misteriosa. Radha Mitchell retorna como Rose em uma cena que poderia vir como deletada no DVD, já que não representa em nada na história.
Por fim, quem gostou do primeiro filme, como eu, fica decepcionado com essa história cheia de furos que parece ter sido escrita por uma criança de cinco anos. O visual é impressionante e o filme tem alguns poucos momentos inspirados, mas eles são seguidos por cenas sem sentidos que parecem ter sido escritar por um roteiro feito às pressas.
"Celeste e Jesse Para Sempre" segue a linha de comédias românticas que tenta fugir de clichês e apresentar o lado bom e ruim de uma relação. A ideia é fugir de finais felizes e idealizações do amor no cinema. Embora o longa não consiga cumprir a promessa, existem muitos acertos nesse filme para que o espectador não fique satisfeito.
O roteiro de Rashida Jones, a Celeste no filme, e Will McCormarck, que também está no elenco, tem ínicio na separação do ex-casal de protagonistas. Com anos de amizades, Celeste e Jesse decidem continuar amigos após a decisão do divórcio. Obviamente, a ideia dá errado e a amizade entre eles fica em risco.
Os protagonistas desse filme podem não agradar a maioria dos espectadores, já que são complexos e mudam de comportamento várias vezes. Mas assim como outros filmes desse tipo, como 500 Dias com Ela, Like Crazy, My Blue Valentine, esse longa é de indentificação entre quem assiste e os personagens. Algo que me chamou bastante atenção foi o roteiro não colocar Celeste e nem Jesse como herois. O filme mostra os lados positivos e negativos de ambas personagens. Não há herois nesse filme e nem vilões, apenas duas pessoas lidando com o fim da paixão e persistência do amor.
Talvez, um dos problemas do longa seja os personagens secundários, que não acrescentam em nada na história, servindo apenas como alívio cômico em algunas cenas. Mas esse erro empalidece perto da excelente construção de personagem feita pelo roteiro. Note como Celeste, sutilmente, muda de comportamento durante a narrativa. Em nenhum momento o roteiro usa algum personagem para apontar os defeitos de Celeste, apenas apresenta como ela lida em situações. Essas atitudes que talvez tenham acabado com o relacionamento. Mas em nenhum momento tomamos raiva de Celeste por isso, pelo contrário, já simpatizamos com a personagem e torcemos para que ela consiga mudar. Essa ligação que o filme consegue criar talvez seja o maior acerto de "Celeste e Jesse Para Sempre".
Muitos dos comentários que li abaixo falam que o filme é ruim por criar tensão. Não se esqueçam que essa história é baseada em fatos reais. Pesquisei os acontecimentos e conferi que tudo que acontece no thriller corresponde exatamente igual a história que foi baseado.
Se o filme consegue deixar o espectador agoniado, que ótimo! Isso deixa claro que Compliance é um thriller eficiente e cumpre o papel. Cuidado para não misturarem julgamento técnicos narrativos com a história inspirada em fatos reais.
As atuações são excelentes e a direção está correta. Como a maioria dos espectadores, também fiquei me perguntando porquê tais personagens não tomam tais atitudes. Mas como o filme representa exatamente o que aconteceu, isso não me incomodou tanto.
A única coisa que me incomodou no filme é uma cena perto do final que quebra o ritmo da narrativa por alguns minutos.
A cena em que o policial vai até a lanchonete, quando já descobriram que é tudo um golpe. O final tem um ritmo acelerado e cheio de acontecimentos, até que quebra o clima com uma cena de, mais ou menos, 3 minutos, de close-up no policial.
De qualquer maneira, essa sequência não atrapalha todos os acertos anteriores. Compliance é, sem dúvida, um dos melhores thrillers que já vi.
Todos nós mentimos, o que muda é o quanto cometemos essa ação. Existe uma ideia interessante que não funciona em todos os momentos, em Lying. Mas o conceito abstrato consegue sustentar algumas falhas. Além disso, as atuações das protagonistas são boas. Lying pode prometer mais do que cumpre, mas não se surpreenda se pensar nesse filme algum tempo após assisti-lo.
Não é à toa que Hello I Must Be Going fez sucesso no Festival de Sundance ao ser exibido na noite de estreia.
O roteiro de Sarah Koskoff apresenta uma protagonista em crise após um divórcio, vivida pela ótima Melanie Lynskey. Embora a personagem tenha tudo para que o espectador não tenha simpatia por ela, Lynskey faz um trabalho tão suave que se torna apaixonante. E conforme a história desenvolve, a trama torna-se mais complexa e fica difícil para qualquer um que esteja assistindo não se identificar.
Em sua quarta parceria com a ganhadora do Oscar de atriz coadjuvante deste ano, Penélope Cruz, Pedro Almodóvar comanda dessa vez Abraços Partidos, um dos seus trabalhos inferiores, que conta com erros e acertos, mas não deixa de ser um belo drama.
A musa do cineasta é o centro da história: sua personagem transforma a trama em noir e gera um clima de suspense que prende o espectador. Na trama, Lena é uma jovem ambiciosa que se envolve com um idoso para conseguir pagar os tratamentos médicos de seu pai. Dois anos após o início da relação, ela conhece Mateo Blanco, um diretor com quem vive uma intensa e trágica relação amorosa.
Como tática para manter o espectador atento, os detalhes da história vão sendo contados aos poucos e o clima de suspense acompanha as mais de duas horas de projeção. Não há como negar o sentimento de paixão que podemos perceber em Almodóvar por Cruz, que encarna uma personagem que representa o amor de Almodóvar pelo cinema e admiração que ele sente por Cruz. A partir daí, o longa parece dar voltas e tentar ser mais complexo do que é, e quando tem que ser, como na cena em que uma personagem revela o seu caráter duvidoso, a situação soa artificial.
Em certos momentos até me questionei se era mesmo um trabalho de Almodóvar, - as frases a seguir contam detalhes do filme - como nas cenas clichês em que Ray-X entrega o seu número de telefone ao protagonista e ele fala que não ligará, sendo que isso irá acontecer pouco depois; na hora que Lena decide não denunciar seu agressor com medo de algo pior acontecer, sendo que é óbvio o resultado - o que pareceu cena de novela mexicana - ; na parte sem emoção e verossimilhança em que Judit se revela cúmplice do maior sofrimento de seu “amigo”, cuja relação é explicada superficialmente; ou na história desnecessária sobre o trabalho do filho de Judit. Problemas como estes geram dúvidas e atrapalham o envolvimento de quem está assistindo a história.
Erros a parte, Abraços Partidos é um drama comovente que conta com uma história interessante. Não há como negar a genialidade de Almodóvar ao relatar aos poucos o que aconteceu e como ele explica a personalidade dos personagens em pequenos detalhes, como a cena inicial em Mateo Blanco ou Harry Caine - um heterônimo que a trama dá mais importância do que realmente deveria ter - leva até a sua casa uma estranha e faz sexo com ela, uma tentativa carnal de preencher o vazio sentimental causado por uma tragédia, ou na parte em que Judit olha com inveja para Lena e fica visível do que ela é capaz. Além disso, uma carta na manga é Penélope Cruz. A atriz, quando atua em espanhol, faz um bom trabalho e coloca carisma em Lena, que pode ter suas atitudes questionadas e não agradar a todos. Já Lluis Hómar, que esteve em Má Educação também, executa bem o papel do escritor apaixonado. No final, fica a sensação de que a história, apenas boa, poderia ser melhor, ou até mesmo que o diretor acreditou estar envolvido em algo tão extraordinário, sendo que não é.
O novo longa da diretora Rebecca Miller, A Vida Íntima de Pippa Lee, deve quase todos os méritos à atuação de Robin Wright Penn, que, mesmo com um roteiro previsível, faz um trabalho que eleva o filme e com que o espectador se encante com todos problemas, traumas e decisões da protagonista. E com um elenco bom em mãos, o drama, mesmo repleto de clichês, torna-se interessante devido apenas por Penn.
A trama é simples e não conta com novidades. Nela, Pippa Lee é uma senhora que conseguiu, aparentemente, tudo que queria. Casada com um editor 30 anos mais velho do que ela, vivido pelo sempre excelente Alan Arkin, e com dois filhos com carreira de sucesso, a dona de casa vive o “sonho americano”. Com o passar do tempo, ela desconfia que algo está errado e começa a ter estranhos comportamentos e viver situações que mudarão o seu destino.
A história tem início quando Lee e Herb, o seu marido, mudam para uma pacata cidade no interior dos Estados Unidos. Lá, somos apresentados à protagonista e a todos os dilemas de sua vida. Enigmática, como é definida por alguns personagens do filme, Lee é uma mulher que não tem história especial o bastante para fazer com que ela se torne tão diferente quanto o roteiro nos força a imaginar, mas consegue cativar o público graças ao bom desempenho de Wright Penn e Blake Lively, a Serena da série Gossip Girl, que vive Lee na juventude. Sendo assim, não fica difícil para que Suky, interpretada pela sempre boa Maria Bello, roube a cena em todas as cenas que apareça.
Com um olhar intenso, a mãe da protagonista sofre de depressão e vive uma vida compulsiva por remédios, personagem que já vimos em vários filmes; no momento, quem veio a minha mente foi a mãe complicada vivida por Annette Bening no mediano Correndo com Tesouras. Já Lively, que não pôde fazer muito na franquia Quatro Amigas e um Jeans Viajante, não deixa nada a desejar para as atuações das atrizes já consagradas. A jovem traz uma atuação comovente, mesmo que não consiga ter sintonia com Penn. É difícil acreditar na mudança de Lee pelo o que acontece no terceiro ato do filme, o que nos leva novamente ao problema da superficialidade.
Ao longo da trama, descobrimos que todos os personagens sofrem de algum dilema clichê, o que torna difícil gostar de qualquer um deles. Temos o problemático da família tatuado, a suicida, a filha que não gosta da mãe, o marido insatisfeito, a amiga invejosa e, claro, a mãe culpada pelos traumas dos filhos. Com a oportunidade de fazer com que algum deles cresça, tudo acaba superficial e, talvez, essa seja mesmo a ideia de Miller, que em 2005 levou aos cinemas a história entediante de um pai e uma filha no meio do nada em O Mundo de Jack e Rose. Com todas as peças promissoras no tabuleiro, a cineasta faz um jogo que todos já sabemos como irá terminar, resta ao espectador achar interessante descobrir como aquilo irá acontecer.
Com todos os problemas no roteiro, A Vida Íntima de Pippa Lee deve muito ao elenco. Atrizes como Julianne Moore aparecem em menos de 5 minutos de projeção e não acrescentam nada à história, mesmo que traga uma boa atuação. Mas o importante aqui é Pippa Lee, é preciso se identificar com ela para entendê-la. O problema é que coisas comoventes já chegaram aos cinemas várias vezes e torna-se desinteressante ver uma fórmula repetida com o inexpressivo Keanu Reeves no elenco. No final, a história toma um rumo diferente e plausível, o que deixa claro que o longa é aquele tipo de produção com erros e acertos, que, mesmo sem originalidade alguma, faz com que o espectador saia do cinema feliz com a sua heroína, o que é mérito de Wright Penn.
Feita especificamente para se tornar um sucesso de bilheteria, Encontro de Casais, longa de Peter Billingsley, é a típica produção que tenta, mas não consegue fazer rir, o que a deixa sem um gênero específico e que torna confuso descobrir o intuito dos roteiristas em quase duas horas de filme.
A história, escrita por Vince Vaughn, Jon Favreau, que fazem parte do elenco, e Dana Fox, do fraco Jogo de Amor em Las Vegas, segue um grupo de casais amigos que decidem ajudar Jason e Cynthia, o casal que está em crise. A ideia é fazer uma viagem para uma ilha que possui um estranho tipo de tratamento para parceiros com problemas. O pacote conta com análise com terapeutas estranhos, dinâmicas que envolvem nudez e brincadeiras que colocam a vida dos protagonistas em risco. Tudo isso com um motivo: salvar o casamento deles.
Após 30 minutos em que o roteiro tenta fazer o espectador acreditar que a viagem não irá acontecer porque algum dos personagens não aceitará a proposta, eles finalmente chegam ao local. Com o passar do tempo, os casais que não tinham problemas acabam criando e os que já tinham ainda pioram, o que prejudica a ideia central do plano. O tempo todo se torna difícil achar graça nas piadas do longa, que não são originais e não conseguem ser cômicas. Desde o início podemos apostar e acertar como será o final de cada personagem.
A sorte do filme é contar com um elenco que se esforça bastante para salvar a produção do fracasso. O time de astros conta com os bons atores Vaughn, Favreau, Faizon Love, e as eficazes Kristin Davis, que sempre me lembra a Charlotte de Sex and the City, Malin Akerman, que resolveu atuar bem nessa produção, (lembram do fraco desempenho dela em Watchmen – O Filme?), e Kristen Bell, uma das minhas atrizes preferidas desde a extinta série Veronica Mars. A outra atriz que integra a equipe, Kali Hawk, conta com um personagem tão sem graça e com uma atuação tão caricata que pode ser declarada como parte do assassinato da comédia da produção. Mesmo que não seja difícil assistir ao filme, que, digo novamente, ganha muito devido ao elenco, não é bom quando o longa é capaz de ser completamente esquecível em dez minut
Sob a Pele
3.2 1,4K Assista AgoraFilmes como esse me lembram porque eu amo cinema. Além da fotografia e trilha sonora excelentes, o ritmo lento da narrativa não deixa o espectador cansado, mas motivado a observar cada frame do universo que Under The Skin apresenta. Saí da sala de cinema e fiquei pensando nesse filme. Ainda estou pensando nele e vou pensar por um bom tempo.
À Espera
3.1 8 Assista AgoraAlém de atuações boas de Chloe Sevigny e Jena Malone, o que me leva a indicar esse filme é a fotografia, apenas. As cenas poeticamente lindas e impecáveis. Cada frame daria uma linda imagem. Já história é uma bobagem pretensiosa que brinca com o que é real e não é. Tenta ser onírica, mas acaba entediante, a não ser que você veja apenas interessado na fotografia.
Você é o Próximo
3.2 1,5K Assista AgoraTudo se encaixa perfeitamente nesse terror, trilha sonora, direção, roteiro e atuações. O ritmo é ótimo e a história brinca com os clichês do gênero. Um dos melhores filmes sobre "home invasion".
Kick-Ass 2
3.6 1,8K Assista AgoraHit Girl está melhor do que nunca, mas o problema é que a história não é suficiente o bastante para que haja essa continuação. Quando a Hit Girl aparece, o filme brilha, mas as outras cenas são esquecíveis.
Ginger & Rosa
3.4 430 Assista AgoraA atuação natural de Elle Fanning é o que torna esse drama tão interessante. A atriz consegue entregar diversas expressões e convencer com uma adolescente com problemas de ansiedade e medo do futuro.
Nove Canções
2.6 384É interessante retratar o cotidiano de pessoas comuns quando elas são interessantes, o que não acontece nesse filme. Além disso, as cenas que deveriam ser eróticas são entediantes e completamente anti-eróticas. Uma pena que a trilha sonora seja tão boa e tenha participação de bandas interessantes, que são desrespeitadas ao participarem de um projeto sem propósito.
Liv & Ingmar - Uma História de Amor
4.2 125Quem quer ver um documentário sobre a intimidade do casal, vai amar. Se você procura detalhes sobre o trabalho e a parceria profissional deles, sairá insatisfeito. De qualquer forma, um documentário emocionante, mesmo que use recursos apelativos para isso.
Smashed: De Volta à Realidade
3.5 178 Assista AgoraO roteiro e direção de Smashed não diferencia de nenhum outro bom filme sobre o processo de um alcoólatra em recuperação, mas a performance de Mary Elizabeth Winstead torna o que seria apenas bom como ótimo. A vulnerabilidade e o turbilhão de expressões entregue pela atriz torna Smashed um filme imperdível.
Confissões
4.2 854O monólogo no primeiro ato do filme é sensacional, além de uma fotografia e direção impecáveis. O problema aqui é o imenso número de reviravoltas que o roteiro apresenta, o que acaba compromentendo a narrativa e tornando-a confusa em alguns momentos.
Últimos Dias
2.9 348 Assista AgoraAs pessoas não entenderam o experimentalismo do filme. Gus Van Sant fez um dos filmes mais sombrios e assustadores que já vi. O terror existente aqui é apenas interior.
A Pele
3.6 264Não faz justiça ao talento de Diane Arbus, ou sua vida e personalidade.
Faster, Pussycat! Kill! Kill!
3.8 244Interessante como o filme inverte e coloca a mulher no poder e o homem só como objeto de desejo, ainda mais pensando que o filme é de 1965. Embora não pareça, esse filme influenciou muitos outros.
O Homem do Futuro
3.7 2,5K Assista AgoraCom ótima trilha sonora, boa fotografia e atuações carismáticas, esse filme consegue que alguns erros do roteiro sejam perdoados. Uma bela surpresa do cinema nacional. Bom entretenimento.
Para Não Falar de Todas Essas Mulheres
3.5 34Menos sutil do que deveria ser, essa crítica ao mundo da arte tem alguns momentos inspirados e uma boa ideia. Entendo a necessidade de Bergman em fazer um filme assim após realizar tantas produções densas psicológicamente.
Como o próprio Bergman disse, o filme tem uma direção pesada. As coisas são muito explícitas e nem todas as piadas funcionam. Ao menos é interessante ver um diretor filosófico investir em uma comédia escrachada com as atrizes Bibi Andersson e Harriet Andersson, que trabalharam com ele em vários outros filmes.
Silent Hill: Revelação
2.7 1,8K Assista AgoraEmbora evite alguns erros do primeiro filme, como criar pontas soltas sem explicações, "Silent Hill 2 - Revelação" cria novos problemas em uma narrativa confusa e cheia de furos.
Apesar da fotografia ser excelente e as criaturas em Silent Hill serem muito bem feitas, a atmosfera tensa do primeiro longa aparece aqui em poucas vezes. É quase impossível levar a sério a história do filme, já que são tantos erros. Por exemplo, se Heather/Sharon esconde tanto quem realmente para não se encontrada pelos vilões, por quê mantem um retrato na sala com a imagem dela criança com os pais? Como os demônios consegue sair de Silent Hill e ir atrás de Sharon sendo que a premissa interessante apresentada no primeiro filme é as criaturas pertecerem e ficarem presas àquele universo. Além disso, alguns personagens aparecem apenas para morrer, sem acrescentar absolutamente nada à história.
Adelaide Clemens vive Sharon com expressão, mas não pode fazer muito com uma personagem tão limitada. A participação de Malcolm McDowell é deplorável. Carrie-Anne Moss está completamente perdida como uma vilã sem graça, apesar de ser notável os esforços da atriz para criar uma personagem fria e misteriosa. Radha Mitchell retorna como Rose em uma cena que poderia vir como deletada no DVD, já que não representa em nada na história.
Por fim, quem gostou do primeiro filme, como eu, fica decepcionado com essa história cheia de furos que parece ter sido escrita por uma criança de cinco anos. O visual é impressionante e o filme tem alguns poucos momentos inspirados, mas eles são seguidos por cenas sem sentidos que parecem ter sido escritar por um roteiro feito às pressas.
Celeste e Jesse Para Sempre
3.6 478 Assista Agora"Celeste e Jesse Para Sempre" segue a linha de comédias românticas que tenta fugir de clichês e apresentar o lado bom e ruim de uma relação. A ideia é fugir de finais felizes e idealizações do amor no cinema. Embora o longa não consiga cumprir a promessa, existem muitos acertos nesse filme para que o espectador não fique satisfeito.
O roteiro de Rashida Jones, a Celeste no filme, e Will McCormarck, que também está no elenco, tem ínicio na separação do ex-casal de protagonistas. Com anos de amizades, Celeste e Jesse decidem continuar amigos após a decisão do divórcio. Obviamente, a ideia dá errado e a amizade entre eles fica em risco.
Os protagonistas desse filme podem não agradar a maioria dos espectadores, já que são complexos e mudam de comportamento várias vezes. Mas assim como outros filmes desse tipo, como 500 Dias com Ela, Like Crazy, My Blue Valentine, esse longa é de indentificação entre quem assiste e os personagens. Algo que me chamou bastante atenção foi o roteiro não colocar Celeste e nem Jesse como herois. O filme mostra os lados positivos e negativos de ambas personagens. Não há herois nesse filme e nem vilões, apenas duas pessoas lidando com o fim da paixão e persistência do amor.
Talvez, um dos problemas do longa seja os personagens secundários, que não acrescentam em nada na história, servindo apenas como alívio cômico em algunas cenas. Mas esse erro empalidece perto da excelente construção de personagem feita pelo roteiro. Note como Celeste, sutilmente, muda de comportamento durante a narrativa. Em nenhum momento o roteiro usa algum personagem para apontar os defeitos de Celeste, apenas apresenta como ela lida em situações. Essas atitudes que talvez tenham acabado com o relacionamento. Mas em nenhum momento tomamos raiva de Celeste por isso, pelo contrário, já simpatizamos com a personagem e torcemos para que ela consiga mudar. Essa ligação que o filme consegue criar talvez seja o maior acerto de "Celeste e Jesse Para Sempre".
Obediência
3.4 309Muitos dos comentários que li abaixo falam que o filme é ruim por criar tensão. Não se esqueçam que essa história é baseada em fatos reais. Pesquisei os acontecimentos e conferi que tudo que acontece no thriller corresponde exatamente igual a história que foi baseado.
Se o filme consegue deixar o espectador agoniado, que ótimo! Isso deixa claro que Compliance é um thriller eficiente e cumpre o papel. Cuidado para não misturarem julgamento técnicos narrativos com a história inspirada em fatos reais.
As atuações são excelentes e a direção está correta. Como a maioria dos espectadores, também fiquei me perguntando porquê tais personagens não tomam tais atitudes. Mas como o filme representa exatamente o que aconteceu, isso não me incomodou tanto.
A única coisa que me incomodou no filme é uma cena perto do final que quebra o ritmo da narrativa por alguns minutos.
A cena em que o policial vai até a lanchonete, quando já descobriram que é tudo um golpe. O final tem um ritmo acelerado e cheio de acontecimentos, até que quebra o clima com uma cena de, mais ou menos, 3 minutos, de close-up no policial.
De qualquer maneira, essa sequência não atrapalha todos os acertos anteriores. Compliance é, sem dúvida, um dos melhores thrillers que já vi.
Lying
3.4 16Todos nós mentimos, o que muda é o quanto cometemos essa ação. Existe uma ideia interessante que não funciona em todos os momentos, em Lying. Mas o conceito abstrato consegue sustentar algumas falhas. Além disso, as atuações das protagonistas são boas. Lying pode prometer mais do que cumpre, mas não se surpreenda se pensar nesse filme algum tempo após assisti-lo.
Obsessão
3.0 466As atuações são excelentes, principalmente a de Nicole Kidman, mas The Paperboy é muito trash e melodramático para funcionar.
Lying
3.4 16O filme pode ser assistido online por esse link:
Olá, Eu Preciso Ir
3.3 52Não é à toa que Hello I Must Be Going fez sucesso no Festival de Sundance ao ser exibido na noite de estreia.
O roteiro de Sarah Koskoff apresenta uma protagonista em crise após um divórcio, vivida pela ótima Melanie Lynskey. Embora a personagem tenha tudo para que o espectador não tenha simpatia por ela, Lynskey faz um trabalho tão suave que se torna apaixonante. E conforme a história desenvolve, a trama torna-se mais complexa e fica difícil para qualquer um que esteja assistindo não se identificar.
Abraços Partidos
3.9 661Em sua quarta parceria com a ganhadora do Oscar de atriz coadjuvante deste ano, Penélope Cruz, Pedro Almodóvar comanda dessa vez Abraços Partidos, um dos seus trabalhos inferiores, que conta com erros e acertos, mas não deixa de ser um belo drama.
A musa do cineasta é o centro da história: sua personagem transforma a trama em noir e gera um clima de suspense que prende o espectador. Na trama, Lena é uma jovem ambiciosa que se envolve com um idoso para conseguir pagar os tratamentos médicos de seu pai. Dois anos após o início da relação, ela conhece Mateo Blanco, um diretor com quem vive uma intensa e trágica relação amorosa.
Como tática para manter o espectador atento, os detalhes da história vão sendo contados aos poucos e o clima de suspense acompanha as mais de duas horas de projeção. Não há como negar o sentimento de paixão que podemos perceber em Almodóvar por Cruz, que encarna uma personagem que representa o amor de Almodóvar pelo cinema e admiração que ele sente por Cruz. A partir daí, o longa parece dar voltas e tentar ser mais complexo do que é, e quando tem que ser, como na cena em que uma personagem revela o seu caráter duvidoso, a situação soa artificial.
Em certos momentos até me questionei se era mesmo um trabalho de Almodóvar, - as frases a seguir contam detalhes do filme - como nas cenas clichês em que Ray-X entrega o seu número de telefone ao protagonista e ele fala que não ligará, sendo que isso irá acontecer pouco depois; na hora que Lena decide não denunciar seu agressor com medo de algo pior acontecer, sendo que é óbvio o resultado - o que pareceu cena de novela mexicana - ; na parte sem emoção e verossimilhança em que Judit se revela cúmplice do maior sofrimento de seu “amigo”, cuja relação é explicada superficialmente; ou na história desnecessária sobre o trabalho do filho de Judit. Problemas como estes geram dúvidas e atrapalham o envolvimento de quem está assistindo a história.
Erros a parte, Abraços Partidos é um drama comovente que conta com uma história interessante. Não há como negar a genialidade de Almodóvar ao relatar aos poucos o que aconteceu e como ele explica a personalidade dos personagens em pequenos detalhes, como a cena inicial em Mateo Blanco ou Harry Caine - um heterônimo que a trama dá mais importância do que realmente deveria ter - leva até a sua casa uma estranha e faz sexo com ela, uma tentativa carnal de preencher o vazio sentimental causado por uma tragédia, ou na parte em que Judit olha com inveja para Lena e fica visível do que ela é capaz. Além disso, uma carta na manga é Penélope Cruz. A atriz, quando atua em espanhol, faz um bom trabalho e coloca carisma em Lena, que pode ter suas atitudes questionadas e não agradar a todos. Já Lluis Hómar, que esteve em Má Educação também, executa bem o papel do escritor apaixonado. No final, fica a sensação de que a história, apenas boa, poderia ser melhor, ou até mesmo que o diretor acreditou estar envolvido em algo tão extraordinário, sendo que não é.
A Vida Íntima de Pippa Lee
3.1 168O novo longa da diretora Rebecca Miller, A Vida Íntima de Pippa Lee, deve quase todos os méritos à atuação de Robin Wright Penn, que, mesmo com um roteiro previsível, faz um trabalho que eleva o filme e com que o espectador se encante com todos problemas, traumas e decisões da protagonista. E com um elenco bom em mãos, o drama, mesmo repleto de clichês, torna-se interessante devido apenas por Penn.
A trama é simples e não conta com novidades. Nela, Pippa Lee é uma senhora que conseguiu, aparentemente, tudo que queria. Casada com um editor 30 anos mais velho do que ela, vivido pelo sempre excelente Alan Arkin, e com dois filhos com carreira de sucesso, a dona de casa vive o “sonho americano”. Com o passar do tempo, ela desconfia que algo está errado e começa a ter estranhos comportamentos e viver situações que mudarão o seu destino.
A história tem início quando Lee e Herb, o seu marido, mudam para uma pacata cidade no interior dos Estados Unidos. Lá, somos apresentados à protagonista e a todos os dilemas de sua vida. Enigmática, como é definida por alguns personagens do filme, Lee é uma mulher que não tem história especial o bastante para fazer com que ela se torne tão diferente quanto o roteiro nos força a imaginar, mas consegue cativar o público graças ao bom desempenho de Wright Penn e Blake Lively, a Serena da série Gossip Girl, que vive Lee na juventude. Sendo assim, não fica difícil para que Suky, interpretada pela sempre boa Maria Bello, roube a cena em todas as cenas que apareça.
Com um olhar intenso, a mãe da protagonista sofre de depressão e vive uma vida compulsiva por remédios, personagem que já vimos em vários filmes; no momento, quem veio a minha mente foi a mãe complicada vivida por Annette Bening no mediano Correndo com Tesouras. Já Lively, que não pôde fazer muito na franquia Quatro Amigas e um Jeans Viajante, não deixa nada a desejar para as atuações das atrizes já consagradas. A jovem traz uma atuação comovente, mesmo que não consiga ter sintonia com Penn. É difícil acreditar na mudança de Lee pelo o que acontece no terceiro ato do filme, o que nos leva novamente ao problema da superficialidade.
Ao longo da trama, descobrimos que todos os personagens sofrem de algum dilema clichê, o que torna difícil gostar de qualquer um deles. Temos o problemático da família tatuado, a suicida, a filha que não gosta da mãe, o marido insatisfeito, a amiga invejosa e, claro, a mãe culpada pelos traumas dos filhos. Com a oportunidade de fazer com que algum deles cresça, tudo acaba superficial e, talvez, essa seja mesmo a ideia de Miller, que em 2005 levou aos cinemas a história entediante de um pai e uma filha no meio do nada em O Mundo de Jack e Rose. Com todas as peças promissoras no tabuleiro, a cineasta faz um jogo que todos já sabemos como irá terminar, resta ao espectador achar interessante descobrir como aquilo irá acontecer.
Com todos os problemas no roteiro, A Vida Íntima de Pippa Lee deve muito ao elenco. Atrizes como Julianne Moore aparecem em menos de 5 minutos de projeção e não acrescentam nada à história, mesmo que traga uma boa atuação. Mas o importante aqui é Pippa Lee, é preciso se identificar com ela para entendê-la. O problema é que coisas comoventes já chegaram aos cinemas várias vezes e torna-se desinteressante ver uma fórmula repetida com o inexpressivo Keanu Reeves no elenco. No final, a história toma um rumo diferente e plausível, o que deixa claro que o longa é aquele tipo de produção com erros e acertos, que, mesmo sem originalidade alguma, faz com que o espectador saia do cinema feliz com a sua heroína, o que é mérito de Wright Penn.
Encontro de Casais
2.7 639 Assista AgoraFeita especificamente para se tornar um sucesso de bilheteria, Encontro de Casais, longa de Peter Billingsley, é a típica produção que tenta, mas não consegue fazer rir, o que a deixa sem um gênero específico e que torna confuso descobrir o intuito dos roteiristas em quase duas horas de filme.
A história, escrita por Vince Vaughn, Jon Favreau, que fazem parte do elenco, e Dana Fox, do fraco Jogo de Amor em Las Vegas, segue um grupo de casais amigos que decidem ajudar Jason e Cynthia, o casal que está em crise. A ideia é fazer uma viagem para uma ilha que possui um estranho tipo de tratamento para parceiros com problemas. O pacote conta com análise com terapeutas estranhos, dinâmicas que envolvem nudez e brincadeiras que colocam a vida dos protagonistas em risco. Tudo isso com um motivo: salvar o casamento deles.
Após 30 minutos em que o roteiro tenta fazer o espectador acreditar que a viagem não irá acontecer porque algum dos personagens não aceitará a proposta, eles finalmente chegam ao local. Com o passar do tempo, os casais que não tinham problemas acabam criando e os que já tinham ainda pioram, o que prejudica a ideia central do plano. O tempo todo se torna difícil achar graça nas piadas do longa, que não são originais e não conseguem ser cômicas. Desde o início podemos apostar e acertar como será o final de cada personagem.
A sorte do filme é contar com um elenco que se esforça bastante para salvar a produção do fracasso. O time de astros conta com os bons atores Vaughn, Favreau, Faizon Love, e as eficazes Kristin Davis, que sempre me lembra a Charlotte de Sex and the City, Malin Akerman, que resolveu atuar bem nessa produção, (lembram do fraco desempenho dela em Watchmen – O Filme?), e Kristen Bell, uma das minhas atrizes preferidas desde a extinta série Veronica Mars. A outra atriz que integra a equipe, Kali Hawk, conta com um personagem tão sem graça e com uma atuação tão caricata que pode ser declarada como parte do assassinato da comédia da produção. Mesmo que não seja difícil assistir ao filme, que, digo novamente, ganha muito devido ao elenco, não é bom quando o longa é capaz de ser completamente esquecível em dez minut