Raphaela Bianchi

Interessante a forma em que abordaram religião e ciência, os "confrontos" de ideias nos fazem refletir sobre esse universo desconhecido. No meu ponto de vista, mais precisamente entre a ciência e o espiritismo (que alguém me corrija caso eu esteja errada). Acredito que eles também tenham ido um pouco além disso, entrando em questões como egoísmo e perdão. Talvez tenham tido como base religião e ciência (coisas que fazem com que entremos em guerra uns com os outros) para chegar na ideia principal; o amor.

Ciência e espiritualidade nem sempre dá certo. Acredito que seja preciso ter uma mente muito aberta para lidar com ambas as coisas sem que se entre em um conflito desnecessário com o próximo. Mas como ter uma mente tão aberta diante do desconhecido e também de coisas das quais não temos total certeza? Penso que somente através do amor é que se encontra certas respostas. Ou, quem sabe, todas elas. Talvez eu não tenha captado a ideia principal do filme que, para mim, foram construídas diversas pontes para chegar em somente um destino: o amor.

Não entrarei em questões técnicas, apesar de que quem assistiu notou as falhas na estrutura do roteiro. Penso que esse seja mais um daqueles filmes em que você precisa simplesmente abrir a mente e embarcar na história.

Senti a necessidade de não observar tanto as questões técnicas, de não fazer uma crítica apontando o que poderia ou não ter sido feito para que o documentário pudesse satisfazer as pessoas por completo ou quase isso. A gente tende a criar expectativas com tudo, e a criticar aquilo que não foi feito como esperávamos. Enfim...
Deixando essas questões de lado, optei por sentir o que estava sendo transmitido e é impactante. De alguma forma, ainda que um pouco distinta, tu se envolve entre aquelas famílias e sente um pouco do que elas estão sentindo ali. A decisão de ir ou de se manter vivo por mais um tempo, sabendo que não será da mesma maneira que antes, é muito forte e triste, tanto para quem se encontra nessa situação quanto para quem está fora dela e também precisa lidar com a mesma. A dor aí é compartilhada.
Gostei muito! Reflexivo, transborda emoções... Poderia, sim, ser maior. Mas às vezes, 20 minutos duram uma vida inteira.

Não foi um filme que prendeu totalmente a minha atenção, exceto em algumas cenas. O roteiro é cansativo, arrastado... Atuações realmente boas, fotografia maravilhosa. E aquele olhar no final é tocante. Mas o roteiro... Não, não cativou.