Cada peça de arte é única, desimportanto no que foi baseada. Cinema não é música e vice-versa. São linguagens diferentes, com processos de composição totalmente diferentes e limites ainda mais diferentes. O filme não é espetacular, porém não por deixar de materializar a música literalmente e sim por fazer algumas escolhas pouco plausíveis de roteiro. Achei, no entanto, que Fabrício Boliveira como protagonista foi acertadíssima e muito bem conduzida. As homenagens aos faroestes do Sérgio Leone, o bom ritmo do filme, as paisagens do cerrado contrastando com as niemeyrices de Brasília, tudo contribui para uma bela cena final, que não tem câmeras de tv ou povo a aplaudir, mas... sinceramente? Se assim fosse, ficaria ridículo. Palmas para a produção, que teve a coragem de realizar o filme e adaptar um clássico do rock nacional do jeito que acreditaram ser o certo. Recomendam que assistam de cabeça aberta. Diverte muito mais.
Rasgue dinheiro. Vai ser mais divertido do que ir ao cinema assistir esse filme. O resultado prático será o mesmo. Paul W. S. Anderson tá igual o Shyamalan. Enigma do Horizonte e Sexto Sentido foram suas boas contribuições. Agora estão do lado errado da tela.
Bom filme, boa estreia de Paxton na direção. Infelizmente os acontecimentos finais são uma solução fácil para o filme, que tem um roteiro consistente até seu segundo terço. Nada contra reviravoltas, desde que coerentes. De resto, as atuações são ok, o roteiro é enxuto, a duração está na medida e o clima de tensão funciona bem. São esses os elementos que garantem boa diversão para um filme desse gênero, mas certamente um arremate mais interessante lhe daria uns pontos a mais. Preguicinha que tirou-lhe a chance de virar um clássico.
Bom filme! Boas atuações, história interessante, clima tenso, sombrio, angustiante. Sem sustos desnecessários, nada de variações de som ou música exagerada, características que têm marcado os mais recentes filmes do gênero. Muitos vão criticar a longa duração do filme, mas acho que aqui ela se justifica porque não há gordura sobrando no roteiro. Creio que em todos os aspectos o filme supera a média das mais recentes produções similares. Exceto pela conclusão, que não foi construída para agradar ao grande público, creio que a satisfação com o filme é garantida.
Quanto às pontas soltas ao final, não acho que seja um demérito. Na vida real, nem todos os crimes são totalmente solucionados e quando o são, muitos aspectos podem muito bem ficar em aberto, especialmente quando se lida com homicidas com problemas mentais, como é o caso. Achei um final criativo e suficiente, sendo desnecessário explicar didaticamente tudo que aconteceu, principalmente num filme com uma duração já bastante longa.
Admiravelmente simples, cru e objetivo. Filmaço! Com um tema atualíssimo e interpretações geniais, bom ritmo e roteiro tão enxuto quanto preciso, "Depois de Lúcia" é um dos melhores filmes de 2012, capaz de agradar inclusive àqueles que evitam filmes com temas fortes, dada a cruel realidade aqui retratada por Michel Franco com pouca classe, mas habilidade de sobra. Um filme que não se esquece, sobre um assunto cada vez mais presente no cotidiano adolescente. Apesar de o roteiro ter escorregão aqui, outro ali, com algumas pontas soltas, o filme é obrigatório para quem é fã de cinema.
Gostei muito do filme. Achei criativo, interessante, tenso em alguns momentos, introspectivo em outros e, claro, visualmente estonteante do começo ao fim. Defino como um ótimo blockbuster, mas achei um pouco supervalorizada a interpretação da Sandra Bullock e não me segurei na cadeira tanto quanto a maioria dos autores dos textos que tenho lido por aí. Essas interpretações metafóricas todas, as comparações com 2001, as apostas "certas" para prêmios da Academia, a angústia, a adrenalina e o envolvimento relatados, tudo isso achei um tanto exagerado, mas entendo que são aspectos meramente pessoais que não podem ficar sujeitos à críticas, tampouco serem trovejados como unânimes. Na minha modesta opinião, o roteiro têm seus furos e o final, um tanto piegas e previsível, tira-lhe alguns pontos importantes sim, já que o filme nos pega na mão e leva até ele com uma autoridade quase arrogante... optando pela solução fácil e familiar. Bom filme, boa diversão. Clássico? Não.
O velho Woody manda bem demais. Como eu gosto desse cara! Blue Jasmine é um filme maduro, bem dirigido, com excelentes atuações, tecnicamente seguro, de roteiro atualíssimo e com uma fluidez impressionante. Uma aula de como o cinema pode ser simples e classudo ao mesmo tempo. Woody merecia uma segunda vida. Fico triste por antecipação ao pensar que não verei mais dez filmes inéditos desse cara...
Filme divertido, vale o ingresso. Mas há ressalvas que não se pode deixar de fazer. Achei que a narração invoca demais o estilo "Tropa" e essa relação de traição entre amigos contada de um jeito meio "Cidade de Deus", saca? Pode parecer apenas inspiração ou homenagem, mas fiquei realmente com essa impressão, apesar de ter me esforçado para ver a obra como algo original, coisa que o é, se analisado pelo assunto raro. A abordagem, entretanto, é de blockbuster, rasa, sem preocupações documentais ou críticas. Achei que a ideia é ser um filme visual mesmo, com suas cenas de ação, emoção e esmero técnico. E funciona que é uma beleza, né? Mas analisando o orçamento e o material humano à disposição, creio que poderiam ter chegado a um resultado melhor se o filme tivesse 10% da ousadia de "Cheiro do Ralo", só pra citar outro filme dirigido pelo Heitor. Optando pelo caminho fácil, o filme será devidamente esquecido, apesar de não ser nem de longe uma produção ruim. Uma pena.
Carregando... Raulzito 0 minutos atrás Ah, o Alaska. Quantos filmes interessantes não o tiveram como cenário? Sempre achei fascinante aquela paisagem dramática, que os cineastas tanto gostam de mostrar com panorâmicas cerimoniais, travellings longos e aquela fotografia carregada, sombria, cheia de contraste. Mas diferentemente de Insônia, onde a turbidez e a névoa maximizam o desconforto que marca o personagem de Al Pacino, as atuações contidas de Cage, Cusack, assim como da afetada Hudgens, acabam tendo um efeito contrário, de amortecimento, de quase enfado. Vinte ou trinta minutos a menos tornariam o filme muito, muito menos cansativo, permitindo que nos lembrássemos dele como uma boa história baseada em fatos reais. A direção redonda, certinha, feijão com arroz, não contribui em nada com o thriller. E como já sabemos de antemão que apesar de várias prostitutas terem sido assassinadas, a garota da vez vai se safar, pouco sobra para prender a atenção de quem se propõe a seguir até o desfecho. Talvez se o estreante Scott Walker tivesse seguido à risca suas lições de Syd Field, tivéssemos algo mais aqui. Do jeito que ficou, em uma semana já o teremos esquecido. E continuamos respondendo à pergunta sobre qual o filme definitivo do gênero, sem pensar: Seven.
Qualquer fã de zumbis vai ficar maluco com os ataques em massa e as panorâmicas com aquelas hordas de mortos-vivos se atirando loucamente em qualquer coisa que se mexa. A fata de sangue que alguns comentaram foi bem compensada com a fotografia bem escura e a toda a ação dos zumbis anabolizados. E como a maioria dos filmes de zumbi atuais, o mote é mais ação do que terror propriamente dito, garantindo um nível bem razoável de diversão para (quase) todos os públicos. Quanto ao Pitt, acho que rendeu o (pouco) que o papel lhe exigiu, nada mais ou menos. O final? Acho que perdeu alguns pontos no arremate frouxo sim, concordo com a maioria, mas quando chega o epílogo o filme já te ganhou com a correria toda. É pela diversão, nada mais.
Assunto é assunto e criticá-lo justamente por ser o que é, não faz qualquer sentido. Se o Renato Russo já sabia que era gay ou não, se o Dinho Ouro Preto é/era bobo ou não, se a gracinha da Ana era chatinha daquele jeito ou não, se os caras eram punks ou não (fala sério!) é totalmente irrelevante. Isso aqui é um filme de fã, para quem pretendia conhecer um pouco da história de uma banda que ouvia quando era garoto e só, porque como arte é inegavelmente sofrível. Se você é especialista em Legião Urbana, criticaria qualquer coisa de qualquer jeito. Se não é, consegue se divertir um pouco e deixar pra lá os atores péssimos, os diálogos ridículos e a total falta de timing entre os shows e a novelinha. Pronto, falei. rs
Clássico de ação de Antoine Fuqua! Não tem a classe de Dia de Treinamento, seu melhor filme, mas definitivamente tem seu lugar garantido na história do gênero. Chow Yun-Fat foi um dos atores durões mais bacanas dos anos 90, tanto quanto Danny Trejo é o clássico vilão coadjuvante que não economiza balas, mesmo que saibamos como ele vai acabar no final. Vale, ainda, pela Mira Sorvino, que dispensa comentários. Se você é fão do gênero ação e ainda não viu Replacement Killers, não viu nada.
Um filme simples, porém bastante sólido e marcante. Os atores principais estão bem e conseguem, cada um à sua maneira, traduzir sem exageros a tensão que lhes é peculiar, de acordo com suas posições. A história é interessante e contada de forma enxuta, direta e bem contextualizada. Que fique claro: não há potencial aqui para que o filme se torne um clássico, já que o diretor optou pelo caminho tradicional - e sem arriscar, não há consagração - porém a habilidade de todos os envolvidos torna a obra prazerosa e divertida. Sem dúvida, é diversão garantida para todos os públicos, num raro caso em que a adaptação cinematográfica supera o livro em que foi baseada.
Olha, normalmente eu gosto do Tom Cruise e acho que ele escolhe bem os papéis, insistindo em personagens que raramente fogem do norte-americano médio esforçado que vira herói. Acho que funcionam bem e normalmente são divertidos. Mas aqui forçou um pouco, galera. Passou da conta. Esse Oblivion não passa de uma bela embalagem para idéias frouxas e uma coleção de furos de roteiro! Para fãs de sci-fi, certamente vale o ingresso conferir o visual dos robôs, naves, construções e paisagens, com várias sacadas espertíssimas e referências interessantes, mas todo o resto parece um rascunho qualquer! Diálogos terríveis, história fraca, trilha sonora exagerada e cafona, personagens sem função, clichês disfarçados de homenagens, diversas pontas soltas na trama e o pior de tudo: antes do filme mostrar a que veio, temos que aguentar uma introdução ultra-didática sobre absolutamente nada! Melhor seria explicar a situação num texto de cinco linhas no início do filme e tudo bem. Vale o ingresso numa boa sala de cinema pela diversão, mas não passa disso. Vá consciente.
A versão japa já era meio fraquinha, quase refugo da boa safra do terror oriental da primeira metade dos anos 2000. Salles deu um bom estilo com o orçamento mais generoso que teve, mas quando o roteiro não ajuda, nem toda a estética do mundo resolve...
Belo filme, mas com um sério problema de ritmo e carecedor de mais emoção. Pessoalmente, acho que o autor enxergou um tom festivo demais na história, que eu absolutamente não senti quando li a obra literária, que inclusive é uma das minhas preferidas. A jornada do Sal Paradise literário é muito mais "Amargo Pesadelo" que "Curtindo a Vida Adoidado". Acho que a opção mais light que o Salles preferiu aqui tirou um pouco da alma dos personagens, que é justamente onde reside a originalidade do livro. Vejam, o filme é bom, gostei bastante, mas trocaria meia hora dele por um pouco mais de entrega, de verdade, de desabafo.
Belíssimo. É provavelmente o filme mais triste que já vi. Não sei quem me irritou mais: Selma ou seu vizinho. rs Mas Lars é isso aí. Um dos manipuladores mais habilidosos da história do cinema. E aqui manipula com poesia, com classe, com precisão. Mito.
Faroeste Caboclo
3.2 2,4KCada peça de arte é única, desimportanto no que foi baseada. Cinema não é música e vice-versa. São linguagens diferentes, com processos de composição totalmente diferentes e limites ainda mais diferentes. O filme não é espetacular, porém não por deixar de materializar a música literalmente e sim por fazer algumas escolhas pouco plausíveis de roteiro. Achei, no entanto, que Fabrício Boliveira como protagonista foi acertadíssima e muito bem conduzida. As homenagens aos faroestes do Sérgio Leone, o bom ritmo do filme, as paisagens do cerrado contrastando com as niemeyrices de Brasília, tudo contribui para uma bela cena final, que não tem câmeras de tv ou povo a aplaudir, mas... sinceramente? Se assim fosse, ficaria ridículo. Palmas para a produção, que teve a coragem de realizar o filme e adaptar um clássico do rock nacional do jeito que acreditaram ser o certo. Recomendam que assistam de cabeça aberta. Diverte muito mais.
Pompeia
2.7 871 Assista AgoraRasgue dinheiro. Vai ser mais divertido do que ir ao cinema assistir esse filme. O resultado prático será o mesmo.
Paul W. S. Anderson tá igual o Shyamalan. Enigma do Horizonte e Sexto Sentido foram suas boas contribuições. Agora estão do lado errado da tela.
A Mão do Diabo
3.5 289Bom filme, boa estreia de Paxton na direção.
Infelizmente os acontecimentos finais são uma solução fácil para o filme, que tem um roteiro consistente até seu segundo terço. Nada contra reviravoltas, desde que coerentes.
De resto, as atuações são ok, o roteiro é enxuto, a duração está na medida e o clima de tensão funciona bem. São esses os elementos que garantem boa diversão para um filme desse gênero, mas certamente um arremate mais interessante lhe daria uns pontos a mais. Preguicinha que tirou-lhe a chance de virar um clássico.
Os Suspeitos
4.1 2,7K Assista AgoraBom filme! Boas atuações, história interessante, clima tenso, sombrio, angustiante. Sem sustos desnecessários, nada de variações de som ou música exagerada, características que têm marcado os mais recentes filmes do gênero. Muitos vão criticar a longa duração do filme, mas acho que aqui ela se justifica porque não há gordura sobrando no roteiro. Creio que em todos os aspectos o filme supera a média das mais recentes produções similares. Exceto pela conclusão, que não foi construída para agradar ao grande público, creio que a satisfação com o filme é garantida.
Quanto às pontas soltas ao final, não acho que seja um demérito. Na vida real, nem todos os crimes são totalmente solucionados e quando o são, muitos aspectos podem muito bem ficar em aberto, especialmente quando se lida com homicidas com problemas mentais, como é o caso. Achei um final criativo e suficiente, sendo desnecessário explicar didaticamente tudo que aconteceu, principalmente num filme com uma duração já bastante longa.
Depois de Lúcia
3.8 1,1K Assista AgoraAdmiravelmente simples, cru e objetivo. Filmaço!
Com um tema atualíssimo e interpretações geniais, bom ritmo e roteiro tão enxuto quanto preciso, "Depois de Lúcia" é um dos melhores filmes de 2012, capaz de agradar inclusive àqueles que evitam filmes com temas fortes, dada a cruel realidade aqui retratada por Michel Franco com pouca classe, mas habilidade de sobra. Um filme que não se esquece, sobre um assunto cada vez mais presente no cotidiano adolescente. Apesar de o roteiro ter escorregão aqui, outro ali, com algumas pontas soltas, o filme é obrigatório para quem é fã de cinema.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraGostei muito do filme. Achei criativo, interessante, tenso em alguns momentos, introspectivo em outros e, claro, visualmente estonteante do começo ao fim. Defino como um ótimo blockbuster, mas achei um pouco supervalorizada a interpretação da Sandra Bullock e não me segurei na cadeira tanto quanto a maioria dos autores dos textos que tenho lido por aí. Essas interpretações metafóricas todas, as comparações com 2001, as apostas "certas" para prêmios da Academia, a angústia, a adrenalina e o envolvimento relatados, tudo isso achei um tanto exagerado, mas entendo que são aspectos meramente pessoais que não podem ficar sujeitos à críticas, tampouco serem trovejados como unânimes. Na minha modesta opinião, o roteiro têm seus furos e o final, um tanto piegas e previsível, tira-lhe alguns pontos importantes sim, já que o filme nos pega na mão e leva até ele com uma autoridade quase arrogante... optando pela solução fácil e familiar.
Bom filme, boa diversão. Clássico? Não.
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraO velho Woody manda bem demais. Como eu gosto desse cara!
Blue Jasmine é um filme maduro, bem dirigido, com excelentes atuações, tecnicamente seguro, de roteiro atualíssimo e com uma fluidez impressionante. Uma aula de como o cinema pode ser simples e classudo ao mesmo tempo. Woody merecia uma segunda vida. Fico triste por antecipação ao pensar que não verei mais dez filmes inéditos desse cara...
Serra Pelada
3.6 353 Assista AgoraFilme divertido, vale o ingresso. Mas há ressalvas que não se pode deixar de fazer.
Achei que a narração invoca demais o estilo "Tropa" e essa relação de traição entre amigos contada de um jeito meio "Cidade de Deus", saca? Pode parecer apenas inspiração ou homenagem, mas fiquei realmente com essa impressão, apesar de ter me esforçado para ver a obra como algo original, coisa que o é, se analisado pelo assunto raro. A abordagem, entretanto, é de blockbuster, rasa, sem preocupações documentais ou críticas. Achei que a ideia é ser um filme visual mesmo, com suas cenas de ação, emoção e esmero técnico. E funciona que é uma beleza, né? Mas analisando o orçamento e o material humano à disposição, creio que poderiam ter chegado a um resultado melhor se o filme tivesse 10% da ousadia de "Cheiro do Ralo", só pra citar outro filme dirigido pelo Heitor. Optando pelo caminho fácil, o filme será devidamente esquecido, apesar de não ser nem de longe uma produção ruim. Uma pena.
Sangue no Gelo
3.3 343Carregando...
Raulzito 0 minutos atrás
Ah, o Alaska. Quantos filmes interessantes não o tiveram como cenário? Sempre achei fascinante aquela paisagem dramática, que os cineastas tanto gostam de mostrar com panorâmicas cerimoniais, travellings longos e aquela fotografia carregada, sombria, cheia de contraste. Mas diferentemente de Insônia, onde a turbidez e a névoa maximizam o desconforto que marca o personagem de Al Pacino, as atuações contidas de Cage, Cusack, assim como da afetada Hudgens, acabam tendo um efeito contrário, de amortecimento, de quase enfado. Vinte ou trinta minutos a menos tornariam o filme muito, muito menos cansativo, permitindo que nos lembrássemos dele como uma boa história baseada em fatos reais. A direção redonda, certinha, feijão com arroz, não contribui em nada com o thriller. E como já sabemos de antemão que apesar de várias prostitutas terem sido assassinadas, a garota da vez vai se safar, pouco sobra para prender a atenção de quem se propõe a seguir até o desfecho. Talvez se o estreante Scott Walker tivesse seguido à risca suas lições de Syd Field, tivéssemos algo mais aqui. Do jeito que ficou, em uma semana já o teremos esquecido. E continuamos respondendo à pergunta sobre qual o filme definitivo do gênero, sem pensar: Seven.
Guerra Mundial Z
3.5 3,2K Assista AgoraQualquer fã de zumbis vai ficar maluco com os ataques em massa e as panorâmicas com aquelas hordas de mortos-vivos se atirando loucamente em qualquer coisa que se mexa. A fata de sangue que alguns comentaram foi bem compensada com a fotografia bem escura e a toda a ação dos zumbis anabolizados. E como a maioria dos filmes de zumbi atuais, o mote é mais ação do que terror propriamente dito, garantindo um nível bem razoável de diversão para (quase) todos os públicos. Quanto ao Pitt, acho que rendeu o (pouco) que o papel lhe exigiu, nada mais ou menos. O final? Acho que perdeu alguns pontos no arremate frouxo sim, concordo com a maioria, mas quando chega o epílogo o filme já te ganhou com a correria toda. É pela diversão, nada mais.
Somos Tão Jovens
3.3 2,0KAssunto é assunto e criticá-lo justamente por ser o que é, não faz qualquer sentido. Se o Renato Russo já sabia que era gay ou não, se o Dinho Ouro Preto é/era bobo ou não, se a gracinha da Ana era chatinha daquele jeito ou não, se os caras eram punks ou não (fala sério!) é totalmente irrelevante. Isso aqui é um filme de fã, para quem pretendia conhecer um pouco da história de uma banda que ouvia quando era garoto e só, porque como arte é inegavelmente sofrível. Se você é especialista em Legião Urbana, criticaria qualquer coisa de qualquer jeito. Se não é, consegue se divertir um pouco e deixar pra lá os atores péssimos, os diálogos ridículos e a total falta de timing entre os shows e a novelinha. Pronto, falei. rs
Assassinos Substitutos
3.2 55 Assista AgoraClássico de ação de Antoine Fuqua! Não tem a classe de Dia de Treinamento, seu melhor filme, mas definitivamente tem seu lugar garantido na história do gênero. Chow Yun-Fat foi um dos atores durões mais bacanas dos anos 90, tanto quanto Danny Trejo é o clássico vilão coadjuvante que não economiza balas, mesmo que saibamos como ele vai acabar no final. Vale, ainda, pela Mira Sorvino, que dispensa comentários. Se você é fão do gênero ação e ainda não viu Replacement Killers, não viu nada.
O Discurso do Rei
4.0 2,6K Assista AgoraUm filme simples, porém bastante sólido e marcante.
Os atores principais estão bem e conseguem, cada um à sua maneira, traduzir sem exageros a tensão que lhes é peculiar, de acordo com suas posições. A história é interessante e contada de forma enxuta, direta e bem contextualizada. Que fique claro: não há potencial aqui para que o filme se torne um clássico, já que o diretor optou pelo caminho tradicional - e sem arriscar, não há consagração - porém a habilidade de todos os envolvidos torna a obra prazerosa e divertida. Sem dúvida, é diversão garantida para todos os públicos, num raro caso em que a adaptação cinematográfica supera o livro em que foi baseada.
O Buraco
2.8 326Clássico terror adolescente. Para fãs do gênero, prato cheio. Divertidíssimo!
Mary e Max: Uma Amizade Diferente
4.5 2,4KTriste e deprê, vigoroso e impactante, emocional e honesto
Belíssimo!
Turistas
1.9 1,0K Assista AgoraAdorei. Ri muito. ;-)
(e nunca mais comi espetinho de queijo coalho do mesmo jeito...)
Sinais
3.5 1,4K Assista AgoraDa época em que o Shyamalan ainda me empolgava...
Oblivion
3.2 1,7K Assista AgoraOlha, normalmente eu gosto do Tom Cruise e acho que ele escolhe bem os papéis, insistindo em personagens que raramente fogem do norte-americano médio esforçado que vira herói. Acho que funcionam bem e normalmente são divertidos. Mas aqui forçou um pouco, galera. Passou da conta. Esse Oblivion não passa de uma bela embalagem para idéias frouxas e uma coleção de furos de roteiro! Para fãs de sci-fi, certamente vale o ingresso conferir o visual dos robôs, naves, construções e paisagens, com várias sacadas espertíssimas e referências interessantes, mas todo o resto parece um rascunho qualquer! Diálogos terríveis, história fraca, trilha sonora exagerada e cafona, personagens sem função, clichês disfarçados de homenagens, diversas pontas soltas na trama e o pior de tudo: antes do filme mostrar a que veio, temos que aguentar uma introdução ultra-didática sobre absolutamente nada! Melhor seria explicar a situação num texto de cinco linhas no início do filme e tudo bem. Vale o ingresso numa boa sala de cinema pela diversão, mas não passa disso. Vá consciente.
Diários de Motocicleta
3.9 827Extras fracos. Esperemos que um dia apareça uma "versão do diretor".
Água Negra
2.7 407A versão japa já era meio fraquinha, quase refugo da boa safra do terror oriental da primeira metade dos anos 2000. Salles deu um bom estilo com o orçamento mais generoso que teve, mas quando o roteiro não ajuda, nem toda a estética do mundo resolve...
Na Estrada
3.3 1,9KBelo filme, mas com um sério problema de ritmo e carecedor de mais emoção. Pessoalmente, acho que o autor enxergou um tom festivo demais na história, que eu absolutamente não senti quando li a obra literária, que inclusive é uma das minhas preferidas. A jornada do Sal Paradise literário é muito mais "Amargo Pesadelo" que "Curtindo a Vida Adoidado". Acho que a opção mais light que o Salles preferiu aqui tirou um pouco da alma dos personagens, que é justamente onde reside a originalidade do livro. Vejam, o filme é bom, gostei bastante, mas trocaria meia hora dele por um pouco mais de entrega, de verdade, de desabafo.
Linha de Passe
3.7 167 Assista AgoraTapa na cara do paulista. Filmão.
Diários de Motocicleta
3.9 827TOP FIVE melhores roadmovies de todos os tempos. Pelo menos no meu. rs
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraBelíssimo.
É provavelmente o filme mais triste que já vi. Não sei quem me irritou mais: Selma ou seu vizinho. rs
Mas Lars é isso aí. Um dos manipuladores mais habilidosos da história do cinema. E aqui manipula com poesia, com classe, com precisão. Mito.