Esquecível. Entre os dois filmes que mais parecem ser um só, eu fico com Amizade Colorida, por muitos motivos. Mas até que não foi um total erro da parte da Natalie fazer parte disso, o filme é até simpático e o casal tem carisma.
Surpresa da madruga. Com uma direção genialmente conduzida, Dente Canino envolve o espectador no mundinho inventado dessa família, onde situações de extremo absurdo assustam e fazem rir. A temática é até bem parecida com A Vila do Shyamalan, mas com uma pitada de sadomasoquismo.
O cinema como arte livre. O que sugere uma surra com um VHS? Fica a reflexão. É mesmo cruel, difícil e perturbador. Mas não é maravilhoso esse soco no estômago?
Por que se recusa a dar sua interpretação de seus filmes?
Lynch – Não quero estragar a experiência de ninguém. O filme é uma coisa completa. Como na meditação, não se deve adicionar nem retirar nada. Você não sai por aí desenterrando autores mortos e perguntando a eles o que eles quiseram dizer com isso ou aquilo. É preciso descobrir por si próprio. Toda interpretação é válida.
Passível de interpretações, filosófico, com um toque surrealista e intrigante. Buñuel foi genial e um pouco cruel, eu diria. Os desejos mais obscuros do ser humano são aqui expostos e causam um certo estranhamento.
É interessante ver que Séverine demonstra maior satisfação pessoal em suas fantasias, onde aparece sob uma situação humilhante, do que em seu casamento aparentemente feliz. O diretor deixa claro, também, que a própria repudia esta forma de prazer, como se não se aceitasse.
Estou cheia de perguntas e pensamentos, e isso já vale. O cinema que questiona e faz pensar facilmente me ganha.
Se o objetivo era unir cinema e política, Godard o fez. Brilhantemente. Não há muito a ser extraído para o contexto atual, mas vale muito pela direção de arte, que é linda.
Narrativa não linear, nada convencional, difícil, arrastada... Mas interessante. Sonho, subconsciente e realidade misturam-se e dão mesmo um nó na cabeça, principalmente daqueles que não imaginavam ver um filme tão complexo. Meu caso. L'Année Dernière à Marienbad deixa espaço para muitas interpretações. Quem viu num dia inspirado com certeza fez bom proveito. Interessante que os personagens não tenham um nome, como o próprio "X" sugere para "A" quando ela tenta imaginar se o casal da estátua do jardim teria um nome.
É difícil até escrever sobre o filme. De fato, difere de tudo que já vi antes. É enigmático e reflexivo. Sinceramente? Foi difícil até de ver até o fim. Mas reconheço, e como reconheço, o seu valor.
Reflexos de uma sociedade despreparada. 11 anos após sua realização a história continua a mesma: fuma maconha = vagabundo viciado. O senso comum é mesmo uma merda.
Sem aprofundar muito na questão dos manicômios (e nem preciso dizer que sou contra esses internatos) mas sobre a questão da falta de informação, eu me pergunto: até quando? Pais como o do Neto a gente encontra em toda esquina. Um diálogo no filme retrata bem o que acontece: - Eu fumo maconha, não sou viciado. Maconha não vicia. - Não é isso que a gente vê na tv e no jornal.
Aí é que está. Neto não estava certo, muito menos seu pai.
Não é com um cartaz escrito "Não use drogas" na parede que se prepara um indivíduo. Acredito na liberdade de ser, de agir, de viver. Enquanto essa liberdade existir, sempre existirá quem quebre regras. O que a gente precisa é de informação.
Ato II: beleza e nostalgia. eu, bem pequena, já dancei o quebra-nozes, e acho um dos mais lindos balés, juntamente com lago dos cisnes e giselle.
Ato III: Paul Dukas baseou-se numa balada de Goethe, e a música foi construída como história, retratada lindamente. a orquestra vai de barulhenta, dramática e ensurdecedora a inocente e suave de acordo com os fatos que sucedem. lindo!
Ato IV: visão pessoal de Walt Disney para Le Sacre du Printemps, de Stravinsky, onde ele conta a história da criação do universo. fascinante.
Ato V: beethoven e a natureza. particularmente, acho um dos atos mais lindos e apaixonantes. li sobre a sinfonia e a interpretação dela por beethoven, por curiosidade, e a ordem é a seguinte: 1 - despertar de sentimentos alegres diante da chegada ao campo 2 - cena à beira de um regato 3 - dança campestre 4 - a tempestade. 5 - hino de ação de graças dos pastores, após a tempestade.
Ato VI: dança das horas, mais um balé lindo, dançado por animais quase que satiricamente. o mais infantil de todos os atos.
Ato VII, o grand finale: a maldade e a bondade. como o amigo de baixo bem disse: orgásmico. Ave Maria é de uma graciosidade e beleza sem tamanho, enquanto Noite no Monte Calvo é uma obra sinistra e eventualmente assustadora. a beleza também está aí.
Assim organizei um pouco as ideias. tive que ler sobre, pois trata-se de uma obra cheia de referências. pude perceber que muitas coisas estavam acima do meu entendimento.
Quase nunca escrevo muito sobre um filme mas nesse aqui eu preciso! Já tinha lido bastante sobre e, apesar das críticas negativas, eu sempre quis muito ver. Uma coisinha que me deixou encucada: Porque esse filme é tão popular e caiu no gosto de tanta gente? Não acho que seja para muitos. Me preparei para algo mais fácil, pois parecia se tratar de um filme bastante popular, e não vi nada disso. O que, de fato, me fez amar tanto tudo que eu vi. A estranheza e o excêntrico sempre me causaram fascínio. Fiquei feliz por me flagrar encantada por tudo que eu via. Bertolucci e sua charmosa direção, usou e abusou de, diga-se de passagem, LINDAS referências. Um pequeno spolerzinho: a cena em que há um amontoado de caixotes e a música de Pierrot le Fou ao fundo, quando a câmera foca no espanto de Isabelle e Matthew e estes se vêem maravilhados por se darem conta do que viam me deu arrepios. Que coisa mais linda! Enquanto os três viviam uma libertação individual, uma verdadeira revolução acontecia lá fora, revolução esta que foi pouco abordada no filme. A sexualidade como elemento da natureza humana e o desejo visto com inocência. Aqui eu vi uma das mais belas e inesquecíveis cenas de sexo do cinema!
A razão pela qual eu não darei 5 estrelas é que o final ficou bastante vago, por mais que esta também tenha sido uma deixa para pensarmos um pouco sobre o que acabamos de ver... O experimento de Bertolucci acaba ao som de Non, je ne regrette rien, de Piaf, que fala por si só.
-- The first time I saw a movie at the cinématèque française I thought, "Only the French... only the French would house a cinema inside a palace." -- Por favor, gente!
Uma bela crítica ao modelo familiar americano. Agora sei que, mesmo com a demora, Felicidade é um filme que precisa ser visto por qualquer um que goste de cinema. É um marco. Ácido e irônico, às vezes desconfortável... Mas esse desconforto é talvez a sua melhor qualidade. O único problema, para mim: o filme inteiro é carregadíssimo, daí chega no fim e ele fica meio cômico. Isso foi (ou pelo menos pareceu) proposital, eu sei, mas preferia que tomasse um rumo mais sério, mais profundo. Mas ainda assim, um filmaço!
Detalhista e estiloso, com um bom roteiro e uma direção de arte finíssima. Às vezes engraçado, às vezes trágico, às vezes bonito... Algumas cenas são reconfortantes. Agora, particularmente, a influência exagerada que tem o Godard no estilo de dirigir do Xavier Dolan me incomoda muito. Aliás, mais ainda, a pretensão dele me incomoda. Algumas coisas soam exageradas e meio que "fora de tempo". Mas o jovem diretor tem sim o meu repeito. :-)
De uma narrativa maravilhosa, leve, e divertida, o filme é bonitinho e engraçado. O estilo de direção do Godard é realmente muito particular (e lindo). As luzes vermelhas e azuis, já vistas anteriormente, ainda me impressionam. Lindeza!
De tudo, fica em mim a certeza de que três coisas só aumentam: o apreço pelo Godard, o encanto pela Anna Karina e minha paixonite pelo Jean-Paul Belmondo. :~
Eu não sabia que estava perdendo tanto em não ver. Sempre deixava pra depois, depois depois... O filme é lindo, poético, toca no fundo da alma. Não é de difícil compreensão, é acessível. Não é raro encontrar quem crie encanto por ele mesmo sem paixão pelo cinema. Requer apenas um pouco de sensibilidade. Anna Karina e Jean-Paul Belmondo são apaixonantes. Eu só não entendi o porque da tradução brazuca ser O Demônio das Onze Horas.
Não vou mentir: eu achava que tratava-se de um drama pretensioso e chato. O motivo maior da curiosidade para vê-lo foi a atuação da Michelle Williams, que eu já ouvia falar bem. No fim das contas acabei encantada. Roteiro fofinho, direção delicada, Michelle fascinante e verdadeiramente impressionante ao quase encarnar a Marilyn... O garoto que interpreta o Colin até pareceu escolhido a dedo. Perfeito pro papel! Eu tenho que falar da Judi Dench, pois é impressionante seu destaque até mesmo nos menores papéis. Eu achei sua participação, por menor que seja, maravilhosa e indispensável.
Já faz alguns anos que eu só assistia os 40 minutos iniciais, às vezes pegava pela metade em algum canal, dava umas risadas e nada mais... Até que resolvi locar, e garanto: esse filme é risada do comecinho até o fim. Na cena do Cirque Du Soleil eu achei que não ia mais parar de rir. Todo o elenco casou perfeitamente e o resultado final é adorável. Aliás, eu ainda não vi uma comédia ruim com o Seth Rogen no elenco.
Eu acho engraçado quando vejo gente chamar um filme que transpira besteirol (vide capa e sinopse) de sem noção, tosco, bobão... Fiquem os senhores sabendo que estes são pré-requisitos para um bom besteirol. E pô, se tu não curte o gênero, é simples: não assiste!
Vi stoned com amigos e nós rimos bastante. E além da diversão, o filme trata também, de maneira hilária, de estereótipos étnicos. O final não me deixa mentir.
Algo que não posso deixar de ressaltar: James Franco possui um timing perfeito pra comédia, que aliás, eu desconhecia. Acho que pra mim foi o destaque. Curti muito a introdução e o roteiro também, cheio de tiradas ótimas.
Sem muitos rodeios e chatices estilo "estamos caminhando para isso" (o que acho, inclusive, uma opinião bastante irrelevante e generalizada), Idiocracy é uma boa comédia.
Antes mesmo de ver, admirava a excêntrica sinopse e ouvia falar muito bem. Tinha a impressão de que seria o único filme que poderia superar Volver (na minha opinião, o melhor do Almodóvar). E assim foi. É claro o domínio no que diz respeito a narrativas cotidianas por parte do diretor. Sua maestria na combinação de roteiro afinado e uma simples, porém magnífica fotografia, são admiráveis. O bom gosto na trilha sonora também é notável, e com este não foi diferente. Algo incrível e que me marcou foi o fato dele, mesmo sendo homem, ter conseguido observar e retratar com tamanha sensibilidade o universo feminino.
Manuela é uma personagem que representa, talvez da melhor forma já vista num filme, o amor materno. O que ficou após o desfecho: mesmo após perder o filho, uma vez mãe, sempre mãe. De quem quer que seja. Bela homenagem ao amor mais sincero e imensurável que pode existir. E, como ele próprio deixou claro, a todas as formas de ser mulher.
Sexo Sem Compromisso
3.3 2,2K Assista AgoraEsquecível. Entre os dois filmes que mais parecem ser um só, eu fico com Amizade Colorida, por muitos motivos.
Mas até que não foi um total erro da parte da Natalie fazer parte disso, o filme é até simpático e o casal tem carisma.
Patativa do Assaré - Ave Poesia
4.2 17um predestinado de coração bom.
orgulho do meu Ceará!
Dente Canino
3.8 1,2K Assista AgoraSurpresa da madruga. Com uma direção genialmente conduzida, Dente Canino envolve o espectador no mundinho inventado dessa família, onde situações de extremo absurdo assustam e fazem rir.
A temática é até bem parecida com A Vila do Shyamalan, mas com uma pitada de sadomasoquismo.
O cinema como arte livre.
O que sugere uma surra com um VHS? Fica a reflexão.
É mesmo cruel, difícil e perturbador. Mas não é maravilhoso esse soco no estômago?
Juntos Pelo Acaso
3.6 1,7K Assista AgoraBobo, ocasionalmente divertido, e na maior parte do tempo, um clichê babaca.
Katherine Heigl, já não está na hora de evoluir?
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraPor que se recusa a dar sua interpretação de seus filmes?
Lynch – Não quero estragar a experiência de ninguém. O filme é uma coisa completa. Como na meditação, não se deve adicionar nem retirar nada. Você não sai por aí desenterrando autores mortos e perguntando a eles o que eles quiseram dizer com isso ou aquilo. É preciso descobrir por si próprio. Toda interpretação é válida.
:-)
A Bela da Tarde
4.1 343 Assista AgoraPassível de interpretações, filosófico, com um toque surrealista e intrigante. Buñuel foi genial e um pouco cruel, eu diria. Os desejos mais obscuros do ser humano são aqui expostos e causam um certo estranhamento.
É interessante ver que Séverine demonstra maior satisfação pessoal em suas fantasias, onde aparece sob uma situação humilhante, do que em seu casamento aparentemente feliz. O diretor deixa claro, também, que a própria repudia esta forma de prazer, como se não se aceitasse.
Estou cheia de perguntas e pensamentos, e isso já vale. O cinema que questiona e faz pensar facilmente me ganha.
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
4.3 5,0K Assista Agorasão tempos difíceis para os sonhadores, não é mesmo?
incrível, meu encanto cresce sempre que assisto. filmezinho gostoso!
sincero, minimalista e aconchegante.
A Chinesa
3.9 135Se o objetivo era unir cinema e política, Godard o fez. Brilhantemente.
Não há muito a ser extraído para o contexto atual, mas vale muito pela direção de arte, que é linda.
O Ano Passado em Marienbad
4.2 156 Assista AgoraNarrativa não linear, nada convencional, difícil, arrastada... Mas interessante.
Sonho, subconsciente e realidade misturam-se e dão mesmo um nó na cabeça, principalmente daqueles que não imaginavam ver um filme tão complexo. Meu caso.
L'Année Dernière à Marienbad deixa espaço para muitas interpretações. Quem viu num dia inspirado com certeza fez bom proveito.
Interessante que os personagens não tenham um nome, como o próprio "X" sugere para "A" quando ela tenta imaginar se o casal da estátua do jardim teria um nome.
É difícil até escrever sobre o filme. De fato, difere de tudo que já vi antes. É enigmático e reflexivo. Sinceramente? Foi difícil até de ver até o fim. Mas reconheço, e como reconheço, o seu valor.
Bicho de Sete Cabeças
4.0 1,1K Assista AgoraReflexos de uma sociedade despreparada. 11 anos após sua realização a história continua a mesma: fuma maconha = vagabundo viciado.
O senso comum é mesmo uma merda.
Sem aprofundar muito na questão dos manicômios (e nem preciso dizer que sou contra esses internatos) mas sobre a questão da falta de informação, eu me pergunto: até quando? Pais como o do Neto a gente encontra em toda esquina. Um diálogo no filme retrata bem o que acontece:
- Eu fumo maconha, não sou viciado. Maconha não vicia.
- Não é isso que a gente vê na tv e no jornal.
Aí é que está.
Neto não estava certo, muito menos seu pai.
Não é com um cartaz escrito "Não use drogas" na parede que se prepara um indivíduo. Acredito na liberdade de ser, de agir, de viver. Enquanto essa liberdade existir, sempre existirá quem quebre regras.
O que a gente precisa é de informação.
Viver a Vida
4.2 391é preciso se emprestar aos outros e se dar somente a si mesmo.
♥
Fantasia
4.1 300 Assista AgoraAto I: sinestésico.
Ato II: beleza e nostalgia. eu, bem pequena, já dancei o quebra-nozes, e acho um dos mais lindos balés, juntamente com lago dos cisnes e giselle.
Ato III: Paul Dukas baseou-se numa balada de Goethe, e a música foi construída como história, retratada lindamente. a orquestra vai de barulhenta, dramática e ensurdecedora a inocente e suave de acordo com os fatos que sucedem. lindo!
Ato IV: visão pessoal de Walt Disney para Le Sacre du Printemps, de Stravinsky, onde ele conta a história da criação do universo. fascinante.
Ato V: beethoven e a natureza. particularmente, acho um dos atos mais lindos e apaixonantes. li sobre a sinfonia e a interpretação dela por beethoven, por curiosidade, e a ordem é a seguinte:
1 - despertar de sentimentos alegres diante da chegada ao campo
2 - cena à beira de um regato
3 - dança campestre
4 - a tempestade.
5 - hino de ação de graças dos pastores, após a tempestade.
Ato VI: dança das horas, mais um balé lindo, dançado por animais quase que satiricamente. o mais infantil de todos os atos.
Ato VII, o grand finale: a maldade e a bondade. como o amigo de baixo bem disse: orgásmico. Ave Maria é de uma graciosidade e beleza sem tamanho, enquanto Noite no Monte Calvo é uma obra sinistra e eventualmente assustadora. a beleza também está aí.
Assim organizei um pouco as ideias. tive que ler sobre, pois trata-se de uma obra cheia de referências. pude perceber que muitas coisas estavam acima do meu entendimento.
Os Sonhadores
4.1 2,0KQuase nunca escrevo muito sobre um filme mas nesse aqui eu preciso!
Já tinha lido bastante sobre e, apesar das críticas negativas, eu sempre quis muito ver. Uma coisinha que me deixou encucada:
Porque esse filme é tão popular e caiu no gosto de tanta gente? Não acho que seja para muitos. Me preparei para algo mais fácil, pois parecia se tratar de um filme bastante popular, e não vi nada disso. O que, de fato, me fez amar tanto tudo que eu vi.
A estranheza e o excêntrico sempre me causaram fascínio. Fiquei feliz por me flagrar encantada por tudo que eu via. Bertolucci e sua charmosa direção, usou e abusou de, diga-se de passagem, LINDAS referências. Um pequeno spolerzinho: a cena em que há um amontoado de caixotes e a música de Pierrot le Fou ao fundo, quando a câmera foca no espanto de Isabelle e Matthew e estes se vêem maravilhados por se darem conta do que viam me deu arrepios. Que coisa mais linda!
Enquanto os três viviam uma libertação individual, uma verdadeira revolução acontecia lá fora, revolução esta que foi pouco abordada no filme.
A sexualidade como elemento da natureza humana e o desejo visto com inocência. Aqui eu vi uma das mais belas e inesquecíveis cenas de sexo do cinema!
A razão pela qual eu não darei 5 estrelas é que o final ficou bastante vago, por mais que esta também tenha sido uma deixa para pensarmos um pouco sobre o que acabamos de ver...
O experimento de Bertolucci acaba ao som de Non, je ne regrette rien, de Piaf, que fala por si só.
-- The first time I saw a movie at the cinématèque française I thought, "Only the French... only the French would house a cinema inside a palace." --
Por favor, gente!
Felicidade
4.1 377Uma bela crítica ao modelo familiar americano. Agora sei que, mesmo com a demora, Felicidade é um filme que precisa ser visto por qualquer um que goste de cinema. É um marco. Ácido e irônico, às vezes desconfortável... Mas esse desconforto é talvez a sua melhor qualidade.
O único problema, para mim: o filme inteiro é carregadíssimo, daí chega no fim e ele fica meio cômico. Isso foi (ou pelo menos pareceu) proposital, eu sei, mas preferia que tomasse um rumo mais sério, mais profundo.
Mas ainda assim, um filmaço!
Amores Imaginários
3.8 1,5KDetalhista e estiloso, com um bom roteiro e uma direção de arte finíssima.
Às vezes engraçado, às vezes trágico, às vezes bonito...
Algumas cenas são reconfortantes.
Agora, particularmente, a influência exagerada que tem o Godard no estilo de dirigir do Xavier Dolan me incomoda muito. Aliás, mais ainda, a pretensão dele me incomoda.
Algumas coisas soam exageradas e meio que "fora de tempo".
Mas o jovem diretor tem sim o meu repeito. :-)
Uma Mulher é Uma Mulher
4.1 268De uma narrativa maravilhosa, leve, e divertida, o filme é bonitinho e engraçado.
O estilo de direção do Godard é realmente muito particular (e lindo). As luzes vermelhas e azuis, já vistas anteriormente, ainda me impressionam. Lindeza!
De tudo, fica em mim a certeza de que três coisas só aumentam: o apreço pelo Godard, o encanto pela Anna Karina e minha paixonite pelo Jean-Paul Belmondo. :~
O Demônio das Onze Horas
4.2 431 Assista AgoraEu não sabia que estava perdendo tanto em não ver. Sempre deixava pra depois, depois depois...
O filme é lindo, poético, toca no fundo da alma. Não é de difícil compreensão, é acessível. Não é raro encontrar quem crie encanto por ele mesmo sem paixão pelo cinema. Requer apenas um pouco de sensibilidade.
Anna Karina e Jean-Paul Belmondo são apaixonantes.
Eu só não entendi o porque da tradução brazuca ser O Demônio das Onze Horas.
No mais, Pierrot le Fou é grandioso.
Sete Dias com Marilyn
3.7 1,7K Assista AgoraNão vou mentir: eu achava que tratava-se de um drama pretensioso e chato. O motivo maior da curiosidade para vê-lo foi a atuação da Michelle Williams, que eu já ouvia falar bem.
No fim das contas acabei encantada. Roteiro fofinho, direção delicada, Michelle fascinante e verdadeiramente impressionante ao quase encarnar a Marilyn... O garoto que interpreta o Colin até pareceu escolhido a dedo. Perfeito pro papel!
Eu tenho que falar da Judi Dench, pois é impressionante seu destaque até mesmo nos menores papéis. Eu achei sua participação, por menor que seja, maravilhosa e indispensável.
Uma lindeza de filme. Estou surpresa!
Ligeiramente Grávidos
3.0 553 Assista AgoraJá faz alguns anos que eu só assistia os 40 minutos iniciais, às vezes pegava pela metade em algum canal, dava umas risadas e nada mais... Até que resolvi locar, e garanto: esse filme é risada do comecinho até o fim.
Na cena do Cirque Du Soleil eu achei que não ia mais parar de rir.
Todo o elenco casou perfeitamente e o resultado final é adorável. Aliás, eu ainda não vi uma comédia ruim com o Seth Rogen no elenco.
Madrugada Muito Louca
3.2 244Eu acho engraçado quando vejo gente chamar um filme que transpira besteirol (vide capa e sinopse) de sem noção, tosco, bobão... Fiquem os senhores sabendo que estes são pré-requisitos para um bom besteirol. E pô, se tu não curte o gênero, é simples: não assiste!
Vi stoned com amigos e nós rimos bastante. E além da diversão, o filme trata também, de maneira hilária, de estereótipos étnicos. O final não me deixa mentir.
Segurando as Pontas
3.4 565 Assista AgoraFilme super chapado, heim. E ó que dupla!
Algo que não posso deixar de ressaltar: James Franco possui um timing perfeito pra comédia, que aliás, eu desconhecia. Acho que pra mim foi o destaque.
Curti muito a introdução e o roteiro também, cheio de tiradas ótimas.
Legalmente Loira
3.1 759 Assista Agoraexercitar libera endorfina > endorfina deixa a gente feliz > gente feliz não atira no marido
Idiocracia
3.1 588Sem muitos rodeios e chatices estilo "estamos caminhando para isso" (o que acho, inclusive, uma opinião bastante irrelevante e generalizada), Idiocracy é uma boa comédia.
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraAntes mesmo de ver, admirava a excêntrica sinopse e ouvia falar muito bem. Tinha a impressão de que seria o único filme que poderia superar Volver (na minha opinião, o melhor do Almodóvar). E assim foi. É claro o domínio no que diz respeito a narrativas cotidianas por parte do diretor. Sua maestria na combinação de roteiro afinado e uma simples, porém magnífica fotografia, são admiráveis. O bom gosto na trilha sonora também é notável, e com este não foi diferente.
Algo incrível e que me marcou foi o fato dele, mesmo sendo homem, ter conseguido observar e retratar com tamanha sensibilidade o universo feminino.
Manuela é uma personagem que representa, talvez da melhor forma já vista num filme, o amor materno. O que ficou após o desfecho: mesmo após perder o filho, uma vez mãe, sempre mãe. De quem quer que seja.
Bela homenagem ao amor mais sincero e imensurável que pode existir. E, como ele próprio deixou claro, a todas as formas de ser mulher.