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Viajante do tempo, cinéfilo e nostálgico. Fã de filmes de terror, pizza de pepperoni e Ferris Bueller.

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Últimas opiniões enviadas

  • @resenha100nota

    Quando a professora de Inglês Thamara convoca os pais do pequeno Gustavo para discutir o comportamento estranho do garoto uma tensa conversa tem início.
    A partir dessa premissa "Volume Morto" (2019), produção nacional com Julia Rabello e Fernanda Vasconcelos (ótimas), provoca o espectador e põe o dedo na ferida.

    A trama é quase que exclusivamente filmada dentro da sala de aula onde a longa discussão acontece. Essa decisão trouxe um tom claustrofóbico, de clausura que nos deixa ainda mais tensos porque a sensação é de que algo muito ruim está para acontecer. Basta um pensamento mal explicado ou uma palavra mal colocada.
    A pauta de colocar professores e pais em lados opostos infelizmente me parece um retrato bem atual. As crianças tem cada vez menos espaço nas agendas superlotadas dos pais, que delegam toda responsabilidade sobre a educação e atenção à escola, numa espécie de terceirização de uma competência intransferível.
    E quando algo não vai bem e a conversa torna-se inevitável, o professor torna-se o portador de más notícias, incompetente em sua função, que desperdiça o valioso tempo do papai e da mamãe.
    Por esses pecados ela merece ser punida. Para os pais o prejuízo é evidente e o dinheiro pago em caras mensalidades requer plena satisfação. É aí que entra a dona do comércio, a diretora do colégio. O cliente tem sempre razão, não é verdade?! A criança é a cifra, o tempo desperdiçado, é aquela que abre a boca, mas não fala...ou não é ouvida.
    E de quem é a responsabilidade? O papai e a mamãe poderiam responder, mas o celular tocou e não pára de chegar mensagem no Whatsapp. Gustavinho fica pra depois...

    8.0

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  • @resenha100nota

    Numa época que o cinema de terror era visto como um gênero menor, ou marginalizado por boa parte da crítica especializada, Roman Polanski decide adaptar o livro de Ira Levin, "O Bebê de Rosemary" (1968). Para dar mais respaldo a produção, Polanski trouxe Mia Farrow e John Cassavetes. O filme inclusive acabou com o casamento de Mia com Frank Sinatra, após a atriz recusar a participação em um filme do marido para filmar com Polanski.
    A decisão profissional foi acertada visto que o longa de terror impulsionou a carreira da atriz e rendeu elogios.

    O roteiro escrito pelo diretor fez um excelente trabalho de adaptação da obra literária. Li o texto de Ira Levin e posso afirmar que o filme é praticamente o livro em sua fidelidade na tela.
    A historia versa sobre um jovem casal que acaba de se mudar para um charmoso apartamento em Nova York. O lugar também é cercado por um histórico de eventos macabros, mas isso não tornou o endereço menos cobiçado.
    Guy é um ator em busca de oportunidades e reconhecimento, e Rosemary, uma jovem que deixou a família para viver os sonhos de construir a própria história na cidade grande.
    Logo após a mudança, são agraciados com a hospitalidade efusiva dos vizinhos e em seguida uma onda de boas notícias invade a vida do casal. Guy passa a receber convites profissionais e Rosemary descobre a gravidez.
    A partir desse ponto acompanhamos uma série de situações estranhas, nunca explícitas, mas suspeitas que vão deixando a protagonista desconfiada que ela e seu bebê fazem parte de algo sombrio.

    Não recorrer a sustos genéricos, litros de sangue ou ao horror gráfico fazem de "O Bebê de Rosemary" um filme fora da curva. O terror é totalmente psicológico, mas não menos assustador.
    Toda tensão é gerada pela expectativa, pelas suspeitas e pela iminência de algo ruim acontecer.
    A interpretação de Mia Farrow é espetacular e o papel de John Cassavetes é daqueles que nos deixa revoltados com a canalhice do personagem.

    O reconhecimento do longa veio imediatamente e acabou abrindo portas para produções caprichadas que levaram o gênero para outro patamar frente aos críticos, como foi o caso de "O Exorcista" (1973) e "A Profecia" (1976).
    Sua influência no cinema ainda pode ser sentida e se tornou modelo comparativo quando um novo filme aposta no horror mais focado no ritmo lento, voltado a psique humana.
    Sem dúvida, um marco para o Terror Cinematográfico que se mantém intocável entre os melhores do gênero.

    10.0

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  • @resenha100nota

    Quando os diretores e amigos Robert Rodriguez e Quentin Tarantino decidiram compartilhar o projeto "Grindhouse" para homenagear as antigas sessões duplas de filmes de terror B dos anos 70, a ideia pareceu bastante promissora. Entretanto, na prática as coisas não andaram tão bem assim e a investida ficou bem aquém da qualidade artística dos envolvidos e não foi bem recebida pelo público.
    Durante o "Especial Quentin Tarantino", que você pode encontrar no feed, já relatei minhas impressões sobre "À Prova de Morte" (2007), segmento do motorista louco que coube à Tarantino. Agora é a vez de falarmos sobre "Planeta Terror" (2007), o filme trash de zumbis assinado por Robert Rodriguez.

    Para participar da brincadeira sanguinolenta Rodriguez convocou Rose MacGowan, Josh Brolin, Bruce Willis e uma dúzia nomes facilmente reconhecidos por pequenos papéis em outras produções de Hollywood.
    A trama coloca um grupo de pessoas em meio à um apocalipse zumbi e conspirações militares.
    Repleto de gore e esteticamente calculado para emular aqueles filmes de baixo orçamento, muita criatividade e sequências absurdas, "Planeta Terror" diverte em boa parte de sua projeção. Certamente você vai rir dos exageros, das frases de efeito e das caricaturas.

    Entretanto Rodriguez, na ânsia pela homenagem, cometeu alguns equívocos. Ao meu ver, há um excesso de personagens que tira o foco daqueles que poderiam render mais, como por exemplo o casal de médicos e a Go Go Dancer. O diretor também não traça um bom antagonista, que só aparece no início e no fim, além de exagerar o exagero. Se é que vocês me entendem. Os filmes de terror da década de 70, alvo da referência de "Planeta Terror" tinham inúmeras situações absurdas, que desafiavam a lógica do mundo real, mas por algum motivo o espectador acreditava que aquilo era possível. Talvez porque seus realizadores inseriam aquelas tomadas com a crença na melhor experiência de seu público. Já no filme de Rodriguez é nítida a intenção da paródia e isso nos tira totalmente da história.

    Ainda assim, "Planeta Terror" é um produto mais absorvido pela "brincadeira" proposta pelo projeto "Grindhouse". Diferente de Tarantino, que fez questão de deixar clara sua assinatura, Rodriguez estava imbuído na obra e não no autor.

    6.5

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