[/spoiler]Toda a parte musical foi o maior exemplo de VERGONHA ALHEIA que já vi em um cinema. Era sensível o constrangimento de todos na sala que eu estava.
[spoiler][/spoiler]Toda a parte musical foi o maior exemplo de VERGONHA ALHEIA que já vi em um cinema. Era sensível o constrangimento de todos na sala que eu estava.
Esperei ansioso por muitos meses o lançamento desse filme (no cinema!!!), mas admito que minha expectativa não foi saciada.
A primeira parte dele é muito rápida, tudo é jogado de forma apressada, mas pelo menos é COMPREENSÍVEL.
Porém do meio pro fim realmente fica complicado entender muito do que se passa na tela, vc acaba focando nas imagens e menos na história (que se torna um tanto confusa).
No todo, um filme legal de se ver, mas longe de marcar e te fazer refletir e discutir por horas como outros do Nolan me fizeram.
Uma pena, pois 2020 nos deixou carentes de filmes impactantes no cinema e achei que esse iria ajudar nisso.
Na cena do ônibus quando o Artur começa a rir , mas com cara de choro, tentando se controlar e explica que tem um distúrbio VOCÊ sentiu pena do Coringa. Deu quase pra sentir isso de todos que estavam na sala comigo.
E ao longo do filme o sentimento de pena só aumentou.
E, se você conhece minimamente o que é o personagem nas hq’s, filmes, séries e tudo mais, em algum momento você recriminou a si mesmo por se compadecer, quase torcer, por um psicopata.
Esse filme foi brilhante.
[spoiler]
Entreguem logo o Oscar de melhor ator ao Joaquin Phoenix.
Se você não se emocionou com isso reveja seus conceitos sobre possuir um coração. Impressionante como um filme supostamente idealizado pra crianças possui uma profundidade, um peso e uma lição sobre desapego e crescimento tão fortes e tão comum para todos os adultos. Fui um dos que imaginei que o final do 3 bastava e encerrava muito bem a franquia.
Ótimo filme sobre a amizade com uma forte pegada oitentista, mas como terror achei ele bem mediano. O próprio Pennywise é falho ao ter a aparência mais assustadora do que inocente, tornando-se um "monstro" comum dessa forma. Alguns jumpscare pra dar aqueles sustos de sempre e partes em CG (que não assustam ninguém) deram uma tônica do terror dos filmes atuais (vide Annabelle). Além disso, os momentos cômicos são tantos no filme que acabam contribuindo pra torná-lo "mais leve". Acredito que os momentos de maior suspense do filme foram
a primeira cena (já clássica, porém agora bem mais visceral) e os momentos da Beverly com seu pai.
A meu ver, os momentos mais marcantes foram os voltados à comédia do que ao terror.
Pra quem apreciou Stranger Things ou mesmo de Conta Comigo (do próprio SK) vai gostar bastante, visto que os personagens e o elo entre eles é muito bom, bem construído. Mas enquanto terror o filme mergulha no trivial contemporâneo, diferindo pouco de outras produções atuais.
Um enredo manjado e sem profundidade alguma; Um vilão muito mal aproveitado, beirando uma caricatura do seu original dos quadrinhos; Um excesso de frases clichês até mesmo para um filme de heróis; Um sem-número de efeitos visuais medíocres; Um filme que decepciona. Sem dúvida o pior de toda a franquia até aqui. Infelizmente este X-men pouco acrescenta aos fãs da série e pouco diverte quem procura um filme casualmente.
Há tempos não via um clima de tensão, expectativa e apreensão tão bem elaborado quanto o arco do ataque ao carro. Tom Ford cria uma brilhante metáfora para emular a evolução de um personagem. Edward cria em Tony (brilhantemente interpretado por Gyllenhaal. Este, mais uma vez, ignorado pela Academia sabe-se lá porque) sua própria figura, um homem fraco, incapaz de defender sua própria família, representando assim, sua própria perda. A própria dedicatória do livro, bem como seu título, aludem claramente à Susan, visto que as ações dela geram a história escrita.
Susan, por sua vez, vê-se envolta numa chance de redenção ao seu erro com Edward. Talvez uma maneira de gerar um sentido à sua vida vazia, de noites mal dormidas, emprego desestimulante e casamento com um marido infiel.
Ela, de fato, é a verdadeira fraca da história, visto que sua infelicidade é consequência dela não ter se arriscado enquanto artista e esposa de Edward, preferindo a segurança e o luxo que sua mãe preconizara. Ao fim, ela se transforma em tudo que sempre repudiou.
A cena final é repleta de simbologias: a ausência de Edward no restaurante denota o seu crescimento, sua superação para com tudo que Susan havia lhe causado. Não ir até lá evidencia que ele já havia mostrado tudo a ela: o fraco, romântico, traído e machucado era de fato um artista capaz de escrever uma obra que cativara até mesmo quem o havia subestimado. Em contrapartida, para Susan, há seus "olhos tristes", talvez de alguém que sabe que o aspecto que poderia dar algo à sua vida não aparecerá e, a ela, restará apenas o marasmo da própria vida que escolheu.
O filme retrata um cenário onde uma decisão define por inteiro sua vida. Se assemelha a "Animais Noturnos" ao retratar um reencontro com o passado.
Quem vislumbra Jim e Amanda pela primeira vez se tratando como estranhos não imagina que de fato eles tiveram uma história tão profunda e marcante para ambos. O filme se desenrola reconstruindo a relação deles como outrora, onde aquele estranhamento inicial dos dois se desfaz, dando lugar a uma naturalidade entre eles, uma intimidade incomum. Não há vergonhas ou senão. Eles não precisam mais fingir ou se esconder. O tempo que passou, a história que eles viveram longe um do outro parece não existir mais, evidenciando que se trata daqueles exemplos raros de sintonia entre duas pessoas.
O roteiro, por vezes, recai em diálogos clichês, mas nem isso camufla a atuação do par de atores em tela. Com seu desenrolar, o filme desperta no espectador uma torcida pelo sucesso dos dois juntos e, paralelamente, uma curiosidade em saber o porquê de tão completo casal não ter dado certo.
SE NÃO VIU O FILME NÃO LEIA AQUI:
Ao final, entende-se que uma decisão errônea de cada um modificou o futuro e a vida de ambos. A falta de diálogo aliado ao medo destruiu uma história que apenas se iniciava, tornando a vida de ambos incompleta e até mesmo infeliz.
Isso serve como mote para entendermos a importância das pessoas ao nosso redor. Preservá-las, amá-las e entendê-las é essencial à nossas vidas, pois são raras as pessoas cuja sintonia seja uno com você mesmo(a). São poucos os casais que tenham a cumplicidade que Jim e Amanda tinham. Engraçado é que são exatamente estas pessoas as que mudam por inteiro a sua vida. Seja pela sua presença ou na ausência.
Interessante retrato de uma juventude que, mesmo em meio a toda uma liberdade (de todos os tipos: sexual, de experimentações, etc), num mundo de forte libido e regado a drogas, é permeada por um constante tédio - mostrado claramente na cena do show de rock. Apesar de ter um emprego dos sonhos, Thomas se mostra alheio a tudo e todos, em um estado de constante desinteresse sobre aquilo que o cerca. Sua relação com suas modelos é fria e distante, beirando a aversão. De fato, ele sai desse estado de apatia apenas em dois momentos no filme: quando deseja a hélice - e de forma bem imediatista, do tipo "preciso tê-la agora!", mais um sinal do comportamento dos jovens da época - e quando presencia um (suposto) assassinato, retirando-o de sua rotina sem graça. O filme se desenvolve mediante poucos diálogos, deixa muitas pontas soltas (talvez pra aumentar o clima de confusão dos jovens da época) e encerra de forma interessante
ao dar a entender que o crime existiu somente na mente do protagonista. A metáfora da cena final, com o grupo de mímicos é brilhante, ao suscitar a ideia de que tudo que ele participou e viu ocorreu apenas como válvula de escape da sua própria mente, exatamente como a própria partida de tênis, que ele passa a "enxergar" de fato). Ou seja: existe porque ele quis enxergar assim
. Ademais, o filme acerta ao transpor um cenário superestimado, de uma juventude que tudo pôde e tudo fez, mas que, grosso modo, não obstante suas descobertas acabou caindo em um marasmo.
O episódio VII de Star Wars é um eterno deja vú. A todo momento você fica com uma forte sensação de "ei, eu já assisti isso em algum lugar", pois ele puxa sua história quase por completo do episódio IV. Senão vejamos: uma protagonista que mora em um planeta desértico e insólito acaba se envolvendo em uma revolução galática ao se deparar com um dróide. Um (fraquíssimo) vilão que não só tenta homenagear o ícone que é Darth Vader, mas sim copiá-lo de todas as maneiras possíveis (inclusive com o medo e a pressão em não ser bem sucedido nessa empreitada, mostrando ser mais humano ).
Uma nova Estrela da Morte, capaz de destruir planetas
e cuja destruição ocorre DA MESMA FORMA da original.
E esses são apenas alguns dos pontos principais. Durante todo o filme você consegue encontrar vários outros. Não que isso seja ruim, afinal o episódio IV é sensacional, porém há uma tênue linha entre inspiração e cópia e acredito que JJ Abrams falha em dar uma cara nova à série ao cruzar essa linha para além da homenagem.
A inserção dos novos protagonistas (com destaque pra Rey) é muito rápida, não há desenvolvimento da relação entre Rey e Finn. Acaba ficando um "mal te conheço, mas já quero arriscar minha vida por você". O que acaba salvando é exatamente a aparição dos personagens antigos. É impossível ver Han Solo e Chewie e não ser tomado por um sentimento de nostalgia e familiaridade ímpar.
No todo, entendo que se a ideia fosse imaginar um SW pras atuais gerações o filme estaria de muito bom tamanho. Contudo, ele falha ao repetir demais uma fórmula outrora usada, o que pode frustar um pouco quem já viu os demais filmes. Porém, qualquer fã menos crítico vai ignorar estar falhas apenas pelo filme suprir uma espera de décadas. A própria existência do filme já é uma vitória para ele.
Se continuar assim, é capaz de termos uma nova série de filmes mais previsíveis, sem metade do impacto que os antigos teve na cultura pop e no cinema pipoca.
Quando se coloca a alcunha de "predador" a um grupo de pessoas e ela se faz jus corretamente nós temos certeza de que há algo muito errado em nossa sociedade.
"O poder não corrompe os homens; mas os tolos, se eles adquirem uma posição de poder, eles a corrompem." George Shaw.
O filme cria uma atmosfera sufocante e rígida pra mostrar o quanto o ser humano, quando despreparado, se corrompe e se transforma fácil. As ações humilhantes dos guardas, a tortura psicológica, as agressões e o prazer de fazer isso tornam real o experimento aos dois grupos que participam deles, destruindo a lucidez e a dignidade dos prisioneiros, tornando-os menos que bandidos, menos que humanos.
É inevitável não se pensar o papel do (hoje tão famigerado) grupo dos Direitos Humanos quando se assiste um filme desses e se imagina que coisas piores acontecem nas prisões reais.
A lição que fica é a do quanto somos corruptíveis e, com poder, subjugamos o próximo sem piedade ou até mesmo sem pensar. Afinal, como diz um dos personagens "temos que fazer nosso trabalho".
As Marvels
2.8 399 Assista Agora[/spoiler]Toda a parte musical foi o maior exemplo de VERGONHA ALHEIA que já vi em um cinema. Era sensível o constrangimento de todos na sala que eu estava.
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As Marvels
2.8 399 Assista Agora[spoiler][/spoiler]Toda a parte musical foi o maior exemplo de VERGONHA ALHEIA que já vi em um cinema. Era sensível o constrangimento de todos na sala que eu estava.
Missão: Impossível 7 - Acerto De Contas - Parte 1
3.9 392 Assista Agora[/spoiler] Vagão do trem quase caindo, piano quase voando:
"Grace, vc confia em mim?"
"Não" (e ainda balança a cabeça)
Quem não riu disso já morreu por dentro
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Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista AgoraTão desnecessário e medíocre quanto o 2 e 3.
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
4.2 1,8K Assista AgoraAcabei de sair da pré estreia e só tenho a dizer que
[/spoiler] Se vc não se emocionou com o Homem Aranha do Andrew Garfield quase chorando ao salvar a MJ VC NÃO E HUMANO.
[spoiler]
007: Sem Tempo para Morrer
3.6 564 Assista AgoraO filme é muito bom, não é o melhor dentre os do Daniel Craig, mas dá um bom desfecho a esse Bond mais humano.
Porém achei o vilão bem aquém do que poderia, sobretudo pelo ator que o interpreta.
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
3.8 895 Assista AgoraQuando o universo Marvel encontra “O tigre e o Dragão”.
Simplesmente maravilhado com a qualidade da fotografia e as coreografias das lutas desse filmes.
Ah, são DUAS cenas pós créditos. Fica a dica a todos.
The Witcher: Lenda do Lobo
3.8 101 Assista AgoraUniverso de The Witcher + Qualidade de animação de Castlevania.
Parabéns, Netflix.
E continue explorando mais e mais esse mundo.
Por favor.
Ataque dos Titãs: Crônica
3.8 3Acabei de ver e, embora corte bastante coisa, realmente é um bom resumo.
Mostra as principais batalhas, um bom compilado que explica o que foi mostrado até aqui desse universo de AOT.
Pra quem pretender ver a 4 temporada e não lembro de tudo que houve antes serve demais.
Tenet
3.4 1,3K Assista AgoraEsperei ansioso por muitos meses o lançamento desse filme (no cinema!!!), mas admito que minha expectativa não foi saciada.
A primeira parte dele é muito rápida, tudo é jogado de forma apressada, mas pelo menos é COMPREENSÍVEL.
Porém do meio pro fim realmente fica complicado entender muito do que se passa na tela, vc acaba focando nas imagens e menos na história (que se torna um tanto confusa).
No todo, um filme legal de se ver, mas longe de marcar e te fazer refletir e discutir por horas como outros do Nolan me fizeram.
Uma pena, pois 2020 nos deixou carentes de filmes impactantes no cinema e achei que esse iria ajudar nisso.
Borat: Fita de Cinema Seguinte
3.6 551 Assista Agora“Meu pai é o homem mais inteligente de toda a Terra plana”
Por um segundo achei que ela fosse um certo tipo de eleitor do Brasil.
Coringa
4.4 4,1K Assista Agora[/spoiler]
Na cena do ônibus quando o Artur começa a rir , mas com cara de choro, tentando se controlar e explica que tem um distúrbio VOCÊ sentiu pena do Coringa. Deu quase pra sentir isso de todos que estavam na sala comigo.
E ao longo do filme o sentimento de pena só aumentou.
E, se você conhece minimamente o que é o personagem nas hq’s, filmes, séries e tudo mais, em algum momento você recriminou a si mesmo por se compadecer, quase torcer, por um psicopata.
Esse filme foi brilhante.
[spoiler]
Entreguem logo o Oscar de melhor ator ao Joaquin Phoenix.
Homem-Aranha: Longe de Casa
3.6 1,3K Assista AgoraSeria estranho dizer que me surpreendi MUITO MAIS com as cenas pós-créditos do que com o filme inteiro?
Toy Story 4
4.1 1,4K Assista Agora[/spoiler] Buzz: Ao infinito...
Woody: ...e além .
[spoiler]
Se você não se emocionou com isso reveja seus conceitos sobre possuir um coração.
Impressionante como um filme supostamente idealizado pra crianças possui uma profundidade, um peso e uma lição sobre desapego e crescimento tão fortes e tão comum para todos os adultos.
Fui um dos que imaginei que o final do 3 bastava e encerrava muito bem a franquia.
Mas que bom que eu estava enganado.
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraÓtimo filme sobre a amizade com uma forte pegada oitentista, mas como terror achei ele bem mediano. O próprio Pennywise é falho ao ter a aparência mais assustadora do que inocente, tornando-se um "monstro" comum dessa forma. Alguns jumpscare pra dar aqueles sustos de sempre e partes em CG (que não assustam ninguém) deram uma tônica do terror dos filmes atuais (vide Annabelle). Além disso, os momentos cômicos são tantos no filme que acabam contribuindo pra torná-lo "mais leve". Acredito que os momentos de maior suspense do filme foram
a primeira cena (já clássica, porém agora bem mais visceral) e os momentos da Beverly com seu pai.
A meu ver, os momentos mais marcantes foram os voltados à comédia do que ao terror.
Pra quem apreciou Stranger Things ou mesmo de Conta Comigo (do próprio SK) vai gostar bastante, visto que os personagens e o elo entre eles é muito bom, bem construído. Mas enquanto terror o filme mergulha no trivial contemporâneo, diferindo pouco de outras produções atuais.
Alien: Covenant
3.0 1,2K Assista AgoraMeu comentário vai pro público que:
1 - É fã da franquia Alien.
2 - Se decepcionou com "Prometheus".
3 - Tem fé que "Alien: Covenant" vai salvar.
Tenho más notícias então...
X-Men: Apocalipse
3.5 2,1K Assista AgoraUm enredo manjado e sem profundidade alguma;
Um vilão muito mal aproveitado, beirando uma caricatura do seu original dos quadrinhos;
Um excesso de frases clichês até mesmo para um filme de heróis;
Um sem-número de efeitos visuais medíocres;
Um filme que decepciona.
Sem dúvida o pior de toda a franquia até aqui. Infelizmente este X-men pouco acrescenta aos fãs da série e pouco diverte quem procura um filme casualmente.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraHá tempos não via um clima de tensão, expectativa e apreensão tão bem elaborado quanto o arco do ataque ao carro. Tom Ford cria uma brilhante metáfora para emular a evolução de um personagem. Edward cria em Tony (brilhantemente interpretado por Gyllenhaal. Este, mais uma vez, ignorado pela Academia sabe-se lá porque) sua própria figura, um homem fraco, incapaz de defender sua própria família, representando assim, sua própria perda. A própria dedicatória do livro, bem como seu título, aludem claramente à Susan, visto que as ações dela geram a história escrita.
Susan, por sua vez, vê-se envolta numa chance de redenção ao seu erro com Edward. Talvez uma maneira de gerar um sentido à sua vida vazia, de noites mal dormidas, emprego desestimulante e casamento com um marido infiel.
Ela, de fato, é a verdadeira fraca da história, visto que sua infelicidade é consequência dela não ter se arriscado enquanto artista e esposa de Edward, preferindo a segurança e o luxo que sua mãe preconizara. Ao fim, ela se transforma em tudo que sempre repudiou.
A cena final é repleta de simbologias: a ausência de Edward no restaurante denota o seu crescimento, sua superação para com tudo que Susan havia lhe causado. Não ir até lá evidencia que ele já havia mostrado tudo a ela: o fraco, romântico, traído e machucado era de fato um artista capaz de escrever uma obra que cativara até mesmo quem o havia subestimado. Em contrapartida, para Susan, há seus "olhos tristes", talvez de alguém que sabe que o aspecto que poderia dar algo à sua vida não aparecerá e, a ela, restará apenas o marasmo da própria vida que escolheu.
Blue Jay
3.8 265 Assista AgoraO filme retrata um cenário onde uma decisão define por inteiro sua vida. Se assemelha a "Animais Noturnos" ao retratar um reencontro com o passado.
Quem vislumbra Jim e Amanda pela primeira vez se tratando como estranhos não imagina que de fato eles tiveram uma história tão profunda e marcante para ambos. O filme se desenrola reconstruindo a relação deles como outrora, onde aquele estranhamento inicial dos dois se desfaz, dando lugar a uma naturalidade entre eles, uma intimidade incomum. Não há vergonhas ou senão. Eles não precisam mais fingir ou se esconder. O tempo que passou, a história que eles viveram longe um do outro parece não existir mais, evidenciando que se trata daqueles exemplos raros de sintonia entre duas pessoas.
O roteiro, por vezes, recai em diálogos clichês, mas nem isso camufla a atuação do par de atores em tela.
Com seu desenrolar, o filme desperta no espectador uma torcida pelo sucesso dos dois juntos e, paralelamente, uma curiosidade em saber o porquê de tão completo casal não ter dado certo.
SE NÃO VIU O FILME NÃO LEIA AQUI:
Ao final, entende-se que uma decisão errônea de cada um modificou o futuro e a vida de ambos. A falta de diálogo aliado ao medo destruiu uma história que apenas se iniciava, tornando a vida de ambos incompleta e até mesmo infeliz.
Isso serve como mote para entendermos a importância das pessoas ao nosso redor. Preservá-las, amá-las e entendê-las é essencial à nossas vidas, pois são raras as pessoas cuja sintonia seja uno com você mesmo(a). São poucos os casais que tenham a cumplicidade que Jim e Amanda tinham.
Engraçado é que são exatamente estas pessoas as que mudam por inteiro a sua vida.
Seja pela sua presença ou na ausência.
Doutor Estranho
4.0 2,2K Assista AgoraPossivelmente o primeiro Oscar da Marvel enquanto estúdio e o melhor filme de heróis em quadrinhos desde Capitão América - Soldado Invernal.
As cenas de ação e os efeitos visuais deste filme são espetaculares, do tipo que você assiste 3 vezes e sempre enxerga algo novo em cada uma.
Blow-Up: Depois Daquele Beijo
3.9 370 Assista AgoraInteressante retrato de uma juventude que, mesmo em meio a toda uma liberdade (de todos os tipos: sexual, de experimentações, etc), num mundo de forte libido e regado a drogas, é permeada por um constante tédio - mostrado claramente na cena do show de rock.
Apesar de ter um emprego dos sonhos, Thomas se mostra alheio a tudo e todos, em um estado de constante desinteresse sobre aquilo que o cerca. Sua relação com suas modelos é fria e distante, beirando a aversão. De fato, ele sai desse estado de apatia apenas em dois momentos no filme: quando deseja a hélice - e de forma bem imediatista, do tipo "preciso tê-la agora!", mais um sinal do comportamento dos jovens da época - e quando presencia um (suposto) assassinato, retirando-o de sua rotina sem graça.
O filme se desenvolve mediante poucos diálogos, deixa muitas pontas soltas (talvez pra aumentar o clima de confusão dos jovens da época) e encerra de forma interessante
ao dar a entender que o crime existiu somente na mente do protagonista. A metáfora da cena final, com o grupo de mímicos é brilhante, ao suscitar a ideia de que tudo que ele participou e viu ocorreu apenas como válvula de escape da sua própria mente, exatamente como a própria partida de tênis, que ele passa a "enxergar" de fato). Ou seja: existe porque ele quis enxergar assim
Ademais, o filme acerta ao transpor um cenário superestimado, de uma juventude que tudo pôde e tudo fez, mas que, grosso modo, não obstante suas descobertas acabou caindo em um marasmo.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraO episódio VII de Star Wars é um eterno deja vú. A todo momento você fica com uma forte sensação de "ei, eu já assisti isso em algum lugar", pois ele puxa sua história quase por completo do episódio IV.
Senão vejamos: uma protagonista que mora em um planeta desértico e insólito acaba se envolvendo em uma revolução galática ao se deparar com um dróide. Um (fraquíssimo) vilão que não só tenta homenagear o ícone que é Darth Vader, mas sim copiá-lo de todas as maneiras possíveis (inclusive com o medo e a pressão em não ser bem sucedido nessa empreitada, mostrando ser mais humano ).
Uma nova Estrela da Morte, capaz de destruir planetas
e cuja destruição ocorre DA MESMA FORMA da original.
E esses são apenas alguns dos pontos principais. Durante todo o filme você consegue encontrar vários outros. Não que isso seja ruim, afinal o episódio IV é sensacional, porém há uma tênue linha entre inspiração e cópia e acredito que JJ Abrams falha em dar uma cara nova à série ao cruzar essa linha para além da homenagem.
A inserção dos novos protagonistas (com destaque pra Rey) é muito rápida, não há desenvolvimento da relação entre Rey e Finn. Acaba ficando um "mal te conheço, mas já quero arriscar minha vida por você".
O que acaba salvando é exatamente a aparição dos personagens antigos. É impossível ver Han Solo e Chewie e não ser tomado por um sentimento de nostalgia e familiaridade ímpar.
No todo, entendo que se a ideia fosse imaginar um SW pras atuais gerações o filme estaria de muito bom tamanho. Contudo, ele falha ao repetir demais uma fórmula outrora usada, o que pode frustar um pouco quem já viu os demais filmes.
Porém, qualquer fã menos crítico vai ignorar estar falhas apenas pelo filme suprir uma espera de décadas. A própria existência do filme já é uma vitória para ele.
Se continuar assim, é capaz de termos uma nova série de filmes mais previsíveis, sem metade do impacto que os antigos teve na cultura pop e no cinema pipoca.
Ah, vai ser bacana ver o Luke servir de Mestre Yoda no próximo filme, apesar de esse ser mais um "também já vi isso".
The Hunting Ground
4.5 161Quando se coloca a alcunha de "predador" a um grupo de pessoas e ela se faz jus corretamente nós temos certeza de que há algo muito errado em nossa sociedade.
Quiet Rage: The Stanford Prison Experiment
3.7 12"O poder não corrompe os homens; mas os tolos, se eles adquirem uma posição de poder, eles a corrompem." George Shaw.
O filme cria uma atmosfera sufocante e rígida pra mostrar o quanto o ser humano, quando despreparado, se corrompe e se transforma fácil.
As ações humilhantes dos guardas, a tortura psicológica, as agressões e o prazer de fazer isso tornam real o experimento aos dois grupos que participam deles, destruindo a lucidez e a dignidade dos prisioneiros, tornando-os menos que bandidos, menos que humanos.
É inevitável não se pensar o papel do (hoje tão famigerado) grupo dos Direitos Humanos quando se assiste um filme desses e se imagina que coisas piores acontecem nas prisões reais.
A lição que fica é a do quanto somos corruptíveis e, com poder, subjugamos o próximo sem piedade ou até mesmo sem pensar. Afinal, como diz um dos personagens "temos que fazer nosso trabalho".