João Victor

Assisti aleatoriamente, por recomendação da netflix, sem saber do que se tratava.
E mais uma vez a Netflix errou na recomendação. Que sériezinha mais mequetrefe!

A idéia é interessante, a mensagem é válida, mas a execução é uma vergonha.
Os diálogos são horríveis.
E o pior: tudo precisa ser explicado nos mais ínfimos detalhes. Parece os cavaleiros de CdZ explicando como seus golpes funcionam. Isso me cativava quando eu era criança, com meus 8 anos de idade, lá em 1994. Hoje em dia, um histórias que precisa ficar o tempo todo se explicando em monólogos piegas é mais que chato, é insuportável.

E o pior de tudo: eu assisti a série toda para no final não explicar nada? Não acontecer nada? "Ah, mataram um monte de gente, surgiram na Terra para salvar o planeta, mas agora resolveram dormir porque... ora, porque sim." Ah, por favor, né?

Demorei seis anos para assistir esse filme. Na minha mente, baseado em trailers, eu acreditava ser algo completamente diferente do que vi. Eu imaginava um suspense e ganhei uma comédia de absurdos.
Me diverti bastante, mas não entendi o porquê de ter sido escolhido o melhor filme do ano. Pra mim passa muito longe de ser um filme com cara de Oscar. Não estou dizendo que é ruim, eu gostei bastante, só não acho que seja para Oscar.
Esse filme concorreu com O Irlandês, Coringa, 1917, Era Uma vez em Hollywood e História de um Casamento. Todos esses que citei são melhores que Parasita em vários aspectos, tanto em quesitos morais quanto sociais ou mesmo cinematográfico.

Enfim, não vi um filme como uma crítica ao capitalismo, como todos disseram. Não que não seja. Mas o que chamou mais a atenção foram os dilemas morais. Claro que são dilemas morais movidos pela diferença de classes gerada pelo capitalismo, mas ainda assim valem por si só.

Claro que tem um quê coreano, uma cultura que me é desconhecida e sei lá quais metáforas internas o roteiro trouxe. Portanto estou desconsiderando isso.

Enfim, é um ótimo filme, mas não é isso tuuuuudo não.

House é, com certeza, uma das séries mais marcantes da História. E eu finalmente terminei de assistir, de cabo a rabo, muitos anos depois de ter assistido pela primeira vez.

Fico surpreso ao ver que a internet redescobriu House recentemente, mais de 10 anos depois de seu término, e estão criticando o acharem que é tudo igual. E de fato é: todos os episódios seguem um mesmo padrão de roteiro.
Mas não se assiste House pela história do dia. Assiste-se pelo House em si. A série é sobre ele e não sobre os casos médicos que ele soluciona.
O que poucos devem saber é que House foi inspirado em Sherlock Holmes. E com Holmes acontece a mesma coisa. Eu já li todos os romances e contos do Sherlock e posso dizer que são, em sua maioria, todos iguais. O fã do detetive não lê as histórias pelo mistério, mas sim pelo personagem. O que importa é Holmes e seu modo de agir. E a série adaptou isso muito bem, fazendo de House o seu principal foco e deixando o mistério médico como segundo plano.

E isso é tão forte, que você começa a se questionar, a questionar seu próprio gosto pelas pessoas, pois de repente você percebe que House é um filho da p*ta, mas ainda assim você o ama. Como isso é possível?