É bem mais lento e contemplativo que o primeiro, com poucas cenas de ação, mas um bocado de conteúdo reflexivo. Mas são filmes que não conseguiram me cativar, ainda que os tenha achado bons filmes. Este segundo parece ter um roteiro mais interessante que o primeiro, mas tem algumas coisas que me incomodam: o romance dos protagonistas não me envolve, nenhum dos dois tem carisma, a jornada do herói não parece convencer e não emociona, o desfecho dos antagonista é rápido e indolor (piscou, cabou!)... e o principal: se eles têm armas de fogo e à laser, porque caralhos ficam lutando de espadinha no meio de uma guerra????
E a dúvida que não quer calar: montar num verme é fácil, mas como faz pra descer?
É gostosinho de assistir por ser um filme de origem. Mas nada de mais. Principal problema: o vilão. Cadê o vilão? Cadê a vilania? Cadê o propósito? Por que eu deveria odiá-lo? O cara tá só salvando a própria vida. E nem faz sentido, porque ele prevê a morte de um jeito e morre de outro. Cadê o dom de premonição dele? Um furo enorme no roteiro esse aí.
Outro problema são os caras aranhas do Peru. Aqueles diálogos deles no filme não convencem, não emocionam, nem soam naturais.
E pela primeira vez desde Infiltrados eu não senti sono em um filme do Scorsese. Já é um grande mérito. Rs
Brincadeiras à parte, Assassinos da Lua das Flores se tornou meu favorito na corrida do Oscar 2024. Ainda que não consiga despertarba emoção que o tema pede, é com certeza o longa mais complexo da disputa em todos os seus vieses de produção. E se saiu bem em todos eles, pois tecnicamente é impecável, o elenco é ótimo, o roteiro é muito bem construído e a fotografia é o maior trunfo do filme (que iluminação mais perfeita!!!).
Ainda que outros consigam fisgar melhor o expectador, Lua das Flores é muito mais completo.
Já faz tempo que assisti e esqueci de marcar aqui. Uma pena. Lembro de ter gostado bastante, mas vai ser difícil comentar mais.
Mas lembro também que é um filme inspirador. Se o personagem real de fato foi assim em vida, não sei dizer. Mas o personagem de Hanks na telona tem muito o que ensinar. Um filme para se ver muitas vezes.
Assisti algumas vezes o filme antigo, da década de 1980. E não me lembro de ser tão pesado quanto esse.
Fui assistir imaginando que veria sofrimento e conflito ideológico sobre se alimentar ou não, mas não esperava algo tão mais cru e exposto como de fato foi.
Um longa muito bem construído, uma história pesada. Mas um mérito especial para o roteiro que soube dar pesos bem definidos a cada personagem e desenvolver suas histórias com respeito e profundidade. A narrativa feita por um homem morto foi excelente.
O final é emocionante, realmente tocante, consegue levar às lavras. Um filme envolvente, que consegue colocar o espectador no ambiente da trama. Queria muito poder ver numa tela grande de cinema. Esse é tipo de filme que merecia estar nas telonas, não na Netflix.
E quanto à parte técnica e atuações, são todas impecáveis. Uma direção de arte, com figurino e maquiagens muuuuito convincentes, realistas mesmo! Uma fotografia imersiva, que consegue passar a agonia da amplidão gelada e a claustrofobia da cabine atulhada do avião.
Primeiro estrangeiro do Oscar que assisto, então não posso comparar com outros ainda. Mas merecedor de prêmios ele é!
Um filme excelente! Ainda que tenha uma fotografia simples e pouco criativa, o longa consegue balancear com uma trama interessante, principalmente no que diz respeito às relações pessoais familiares. Sem contar as atuações, que são muito boas.
E o roteiro tem um mérito muito grande, veja porque: O filme coloca o espectador no papel de jurado, assistindo no tribunal a apresentação da acusação e da defesa, com perícias inconclusas de ambas as partes, com gravações de brigas igualmente inconclusivas e o testemunho de um garoto movido pela emoção, mais que pela razão. E faz com que nós, do lado de cá, tenhamos que tomar nossa decisão sobre a inocência ou culpa da protagonista. Porém não somos meros jurados, somos privilegiados, temos acesso aos momentos íntimos da protagonista ao longo de toda a trama. E aí entra o principal mérito do roteiro: esses momentos íntimos conseguem ser isentos e não nos influenciam diretamente sobre a real situação da personagem. Temos de ficar com as inconclusivas apresentações do tribunal para nos decidir.
É como Dom Casmurro: não importa se Capitu traiu ou não Bentinho. O que importa é o desenvolvimento da história.
O final aberto é a verdade de todos os julgamentos desse tipo. Cabe ao espectador ser um dos jurados e decidir, baseado em tudo o que viu no tribunal, se ela é culpada ou inocente.
E, por favor, vamos dar um Oscar de melhor atuação para o Messi (esse é nome real do cachorro que atuou no filme). O bichinho é bom demais!!!!
E quem diria que uma mega produção de Ridley Scott, com Joaquin Phoenix se tornaria apenas um "filme ok"?!
Ainda que a produção de arte, figurino e maquiagem tenham sido impecáveis, o filme deixa muito a desejar. O desenvolvimento do personagem título é cheio de lacunas, focado em diálogos esdrúxulos entre ele e sua amada. Uma forma mais humana de se abordar um mito? Sim, com certeza. Mas longe de ser o roteiro cheio de intrigas políticas e táticas militares que todos de fato queriam assistir.
Ou talvez o problema tenha sido minha expectativa que estava alta demais.
Os rejeitados não traz uma receita batida, com uma história bem conhecida pelo público (repetida de formas diferentes em muitos filmes por aí). E talvez por isso seja tão bom. Aliás, difícil encontrar um filme com Paul Giamatti que seja ruim.
Está concorrendo a melhor filme, mas passa longe de ser um dos favoritos. Mesmo assim vale muito a pena ver, principalmente pelo arco dramático de ambos protagonistas.
Começando a maratona do Oscar com esse filme que é bem a cara da premiação. Ainda que eu tenha achado a montagem bem interessante e um roteiro que mescla realidade com fantasia de forma homogênia e fluente (principalmente na primeira metade), o que dá ao longa um tom poético... ainda assim é um roteiro que deixa a desejar e vai se tornando maçante ao longo de seu desenvolvimento.
Destaque pra fotografia, que é bem interessante. Mas principalmente para a maquiagem e para o elenco. Nem assisti os outros indicados, mas já estou considerando que o prêmio de Melhor Maquiagem vai para Maestro (Cooper está sutilmente irreconhecível).
O filme tem seu apelo nostálgico, mas é ruim. Ponto!
Não parece em nada com um longa profissional. Parece um TCC de faculdade de Rádio e TV. Simplesmente não há direção no filme. As coisas acontecem à revelia, o roteiro é uma sequência de cenas aleatórias sem nenhum foco, com diálogos fantasiosos e artificiais. Enquanto qualquer longa se pauta no arco dramático de um protagonista e tem os demais coadjuvantes como suas escadas, esta produção tem a pretensiosa ideia de contar as história de todos ao mesmo tempo... e acaba não constando as histórias de ninguém. Recentemente, até o Rick Bonadio fez uma crítica, dizendo que o filme não tem compromisso com a realidade. O personagem que supostamente deveria ser ele é um produtor de sucesso, enquanto Rick estava começando a carreira aos 25 anos de idade naquela época. Tanto é que nem usam o nome dele no filme.
E a fotografia (meu deus, a fotografia!!!!) é extremamente amodorística.
Se eu não me engano (por favor, alguém me esclareça) nem sequer puderam usar o nome "Brasília" na hora de cantar a música. Tinha a ver com algum direito autoral que a produção do filme não conseguiu? Porque se for isso, é muita incompentência. Alguns nomes de pessoas também aparecem mudados no filme
Fiquei chocado ao descobrir que existem outras duas continuações. Eu tive que fazer força pra terminar o primeiro.
Filme fraco, sem graça, ruim mesmo. Um roteiro fraquíssimo, personagens que não convencem, algumas cenas totalmente inúteis... O núcleo secundário da fábrica de biscoitos é a única coisa que presta história.
Mas tecnicamente é um filme Ok. Bons efeitos visuais (tirando a parte dos duentes, que são horríveis, mal recortados e com uma iluminação que destoa da iluminação cenário em chroma) e uma direção de arte impecável. Cenários muito bem construídos e um figurino convincente. Nessa parte não posso reclamar.
É difícil engolir o filme quando se tem um mínimo de conhecimento sobre física e biologia. Megalodentes viviam em águas costeiras, ricas em alimentos (não era fácil alimentar um bichão daquele tamanho) e bem mais quentes que os fundos dos oceanos. Mas a pior parte com certeza é a dos submarinos, que são extremamente frágeis para as pressões gigantes do fundo do oceano (mano, tem submarino de vidro!!! hahahahaha). E tem ainda a questão do "disfarce" do fundo do oceano, que é formado por uma camada de água fria que esconde um fundo mais quente. Porque faz todo o sentido a água quente ser mais pesada que a fria, né? (contém ironia.)
Mas ok, é uma história de ficção, não um documentário de James Cameron. Vamos dar essas licenças poéticas ao roteiro.
Como um filme de ação, é divertido e entrega bem o que propõe: diversão com um certo suspense e tensão. O mais divertido foi ver Rainn Wilson atuando como milhonário excêntrico, estilo Elon Musk. Pra quem estava acostumado a ver ele por anos em The Office, foi a primeira vez que o vi em um filme.
Assisti despretensaiomente numa tarde de domingo. O filme tem problemas graves de roteiro, principalmente em seu primeiro ato e em alguns momentos do segundo ato que são consequências do primeiro. A maneira como ela foge não convence, não preocupa a família, não é verossimilhante. E tem detalhes que se contradizem: no início a casa não tem luz, é abastecida por um moinho de vento que mal produz energia pra uma lâmpada... no final, na festa, tem uns 150 lâmpadas acesas do lado de fora da casa. Enfim, detalhes, mas que incomodam.
Tirando isso, o filme começa a engatar uma história interessante e cativante. Não é um grande longa. Apesar de ser alemão, segue um padrão de filme Hollywoddiano e traz várias cenas clichês das comédias românticas, além de um humor meio pastelão.
A fotografia é mais televisiva que cinematográfica (algo muito comum nos filmes europeus da Netflix), mas os cenários são maravilhosos.
No final, dá aquele gostinho de sair por aí e viver uma aventura.
O argumento do filme é bem forte e o roteiro constrói uma tensão que deságua em um final inesperado (pelo menos pra mim foi inesperado). O comportamento dos personagens ao longo de todo o longa é muito realista, percebendo que cada um foi muito bem construído em falas e atitudes . Ótimas atuações, principalmente da Leandra Leal, que ficou excelente no papel. Fotografia com cara de película (não sei se apenas emula ou foi de fato gravado em película), passando uma dramaticidade e realidade de documentário. Excelente longs!!!!
Mussum tem seus prós e Contras. Entre os pontos positivos, o principal deles, com toda a certeza, é Ailton Graça. O longa não chegaria nem perto do sucesso que conquistou se não fosse a perfeita atuação do protagonista. O fator nostálgico também pesa bastante para o espectador mais velho, capaz de despertar memórias afetivas e gerar grande identificação com o filme. Tecanimente também é muito bom. A caracterização dos personagens preza pelo mínimo, não qurendo imitar legitiamente nenhum dos personagens reais, deixando-se valer apenas de seu papel na história como algo original. A fotografia, ainda que simples, é sólida e valoriza muito as atuações. Por outro lado, o roteiro tem lá seus problemas. Ainda que o primeiro ato tenha um plot interessante e o segundo ato seja recheado de conflitos comoventes, o plot twist principal (na virada para o terceiro ato) praticamente não existe, fazendo com que a conclusão aconteça da forma mais aleatória possível. O filme acaba e a gente fica tipo: "oi? mas já? Não estava esperando o final pra agora!" Outro exemplo é que fizeram questão de mostrar o vício alcoólico de Mussum, mas sem desenvolvê-lo, ou seja, uma informação que não leva a lugar nenhum. É só uma informação. E, com certeza, o pior do filme é o elenco da primeira fase. Enquanto o elenco da segunda fase entrega atuações de excelência, na primeira fase tudo soa artificial e caricato. Um exemplo: Cena dramática, pesada, em que a primeira namorada de Mussum está de cama após perder o filho em um acidente de trabalho. Cacau Protásio, ao lado da enferma, entrega uma Malvina totalmente despreocupada com a situação, batendo um paninho na enferma como numa esquete de Zorra Total. No caso de Cacau, sua atuação é tão discrepante da de Neusa Borges, que fica parecendo que elas nem sequer interpretaram o mesmo papel. Apenas um exemplo, pois de modo geral o primeiro elenco é todo bem fraquinho, o que estragou boa parte da primeira fase do longa. Mas é um filme gostoso de assistir, emociona (muito), diverte, transmite uma mensagem positiva e desperta uma gostosa nostalgia. E, principalmente, nos faz reviver o grande Mumu da Mangueira!!!
Deixando claro que não conheço nada do universo de Duna e este filme foi meu primeiro contato. Levando isso em consideração, posso dizer que é um bom filme. Nada surpreendente ou fora da caixinha. Um padrão de história Hollywoodiana muito bem executado, com ótimas qualidades técnicas e um argumento bem interessante. Mas peca muito no desenvolvimento dos personagens. Alguns deles, essenciais para o envolvimento do espectador, não possuem espaço suficiente para cativar e muito da ação do filme acaba meio insosa por isso. O próprio protagonista não é muito carismático e sua motivação empolga muito. Mas é um bom filme de modo geral. Levando em consideração que o livro é de 1965, dá pra perceber onde George Lucas buscou sua inspiração para Star Wars. Ambas histórias possuem muitos pontos em comum.
Estou pegando uns filmes antigos que eu já deveria ter assistido na adolescência e assistindo agora, no auge da meia idade. E posso dizer que certas obras de arte são atemporais. Requiem para um Sonho é uma delas. O roteiro crítico somado a uma fotografia e edição primorosas!! Os ângulos de câmera e as lentes objetivas distorcidas são completamente fora do padrão hollywoodianos, mas passam muito bem o que deveriam passar: a sensação de vertigem, desconforto e alucinação e confusão que os personagens estão vivendo. As acusações contra as drogas lícitas e ilícitas, colocando-as no mesmo patamar também é muito interessante! Sem contar as ótimas atuações de todo o elenco. E o brinde de ver a Connelly, minha musa da adolescência em um papel tão forte. Filme incrível!!
Esperei muito para assistir esse filme. Já deveria tê-lo visto há muitos anos. Para um jornalista e grande fã de "A Sangue Frio", esse filme é uma obra de arte e uma aula sobre como escrever um livro-reportagem. Corajoso como deve ser. Polêmico como consequência.
Um suspense de mistério muito bem construído. Pena que a sequência final seja tão insossa desnecessária, com o selo caindo nas mãos de um honestíssimo filatelista. Confesso que essa cena me broxou bastante.
Um filme que não pode ser visto com anacronismo, pois possui uma visão de mundo específica de sua época, a visão do Norte desenvolvido como dominante de culturas distintas... ou simplesmente xenofobia. Mas é algo descartável no filme. O que realmente importa é o eixo principal do roteiro, que coloca esse mesmo xenófobo como vilão a partir do momento em que o homem branco do norte se acha dono da natureza. Até que a natureza se volta contra ele próprio. E o principal de tudo é a qualidade técnica do longa, com efeitos práticos convincentes ainda hoje (e pra quem de fato conhecer cinema, é maravilhoso reconhecer no filme cada uma das técnicas utilizadas para compor os quadros). Excelente filme!
Certos filmes envelhecem como vinho. E esse é um deles. Me lembro do frenesi de quando passou na TV, mas nunca assisti. Só o fiz agora, 24 anos após o lançamento. E ainda é um suspense de roer as unhas. Um roteiro que faz com que se ame e odeia o protagonista ao mesmo tempo. O espectador nunca sabe se torce por Ripley ou contra ele. Sem conta o elenco... só tem gente astro de competência no longa.
Miraram em Missão Impossível e não acertaram em nada. Um filme totalmente esquecível. Vale só pra ver a Gal Gadot, que segue linda em todo o papel que faz, mas tirando isso, é um filme fraquíssimo.
Duna: Parte 2
4.4 554É bem mais lento e contemplativo que o primeiro, com poucas cenas de ação, mas um bocado de conteúdo reflexivo.
Mas são filmes que não conseguiram me cativar, ainda que os tenha achado bons filmes.
Este segundo parece ter um roteiro mais interessante que o primeiro, mas tem algumas coisas que me incomodam: o romance dos protagonistas não me envolve, nenhum dos dois tem carisma, a jornada do herói não parece convencer e não emociona, o desfecho dos antagonista é rápido e indolor (piscou, cabou!)... e o principal: se eles têm armas de fogo e à laser, porque caralhos ficam lutando de espadinha no meio de uma guerra????
E a dúvida que não quer calar: montar num verme é fácil, mas como faz pra descer?
Madame Teia
2.1 224 Assista AgoraÉ gostosinho de assistir por ser um filme de origem. Mas nada de mais.
Principal problema: o vilão. Cadê o vilão? Cadê a vilania? Cadê o propósito? Por que eu deveria odiá-lo? O cara tá só salvando a própria vida. E nem faz sentido, porque ele prevê a morte de um jeito e morre de outro. Cadê o dom de premonição dele? Um furo enorme no roteiro esse aí.
Outro problema são os caras aranhas do Peru. Aqueles diálogos deles no filme não convencem, não emocionam, nem soam naturais.
Tirando, foi uma boa diversão.
Assassinos da Lua das Flores
4.1 600 Assista AgoraE pela primeira vez desde Infiltrados eu não senti sono em um filme do Scorsese. Já é um grande mérito. Rs
Brincadeiras à parte, Assassinos da Lua das Flores se tornou meu favorito na corrida do Oscar 2024. Ainda que não consiga despertarba emoção que o tema pede, é com certeza o longa mais complexo da disputa em todos os seus vieses de produção. E se saiu bem em todos eles, pois tecnicamente é impecável, o elenco é ótimo, o roteiro é muito bem construído e a fotografia é o maior trunfo do filme (que iluminação mais perfeita!!!).
Ainda que outros consigam fisgar melhor o expectador, Lua das Flores é muito mais completo.
Um Lindo Dia Na Vizinhança
3.5 273 Assista AgoraJá faz tempo que assisti e esqueci de marcar aqui. Uma pena. Lembro de ter gostado bastante, mas vai ser difícil comentar mais.
Mas lembro também que é um filme inspirador. Se o personagem real de fato foi assim em vida, não sei dizer. Mas o personagem de Hanks na telona tem muito o que ensinar. Um filme para se ver muitas vezes.
A Sociedade da Neve
4.2 704 Assista AgoraAssisti algumas vezes o filme antigo, da década de 1980. E não me lembro de ser tão pesado quanto esse.
Fui assistir imaginando que veria sofrimento e conflito ideológico sobre se alimentar ou não, mas não esperava algo tão mais cru e exposto como de fato foi.
Um longa muito bem construído, uma história pesada. Mas um mérito especial para o roteiro que soube dar pesos bem definidos a cada personagem e desenvolver suas histórias com respeito e profundidade. A narrativa feita por um homem morto foi excelente.
O final é emocionante, realmente tocante, consegue levar às lavras. Um filme envolvente, que consegue colocar o espectador no ambiente da trama. Queria muito poder ver numa tela grande de cinema. Esse é tipo de filme que merecia estar nas telonas, não na Netflix.
E quanto à parte técnica e atuações, são todas impecáveis. Uma direção de arte, com figurino e maquiagens muuuuito convincentes, realistas mesmo! Uma fotografia imersiva, que consegue passar a agonia da amplidão gelada e a claustrofobia da cabine atulhada do avião.
Primeiro estrangeiro do Oscar que assisto, então não posso comparar com outros ainda. Mas merecedor de prêmios ele é!
Anatomia de uma Queda
4.0 757 Assista AgoraUm filme excelente!
Ainda que tenha uma fotografia simples e pouco criativa, o longa consegue balancear com uma trama interessante, principalmente no que diz respeito às relações pessoais familiares. Sem contar as atuações, que são muito boas.
E o roteiro tem um mérito muito grande, veja porque: O filme coloca o espectador no papel de jurado, assistindo no tribunal a apresentação da acusação e da defesa, com perícias inconclusas de ambas as partes, com gravações de brigas igualmente inconclusivas e o testemunho de um garoto movido pela emoção, mais que pela razão. E faz com que nós, do lado de cá, tenhamos que tomar nossa decisão sobre a inocência ou culpa da protagonista.
Porém não somos meros jurados, somos privilegiados, temos acesso aos momentos íntimos da protagonista ao longo de toda a trama. E aí entra o principal mérito do roteiro: esses momentos íntimos conseguem ser isentos e não nos influenciam diretamente sobre a real situação da personagem. Temos de ficar com as inconclusivas apresentações do tribunal para nos decidir.
É como Dom Casmurro: não importa se Capitu traiu ou não Bentinho. O que importa é o desenvolvimento da história.
O final aberto é a verdade de todos os julgamentos desse tipo. Cabe ao espectador ser um dos jurados e decidir, baseado em tudo o que viu no tribunal, se ela é culpada ou inocente.
E, por favor, vamos dar um Oscar de melhor atuação para o Messi (esse é nome real do cachorro que atuou no filme). O bichinho é bom demais!!!!
Napoleão
3.2 316 Assista AgoraE quem diria que uma mega produção de Ridley Scott, com Joaquin Phoenix se tornaria apenas um "filme ok"?!
Ainda que a produção de arte, figurino e maquiagem tenham sido impecáveis, o filme deixa muito a desejar. O desenvolvimento do personagem título é cheio de lacunas, focado em diálogos esdrúxulos entre ele e sua amada. Uma forma mais humana de se abordar um mito? Sim, com certeza. Mas longe de ser o roteiro cheio de intrigas políticas e táticas militares que todos de fato queriam assistir.
Ou talvez o problema tenha sido minha expectativa que estava alta demais.
Os Rejeitados
4.0 314Os rejeitados não traz uma receita batida, com uma história bem conhecida pelo público (repetida de formas diferentes em muitos filmes por aí). E talvez por isso seja tão bom. Aliás, difícil encontrar um filme com Paul Giamatti que seja ruim.
Está concorrendo a melhor filme, mas passa longe de ser um dos favoritos. Mesmo assim vale muito a pena ver, principalmente pelo arco dramático de ambos protagonistas.
Maestro
3.1 258Começando a maratona do Oscar com esse filme que é bem a cara da premiação.
Ainda que eu tenha achado a montagem bem interessante e um roteiro que mescla realidade com fantasia de forma homogênia e fluente (principalmente na primeira metade), o que dá ao longa um tom poético... ainda assim é um roteiro que deixa a desejar e vai se tornando maçante ao longo de seu desenvolvimento.
Destaque pra fotografia, que é bem interessante. Mas principalmente para a maquiagem e para o elenco. Nem assisti os outros indicados, mas já estou considerando que o prêmio de Melhor Maquiagem vai para Maestro (Cooper está sutilmente irreconhecível).
Mamonas Assassinas: O Filme
2.4 211 Assista AgoraO filme tem seu apelo nostálgico, mas é ruim. Ponto!
Não parece em nada com um longa profissional. Parece um TCC de faculdade de Rádio e TV.
Simplesmente não há direção no filme. As coisas acontecem à revelia, o roteiro é uma sequência de cenas aleatórias sem nenhum foco, com diálogos fantasiosos e artificiais.
Enquanto qualquer longa se pauta no arco dramático de um protagonista e tem os demais coadjuvantes como suas escadas, esta produção tem a pretensiosa ideia de contar as história de todos ao mesmo tempo... e acaba não constando as histórias de ninguém.
Recentemente, até o Rick Bonadio fez uma crítica, dizendo que o filme não tem compromisso com a realidade. O personagem que supostamente deveria ser ele é um produtor de sucesso, enquanto Rick estava começando a carreira aos 25 anos de idade naquela época. Tanto é que nem usam o nome dele no filme.
E a fotografia (meu deus, a fotografia!!!!) é extremamente amodorística.
Se eu não me engano (por favor, alguém me esclareça) nem sequer puderam usar o nome "Brasília" na hora de cantar a música. Tinha a ver com algum direito autoral que a produção do filme não conseguiu? Porque se for isso, é muita incompentência.
Alguns nomes de pessoas também aparecem mudados no filme
A Família Noel
2.7 24 Assista AgoraFiquei chocado ao descobrir que existem outras duas continuações. Eu tive que fazer força pra terminar o primeiro.
Filme fraco, sem graça, ruim mesmo. Um roteiro fraquíssimo, personagens que não convencem, algumas cenas totalmente inúteis... O núcleo secundário da fábrica de biscoitos é a única coisa que presta história.
Mas tecnicamente é um filme Ok. Bons efeitos visuais (tirando a parte dos duentes, que são horríveis, mal recortados e com uma iluminação que destoa da iluminação cenário em chroma) e uma direção de arte impecável. Cenários muito bem construídos e um figurino convincente. Nessa parte não posso reclamar.
Megatubarão
2.8 841É difícil engolir o filme quando se tem um mínimo de conhecimento sobre física e biologia.
Megalodentes viviam em águas costeiras, ricas em alimentos (não era fácil alimentar um bichão daquele tamanho) e bem mais quentes que os fundos dos oceanos. Mas a pior parte com certeza é a dos submarinos, que são extremamente frágeis para as pressões gigantes do fundo do oceano (mano, tem submarino de vidro!!! hahahahaha).
E tem ainda a questão do "disfarce" do fundo do oceano, que é formado por uma camada de água fria que esconde um fundo mais quente. Porque faz todo o sentido a água quente ser mais pesada que a fria, né? (contém ironia.)
Mas ok, é uma história de ficção, não um documentário de James Cameron. Vamos dar essas licenças poéticas ao roteiro.
Como um filme de ação, é divertido e entrega bem o que propõe: diversão com um certo suspense e tensão. O mais divertido foi ver Rainn Wilson atuando como milhonário excêntrico, estilo Elon Musk. Pra quem estava acostumado a ver ele por anos em The Office, foi a primeira vez que o vi em um filme.
Em Uma Ilha Bem Distante
3.3 39 Assista AgoraAssisti despretensaiomente numa tarde de domingo.
O filme tem problemas graves de roteiro, principalmente em seu primeiro ato e em alguns momentos do segundo ato que são consequências do primeiro. A maneira como ela foge não convence, não preocupa a família, não é verossimilhante. E tem detalhes que se contradizem: no início a casa não tem luz, é abastecida por um moinho de vento que mal produz energia pra uma lâmpada... no final, na festa, tem uns 150 lâmpadas acesas do lado de fora da casa. Enfim, detalhes, mas que incomodam.
Tirando isso, o filme começa a engatar uma história interessante e cativante. Não é um grande longa. Apesar de ser alemão, segue um padrão de filme Hollywoddiano e traz várias cenas clichês das comédias românticas, além de um humor meio pastelão.
A fotografia é mais televisiva que cinematográfica (algo muito comum nos filmes europeus da Netflix), mas os cenários são maravilhosos.
No final, dá aquele gostinho de sair por aí e viver uma aventura.
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraNão é o estilo de filme que me agrada. Sou muito cético para me envolver em um terror sobrenatural. Difícil ter medo de algo que não se acredita.
Mas é um bom filme de modo geral. Longe de ser um dos melhores da A24.
O Lobo Atrás da Porta
4.0 1,3K Assista AgoraO argumento do filme é bem forte e o roteiro constrói uma tensão que deságua em um final inesperado (pelo menos pra mim foi inesperado).
O comportamento dos personagens ao longo de todo o longa é muito realista, percebendo que cada um foi muito bem construído em falas e atitudes .
Ótimas atuações, principalmente da Leandra Leal, que ficou excelente no papel.
Fotografia com cara de película (não sei se apenas emula ou foi de fato gravado em película), passando uma dramaticidade e realidade de documentário.
Excelente longs!!!!
Mussum: O Filmis
3.7 160 Assista AgoraMussum tem seus prós e Contras.
Entre os pontos positivos, o principal deles, com toda a certeza, é Ailton Graça. O longa não chegaria nem perto do sucesso que conquistou se não fosse a perfeita atuação do protagonista.
O fator nostálgico também pesa bastante para o espectador mais velho, capaz de despertar memórias afetivas e gerar grande identificação com o filme.
Tecanimente também é muito bom. A caracterização dos personagens preza pelo mínimo, não qurendo imitar legitiamente nenhum dos personagens reais, deixando-se valer apenas de seu papel na história como algo original. A fotografia, ainda que simples, é sólida e valoriza muito as atuações.
Por outro lado, o roteiro tem lá seus problemas. Ainda que o primeiro ato tenha um plot interessante e o segundo ato seja recheado de conflitos comoventes, o plot twist principal (na virada para o terceiro ato) praticamente não existe, fazendo com que a conclusão aconteça da forma mais aleatória possível. O filme acaba e a gente fica tipo: "oi? mas já? Não estava esperando o final pra agora!" Outro exemplo é que fizeram questão de mostrar o vício alcoólico de Mussum, mas sem desenvolvê-lo, ou seja, uma informação que não leva a lugar nenhum. É só uma informação.
E, com certeza, o pior do filme é o elenco da primeira fase. Enquanto o elenco da segunda fase entrega atuações de excelência, na primeira fase tudo soa artificial e caricato. Um exemplo:
Cena dramática, pesada, em que a primeira namorada de Mussum está de cama após perder o filho em um acidente de trabalho. Cacau Protásio, ao lado da enferma, entrega uma Malvina totalmente despreocupada com a situação, batendo um paninho na enferma como numa esquete de Zorra Total. No caso de Cacau, sua atuação é tão discrepante da de Neusa Borges, que fica parecendo que elas nem sequer interpretaram o mesmo papel. Apenas um exemplo, pois de modo geral o primeiro elenco é todo bem fraquinho, o que estragou boa parte da primeira fase do longa.
Mas é um filme gostoso de assistir, emociona (muito), diverte, transmite uma mensagem positiva e desperta uma gostosa nostalgia. E, principalmente, nos faz reviver o grande Mumu da Mangueira!!!
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraDeixando claro que não conheço nada do universo de Duna e este filme foi meu primeiro contato. Levando isso em consideração, posso dizer que é um bom filme. Nada surpreendente ou fora da caixinha. Um padrão de história Hollywoodiana muito bem executado, com ótimas qualidades técnicas e um argumento bem interessante.
Mas peca muito no desenvolvimento dos personagens. Alguns deles, essenciais para o envolvimento do espectador, não possuem espaço suficiente para cativar e muito da ação do filme acaba meio insosa por isso. O próprio protagonista não é muito carismático e sua motivação empolga muito. Mas é um bom filme de modo geral.
Levando em consideração que o livro é de 1965, dá pra perceber onde George Lucas buscou sua inspiração para Star Wars. Ambas histórias possuem muitos pontos em comum.
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraEstou pegando uns filmes antigos que eu já deveria ter assistido na adolescência e assistindo agora, no auge da meia idade. E posso dizer que certas obras de arte são atemporais. Requiem para um Sonho é uma delas.
O roteiro crítico somado a uma fotografia e edição primorosas!! Os ângulos de câmera e as lentes objetivas distorcidas são completamente fora do padrão hollywoodianos, mas passam muito bem o que deveriam passar: a sensação de vertigem, desconforto e alucinação e confusão que os personagens estão vivendo.
As acusações contra as drogas lícitas e ilícitas, colocando-as no mesmo patamar também é muito interessante!
Sem contar as ótimas atuações de todo o elenco. E o brinde de ver a Connelly, minha musa da adolescência em um papel tão forte.
Filme incrível!!
Capote
3.8 372 Assista AgoraEsperei muito para assistir esse filme. Já deveria tê-lo visto há muitos anos.
Para um jornalista e grande fã de "A Sangue Frio", esse filme é uma obra de arte e uma aula sobre como escrever um livro-reportagem.
Corajoso como deve ser. Polêmico como consequência.
Charada
4.1 297 Assista AgoraUm suspense de mistério muito bem construído.
Pena que a sequência final seja tão insossa desnecessária, com o selo caindo nas mãos de um honestíssimo filatelista. Confesso que essa cena me broxou bastante.
King Kong
3.8 193 Assista AgoraUm filme que não pode ser visto com anacronismo, pois possui uma visão de mundo específica de sua época, a visão do Norte desenvolvido como dominante de culturas distintas... ou simplesmente xenofobia. Mas é algo descartável no filme.
O que realmente importa é o eixo principal do roteiro, que coloca esse mesmo xenófobo como vilão a partir do momento em que o homem branco do norte se acha dono da natureza. Até que a natureza se volta contra ele próprio.
E o principal de tudo é a qualidade técnica do longa, com efeitos práticos convincentes ainda hoje (e pra quem de fato conhecer cinema, é maravilhoso reconhecer no filme cada uma das técnicas utilizadas para compor os quadros).
Excelente filme!
O Talentoso Ripley
3.8 653 Assista AgoraCertos filmes envelhecem como vinho. E esse é um deles.
Me lembro do frenesi de quando passou na TV, mas nunca assisti. Só o fiz agora, 24 anos após o lançamento. E ainda é um suspense de roer as unhas. Um roteiro que faz com que se ame e odeia o protagonista ao mesmo tempo. O espectador nunca sabe se torce por Ripley ou contra ele.
Sem conta o elenco... só tem gente astro de competência no longa.
Agente Stone
3.0 145 Assista AgoraMiraram em Missão Impossível e não acertaram em nada. Um filme totalmente esquecível. Vale só pra ver a Gal Gadot, que segue linda em todo o papel que faz, mas tirando isso, é um filme fraquíssimo.
O Assassino Perfeito
2.5 18 Assista AgoraBanderas devia tá muito necessitado pra aceitar esse papel. Um cara do nível dele fazer um filme ruim desse?