Ele corta a cabeça, é preso, se machuca no vidro. Chega a ser cômico de tão exagerado que é. Fico imaginando o que mais pode ter acontecido em outras brigas durante esses 6 anos.
Senti um toque de empoderamento feminino? Senti, sim. A escrava sexual se rebelando, a mocinha criada praticamente em cárcere ganhando liberdade com a consciência de que não precisava do macho ali em questão. A criatura se revoltando contra o criador autoritário, com o detalhe de que é a mulher contra o homem - que não passa de um macho escroto com QI alto.
Me incomodou muito o fato dela ter atribuído toda sua felicidade ao Tony, como se só fosse possível se sentir plena e realizada com um homem ao lado, quando ela tinha um trabalho, estudo - que iria te garantir um ótimo futuro -, um teto e amigos que lhe tratavam tão carinhosamente. E o que ela fez com o Jim foi sacanagem, vamos combinar. Jim é a personificação da Irlanda e Tony de Nova York. A impressão não é que ela escolheu o marido, mas sim a cidade que iria te fazer melhor.
O que não dá pra negar é que a fotografia do filme é a coisinha mais bonita que já se viu.
A fotografia, trilha sonora e atuação de alguns personagens são impecáveis, mas tudo é estragado quando o mistério envolvente do início do filme se torna um romance hollywoodiano: banal e superficial. Infelizmente não chegou nem perto de cumprir com minhas expectativas.
Mística de roupa, com um rosto fixo, sem a pose de grande espiã, de vilã a mocinha. O que não fazem com uma personagem por causa de um rostinho que dá dinheiro?
Se alguém me convencer de que o filme não passa de um emaranhado de clichês, onde você consegue saber o próximo passo do personagem antes mesmo de aparecer na tela, com um protagonista manipulador e interesseiro e um roteiro que transforma a mulher em histérica no final, eu juro que assisto de novo e aumento a nota.
A presença predominantemente feminina, o foco no olhar característico de Almodóvar e a dedicatória belíssima no final são só alguns traços que fazem desse filme mais um trabalho maravilhoso do diretor.
Confesso meu preconceito com Batman e confesso que esse filme só me conquistou um pouquinho mais por ele ter ficado tão em segundo plano. É clichê falar de Heath Ledger, mas vamos lá: que atuação maravilhosa!
A presença constante da cor vermelha e a música final "Mother's last word to her son", em uma tradução livre "as últimas palavras da mãe para seu filho", foram o toque de mestre pra mim.
(ler os comentários daqui dizendo que Kevin é apenas uma criança "birrenta" foi mais deprimente que o filme)
Meu primeiro filme sob a direção de Almodóvar e termino completamente perplexa. A forma como cada personagem tem um papel de extrema importância na história me atrai, assim como as relações que vão sendo construídas no decorrer do filme, por exemplo, a amizade entre Benigno e Marco. Com personagens nem um pouco estereotipados, "Fale com ela" me deixou sem palavras. Roteiro impecável, mas com um detalhe que me incomodou muito e foi reforçado ao ler os comentários aqui no filmow mesmo. Muitos dizem que Almodóvar consegue humanizar até personagens que deviam ter todo nosso rancor; muitos dizem não ter conseguido sentir ódio de Benigno e não gostaram de seu fim trágico. "Fale com ela" não é sobre dois homens apaixonados por mulheres em coma onde um deles dá a lição de moral de que sim, devemos conversar com pessoas nestas situações para ajudá-las a sair disso (o fato de Benigno sempre conversar com Alícia é claramente posto como sua salvação). "Fale com ela" conta a história de um cara em pleno estado de obsessão, que nunca viveu por si, mas sempre por outras mulheres - sua mãe e depois Alícia. Um cara que violentou uma mulher que não estava em estado de se defender, que não poderia falar com ele. Ele não é um personagem humanizado, que tem seus atos justificados pela sua condição mental. Ele é um abusador e comentários dizendo que é fácil sentir pena de Benigno mostram apenas uma romantização do estupro. Alícia não tem voz em quase nenhum momento do filme, até mesmo quando não está em coma. As pessoas falam com ela, mas ela não tem chance de se manifestar por si só. E a insinuação do romance entre ela e Marco no final retrata pura e simplesmente a continuação do legado de Benigno, visto que o homem só tem a visão do amigo de Alícia. Ele não a conhece de fato. Ele conhece a musa idolatrada por uma mente obsessiva. Foi difícil classificar o filme por conta da romantização do estupro, mas percebi que não foi Almodóvar que passou essa mensagem, mas foi como a opinião pública viu. Olhando bem, sentindo a repulsa necessária pelas relações entre as personagens, o filme é uma obra prima.
É uma época de claro machismo e principalmente uma época onde ele é aceito. Apesar de dar play com isso em mente, impossível evitar a repugnância a cada ordem que o duque dá à Georgiana e a cada vez que ela precisa baixar a cabeça a ele. A cena de estupro dentro do próprio casamento é muito bem montada e aumenta ainda mais o ar pesado do filme, que permanece até o último minuto, mostrando o destino de cada personagem na vida real e nos lembrando que isso aconteceu, que Georgiana foi só mais uma das muitas mulheres que sofreram nas mãos de homens que fizeram delas suas propriedades em um passado não tão distante assim. Por fim, a beleza que trás a amizade entre "esposa" e "amante" nos lembra que não, não há rixa entre mulheres. Há homens que as submetem a papéis que não escolheram para si mesmas e sociedades que não questionam isso.
É um filme longo, sem muitas agitações; requer paciência. Porém, o drama tão real da vida de Mason envolve. É a vida como ela é realmente, sem máscaras, com as marcas de cada ciclo vivenciado cravadas na pele, vistas a olho nu - o que torna tão interessante o fato de acompanhar o envelhecimento - e amadurecimento! - de cada personagem.
E lá vai o besouro ganhar novamente a vida pelas mãos de quem parece tão perdido nela. "Por que a gente tem que se apaixonar por quem trata a gente mal?"
365 Dias
1.5 878 Assista Agoranão merece nem meia estrela
6 Anos
2.8 329 Assista AgoraEle corta a cabeça, é preso, se machuca no vidro. Chega a ser cômico de tão exagerado que é. Fico imaginando o que mais pode ter acontecido em outras brigas durante esses 6 anos.
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraSenti um toque de empoderamento feminino? Senti, sim.
A escrava sexual se rebelando, a mocinha criada praticamente em cárcere ganhando liberdade com a consciência de que não precisava do macho ali em questão. A criatura se revoltando contra o criador autoritário, com o detalhe de que é a mulher contra o homem - que não passa de um macho escroto com QI alto.
Ensaio Sobre a Cegueira
4.0 2,5KEm terra de cego quem tem olho não é rei, é amaldiçoado por enxergar tão bem a situação.
Brooklin
3.8 1,1KMe incomodou muito o fato dela ter atribuído toda sua felicidade ao Tony, como se só fosse possível se sentir plena e realizada com um homem ao lado, quando ela tinha um trabalho, estudo - que iria te garantir um ótimo futuro -, um teto e amigos que lhe tratavam tão carinhosamente.
E o que ela fez com o Jim foi sacanagem, vamos combinar. Jim é a personificação da Irlanda e Tony de Nova York. A impressão não é que ela escolheu o marido, mas sim a cidade que iria te fazer melhor.
O que não dá pra negar é que a fotografia do filme é a coisinha mais bonita que já se viu.
X-Men: Apocalipse
3.5 2,1K Assista AgoraAcertaram na Fênix e nas caracterizações de alguns personagens. Apenas. Não valeu o ingresso do cinema.
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraA fotografia, trilha sonora e atuação de alguns personagens são impecáveis, mas tudo é estragado quando o mistério envolvente do início do filme se torna um romance hollywoodiano: banal e superficial. Infelizmente não chegou nem perto de cumprir com minhas expectativas.
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
4.0 3,7K Assista AgoraMística de roupa, com um rosto fixo, sem a pose de grande espiã, de vilã a mocinha. O que não fazem com uma personagem por causa de um rostinho que dá dinheiro?
Ponto Final: Match Point
3.9 1,4K Assista AgoraSe alguém me convencer de que o filme não passa de um emaranhado de clichês, onde você consegue saber o próximo passo do personagem antes mesmo de aparecer na tela, com um protagonista manipulador e interesseiro e um roteiro que transforma a mulher em histérica no final, eu juro que assisto de novo e aumento a nota.
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraA presença predominantemente feminina, o foco no olhar característico de Almodóvar e a dedicatória belíssima no final são só alguns traços que fazem desse filme mais um trabalho maravilhoso do diretor.
Ruby Sparks - A Namorada Perfeita
3.8 1,4KUma pequena romantização de um relacionamento abusivo. Não conquista como eu esperava.
Batman: O Cavaleiro das Trevas
4.5 3,8K Assista AgoraConfesso meu preconceito com Batman e confesso que esse filme só me conquistou um pouquinho mais por ele ter ficado tão em segundo plano.
É clichê falar de Heath Ledger, mas vamos lá: que atuação maravilhosa!
(a Rachel morreu no primeiro filme. Não passou de uma mosca morta nesse)
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraA presença constante da cor vermelha e a música final "Mother's last word to her son", em uma tradução livre "as últimas palavras da mãe para seu filho", foram o toque de mestre pra mim.
(ler os comentários daqui dizendo que Kevin é apenas uma criança "birrenta" foi mais deprimente que o filme)
Fale com Ela
4.2 1,0K Assista AgoraMeu primeiro filme sob a direção de Almodóvar e termino completamente perplexa. A forma como cada personagem tem um papel de extrema importância na história me atrai, assim como as relações que vão sendo construídas no decorrer do filme, por exemplo, a amizade entre Benigno e Marco. Com personagens nem um pouco estereotipados, "Fale com ela" me deixou sem palavras. Roteiro impecável, mas com um detalhe que me incomodou muito e foi reforçado ao ler os comentários aqui no filmow mesmo. Muitos dizem que Almodóvar consegue humanizar até personagens que deviam ter todo nosso rancor; muitos dizem não ter conseguido sentir ódio de Benigno e não gostaram de seu fim trágico.
"Fale com ela" não é sobre dois homens apaixonados por mulheres em coma onde um deles dá a lição de moral de que sim, devemos conversar com pessoas nestas situações para ajudá-las a sair disso (o fato de Benigno sempre conversar com Alícia é claramente posto como sua salvação). "Fale com ela" conta a história de um cara em pleno estado de obsessão, que nunca viveu por si, mas sempre por outras mulheres - sua mãe e depois Alícia. Um cara que violentou uma mulher que não estava em estado de se defender, que não poderia falar com ele. Ele não é um personagem humanizado, que tem seus atos justificados pela sua condição mental. Ele é um abusador e comentários dizendo que é fácil sentir pena de Benigno mostram apenas uma romantização do estupro.
Alícia não tem voz em quase nenhum momento do filme, até mesmo quando não está em coma. As pessoas falam com ela, mas ela não tem chance de se manifestar por si só. E a insinuação do romance entre ela e Marco no final retrata pura e simplesmente a continuação do legado de Benigno, visto que o homem só tem a visão do amigo de Alícia. Ele não a conhece de fato. Ele conhece a musa idolatrada por uma mente obsessiva.
Foi difícil classificar o filme por conta da romantização do estupro, mas percebi que não foi Almodóvar que passou essa mensagem, mas foi como a opinião pública viu. Olhando bem, sentindo a repulsa necessária pelas relações entre as personagens, o filme é uma obra prima.
A Duquesa
3.8 683 Assista AgoraÉ uma época de claro machismo e principalmente uma época onde ele é aceito. Apesar de dar play com isso em mente, impossível evitar a repugnância a cada ordem que o duque dá à Georgiana e a cada vez que ela precisa baixar a cabeça a ele.
A cena de estupro dentro do próprio casamento é muito bem montada e aumenta ainda mais o ar pesado do filme, que permanece até o último minuto, mostrando o destino de cada personagem na vida real e nos lembrando que isso aconteceu, que Georgiana foi só mais uma das muitas mulheres que sofreram nas mãos de homens que fizeram delas suas propriedades em um passado não tão distante assim.
Por fim, a beleza que trás a amizade entre "esposa" e "amante" nos lembra que não, não há rixa entre mulheres. Há homens que as submetem a papéis que não escolheram para si mesmas e sociedades que não questionam isso.
As Sufragistas
4.1 778 Assista Agora"- Se conseguirmos o voto...
- O que faria com ele, Maud?
- O mesmo que você faz com o seu, Sonny. Exercer meus direitos."
Forrest Gump: O Contador de Histórias
4.5 3,8K Assista Agora"Eu não sou inteligente, mas sei o que é o amor."
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraO clichê mais tapa na cara que já se viu.
Paixão Sem Limites
3.9 544Gostaria de saber que critério eles usam na hora de traduzir o título. Conseguem acabar com a magia em algumas palavras.
Sedução
3.6 567Doentio, persuasivo e revoltantemente verossímil.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraÉ um filme longo, sem muitas agitações; requer paciência. Porém, o drama tão real da vida de Mason envolve. É a vida como ela é realmente, sem máscaras, com as marcas de cada ciclo vivenciado cravadas na pele, vistas a olho nu - o que torna tão interessante o fato de acompanhar o envelhecimento - e amadurecimento! - de cada personagem.
"É como se o tempo tivesse se desdobrado na nossa frente e a gente pode ficar aqui, ver tudo e gritar: é isso mesmo!"
O Preço do Amanhã
3.6 2,9K Assista AgoraAs críticas que o roteiro faz são fantásticas, principalmente pela forma original. Mas alguns pontos deixam muito a desejar, como o final.
Como raios eles vão roubar um banco daquele tamanho com duas armas?
Não deixa de ser uma história boa e com uma boa reflexão (e atores lindos!).
Entre Nós
3.6 619 Assista AgoraE lá vai o besouro ganhar novamente a vida pelas mãos de quem parece tão perdido nela.
"Por que a gente tem que se apaixonar por quem trata a gente mal?"
Romeu + Julieta
3.4 681 Assista Agora"O que é um nome? A flor que se chama rosa, se lhe dermos outro nome, deixa de ter perfume?"