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Últimas opiniões enviadas

  • Tiago

    Logo nos primeiros segundos de "O Mestre" somos apresentados ao marinheiro Freddie Quell, combatente ativo na Segunda Guerra Mundial. Como se servisse para adornar sua condição de beberrão e descontrolado sexual, o mar aparece belo, revolto e inquieto. Era, como é explicado aos marinheiros retornados, a alma da América após se sair vencedora de mais um confronto bélico.

    A década de 1950 se mostra propícia para ir além da venda do eterno american dream. É neste período também, quando boa parte das famílias acabaram afetadas direta ou indiretamente pela guerra, que abre-se espaço para novas formas de culto. Espertamente é aí que o escritor Lancaster Dodd passa a disseminar seus dogmas metafísicos no grupo chamado de “A Causa”. Logo nos primeiros segundos de O Mestre somos apresentados ao marinheiro Freddie Quell, combatente ativo na Segunda Guerra Mundial. Como se servisse para adornar sua condição de beberrão e descontrolado sexual, o mar aparece belo, revolto e inquieto. Era, como é explicado aos marinheiros retornados, a alma da América após se sair vencedora de mais um confronto bélico.

    Para seu mais novo filme, que tem estreia programada para esta sexta-feira (25), o premiado diretor Paul Thomas Anderson (Boogie Nights, Magnólia e Sangue Negro, para ficar nos mais óbvios) decidiu se utilizar de uma deslumbrante e ultrarrealista filmagem em 70 mm – que infelizmente precisa de uma projeção especial para ser desfrutado em sua totalidade. Uma forma mais adequada de levar ao expectador a tortuosa jornada de Quell, externada numa atuação selvagem de Joaquin Phoenix, que valeu indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro ao ator.

    A década de 1950 se mostra propícia para ir além da venda do eterno american dream. É neste período também, quando boa parte das famílias acabaram afetadas direta ou indiretamente pela guerra, que abre-se espaço para novas formas de culto. Espertamente é aí que o escritor Lancaster Dodd (interpretado de maneira não menos genial por Philip Seymour Hoffmann) passa a disseminar seus dogmas metafísicos no grupo chamado de “A Causa”. Claro, fica inevitável não traçar paralelos entre as trajetórias de Dodd e L. Ron Hubbard, fundador da polêmica Cientologia – que tem no ator Tom Cruise seu adepto mais célebre.

    Sorrisos congelados, luzes perfeitas e roupas engomadas. Na caminhada errante para reconstruir a própria vida, Quell acaba se tornando fotógrafo de retratos familiares, talvez o ofício mais distante possível de sua realidade. Não demora muito para voltar a ser o que realmente é: um homem explosivo, embriagado, impulsivo e completamente perdido. É exatamente no momento de desalento maior que topa de frente com a personalidade confiante e centralizadora de Dodd. Encontra, enfim, alguém para dividir seu suspeito drinque.

    Sabendo do tamanho dos personagens que tinha na mão, Anderson optou por estruturar O Mestre de forma clássica e linear, o que não evitou mais um esquecimento da Academia – apenas o elenco concorre ao maior prêmio da indústria cinematográfica. Mas, não se engane. Nada na película está ali ao acaso. Desde as visões de Quell (a cena do jantar já nasceu clássica) até passagens-chaves, em que se mostra muito mais do que julgamos ver (Peggy Dodd, interpretada com competência por Amy Adams, não é só a mulher de líder de uma seita).

    Quell e Dodd seguem sua dança em meio ao caos pelas pouco mais de duas horas de duração do filme. Um bailar dúbio e confuso, como se observado através de um caleidoscópio. E sabe-se lá se por capricho ou ato falho de sinceridade, o despudorado Lancester Dodd se apresenta a Quell com brilho nos olhos, querendo convidá-lo a ser mais um feliz seguidor de “A Causa”. Na caminhada errante para reconstruir a própria vida, Quell acaba se tornando fotógrafo de retratos familiares, talvez o ofício mais distante possível de sua realidade. Não demora muito para voltar a ser o que realmente é: um homem explosivo, embriagado, impulsivo e completamente perdido. É exatamente no momento de desalento maior que topa de frente com a personalidade confiante e centralizadora de Dodd. Encontra, enfim, alguém para dividir seu suspeito drinque.

    Sabendo do tamanho dos personagens que tinha na mão, Anderson optou por estruturar O Mestre de forma clássica e linear, o que não evitou mais um esquecimento da Academia.

    Nada na película está ali ao acaso. Desde as visões de Quell (a cena que Lancaster canta em um encontro já nasceu clássica) até passagens-chaves, em que se mostra muito mais do que julgamos ver (Peggy Dodd, interpretada com competência por Amy Adams, não é só a mulher de líder de uma seita).

    Quell e Dodd seguem sua dança em meio ao caos. Um bailar dúbio e confuso, como se observado através de um caleidoscópio. E sabe-se lá se por capricho ou ato falho de sinceridade, o despudorado Lancester Dodd se apresenta a Quell com brilho nos olhos, querendo convidá-lo a ser mais um feliz seguidor de “A Causa”. “Sou escritor, doutor, físico nuclear, filósofo teórico, mas acima de tudo, eu sou um homem. Assim como você”. É como se o diretor nos provocasse sem rodeios: afinal, quem é que precisa de quem por aqui?

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  • Tiago

    Febre do Rato é quase um Godard pernambucano. Mais suado, exagerado, grotesco e enfumaçado - sem dúvidas -, mas também mais quente, fresco e poético - como há um bom tempo eu não via.

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  • Tiago

    ‘Prometheus’ me levou ao espaço e me esqueceu por lá durante horas. Ridley Scott volta ao sci-fi que o consagrou e revisita o mundo de ‘Alien’ (1979). Dessa vez, ele foi além e elevou os alienígenas a um patamar transcendental, repleto de questões filosóficas e existenciais. Puta história!

    É para quem prefere o mistério à solução (Damon Lindelof, de Lost, co-escreveu o roteiro), para quem não tem medo de cena trash (se prepare para a melhor cena de cesariana que você viu na vida) e gosta de vasculhar referências (é um prequel, ok, mas ainda assim uma saga à parte. ‘2001’ e ‘Lawrence da Arábia’ são pescados aqui e ali).

    O visual é lindo, mas senti falta daquele clima sombrio e gélido do primeiro ‘Alien’. Por pouco – bem por pouco: tinha gente que caía na risada em momentos-chaves da história – ‘Prometheus’ não escorrega na gosma alienígena e se mostra apenas um filme de ação

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • Rafael Ribeiro
    Rafael Ribeiro

    Que lindo teu comentário no Febre do Rato.

  • Gustavo
    Gustavo

    E ae Tiago, tudo bem? Obrigado por add!

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