Tuane Daubaras

Um ode à delicadeza. Mia Hansen-Løve mostra um olhar refinado sobre a delicadeza feminina e conversa com elementos fotográficos simples que constroem a beleza simplória da película. Os seios de Camille, quase sempre visíveis, tornam sua imagem unicamente delicada. Sem nem mencionar a paisagem, belíssima e muitíssimo feminina. E os diálogos e trechos que preenchem lacunas com tanta doçura, tanta característica jovial, coisa de primeiro amor mesmo.
"Ah, meu Romeu".

O filme conversa com a realidade e não acho que se perca ao correr no tempo, pelo contrário, descreve os acontecimentos da vida como são: Sem imediatismos e por muitas vezes, vazios. A personagem interpretada pela belíssima Lola Créton não foge as regras do amor, por mais que amadureça, Camille sempre estará à deriva de suas escolhas em nome do amor. Afinal, quem ama deixa ir?

Que trilha sonora incrível!

pesar de retratar essa visão Malleus Malleficarum da bruxaria, até mesmo por que, por mais que vá morrer esperando uma série wicca/neopagã, eu acho interessante conhecer essa perspectiva cristã da bruxaria.Se formos analisar, se as bruxas tivessem conceitos cristãos, o diabo realmente seria uma fonte de energia e poder para as bruxas. Se na idade média a igreja católica pregava castidade e ignorância, é bem óbvio que elas estariam associadas ao lado contrário da história.
Sim, sim. O diabo é cristão, bruxas são pagãs. Mas a proposta da série é exatamente essa: A visão cristã da bruxaria.
E é sempre interessante conhecer a fonte da intolerância e ignorância daquela época.