Este é um filme que não deve ser assistido por todos, se todos tivessem o dom de apreciar o belo o mundo não seria tão díspare como é (muitos preferem o óbvio e se deixam levar pelas ondas da mesmice). "Bons Costumes" mostra uma realidade que ocorre diuturnamente entre a nobresa britânica sempre empoada e tecendo teias que escondem as entrelinhas. As boas atuações de Jessica Biel (Larita Whittaker) como americana-mulher dona de seu destino e de Ben Barnes (John Whittaker) fazendo o play-boy inconsequente são os "guiadores" dessa trama de interesses divergentes maudosamente urdida por uma empoada Sra. Whittaker (representada por Kristin Scott Thomas) que, além de moldar as frívolas filhas e de tentar escravisar o pobre e único nobre da família o marido (Colin Firth) nos brinda com momentos de falsa realeza em umna Inglaterra falida e falível. Esse é um daqueles filmes em que precisa-se assistí-lo embuídos em ver a arte onde a arte existe, e não são todos que conseguem capturar o belo onde há o belo...
Richard Gere (Parker Wilson) foi, como sempre, feliz ao emprestar-se para esse "Hachiko: A Dog's Story" e permitir-se ser o veículo de uma verdadeira história de amor sem barreiras. Já tinha tido informações da existência desse cão antes mesmo do lançamento do filme, mas me parecia história de carochinha criada como chamariz de uma cidade qualquer. Se realmente foi verdadeiro (e no filme diz ser) não importa muito, o que realmente importa é que Forest (Hachiko) em sua imponente figura me passou candura e humanidade além de sua condição de animal (dito irracional) e que a sofrida Andy Wilson (encarnada por Sarah Roemer) tenha conseguido dar ares às asas dessa história que me levou às lágrimas. Também não menos importante Joan Allen que fez Cate Wilson ou Cary-Hiroyuki Tagawa no papel de Ken ou o pequeno narrador Robert Capron (neto e estudante) e o resultado de tudo isso é um filme que toca a alma e me fez crer ser possível ver o amor de uma maneira diferente, por uma ótica animal.
Esse é um filme que jamais deveria ter sido feito e louvo a distribuição brasileira por terem renomeado o título, seria muito mais bizarro e nojento continuar "A Mãe". Não digo ter perdido meu tempo assistindo porque não o fazendo não estaria hoje nauseado em ter estado defronte de uma tela nde uma dita mãe apresenta-se e revela-se não somente prostituta (daquelas baixas e sujas como em muitos próstibulos sem classe em pontas de ruas sombrias pelo mundo afora). Sentí náuseas e vontade de vomitar... Não assistam, fujam léguas desse pornográfico insano!
Um filme que pouco acrescenta sobre o líder sulafricano e mostra limitadamente a convivência do tal carcereiro branco com Nelson Mandela e a inexplicada tomada de consciência, dele, quanto à questão do apartheid, sem que haja nenhuma conversa relevante entre os dois que tenha ocasionado tal mudança de postura. Apesar de ser um filme bem feito "Goodbye Bafana" é cheio de falhas técnicas. Os personagens envelhecem mais de vinte anos ao longo da história sem que haja nenhuma mudança significativa em termos de caracterização. Um bigode, um penteado diferente ou cabelos brancos que parecem algodão. Isso sem falar-se da trilha sonora irritante, recheada de sons pseudo - edificantes. O elenco apático contribui para colocar o pobre espectador para roncar. Dennis Haysbert é bom, mas não tem muito o que fazer no filme. Joseph Fiennes está longe de ter o magnetismo e talento do irmão. E Diane Kruger... Bom, essa daí é simplesmente uma das piores atrizes do momento. Ah, e a explicação para o título também é de doer. A impressionante trajetória de Mandela, preso político por 27 anos e posteriormente presidente da república, certamente merece ser mostrada no cinema. Mas Goodbye Bafana não é esse filme, mesmo porque o roteiro é focado na figura de James Gregory e não na do líder sul-africano. E, como não há nada de relevante na biografia de Gregory, a grande pergunta é: por quê? Imaginem se a moda pega e começam a fazer filmes sobre as vidinhas tediosas de qualquer um que tenha convivido com alguém famoso.
Denzel Washington me aprontou outra em grande estivo. Já o ví Mandela, Presidente, Presidiário e um sem número de personagens que deixaram marcas ora deliciosas, ora dolorosas em quem os assiste. Mas nesse "Grande Desafio" foi muito adiante ao nos mostrar uma América (dito país da liberdade) perversa com sua perversa discriminação racial em cenas que chocam pela crueza real e, ao mesmo tempo, de como é possível fazer história pelo simples e singelo ato do educar. Diferente de "Ao Mestre com Carinho" (dirigido por James Clavell, com Sidney Poitier, 1967), Denzel Washington (Diretor e ator) discorre sobre a magia do educar como forma de unificação e igualdade das raças sem transigir e nem chocar apesar de enveredar pelo lado perverso de uma realidade que o americano finge desconhecer que bem poderia ter nascido dos delírios de algum bom escritor não fosse verdade e não tivesse existido um Melvin B. Tolson (Melvin Beaunorus Tolson (6 de fevereiro de 1898, 29 de agosto de 1966) foi um americano poeta modernista, educador, colunista e político. Seu trabalho concentrou-se na experiência de Africano americanos, e inclui vários poemas longos históricos. Sua obra foi influenciada por seu estudo do renascimento do Harlem, apesar de ter passado quase toda a sua carreira em Texas e Oklahoma. Em 1947, Tolson Libéria nomeado seu poeta laureado - no filme representado por Denzel) ou um James Farmer Jr (Leonard James Farmer Jr. (12 de janeiro de 1920 - 9 de julho de 1999) foi um ativista dos direitos civis, um dos líderes do movimento dos direitos civis americanos na década de 1940, 50 e 60, e o iniciador e organizador de 1961 Liberdade Ride. Em 1942, o fazendeiro e um grupo de estudantes co-fundou o Comitê de Igualdade Racial, mais tarde conhecido como o Congresso de Igualdade Racial (CORE), uma organização que procurou pôr fim à segregação racial nos Estados Unidos através da não-violência ativa. O fazendeiro foi o primeiro líder da organização, servindo como o presidente nacional 1942-1944 - no filme representado por Denzel Whitaker) que vieram a ser o marco entre a condição de "negro" aprisionado pelo medo em uma país dito livre e o "homem negro" livre e que faz um país respirar liberdade. Se bem que essa "pseuda" liberdade do ser negro por lá, mesmo como um presidente negro, ainda está longe de ser realisade. "O Grande Desafio" é um filme que não pode deixar de ser assistido por quem ama a grande arte e não é apenas uma "bela hiostória", nem "legal". É um filme que dita e respira momentos de liberdade...
Foi uma grata satisfação ver o "Vela ao Crucificado" (baseado no conto de Ubiratan Teixeira (pai))na grande tela em mais um fenomenal trabalho de Fred (Frederico Machado). Há muito vinha tendo notícias de seu sucesso pelo mundo afora e, vez por outra, ouvindo Arlete (Arlete Nogueira, mãe de Fred) falar da preocupação em como meu pai veria essa "versão" de seu conto. Confeço que estava temeroso, mas após o "Fim" e sem conseguir segurar as lágrimas dei um forte abraço na amiga poetisa repetindo sem parar: "...é o próprio... é o próprio...". Fred conseguiu captar a dor de Almeida (pai real do filho morto sobre cuja história Birão imortalizou em livro e agora em filme por Fred) e mostrar de maneira sensível e dolorida. Assistir ao "Vela ao Cucificado" de Frederico Machado não é apenas ver um filme, é ver "O Filme". Bravos Fred, Bravos!
O Solista é um daqueles filmes que tem cheiro de Oscar. Ótima atuações, uma história real e sobre um personagem com problemas mentais. A roteirista é a mesma de Erin Brockovich e o diretor o mesmo de Desejo e reparação e Orgulho e Preconceito. Exceto que em momento nenhum consegui saber exatamente o que o diretor (ou roteirista) queria me fazer sentir assistindo o filme. Então nem posso dizer que falhou nesse sentido, apenas que não me direcionou para algum lugar. Acompanhamos o repórter Steve lopez (Robert Downey Jr.), que escreve sobre qualquer coisa. Um talento eu diria. Até mesmo seu acidente de bicicleta vira uma coluna do jornal. Um dia, ele ouve um som de violino em uma praça. Um som que não pertence aquele ambiente. Quando chega mais perto, percebe se tratar de Nathaniel Ayers (Jamie Foxx), um esquizofrênico que toca o instrumento com apenas duas cordas e diz já ter estudado em Julliard (uma das escolas de música mais conceituadas do mundo). Se um acidente gera uma coluna, o que dirá um provável prodígio musical que atualmente vive nas ruas? Lopez escreve sua matéria mas o destino faz com que ele tenha mais responsabilidades que gostaria com Ayers. Ele passa então a ajudar Ayers a retomar sua carreira musical. Ele nunca viu ninguém gostar tanto de alguma coisa quanto a paixão que ele nutre pela música. É algo incrível, mas será que a mente dele suporta? É quando o filme se perde. Em todos os grandes filmes com doentes mentais, vemos como a doença altera o ser humano. Principalmente, vemos pelos olhos do próprio doente. Como o retardo de Forrest Gump por exemplo, onde no final do filme já até entendemos seu raciocínio. Aqui, a doença de Ayers fica mal resolvida. Pra completar, há uns flashbacks para explicar a evolução da doença e como ele foi parar nas ruas que nem se fazem necessários. Acredito que a doença deva funcionar dessa forma mesmo, só não achei que fica bem dramaturgicamente falando. O filme começa a ficar mais complicado quando entra na parte em que trata dos desabrigados. Há toda uma parte que trata de centros de reabilitações, o descaso da população e das autoridades e porque os próprios desabrigados evitam esses tipos de lugares (não parece com um país que conhecemos?). Acho o esforço louvável, mas meio fora de propósito de acordo com a temática do filme. Poderia ser muito bem vindo em outro filme que trate desse assunto. Parece ter boas intenções, mas como dizem, de boas intenções... Vale uma espiada mais pelas atuações. Robert Downey Jr. dá o ponto exato de um repórter atarefado que tem problemas no casamento e de relacionamento com o filho e ainda tem que dividir seu tempo com um esquizofrênico. Foxx está perfeito até mesmo atrás de todas as fantasias que usa durante o filme. E assim como Mirren em Intrigas de Estado, Keener também está totalmente plausível como editora de jornal (também com problemas). Só não espere muito.
Gosto dos filmes se Steven Seagal. Para mim artista tem que ser como ele, não apanha nunca e aquela voz de homem santo é a pitada final. Esse, como em todos seus filmes, não somos obrigados a pensar e tentar desvendar coisa alguma. É simples: Ele chega, bate em todo mundo, mata quem acha que deva morrer com aquele charme de galã e sem qualquer sinal de que esteja em luta - sem dor, sem esforço, sem suor - e fim! Um bom programa para as tardes de domingo, sem que se espere nada além de aventura, porrada e só!
Denzel Washington é um bom ator, não resta dúvidas e nesse ele é o único que realmente dá cores de seriedade porém, e aqui reside algo ruim, não transmite sua condição de cego. Uma trama que merece roteiro melhor que Gary Whitta não conseguiu trabalhar. A direção dos irmãos Hughes (Albert Hughes e Allen Hughes) deixou muito a desejar. Imaginem um "santo homem", cego de nascimento, olhando mais que todos os que possuem visão? E isso, sua cegueira, só descobre-se bem próximo do final. Apesar de tudo (Ideia boa e roteiro fraco, resultando num filme de fotografia bacana para representar o climão apocalíptico, mas anos luz distante de clássicos do gênero em termos de originalidade) merece ser assistido, minha nota 5 vai pela fotografia e por Denzel Washington.
Indicado por meu sobrinho Lipe esse filme foi um boa surpresa. Nunca imasginaria que que um filme tão pequeno, com direção de um jovem com apenas 20 anos e dois atores pouco conhecidos, poderia ser tão legal. O filme tem uma dinâmica interessante galgado em cima dos diálogos dos dois personagens que permite, ao espectador, viajar por entre mundos completamente adversos. E é aí que mora o grande espanto: "diálogos como atrativo precisa de diálogos; inteligentes, engraçados e que não sejam chatos...Apenas o Fim consegue tudo isso, com seu roteiro absolutamente pop, cheio de referências a geração anos 90/2000. Matheus Souza, cita o Orkut, cita o PS2, cita Godard, Bergman... e um monte de coisas que fazem com que você se sinta parte integrante e decisiva na trama. Basicamente um romance/cult/cool, mas muito inteligente, mas não aquele inteligente chatão, é um inteligente no estilo stand-up comedy (que alías o ator Gregório Duvivier é oriundo)..então pra cada conversa que lembre algo da vida dos dois, sempre rola uma referência há alguma coisa pop e sempre tem uma sacada bacana no final de cada papo entre os dois. Completamentre ambientado nos pátios da PUC/Rio, Antonio e sua namorada(que brevemente sera Ex namorada)vão tecendo uma teia de recordações talvez banais, mas gostosas conversas sobre qualquer coisa (a da Vovó Mafalda é sensacional)em uma tentativa em resolver não apenas seus casos e dores pessoais, mas as de que os assiste. É um filme eestranhamente envolvente com seus diálogo sobre sexo, sobre fatos das famílias, sobre hábitos e "coisinhas" de casal. Falam de amor, de saudade de romantismo e nos brindam com uma conexão maravilhosa entre os dois. A impressão que se tem é que eles estavam vivendo tudo aquilo de verdade, que eram namorados, que se conheciam etc, etc. Erika Mader dá um show no papel da namorada, além de ser uma graça a menina esbanja simpátia e tem um jeitinho de falar apaixonante (é o tipo de namorada que todos sonham)... Gregório Duvivier é engraçadissimo, tem uns trejeitos que lembram o Woody Allen (meio neurótico, meio nerd) sempre tendo uma resposta divertida para as coisas, atuação bastante convincente que vai além de ser apenas comum, o rapaz imprime sua marca no personagem, fazendo dele um personagem a ser citado em muitas conversas futuras. Matheus Souza além de escrever um roteiro pra lá de original, dirige de forma segura, limpinha, sem vícios nem bobagens comuns a cineastas iniciantes. Além da dupla de protagonistas ainda temos boas participações especiais, que compõem este pequeno grande filme. Obrigado Lipe!
Filme fraco que tenta passar mensagens para termos cuidado com o futuro, mas que é logo destruída por uma péssima direção, que traz consigo um roteiro bizarro! "Johnny Mnemonic" é um filme assistivel, que de bom só a mensagem mesmo, pois é impressionante a quantidade de coisas bizarras e bisonhas que tem no filme. A começar por aquelas guarda-costas que mais parecem travestis ou então umas armas que cortam a pessoa no meio. É um show de "estranhismo"! Nada se compara com o elenco do filme. Keanu Reeves até que não é lá muito ruim, mas nesse está ruim de doer. Dina Meyer é outra que só sabe piscar os olhos, Ice-T também não faz muita coisa diferente. "Johnny Mnemonic" é um filme super estranho que chega a ser interessante. Vale a pena conferir, mas sem esperar muita coisa, pois qualquer crédito que o filme possua é dificilmente notável pela quantidade de furos no roteiro.
Simples, prazeroso, uma comédia mais que gostosa A culinária sempre rendeu bons filmes para o cinema. Quem não se lembra da divertida animação Ratatouille ou da deliciosa comédia independente A garçonete. Nesse sentido caminha esse Julie e Julia. Julia Child é uma americana que passou a morar em Paris por causa do trabalho do marido, Paul (Stanley Tucci). Em busca de algo para matar o tempo, ela se interessou por culinária e se tornou tempos mais tardes numa das grandes cucas nessa área chegando a apresentar um programa de culinária para a TV. Cinquenta mais tarde Julie Powell está prestes a completar 30 anos e entra numa verdadeira crise, frustrada com a vida que está levando. Em busca de um objetivo, ela resolve fazer e testar as 524 receitas do livro de Julia num prazo de um ano. Ao longo dessa jornada ela irá escrever um blog sobre as receitas e dificuldades que está tendo. Com duas histórias reais, a diretora constrói um filme simples, porém muito engraçado e radiante. Com atuações magníficas, o longa se concentra nas duas atrizes para conseguir a sua maior graça. Meryl Streep está radiante como Julia Child, uma americana que se aventura na culinária francesa e tem como sonho e objetivo de vida lançar um livro com as mais altas receitas da culinária gastronômica francesa para a língua norte-americana. Por mais que todos lhe falem que isso é simplesmente impossível, ela sorri e com um estilo contagiante e segue em frente. Sua atuação é soberana, ela simplesmente rouba todo filme para si. Amy Adams como Julie Powell está incrível, uma norte-americana que está passando por um momento de crise e que vê nas receitas de Julia e no desafio de fazê-las em um ano uma forma de confrontar a situação de sua vida, não vencê-la, mas apenas confrontar. Sua atuação é graciosa, singela, divertida e verdadeira. As duas têm uma jornada a seguir. Seus caminhos não se cruzam, mas a forma como a diretora guia a história é muito boa. Nora Ephron é uma diretora com filmes regulares. Suas duas comédias românticas Mensagem para você e Feiticeira foram boas, entretanto faltava algo a elas, um ingrediente que as deixa-se não apenas boas, mas também interessantes. E é esse algo que a diretora consegue colocar nesse novo longa. Uma simplicidade guia o filme, ele não possui grandes ambições. Há cenas cômicas, mas também há momentos em que se percebe um pequeno quê social e existencial. A maneira como a história de Julie é desenvolvida, o trabalho da atriz consegue nos passar as dúvidas desta personagem e a pressão que ela mesmo cobra dela para ter algo na vida que seja de valor. A insistência de Julia em continuar a gastronomia francesa não a impedem de apoiar o marido num momento pelo qual ele está passando que é um dos mais momentos mais delicados. Todas essas questões e inquietudes são transmitidas de forma competente pelas mãos da diretora e graças ao trabalho competente dessas duas grandes atrizes. Enfim, assim é Julie e Julia, um filme que literalmente dá água na boca.
Se Walter Salles Jr. não tivesse impregnado o sertão de Abril despedaçado (2001) com um olhar estetizante, tipo Sebastião Salgado, é bem possível que desembocasse em O sétimo dia (El séptimo día, 2004). No filme espanhol, baseado em um caso verídico, o acerto de contas entre os Jiménez e os Fuentes já dura trinta anos. Tudo começou quando Amadeo Jiménez e Luciana Fuentes tiveram um namoro fugaz. Subitamente abandonada, num momento de raiva ela pede ao irmão que mate o ex-amado. O assassinato tem como troco o incêndio na casa em que a matriarca dos Fuentes dormia. Hoje, a adolescente Isabel (Yohana Cobo) ouve muitas histórias sobre a morte de seu tio Amadeo, mas não desconfia que os Fuentes remanescentes ainda planejam descontar a traumática morte da mãe.
As tramas dos dois longas são, nota-se, muito similares. Ambos tratam de famílias rivais cujas mortes intercaladas não parecem ter remédio. A diferença é que o filme de Carlos Saura não tenta angelizar os inocentes filhos da vingança. Abril é do Bem. O sétimo dia é do Mal. Um filme que deve ser assistido com coração aberto e olhos fechados, sem ater-se ao gênero e sim ao espetáculo...
Um filme magestoso. As filmagens ocorreram em mais de 90 cenários e locações na Malásia, na França e no próprio Vietnã. Foram empregados inúmeros profissionais vietnamitas em toda a ficha técnica do filme, inclusive em cargos importantes, como a co-produção e a assistência de direção.
Principais prêmios e indicações Oscar 1993 (EUA) * Venceu na categoria de Melhor Filme estrangeiro. * Indicado na categoria de Melhor Atriz (Catherine Deneuve). BAFTA 1994 (Reino Unido) * Indicado na categoria de Melhor Filme em Língua Não Inglesa. Prêmio César 1993 (França) * Venceu nas categorias de Melhor Atriz (Catherine Deneuve), melhor Fotografia, Melhor Cenografia, Melhor Som e Melhor Atriz Coadjuvante (Dominique Blanc). * Indicado nas categorias de Melhor Figurino, Melhor Diretor, Melhor Montagem, Melhor Filme, Melhor Canção Escrita para Cinema, Melhor Ator Coadjuvante (Jean Yanne) e Atriz Promissora (Linh Dan Pham). Globo de Ouro 1993 (EUA) * Venceu na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Prêmio Goya 1993 (Espanha) * Venceu na categoria de Melhor Filme Europeu.
Muito interessante ver como se faz justiça no Estados Unidos onde se imaginava ser o paraíso da lei e da ordem. Um fato emblemático de como é possível, em nome de uma justiça fajuta, deixar livre um confeço assassino pelo simples fato de haver delatado, descaradamente e injustamente cruel, um "quase" inocente. Nunca torci tanto contra o Estado como nesse filme e vibrei a cada novo massacre bem urdido pelo pai e marido injustiçado. Não sou racista mas, que me perdoem os negros, aquele promotor merecia sofrer por fazer um "negro sujo" sem escrúpulos agindo em nome de uma justiça somente sua, uma justiça que permite livrar um assassino cruel da pena máxima. Não é o estilo de filmes que normalmente assisto, mas esse me fez querer ser cruel...
Agradável filme francês com boas atuações de atores e atrizes desconhecidos do grande público que supera muitos enlatados americanos espalhados por aí. Boa história, e ótimas locações, Bem acima da média.
Um filme polêmico que escandalizou a(s) igreja(s) puritanistas, mas a abordagem ao tema (polêmico e perigoso) da adaptação do livro foi magnifica. É claro que o livro é melhor, nem uma terça parte foi colocado na grande tela. Assistí as duas versões, esta a melhor. PREMIAÇÕES: * Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. CURIOSIDADES: * Os atores Laurence Olivier e Noel Howard chegaram a ser convidados para interpretar o personagem Humbert Humbert, mas ambos recusaram o papel * A atriz Tuesday Weld chegou a ser considerada para o papel-título de Lolita. * Um dos motivos pelo qual a atriz Sue Lyon foi escolhida para ser a intérprete de Lolita foi o tamanho de seus seios. O diretor Stanley Kubrick chegou a ser advertido sobre os perigos da censura americana em usar uma atriz menor de idade para interpretar uma garota de 14 anos sexualmente ativa, mas Kubrick resolveu contratá-la assim mesmo. * A atriz Sue Lyon tinha apenas 16 anos durante as filmagens de Lolita. * Logo na cena de abertura há uma cena em que Clare Quilty diz "I am Spartacus". Trata-se de uma referência a Spartacus, filme anterior de Kubrick. * Foi refilmado em 1997 pelo diretor Adrian Lyne, recebendo também o título de Lolita.
Marília Pera, por sí só e pela vasta lista de atuações, já paga o filme e somado ao impagável Wilker faz desse filme momentos de gostosa descontração. É certo que a história não faz jus aos dois e que, salvo alguns momentos do "aprendiz" Haagensen, o restante do elenco é muito fraco. Também é certo não ser um dos melhores filmes nem da Marília e nem do Wilker, mas é um bom filme que cumpre o que promete: levar ao espectador momentos de descontração. Minha classificação é 2 estrelas e meia!
A capa já mostra do que trata, uma história fraca, atores medianos e direção incerta. Os "hermanos" poderiam ter feito mais com a trama que é interessante, mas se perderam, meteram os "pés pelas mãos". Não tenho como classificá-lo (meia estrela é muito), por isso apenas digo que assistí.
Confeço que não esperava tanto, mas estou satisfeito em ter assistido esse bom filme. Ver Olívia Willians encarnando Ria (uma sonhadora amante que se descobre, ao longo do filme, mulher) e a veterana e sempre bela Andie MacDowell como Marilyn (na pele de mãe que chora e repensa o viver) não pode ser visto como um mero programa de uma noite insone. É sempre bom ver pessoas repensando o modo de viver e melhor ainda é sentir que o visto na tela pode, e deve, ser parâmetro para que também repensemos nosso cotidiano. Como falei no início estou espantado! Bom filme, ótimo elenco e direção impecável.
Não é maravilhoso como alardeiam, principalmente depois do Óscar para Sandra. É um filme, apenas um filme, como tantos já estrelados pela atriz que, por sinal, esteve melhor em outros títulos (Miss simpatia 1 e 2 (200/2005), A Casa do Lago (2006) ou Premonições (2007) por exemplo) sem desmerecê-la no corpo da nova rica Leigh Anne Tuohy. Quinton Aaron (na pele do singelo Michael Oher) sim, tem seus momentos de grande destaque não pelo avantajado corpo ou pelo olhar de menino sem rumo tornando-se a grande surpresa do filme. O roteiro e direção assinados pelo bom John Lee Hancock não é novidade no gênero, basta lembrar-se de sua direção em "Desafio do Destino (2002 com Dennis Quaid)" ou em "O Álamo (2004, também com Dennis Quaid) e no roteiro de "Um mundo perfeito (1993, dirigido por Clint Eastwood com Kevin Costner) ou no espantoso "Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal (1997, também dirigido por Clint Eastwood)". Mas é um bom filme como todos onde se vê Sandra Bulock.
Não! Esse filme não é comédia, ele não é nada! Dramalhão mexicano poderia até ser, mas aí estarei denegrindo o já ruim dramalhão (perdoe-me México!) Não há história, nã há nada! Os atores e atrizes? Esqueçam, pois tenho certeza que eles também preferem esquecer que emprestaram seus corpos e vozes para esse linxamento do cinema Francês. É um filme deprimente que tive que reunir todas minhas forças para assistí-lo, tinha que ver no que levaria essa porcaria e são 105 minutos vendo mulheres serem agredidas (não fisicamente): Uma médica (Judith Godrèche, Marie) que tem por marido um cafetão pseudo pintor cujas telas, que de tão ruins, ninguem se interessa e o dito cujo ainda se alardeia artista e se acha no direito de se dizer marido (dorme o dia inteiro, não faz nada). Uma fracassada (Anne Parillaud, Florence) que se diz publicitária sem sequer conseguir escrever um simples texto escavizada convicta por um marido que a trai descaradamente e, por fim (graças a deus!) uma advogada (Mathilde Seigner, Juliette) nunca mostrada como tal, mal amada e louca para ter "um homem seu" sem nada fazer para merecê-lo. Uma consumista desvairada que se acha dona da verdade. Para quem nunca assistiu dê graças e esqueça. Corra longe! Não deixe que a capa e a sinopse lhe encha os olhos como encheu os meus!
Está certo que quiseram imprimir Preciosa (Gabourey Sidibe) menina moça de 16 anos (?) Assisti! Me decepcionei! O filme não é essa maravilha que tantos alardeiam, não leva às lágrimas nem tampouco ao riso. Fiquei surpreso com o final, esperava melhor. Apesar do roteiro ser bom, faltou muito mais na interpretação tanto de Gabourey Sidibe, a Preciosa, quanto Mo'Nique, a mãe.
Bons Costumes
3.3 142 Assista AgoraEste é um filme que não deve ser assistido por todos, se todos tivessem o dom de apreciar o belo o mundo não seria tão díspare como é (muitos preferem o óbvio e se deixam levar pelas ondas da mesmice).
"Bons Costumes" mostra uma realidade que ocorre diuturnamente entre a nobresa britânica sempre empoada e tecendo teias que escondem as entrelinhas. As boas atuações de Jessica Biel (Larita Whittaker) como americana-mulher dona de seu destino e de Ben Barnes (John Whittaker) fazendo o play-boy inconsequente são os "guiadores" dessa trama de interesses divergentes maudosamente urdida por uma empoada Sra. Whittaker (representada por Kristin Scott Thomas) que, além de moldar as frívolas filhas e de tentar escravisar o pobre e único nobre da família o marido (Colin Firth) nos brinda com momentos de falsa realeza em umna Inglaterra falida e falível.
Esse é um daqueles filmes em que precisa-se assistí-lo embuídos em ver a arte onde a arte existe, e não são todos que conseguem capturar o belo onde há o belo...
Sempre ao Seu Lado
4.3 4,1K Assista AgoraRichard Gere (Parker Wilson) foi, como sempre, feliz ao emprestar-se para esse "Hachiko: A Dog's Story" e permitir-se ser o veículo de uma verdadeira história de amor sem barreiras. Já tinha tido informações da existência desse cão antes mesmo do lançamento do filme, mas me parecia história de carochinha criada como chamariz de uma cidade qualquer. Se realmente foi verdadeiro (e no filme diz ser) não importa muito, o que realmente importa é que Forest (Hachiko) em sua imponente figura me passou candura e humanidade além de sua condição de animal (dito irracional) e que a sofrida Andy Wilson (encarnada por Sarah Roemer) tenha conseguido dar ares às asas dessa história que me levou às lágrimas. Também não menos importante Joan Allen que fez Cate Wilson ou Cary-Hiroyuki Tagawa no papel de Ken ou o pequeno narrador Robert Capron (neto e estudante) e o resultado de tudo isso é um filme que toca a alma e me fez crer ser possível ver o amor de uma maneira diferente, por uma ótica animal.
Recomeçar
3.3 14Esse é um filme que jamais deveria ter sido feito e louvo a distribuição brasileira por terem renomeado o título, seria muito mais bizarro e nojento continuar "A Mãe". Não digo ter perdido meu tempo assistindo porque não o fazendo não estaria hoje nauseado em ter estado defronte de uma tela nde uma dita mãe apresenta-se e revela-se não somente prostituta (daquelas baixas e sujas como em muitos próstibulos sem classe em pontas de ruas sombrias pelo mundo afora). Sentí náuseas e vontade de vomitar... Não assistam, fujam léguas desse pornográfico insano!
Mandela - A Luta pela Liberdade
3.8 104Um filme que pouco acrescenta sobre o líder sulafricano e mostra limitadamente a convivência do tal carcereiro branco com Nelson Mandela e a inexplicada tomada de consciência, dele, quanto à questão do apartheid, sem que haja nenhuma conversa relevante entre os dois que tenha ocasionado tal mudança de postura. Apesar de ser um filme bem feito "Goodbye Bafana" é cheio de falhas técnicas. Os personagens envelhecem mais de vinte anos ao longo da história sem que haja nenhuma mudança significativa em termos de caracterização. Um bigode, um penteado diferente ou cabelos brancos que parecem algodão. Isso sem falar-se da trilha sonora irritante, recheada de sons pseudo - edificantes. O elenco apático contribui para colocar o pobre espectador para roncar. Dennis Haysbert é bom, mas não tem muito o que fazer no filme. Joseph Fiennes está longe de ter o magnetismo e talento do irmão. E Diane Kruger... Bom, essa daí é simplesmente uma das piores atrizes do momento. Ah, e a explicação para o título também é de doer. A impressionante trajetória de Mandela, preso político por 27 anos e posteriormente presidente da república, certamente merece ser mostrada no cinema. Mas Goodbye Bafana não é esse filme, mesmo porque o roteiro é focado na figura de James Gregory e não na do líder sul-africano. E, como não há nada de relevante na biografia de Gregory, a grande pergunta é: por quê? Imaginem se a moda pega e começam a fazer filmes sobre as vidinhas tediosas de qualquer um que tenha convivido com alguém famoso.
Ao Mestre, Com Carinho 2
3.8 44Não tão bom como o primeiro, mas com o mesmo vigor que aquele.
O Grande Desafio
4.1 221 Assista AgoraDenzel Washington me aprontou outra em grande estivo. Já o ví Mandela, Presidente, Presidiário e um sem número de personagens que deixaram marcas ora deliciosas, ora dolorosas em quem os assiste. Mas nesse "Grande Desafio" foi muito adiante ao nos mostrar uma América (dito país da liberdade) perversa com sua perversa discriminação racial em cenas que chocam pela crueza real e, ao mesmo tempo, de como é possível fazer história pelo simples e singelo ato do educar. Diferente de "Ao Mestre com Carinho" (dirigido por James Clavell, com Sidney Poitier, 1967), Denzel Washington (Diretor e ator) discorre sobre a magia do educar como forma de unificação e igualdade das raças sem transigir e nem chocar apesar de enveredar pelo lado perverso de uma realidade que o americano finge desconhecer que bem poderia ter nascido dos delírios de algum bom escritor não fosse verdade e não tivesse existido um Melvin B. Tolson (Melvin Beaunorus Tolson (6 de fevereiro de 1898, 29 de agosto de 1966) foi um americano poeta modernista, educador, colunista e político. Seu trabalho concentrou-se na experiência de Africano americanos, e inclui vários poemas longos históricos. Sua obra foi influenciada por seu estudo do renascimento do Harlem, apesar de ter passado quase toda a sua carreira em Texas e Oklahoma. Em 1947, Tolson Libéria nomeado seu poeta laureado - no filme representado por Denzel) ou um James Farmer Jr (Leonard James Farmer Jr. (12 de janeiro de 1920 - 9 de julho de 1999) foi um ativista dos direitos civis, um dos líderes do movimento dos direitos civis americanos na década de 1940, 50 e 60, e o iniciador e organizador de 1961 Liberdade Ride. Em 1942, o fazendeiro e um grupo de estudantes co-fundou o Comitê de Igualdade Racial, mais tarde conhecido como o Congresso de Igualdade Racial
(CORE), uma organização que procurou pôr fim à segregação racial nos Estados Unidos através da não-violência ativa. O fazendeiro foi o primeiro líder da organização, servindo como o presidente nacional 1942-1944 - no filme representado por Denzel Whitaker) que vieram a ser o marco entre a condição de "negro" aprisionado pelo medo em uma país dito livre e o "homem negro" livre e que faz um país respirar liberdade. Se bem que essa "pseuda" liberdade do ser negro por lá, mesmo como um presidente negro, ainda está longe de ser realisade.
"O Grande Desafio" é um filme que não pode deixar de ser assistido por quem ama a grande arte e não é apenas uma "bela hiostória", nem "legal". É um filme que dita e respira momentos de liberdade...
Vela ao Crucificado
4.1 6Foi uma grata satisfação ver o "Vela ao Crucificado" (baseado no conto de Ubiratan Teixeira (pai))na grande tela em mais um fenomenal trabalho de Fred (Frederico Machado). Há muito vinha tendo notícias de seu sucesso pelo mundo afora e, vez por outra, ouvindo Arlete (Arlete Nogueira, mãe de Fred) falar da preocupação em como meu pai veria essa "versão" de seu conto. Confeço que estava temeroso, mas após o "Fim" e sem conseguir segurar as lágrimas dei um forte abraço na amiga poetisa repetindo sem parar: "...é o próprio... é o próprio...".
Fred conseguiu captar a dor de Almeida (pai real do filho morto sobre cuja história Birão imortalizou em livro e agora em filme por Fred) e mostrar de maneira sensível e dolorida. Assistir ao "Vela ao Cucificado" de Frederico Machado não é apenas ver um filme, é ver "O Filme". Bravos Fred, Bravos!
O Solista
3.7 511 Assista AgoraO Solista é um daqueles filmes que tem cheiro de Oscar. Ótima atuações, uma história real e sobre um personagem com problemas mentais. A roteirista é a mesma de Erin Brockovich e o diretor o mesmo de Desejo e reparação e Orgulho e Preconceito. Exceto que em momento nenhum consegui saber exatamente o que o diretor (ou roteirista) queria me fazer sentir assistindo o filme. Então nem posso dizer que falhou nesse sentido, apenas que não me direcionou para algum lugar. Acompanhamos o repórter Steve lopez (Robert Downey Jr.), que escreve sobre qualquer coisa. Um talento eu diria. Até mesmo seu acidente de bicicleta vira uma coluna do jornal. Um dia, ele ouve um som de violino em uma praça. Um som que não pertence aquele ambiente. Quando chega mais perto, percebe se tratar de Nathaniel Ayers (Jamie Foxx), um esquizofrênico que toca o instrumento com apenas duas cordas e diz já ter estudado em Julliard (uma das escolas de música mais conceituadas do mundo). Se um acidente gera uma coluna, o que dirá um provável prodígio musical que atualmente vive nas ruas? Lopez escreve sua matéria mas o destino faz com que ele tenha mais responsabilidades que gostaria com Ayers. Ele passa então a ajudar Ayers a retomar sua carreira musical. Ele nunca viu ninguém gostar tanto de alguma coisa quanto a paixão que ele nutre pela música. É algo incrível, mas será que a mente dele suporta? É quando o filme se perde. Em todos os grandes filmes com doentes mentais, vemos como a doença altera o ser humano. Principalmente, vemos pelos olhos do próprio doente. Como o retardo de Forrest Gump por exemplo, onde no final do filme já até entendemos seu raciocínio. Aqui, a doença de Ayers fica mal resolvida. Pra completar, há uns flashbacks para explicar a evolução da doença e como ele foi parar nas ruas que nem se fazem necessários. Acredito que a doença deva funcionar dessa forma mesmo, só não achei que fica bem dramaturgicamente falando. O filme começa a ficar mais complicado quando entra na parte em que trata dos desabrigados. Há toda uma parte que trata de centros de reabilitações, o descaso da população e das autoridades e porque os próprios desabrigados evitam esses tipos de lugares (não parece com um país que conhecemos?). Acho o esforço louvável, mas meio fora de propósito de acordo com a temática do filme. Poderia ser muito bem vindo em outro filme que trate desse assunto. Parece ter boas intenções, mas como dizem, de boas intenções... Vale uma espiada mais pelas atuações. Robert Downey Jr. dá o ponto exato de um repórter atarefado que tem problemas no casamento e de relacionamento com o filho e ainda tem que dividir seu tempo com um esquizofrênico. Foxx está perfeito até mesmo atrás de todas as fantasias que usa durante o filme. E assim como Mirren em Intrigas de Estado, Keener também está totalmente plausível como editora de jornal (também com problemas). Só não espere muito.
O Guardião
2.7 44 Assista AgoraGosto dos filmes se Steven Seagal. Para mim artista tem que ser como ele, não apanha nunca e aquela voz de homem santo é a pitada final.
Esse, como em todos seus filmes, não somos obrigados a pensar e tentar desvendar coisa alguma. É simples: Ele chega, bate em todo mundo, mata quem acha que deva morrer com aquele charme de galã e sem qualquer sinal de que esteja em luta - sem dor, sem esforço, sem suor - e fim! Um bom programa para as tardes de domingo, sem que se espere nada além de aventura, porrada e só!
O Livro de Eli
3.6 2,0K Assista AgoraDenzel Washington é um bom ator, não resta dúvidas e nesse ele é o único que realmente dá cores de seriedade porém, e aqui reside algo ruim, não transmite sua condição de cego. Uma trama que merece roteiro melhor que Gary Whitta não conseguiu trabalhar. A direção dos irmãos Hughes (Albert Hughes e Allen Hughes) deixou muito a desejar. Imaginem um "santo homem", cego de nascimento, olhando mais que todos os que possuem visão? E isso, sua cegueira, só descobre-se bem próximo do final. Apesar de tudo (Ideia boa e roteiro fraco, resultando num filme de fotografia bacana para representar o climão apocalíptico, mas anos luz distante de clássicos do gênero em termos de originalidade) merece ser assistido, minha nota 5 vai pela fotografia e por Denzel Washington.
Apenas o Fim
3.7 1,1K Assista AgoraIndicado por meu sobrinho Lipe esse filme foi um boa surpresa.
Nunca imasginaria que que um filme tão pequeno, com direção de um jovem com apenas 20 anos e dois atores pouco conhecidos, poderia ser tão legal. O filme tem uma dinâmica interessante galgado em cima dos diálogos dos dois personagens que permite, ao espectador, viajar por entre mundos completamente adversos. E é aí que mora o grande espanto: "diálogos como atrativo precisa de diálogos; inteligentes, engraçados e que não sejam chatos...Apenas o Fim consegue tudo isso, com seu roteiro absolutamente pop, cheio de referências a geração anos 90/2000. Matheus Souza, cita o Orkut, cita o PS2, cita Godard, Bergman... e um monte de coisas que fazem com que você se sinta parte integrante e decisiva na trama.
Basicamente um romance/cult/cool, mas muito inteligente, mas não aquele inteligente chatão, é um inteligente no estilo stand-up comedy (que alías o ator Gregório Duvivier é oriundo)..então pra cada conversa que lembre algo da vida dos dois, sempre rola uma referência há alguma coisa pop e sempre tem uma sacada bacana no final de cada papo entre os dois.
Completamentre ambientado nos pátios da PUC/Rio, Antonio e sua namorada(que brevemente sera Ex namorada)vão tecendo uma teia de recordações talvez banais, mas gostosas conversas sobre qualquer coisa (a da Vovó Mafalda é sensacional)em uma tentativa em resolver não apenas seus casos e dores pessoais, mas as de que os assiste. É um filme eestranhamente envolvente com seus diálogo sobre sexo, sobre fatos das famílias, sobre hábitos e "coisinhas" de casal. Falam de amor, de saudade de romantismo e nos brindam com uma conexão maravilhosa entre os dois. A impressão que se tem é que eles estavam vivendo tudo aquilo de verdade, que eram namorados, que se conheciam etc, etc. Erika Mader dá um show no papel da namorada, além de ser uma graça a menina esbanja simpátia e tem um jeitinho de falar apaixonante (é o tipo de namorada que todos sonham)... Gregório Duvivier é engraçadissimo, tem uns trejeitos que lembram o Woody Allen (meio neurótico, meio nerd) sempre tendo uma resposta divertida para as coisas, atuação bastante convincente que vai além de ser apenas comum, o rapaz imprime sua marca no personagem, fazendo dele um personagem a ser citado em muitas conversas futuras.
Matheus Souza além de escrever um roteiro pra lá de original, dirige de forma segura, limpinha, sem vícios nem bobagens comuns a cineastas iniciantes. Além da dupla de protagonistas ainda temos boas participações especiais, que compõem este pequeno grande filme.
Obrigado Lipe!
Johnny Mnemonic, o Cyborg do Futuro
2.8 119Filme fraco que tenta passar mensagens para termos cuidado com o futuro, mas que é logo destruída por uma péssima direção, que traz consigo um roteiro bizarro! "Johnny Mnemonic" é um filme assistivel, que de bom só a mensagem mesmo, pois é impressionante a quantidade de coisas bizarras e bisonhas que tem no filme. A começar por aquelas guarda-costas que mais parecem travestis ou então umas armas que cortam a pessoa no meio. É um show de "estranhismo"! Nada se compara com o elenco do filme. Keanu Reeves até que não é lá muito ruim, mas nesse está ruim de doer. Dina Meyer é outra que só sabe piscar os olhos, Ice-T também não faz muita coisa diferente. "Johnny Mnemonic" é um filme super estranho que chega a ser interessante. Vale a pena conferir, mas sem esperar muita coisa, pois qualquer crédito que o filme possua é dificilmente notável pela quantidade de furos no roteiro.
Julie & Julia
3.6 1,1K Assista AgoraSimples, prazeroso, uma comédia mais que gostosa
A culinária sempre rendeu bons filmes para o cinema. Quem não se lembra da divertida animação Ratatouille ou da deliciosa comédia independente A garçonete. Nesse sentido caminha esse Julie e Julia.
Julia Child é uma americana que passou a morar em Paris por causa do trabalho do marido, Paul (Stanley Tucci). Em busca de algo para matar o tempo, ela se interessou por culinária e se tornou tempos mais tardes numa das grandes cucas nessa área chegando a apresentar um programa de culinária para a TV. Cinquenta mais tarde Julie Powell está prestes a completar 30 anos e entra numa verdadeira crise, frustrada com a vida que está levando. Em busca de um objetivo, ela resolve fazer e testar as 524 receitas do livro de Julia num prazo de um ano. Ao longo dessa jornada ela irá escrever um blog sobre as receitas e dificuldades que está tendo.
Com duas histórias reais, a diretora constrói um filme simples, porém muito engraçado e radiante. Com atuações magníficas, o longa se concentra nas duas atrizes para conseguir a sua maior graça. Meryl Streep está radiante como Julia Child, uma americana que se aventura na culinária francesa e tem como sonho e objetivo de vida lançar um livro com as mais altas receitas da culinária gastronômica francesa para a língua norte-americana. Por mais que todos lhe falem que isso é simplesmente impossível, ela sorri e com um estilo contagiante e segue em frente. Sua atuação é soberana, ela simplesmente rouba todo filme para si. Amy Adams como Julie Powell está incrível, uma norte-americana que está passando por um momento de crise e que vê nas receitas de Julia e no desafio de fazê-las em um ano uma forma de confrontar a situação de sua vida, não vencê-la, mas apenas confrontar. Sua atuação é graciosa, singela, divertida e verdadeira.
As duas têm uma jornada a seguir. Seus caminhos não se cruzam, mas a forma como a diretora guia a história é muito boa. Nora Ephron é uma diretora com filmes regulares. Suas duas comédias românticas Mensagem para você e Feiticeira foram boas, entretanto faltava algo a elas, um ingrediente que as deixa-se não apenas boas, mas também interessantes. E é esse algo que a diretora consegue colocar nesse novo longa. Uma simplicidade guia o filme, ele não possui grandes ambições. Há cenas cômicas, mas também há momentos em que se percebe um pequeno quê social e existencial. A maneira como a história de Julie é desenvolvida, o trabalho da atriz consegue nos passar as dúvidas desta personagem e a pressão que ela mesmo cobra dela para ter algo na vida que seja de valor. A insistência de Julia em continuar a gastronomia francesa não a impedem de apoiar o marido num momento pelo qual ele está passando que é um dos mais momentos mais delicados. Todas essas questões e inquietudes são transmitidas de forma competente pelas mãos da diretora e graças ao trabalho competente dessas duas grandes atrizes.
Enfim, assim é Julie e Julia, um filme que literalmente dá água na boca.
O Sétimo Dia
3.5 13Se Walter Salles Jr. não tivesse impregnado o sertão de Abril despedaçado (2001) com um olhar estetizante, tipo Sebastião Salgado, é bem possível que desembocasse em O sétimo dia (El séptimo día, 2004).
No filme espanhol, baseado em um caso verídico, o acerto de contas entre os Jiménez e os Fuentes já dura trinta anos. Tudo começou quando Amadeo Jiménez e Luciana Fuentes tiveram um namoro fugaz. Subitamente abandonada, num momento de raiva ela pede ao irmão que mate o ex-amado. O assassinato tem como troco o incêndio na casa em que a matriarca dos Fuentes dormia. Hoje, a adolescente Isabel (Yohana Cobo) ouve muitas histórias sobre a morte de seu tio Amadeo, mas não desconfia que os Fuentes remanescentes ainda planejam descontar a traumática morte da mãe.
As tramas dos dois longas são, nota-se, muito similares. Ambos tratam de famílias rivais cujas mortes intercaladas não parecem ter remédio. A diferença é que o filme de Carlos Saura não tenta angelizar os inocentes filhos da vingança. Abril é do Bem. O sétimo dia é do Mal.
Um filme que deve ser assistido com coração aberto e olhos fechados, sem ater-se ao gênero e sim ao espetáculo...
Indochina
3.7 56Um filme magestoso. As filmagens ocorreram em mais de 90 cenários e locações na Malásia, na França e no próprio Vietnã.
Foram empregados inúmeros profissionais vietnamitas em toda a ficha técnica do filme, inclusive em cargos importantes, como a co-produção e a assistência de direção.
Principais prêmios e indicações
Oscar 1993 (EUA)
* Venceu na categoria de Melhor Filme estrangeiro.
* Indicado na categoria de Melhor Atriz (Catherine Deneuve).
BAFTA 1994 (Reino Unido)
* Indicado na categoria de Melhor Filme em Língua Não Inglesa.
Prêmio César 1993 (França)
* Venceu nas categorias de Melhor Atriz (Catherine Deneuve), melhor Fotografia, Melhor Cenografia, Melhor Som e Melhor Atriz Coadjuvante (Dominique Blanc).
* Indicado nas categorias de Melhor Figurino, Melhor Diretor, Melhor Montagem, Melhor Filme, Melhor Canção Escrita para Cinema, Melhor Ator Coadjuvante (Jean Yanne) e Atriz Promissora (Linh Dan Pham).
Globo de Ouro 1993 (EUA)
* Venceu na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Prêmio Goya 1993 (Espanha)
* Venceu na categoria de Melhor Filme Europeu.
Código de Conduta
4.0 1,8K Assista AgoraMuito interessante ver como se faz justiça no Estados Unidos onde se imaginava ser o paraíso da lei e da ordem. Um fato emblemático de como é possível, em nome de uma justiça fajuta, deixar livre um confeço assassino pelo simples fato de haver delatado, descaradamente e injustamente cruel, um "quase" inocente. Nunca torci tanto contra o Estado como nesse filme e vibrei a cada novo massacre bem urdido pelo pai e marido injustiçado.
Não sou racista mas, que me perdoem os negros, aquele promotor merecia sofrer por fazer um "negro sujo" sem escrúpulos agindo em nome de uma justiça somente sua, uma justiça que permite livrar um assassino cruel da pena máxima. Não é o estilo de filmes que normalmente assisto, mas esse me fez querer ser cruel...
O Invencível - Largo Winch
3.2 48 Assista AgoraAgradável filme francês com boas atuações de atores e atrizes desconhecidos do grande público que supera muitos enlatados americanos espalhados por aí. Boa história, e ótimas locações, Bem acima da média.
Lolita
3.7 632 Assista AgoraUm filme polêmico que escandalizou a(s) igreja(s) puritanistas, mas a abordagem ao tema (polêmico e perigoso) da adaptação do livro foi magnifica. É claro que o livro é melhor, nem uma terça parte foi colocado na grande tela. Assistí as duas versões, esta a melhor.
PREMIAÇÕES:
* Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Roteiro Adaptado.
CURIOSIDADES:
* Os atores Laurence Olivier e Noel Howard chegaram a ser convidados para interpretar o personagem Humbert Humbert, mas ambos recusaram o papel
* A atriz Tuesday Weld chegou a ser considerada para o papel-título de Lolita.
* Um dos motivos pelo qual a atriz Sue Lyon foi escolhida para ser a intérprete de Lolita foi o tamanho de seus seios. O diretor Stanley Kubrick chegou a ser advertido sobre os perigos da censura americana em usar uma atriz menor de idade para interpretar uma garota de 14 anos sexualmente ativa, mas Kubrick resolveu contratá-la assim mesmo.
* A atriz Sue Lyon tinha apenas 16 anos durante as filmagens de Lolita.
* Logo na cena de abertura há uma cena em que Clare Quilty diz "I am Spartacus". Trata-se de uma referência a Spartacus, filme anterior de Kubrick.
* Foi refilmado em 1997 pelo diretor Adrian Lyne, recebendo também o título de Lolita.
Embarque Imediato
2.0 38 Assista AgoraMarília Pera, por sí só e pela vasta lista de atuações, já paga o filme e somado ao impagável Wilker faz desse filme momentos de gostosa descontração. É certo que a história não faz jus aos dois e que, salvo alguns momentos do "aprendiz" Haagensen, o restante do elenco é muito fraco.
Também é certo não ser um dos melhores filmes nem da Marília e nem do Wilker, mas é um bom filme que cumpre o que promete: levar ao espectador momentos de descontração.
Minha classificação é 2 estrelas e meia!
Um Namorado Para Minha Esposa
3.2 75A capa já mostra do que trata, uma história fraca, atores medianos e direção incerta. Os "hermanos" poderiam ter feito mais com a trama que é interessante, mas se perderam, meteram os "pés pelas mãos".
Não tenho como classificá-lo (meia estrela é muito), por isso apenas digo que assistí.
Aprendendo a Viver
3.2 23 Assista AgoraConfeço que não esperava tanto, mas estou satisfeito em ter assistido esse bom filme. Ver Olívia Willians encarnando Ria (uma sonhadora amante que se descobre, ao longo do filme, mulher) e a veterana e sempre bela Andie MacDowell como Marilyn (na pele de mãe que chora e repensa o viver) não pode ser visto como um mero programa de uma noite insone. É sempre bom ver pessoas repensando o modo de viver e melhor ainda é sentir que o visto na tela pode, e deve, ser parâmetro para que também repensemos nosso cotidiano.
Como falei no início estou espantado! Bom filme, ótimo elenco e direção impecável.
Um Sonho Possível
4.0 2,4K Assista AgoraNão é maravilhoso como alardeiam, principalmente depois do Óscar para Sandra. É um filme, apenas um filme, como tantos já estrelados pela atriz que, por sinal, esteve melhor em outros títulos (Miss simpatia 1 e 2 (200/2005), A Casa do Lago (2006) ou Premonições (2007) por exemplo) sem desmerecê-la no corpo da nova rica Leigh Anne Tuohy. Quinton Aaron (na pele do singelo Michael Oher) sim, tem seus momentos de grande destaque não pelo avantajado corpo ou pelo olhar de menino sem rumo tornando-se a grande surpresa do filme. O roteiro e direção assinados pelo bom John Lee Hancock não é novidade no gênero, basta lembrar-se de sua direção em "Desafio do Destino (2002 com Dennis Quaid)" ou em "O Álamo (2004, também com Dennis Quaid) e no roteiro de "Um mundo perfeito (1993, dirigido por Clint Eastwood com Kevin Costner) ou no espantoso "Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal (1997, também dirigido por Clint Eastwood)".
Mas é um bom filme como todos onde se vê Sandra Bulock.
Tudo por Prazer
2.8 23Não! Esse filme não é comédia, ele não é nada! Dramalhão mexicano poderia até ser, mas aí estarei denegrindo o já ruim dramalhão (perdoe-me México!) Não há história, nã há nada! Os atores e atrizes? Esqueçam, pois tenho certeza que eles também preferem esquecer que emprestaram seus corpos e vozes para esse linxamento do cinema Francês. É um filme deprimente que tive que reunir todas minhas forças para assistí-lo, tinha que ver no que levaria essa porcaria e são 105 minutos vendo mulheres serem agredidas (não fisicamente): Uma médica (Judith Godrèche, Marie) que tem por marido um cafetão pseudo pintor cujas telas, que de tão ruins, ninguem se interessa e o dito cujo ainda se alardeia artista e se acha no direito de se dizer marido (dorme o dia inteiro, não faz nada). Uma fracassada (Anne Parillaud, Florence) que se diz publicitária sem sequer conseguir escrever um simples texto escavizada convicta por um marido que a trai descaradamente e, por fim (graças a deus!) uma advogada (Mathilde Seigner, Juliette) nunca mostrada como tal, mal amada e louca para ter "um homem seu" sem nada fazer para merecê-lo. Uma consumista desvairada que se acha dona da verdade. Para quem nunca assistiu dê graças e esqueça. Corra longe! Não deixe que a capa e a sinopse lhe encha os olhos como encheu os meus!
Preciosa: Uma História de Esperança
4.0 2,0K Assista AgoraEstá certo que quiseram imprimir Preciosa (Gabourey Sidibe) menina moça de 16 anos (?) Assisti! Me decepcionei! O filme não é essa maravilha que tantos alardeiam, não leva às lágrimas nem tampouco ao riso. Fiquei surpreso com o final, esperava melhor. Apesar do roteiro ser bom, faltou muito mais na interpretação tanto de Gabourey Sidibe, a Preciosa, quanto Mo'Nique, a mãe.