Felipe Alcantara

Assisti ao filme e pensei: esse filme vai bombar na sessão da tarde daqui a 15 anos. É isso. A ideia do filme, normal, o roteiro meia boca, esse humor meio paspalhão que abusa dos gestos e trejeitos e pancadas é meio passado, há quem goste, mas não é de fato inteligente. Só me tirou duas grandes e sinceras risadas:

, e a outra apesar de ter me feito rir bastante, não me lembro qual era. As melhores piadas estão compiladas no trailer, o que todo o filme pareça uma grande perda de tempo. Segundo uma amiga: tem um Q de Pequena Miss Sunshine, mas...

Não faz muito tempo que comecei a me arriscar nesses filmes de terror, mas certamente alguns clichês são bem frequentes e batidos. Anabelle não dispensa os tais clichês, mas posso dizer que dá uma roupagem diferente, tanto que eles nem se destacam no filme, fazem figuração. Cumpre bem, com louvor, a missão de dar sustos em quem assiste, muitos, uma sequencia deles.

Com o final do filme, o enredo mostra suas falhas, é suspense meio sem pé nem cabeça sem nenhuma explicação plausível, que não esclarece em nada a história de Anabelle. Um terror nem um pouco água com açúcar, aterrorizante, mas que por trás dos gritos e sustos mostra um roteiro meia boca. Mas como terror, ao meu ver, é feito pra chorar de rir, e se assustar, devo concordar que Anabelle entrega o que promete, mas prepare o coralão - e a água gente.

O tempo passa para todos. O tempo passa para nossos sonhos. Não se sabe o que é pior/melhor realizar todos ou frustrar todos os planos. Que fotografia. Os planos. Os personagens. As nuances. O texto. Os atores. A direção. Um filme brasileiro, dos melhores do cinema brasileiro - ou não.