Birdman é uma obra prima e já se estabelece como um marco para o cinema. É inteligente, engraçado, bem escrito, muitíssimo bem dirigido e o elenco tá bem afiado. É um filme sobre o show business e tira sarro de todos os envolvidos: quem produz, quem vende, quem compra - só que o sarro é tão pertinente que ninguém nem se ofende. O final é aberto, o que ao mesmo tempo frustra e enriquece a experiência. A minha interpretação é a seguinte:
Riggan é o retrato do fracasso. Já teve sucesso, mas nunca teve prestígio, "é uma celebridade, não um ator". Hoje vive na sombra do personagem que o levou ao estrelato, e sua carreira não tem relevância há muito tempo. As pessoas não botam fé nele: nem seus colegas, nem a crítica, nem sua filha - ninguém dá a mínima pra quem tá por baixo. O único resquício de sucesso que ele consegue vem do restinho do público que há 20 anos consumia a série Birdman, um pessoal que vai no cinema para se divertir, não para pensar em "baboseiras depressivas e filosóficas".
Essa peça é a última chance de retomar a sua carreira, e a pressão é enorme. Em um surto psicológico, Riggan decide dar ao público o que ele realmente quer: sangue. Para isso ele leva seus monstros pro palco e comete suicídio junto com o seu personagem. Só que a tentativa é má sucedida e ele acaba apenas perdendo parte do nariz. Sua performance, no entanto, é louvada. Riggan finalmente sai do limbo e volta ao estrelado.
Riggan tá livre de seus demônios, chegou onde queria estar. A filha passa a admirá-lo, a crítica o elogia, a mídia está fervorosa. As pessoas acreditam nele, acreditariam até que ele possa voar. Ele também acredita nisso - agora mais do que nunca - e se joga pela janela. Até nós, por um momento, acreditamos - mas sabemos que ele não pode.
Quando Sam olha pela janela, ela encontra o pai morto. Mas ela o vê, pela primeira vez, da mesma forma como Riggan via a si mesmo, por isso olha para cima e sorri. Ela acredita no pai, agora que ele está por cima - ainda que esteja morto. Nós tendemos a louvar a tragédia dos que estão por cima e crucificar a dos que estão por baixo. Quando Riggan não tinha prestígio, suas alucinações eram vergonhosas (duas ou três vezes as pessoas evitam falar sobre isso, quando Riggan se refere à seus "poderes"), agora elas o tornam genial. Sam sorri para a morte do próprio pai assim como nós sorrimos para a morte de ídolos como Heath Ledger ou Marilyn Monroe.
A citação no começo do filme é essencial: - E você conseguiu o que queria dessa vida, apesar de tudo? - Consegui. - E o que você queria? - Saber que sou querido, me sentir amado na terra.
Em determinado ponto no filme, a ex esposa de Riggan lhe diz: "você confunde amor com admiração".
O Babadook é real e está dentro de todos nós - e é isso que o torna tão assustador. Trabalhar com metáforas é sempre difícil, especialmente no terror. É complicado encontrar o equilíbrio entre a sutileza e o medonho, e felizmente Jennifer Kent não escorrega. O terror aqui nunca sobrepõe a carga psicológica, e os dois andam de mãos dadas até o desfecho do filme. Tem sua dose de suspenses, sustos e até um dedinho de gore para os mais saudosistas. É interessante observar como o monstro se alimenta do medo de Amelie. Enquanto no começo ele age apenas como um incômodo, no decorrer do filme ele cresce até ocupar o quarto inteiro. Outro ponto é percepção do tempo: as noites podem ser intermináveis assim como pode amanhecer em um piscar de olhos, e é muito fácil perder a noção. O final é a minha parte favorita. Acho de extremo bom gosto não derrotar o Babadook, mas pô-lo em seu devido lugar. Entender que ele existe, e aceitá-lo. O terror dentro de você nunca vai embora, você só aprende a lidar com ele.
Há um vídeo no youtube chamado "I had a black dog, his name was depression", recomendo a todos que assistiram/ vão assistir a Babadook que assistam a ele também, há muitas correlações.
O melhor da franquia desde o primeiro, de 68. É uma delícia ver Planeta dos Macacos levado a sério depois de tantos anos sendo banalizado (não falo só da versão do Tim Burton, a própria quintologia original tem muitas escorregadas). Qualidade técnica não é o suficiente quando se trata de uma história tão rica quanto essa e felizmente os roteiristas estão fazendo um ótimo trabalho preenchendo as lacunas deixadas pelos anteriores. E o Cesar badass daqui continua tão carismático quando o de A Origem. Que macaco brilhante, minha gente! Bela forma de honrar o clássico
Fico um pouco frustrado em ver o quanto Atividade Paranormal foi banalizado pelos próprios fãs do gênero. Esse filme foi um dos poucos responsáveis por levantar a moral do terror na última década e permanece como um dos mockumentaries mais influentes de todos os tempos. Era uma febre tão gigantesca que hoje é até estranho entrar nessa página e ver tanta gente criticando. Um futuro clássico, merecidamente.
Ninfomaníaca é um projeto não só ambicioso, mas bastante pretensioso também. Acho que essa é uma acusação decorrente na obra de Lars Von Trier, só que esta foi a primeira vez em que senti o ego do diretor durante a trama. Me parece que a preocupação em impressionar foi grande demais - todas as referências eruditas, que quase se perdem dentro da narrativa... é tudo muito mastigado, explicado, não dá ao espectador a delícia de interpretar. Outra coisa, o filme poderia facilmente caber em duas horas, essa duração imensa é mais uma manifestação do ego do Lars. Quanto ao final, eu não gosto. Tenho certeza que mil interpretações bacanas podem ser feitas sobre ele, e estão sendo feitas, mas ao meu ver é apenas preguiçoso. Fico pensando que atuar em um filme do Lars deve ser uma experiência muito desgastante mas ótima para qualquer ator, porque os elencos estão sempre impecáveis. Destaque para uma hilária Uma Thurman e para a sempre ótima Charlotte Gainsbourg. Joe chegou a me incomodar em alguns momentos pela inexpressividade, tanto da Charlotte quanto da Stacy Martin, mas suponho que essa era a premissa da personagem. Acho que, afinal de contas, Ninfomaníaca é muito mais sobre levantar discussões do que contar a história de Joe. Ao longo do filme, muita coisa legal é falada. Muita verdade que não está lá só para chocar, mas porque vale a pena ser dita. Há passagens que, tenho certeza, ficarão marcadas na cabeça de muitas pessoas (como o discurso sobre a pedofilia e o papel da mulher na sociedade), e esse é o grande trunfo do filme. No todo, achei Ninfomaníaca um filme com falhas, mas bom. Não é a obra-máxima de Lars Von Trier, mas também não faz feio na sua filmografia. Deve ser visto, mas talvez com uma expectativa menor do que a minha.
Jasmine falando sozinha numa praça, como muitos loucos que nós já vimos, quando começa a tocar a música que marcou sua vida. "Eu costumava saber a letra", ela diz "Mas agora tudo é uma confusão".
Spike Jonze tem me chamado a atenção cada vez mais pela estranheza de seus filmes, que é sempre apresentada de maneira tão sutil e sensível que você não questiona os personagens, mas os entende. "Ela" é meticulosamente cuidado: desde jogos de câmera furtivos, trilha sonora "fofa" e fotografia (a paleta de cores é um charme à parte) até o roteiro que, dosando bem o drama, faz um retrato bastante reflexivo da solidão dos nossos tempos - com cenas que me fizeram até rir. Joaquin Phoenix dá o carisma necessário ao Theodore, que poderia facilmente virar um chato na mão de um ator menos competente. Scarlett Johansson tem uma voz muito peculiar, o que funciona até um certo ponto, depois cansa. Talvez uma voz mais neutra tivesse sido melhor aqui. Achei todas as outras atuações boas.
Sendo esta apenas metade do filme, não me sinto à vontade para dar notas e nem formar opiniões. Até aqui, pudemos só sentir o tom do filme. A divulgação toda de Ninfomaníaca tinha me deixado receoso de encontrar um pornozão-cult quando fosse ao cinema, mas Lars felizmente não cedeu a isso. Toda história é dosada por uma carga psicológica muito bem colocada e o sexo me pareceu mais bem utilizado do que em outros filmes polêmicos que estão em cartaz (como Um Estranho no Lago e Azul É a Cor Mais Quente, por exemplo). Em alguns momentos, o roteiro tenta deixar as coisas muito claras para o espectador, o que me incomoda porque me parece que estão dando de bandeija uma informação que nós poderíamos deduzir sozinhos. Sem mais delongas. Vamos esperar o volume II.
Machete Kills poderia facilmente ter se perdido no meio de tantos plot twists e desse roteiro de outro mundo (literalmente). Felizmente, a ousadia do Robert Rodriguez não atrapalhou o desenvolvimento da trama. É o filme mais divertido que assisti esse ano. Os novos personagens são, sem exceção, hilários (bora parar de torcer nariz pra Lady Gaga, hein?), o gore continua ridiculamente criativo e o humor ácido e nonsense (mas sempre inteligente) é de novo o ponto alto. To sabendo que o filme não foi um sucesso nem de crítica e nem de público, mas tenho certeza de que Machete vai adquirir o reconhecimento merecido com o passar dos anos. E, pelo amor de Deus, FAÇAM O TERCEIRO!
"Não se mexe em time que está ganhando", sábio ditado popular pouco apreciado pelos cineastas hollywoodianos. O primeiro Carrie não é um filme genial, mas envelheceu bem, se tornou icônico e não precisava desse remake, que não acrescenta nada (apesar de partir da premissa de que é "mais fiel ao livro"). As atuações são medianas, com exceção da linda-maravilhosa-deusa-me-beija Julianne Moore, óbvio trunfo do filme. Gosto da Chloe Moretz, mas a Carrie dela não convence - é caricata demais. No todo, é um filme que serve para reforçar o quão legal é o original.
Estou com um pé atrás. Aronofsky é meu diretor dramático favorito e me dói um pouquinho ver a "peterjacksação" dele (não me entendam mal, acho o Peter Jackson um cineasta fantástico, mas não precisamos de mais um dele), além disso, o trailer não me despertou interesse nenhum - parece mais um filme grandioso e esquecível. A temática bíblica é delicada porque, convenhamos, é muito fácil cair no canastrão e no cafona. Enfim, espero que eu esteja sendo bobo e que o Darren me surpreenda com um ótimo filme.
Não empolga. Tem seus momentos, mas não acrescenta grande coisa ao primeiro. Jim Carrey tá super mal aproveitado e o roteiro é bem raso. Espero que tenha um terceiro, ainda assim.
Realmente não é nenhuma maravilha, mas tem seu valor. A verdade é que, se Crepúsculo não tivesse caído na mídia da forma como caiu, a nota aqui seria muito maior. Assim como tá cheio de gente que amou o filme só porque era moda, tem uma outra porção de gente odiando pelo mesmo motivo. No fim, a galera esqueceu de avaliar o filme por si só. Eu acho esse primeiro filme até charmoso, se me permitem.
Suspiria tem uma das fotografias mais legais que eu já tive o prazer de assistir. Mas tenho que dizer que duas coisas me incomodaram muito: a burrice dos personagens em certas cenas
como diabos a menina senta e espera destrancarem a porta quando ela podia simplesmente ficar forçando a tranca pra baixo???? aí depois a bonita ainda vai e se joga num mundo de arame, sem conferir antes no que iria cair
e o final apressado. Fora isso, o saldo é positivo e a experiência é muito bacana.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraBacurau: se for, vá na paz.
Eu amo que, a prinícpio, a frase soa como boas-vindas, mas após assistir ao filme o tom é quase de ameaça.
Meninas Malvadas
3.7 2,1K Assista AgoraMean Girls é o maior filme da história do cinema.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraBirdman é uma obra prima e já se estabelece como um marco para o cinema. É inteligente, engraçado, bem escrito, muitíssimo bem dirigido e o elenco tá bem afiado. É um filme sobre o show business e tira sarro de todos os envolvidos: quem produz, quem vende, quem compra - só que o sarro é tão pertinente que ninguém nem se ofende.
O final é aberto, o que ao mesmo tempo frustra e enriquece a experiência. A minha interpretação é a seguinte:
Riggan é o retrato do fracasso. Já teve sucesso, mas nunca teve prestígio, "é uma celebridade, não um ator". Hoje vive na sombra do personagem que o levou ao estrelato, e sua carreira não tem relevância há muito tempo. As pessoas não botam fé nele: nem seus colegas, nem a crítica, nem sua filha - ninguém dá a mínima pra quem tá por baixo. O único resquício de sucesso que ele consegue vem do restinho do público que há 20 anos consumia a série Birdman, um pessoal que vai no cinema para se divertir, não para pensar em "baboseiras depressivas e filosóficas".
Essa peça é a última chance de retomar a sua carreira, e a pressão é enorme. Em um surto psicológico, Riggan decide dar ao público o que ele realmente quer: sangue. Para isso ele leva seus monstros pro palco e comete suicídio junto com o seu personagem. Só que a tentativa é má sucedida e ele acaba apenas perdendo parte do nariz. Sua performance, no entanto, é louvada. Riggan finalmente sai do limbo e volta ao estrelado.
Riggan tá livre de seus demônios, chegou onde queria estar. A filha passa a admirá-lo, a crítica o elogia, a mídia está fervorosa. As pessoas acreditam nele, acreditariam até que ele possa voar. Ele também acredita nisso - agora mais do que nunca - e se joga pela janela. Até nós, por um momento, acreditamos - mas sabemos que ele não pode.
Quando Sam olha pela janela, ela encontra o pai morto. Mas ela o vê, pela primeira vez, da mesma forma como Riggan via a si mesmo, por isso olha para cima e sorri. Ela acredita no pai, agora que ele está por cima - ainda que esteja morto. Nós tendemos a louvar a tragédia dos que estão por cima e crucificar a dos que estão por baixo. Quando Riggan não tinha prestígio, suas alucinações eram vergonhosas (duas ou três vezes as pessoas evitam falar sobre isso, quando Riggan se refere à seus "poderes"), agora elas o tornam genial. Sam sorri para a morte do próprio pai assim como nós sorrimos para a morte de ídolos como Heath Ledger ou Marilyn Monroe.
A citação no começo do filme é essencial:
- E você conseguiu o que queria dessa vida, apesar de tudo?
- Consegui.
- E o que você queria?
- Saber que sou querido, me sentir amado na terra.
Em determinado ponto no filme, a ex esposa de Riggan lhe diz: "você confunde amor com admiração".
Livre
3.8 1,2K Assista AgoraSimon & Garfunkel nunca deu errado na história das trilhas sonoras.
O Babadook
3.5 2,0KO Babadook é real e está dentro de todos nós - e é isso que o torna tão assustador.
Trabalhar com metáforas é sempre difícil, especialmente no terror. É complicado encontrar o equilíbrio entre a sutileza e o medonho, e felizmente Jennifer Kent não escorrega. O terror aqui nunca sobrepõe a carga psicológica, e os dois andam de mãos dadas até o desfecho do filme. Tem sua dose de suspenses, sustos e até um dedinho de gore para os mais saudosistas.
É interessante observar como o monstro se alimenta do medo de Amelie. Enquanto no começo ele age apenas como um incômodo, no decorrer do filme ele cresce até ocupar o quarto inteiro. Outro ponto é percepção do tempo: as noites podem ser intermináveis assim como pode amanhecer em um piscar de olhos, e é muito fácil perder a noção.
O final é a minha parte favorita. Acho de extremo bom gosto não derrotar o Babadook, mas pô-lo em seu devido lugar. Entender que ele existe, e aceitá-lo. O terror dentro de você nunca vai embora, você só aprende a lidar com ele.
Há um vídeo no youtube chamado "I had a black dog, his name was depression", recomendo a todos que assistiram/ vão assistir a Babadook que assistam a ele também, há muitas correlações.
Spring Breakers: Garotas Perigosas
2.4 2,0K Assista AgoraUm bom filme mal compreendido. Se Spring Breakers tivesse sido vendido ao público certo, a perspectiva seria completamente diferente. Um futuro cult.
Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8K Assista AgoraO melhor da franquia desde o primeiro, de 68.
É uma delícia ver Planeta dos Macacos levado a sério depois de tantos anos sendo banalizado (não falo só da versão do Tim Burton, a própria quintologia original tem muitas escorregadas). Qualidade técnica não é o suficiente quando se trata de uma história tão rica quanto essa e felizmente os roteiristas estão fazendo um ótimo trabalho preenchendo as lacunas deixadas pelos anteriores. E o Cesar badass daqui continua tão carismático quando o de A Origem. Que macaco brilhante, minha gente!
Bela forma de honrar o clássico
Atividade Paranormal
2.9 2,7K Assista AgoraFico um pouco frustrado em ver o quanto Atividade Paranormal foi banalizado pelos próprios fãs do gênero. Esse filme foi um dos poucos responsáveis por levantar a moral do terror na última década e permanece como um dos mockumentaries mais influentes de todos os tempos. Era uma febre tão gigantesca que hoje é até estranho entrar nessa página e ver tanta gente criticando. Um futuro clássico, merecidamente.
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista AgoraNinfomaníaca é um projeto não só ambicioso, mas bastante pretensioso também. Acho que essa é uma acusação decorrente na obra de Lars Von Trier, só que esta foi a primeira vez em que senti o ego do diretor durante a trama. Me parece que a preocupação em impressionar foi grande demais - todas as referências eruditas, que quase se perdem dentro da narrativa... é tudo muito mastigado, explicado, não dá ao espectador a delícia de interpretar. Outra coisa, o filme poderia facilmente caber em duas horas, essa duração imensa é mais uma manifestação do ego do Lars. Quanto ao final, eu não gosto. Tenho certeza que mil interpretações bacanas podem ser feitas sobre ele, e estão sendo feitas, mas ao meu ver é apenas preguiçoso.
Fico pensando que atuar em um filme do Lars deve ser uma experiência muito desgastante mas ótima para qualquer ator, porque os elencos estão sempre impecáveis. Destaque para uma hilária Uma Thurman e para a sempre ótima Charlotte Gainsbourg. Joe chegou a me incomodar em alguns momentos pela inexpressividade, tanto da Charlotte quanto da Stacy Martin, mas suponho que essa era a premissa da personagem.
Acho que, afinal de contas, Ninfomaníaca é muito mais sobre levantar discussões do que contar a história de Joe. Ao longo do filme, muita coisa legal é falada. Muita verdade que não está lá só para chocar, mas porque vale a pena ser dita. Há passagens que, tenho certeza, ficarão marcadas na cabeça de muitas pessoas (como o discurso sobre a pedofilia e o papel da mulher na sociedade), e esse é o grande trunfo do filme.
No todo, achei Ninfomaníaca um filme com falhas, mas bom. Não é a obra-máxima de Lars Von Trier, mas também não faz feio na sua filmografia. Deve ser visto, mas talvez com uma expectativa menor do que a minha.
Philomena
4.0 920 Assista AgoraIncrível como conseguiram tornar doce uma história tão triste e pesada. Esse é um filme muito especial.
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraA última cena encerra o filme brilhantemente.
Jasmine falando sozinha numa praça, como muitos loucos que nós já vimos, quando começa a tocar a música que marcou sua vida. "Eu costumava saber a letra", ela diz "Mas agora tudo é uma confusão".
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraSpike Jonze tem me chamado a atenção cada vez mais pela estranheza de seus filmes, que é sempre apresentada de maneira tão sutil e sensível que você não questiona os personagens, mas os entende. "Ela" é meticulosamente cuidado: desde jogos de câmera furtivos, trilha sonora "fofa" e fotografia (a paleta de cores é um charme à parte) até o roteiro que, dosando bem o drama, faz um retrato bastante reflexivo da solidão dos nossos tempos - com cenas que me fizeram até rir. Joaquin Phoenix dá o carisma necessário ao Theodore, que poderia facilmente virar um chato na mão de um ator menos competente. Scarlett Johansson tem uma voz muito peculiar, o que funciona até um certo ponto, depois cansa. Talvez uma voz mais neutra tivesse sido melhor aqui. Achei todas as outras atuações boas.
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista AgoraSendo esta apenas metade do filme, não me sinto à vontade para dar notas e nem formar opiniões. Até aqui, pudemos só sentir o tom do filme. A divulgação toda de Ninfomaníaca tinha me deixado receoso de encontrar um pornozão-cult quando fosse ao cinema, mas Lars felizmente não cedeu a isso. Toda história é dosada por uma carga psicológica muito bem colocada e o sexo me pareceu mais bem utilizado do que em outros filmes polêmicos que estão em cartaz (como Um Estranho no Lago e Azul É a Cor Mais Quente, por exemplo). Em alguns momentos, o roteiro tenta deixar as coisas muito claras para o espectador, o que me incomoda porque me parece que estão dando de bandeija uma informação que nós poderíamos deduzir sozinhos. Sem mais delongas. Vamos esperar o volume II.
Atração Mortal
3.7 318 Assista AgoraUma daquelas pérolas adolescentes que conseguem unir inteligentemente humor e crítica social. Divertidíssimo!
Machete Mata
3.1 749Machete Kills poderia facilmente ter se perdido no meio de tantos plot twists e desse roteiro de outro mundo (literalmente). Felizmente, a ousadia do Robert Rodriguez não atrapalhou o desenvolvimento da trama. É o filme mais divertido que assisti esse ano. Os novos personagens são, sem exceção, hilários (bora parar de torcer nariz pra Lady Gaga, hein?), o gore continua ridiculamente criativo e o humor ácido e nonsense (mas sempre inteligente) é de novo o ponto alto. To sabendo que o filme não foi um sucesso nem de crítica e nem de público, mas tenho certeza de que Machete vai adquirir o reconhecimento merecido com o passar dos anos.
E, pelo amor de Deus, FAÇAM O TERCEIRO!
A Escolha Perfeita
3.8 1,6K Assista AgoraBem legal, me cativou. A Anna Kendrick tem um jeito bem natural de atuar, acho que ainda vamos ver muita coisa boa dela.
Carrie, a Estranha
2.8 3,5K Assista Agora"Não se mexe em time que está ganhando", sábio ditado popular pouco apreciado pelos cineastas hollywoodianos. O primeiro Carrie não é um filme genial, mas envelheceu bem, se tornou icônico e não precisava desse remake, que não acrescenta nada (apesar de partir da premissa de que é "mais fiel ao livro"). As atuações são medianas, com exceção da linda-maravilhosa-deusa-me-beija Julianne Moore, óbvio trunfo do filme. Gosto da Chloe Moretz, mas a Carrie dela não convence - é caricata demais.
No todo, é um filme que serve para reforçar o quão legal é o original.
Noé
3.0 2,6K Assista AgoraEstou com um pé atrás. Aronofsky é meu diretor dramático favorito e me dói um pouquinho ver a "peterjacksação" dele (não me entendam mal, acho o Peter Jackson um cineasta fantástico, mas não precisamos de mais um dele), além disso, o trailer não me despertou interesse nenhum - parece mais um filme grandioso e esquecível. A temática bíblica é delicada porque, convenhamos, é muito fácil cair no canastrão e no cafona. Enfim, espero que eu esteja sendo bobo e que o Darren me surpreenda com um ótimo filme.
A Morte do Demônio
3.2 3,9K Assista AgoraChorando sangue com a nota baixa dessa pérola do terror/gore.
Jogos Vorazes: Em Chamas
4.0 3,3K Assista AgoraNão li o livro, então estou avaliando o filme pelo que ele realmente é. E, gente, é bom. Muito bom.
Kick-Ass 2
3.6 1,8K Assista AgoraNão empolga. Tem seus momentos, mas não acrescenta grande coisa ao primeiro. Jim Carrey tá super mal aproveitado e o roteiro é bem raso. Espero que tenha um terceiro, ainda assim.
Crepúsculo
2.5 4,1K Assista AgoraRealmente não é nenhuma maravilha, mas tem seu valor. A verdade é que, se Crepúsculo não tivesse caído na mídia da forma como caiu, a nota aqui seria muito maior. Assim como tá cheio de gente que amou o filme só porque era moda, tem uma outra porção de gente odiando pelo mesmo motivo. No fim, a galera esqueceu de avaliar o filme por si só. Eu acho esse primeiro filme até charmoso, se me permitem.
Lake Mungo
3.2 291Bem interessante. Bonito, triste e assustador.
Tá mal rankeado por causa da galera que esperava ver algo diferente, não porque o filme é ruim.
Suspiria
3.8 978 Assista AgoraSuspiria tem uma das fotografias mais legais que eu já tive o prazer de assistir. Mas tenho que dizer que duas coisas me incomodaram muito: a burrice dos personagens em certas cenas
como diabos a menina senta e espera destrancarem a porta quando ela podia simplesmente ficar forçando a tranca pra baixo???? aí depois a bonita ainda vai e se joga num mundo de arame, sem conferir antes no que iria cair