O filme é mais uma dessas iniciativas com final previsível e repleta do nacionalismo exacerbado dos americanos. O que começou dando indícios de que seria um drama realista, terminou como mais um filme de aventura repleto de clichês e estereótipos. A produção é excessivamente longa e se resolveria com meia-hora a menos de duração. A interpretação de Tom Hanks é eficiente, mas não justifica sua nomeação a tantas premiações.
Com o único intuito de fazer rir, o filme atinge seu objetivo com louvor. Mesmo com muitos momentos apelativos, ele consegue manter-se divertido durante todo o tempo. As atuações são eficientes dentro da proposta da produção. A trilha sonora agrada por misturar as realidades dos personagens e, com isso, fazer humor. A maquiagem, ainda que inevitavelmente imperfeita, consegue ser melhor que o esperado.
Blue Jasmine é a história de uma mulher que é levada pela vida do luxo e da facilidade e não consegue encarar a realidade. É uma história ácida sobre o apogeu e a decadência de uma mulher que preferiu viver o papel de outra, mudando, inclusive, o próprio nome. O filme defende a tese de que é melhor procurar aceitar os que gostam da gente. O filme é também uma crítica à ação predatória dos ricos sobre os pobres. Entretanto, é excessivamente melancólico e pesa a mão nas situações dramáticas. Cate Blanchett sabe muito bem como lidar com a elegância e dramaticidade de sua personagem. Como sempre, Woody Allen prima na escolha de jazz e blues que compõem a trilha sonora.
O mérito do filme é a maneira objetiva como denuncia a realidade de um mundo de roubos, drogas e ostentação, que não poupa nem fãs nem ídolos. Apesar da qualidade, o filme esbarra nas limitações da história contada, que acaba, inevitavelmente, repetitiva. O jovem elenco, embora sem grandes destaques, incorpora bem os personagens e o mundo ilusório em que vivem. O grande mérito da diretora Sofia Coppola é possibilitar a cada espectador que faça sua própria interpretação da história e seus aspectos morais. A trilha sonora e a fotografia, além de retratarem com competência o universo dos personagens, tornam a trama mais desenvolta e rápida.
O grande diferencial desta hilária comédia policial para tantas outras lançadas anualmente é a presença e sintonia entre Sandra Bullock e Melissa McCarthy. Melissa McCarthy rouba a cena com uma personagem despojada e sem papas na língua. O filme é uma sátira das relações de poder entre os policiais. A produção corre com excelente ritmo na maior parte do tempo, mas é mais longa que o necessário. A trilha sonora com pop e rap colabora para o divertimento.
Um filme sobre o amor e os sentimentos contra todos os preconceitos e aparências. É uma lição sobre as aparências e o verdadeiro interior das pessoas. A Bela incorpora a evolução dos roteiros da Disney, é uma mulher culta, à frente de seu tempo e de personalidade forte, capaz de compreender com profundidade os sentimentos. É um dos filmes mais românticos da Disney, mas sem o tom conservador dos clássicos anteriores. A emocionante música tema é um destaque à parte da trilha sonora, que é perfeitamente integrada ao roteiro. É uma produção atemporal, tanto pelo visual quanto pelo conteúdo, e foi a primeira animação a ser indicada ao Oscar de melhor filme.
Angelina Jolie mostra grande amadurecimento na condução desse drama psicológico intenso e arranca interpretações marcantes de si mesma e Brad Pitt. Vanessa, sua personagem, tem temperamento autodestrutivo que prejudica suas relações com as outras pessoas e a empurra para um ciclo vicioso de sofrimento, transformando situações comuns em episódios pesados e dramáticos. Artisticamente impecável, "À Beira Mar" apresenta fotografia, figurinos e cenários dos anos 70 trabalhados com perfeição na trama. O que impede o filme de se tornar uma obra-prima é o roteiro superficial no desenrolar da trama. Embora apresente uma explicação coerente para a situação apresentada, Jolie aposta mais do que devia no desfecho para conferir sentido à dramaticidade do quadro evidenciado.
Comédia leve e superficial, que não faz rir como o prometido. Os atores conduzem bem as cenas, mas ficam presos às limitações de seus personagens. A excessiva irresponsabilidade do personagem de Leandro Hassum mais irrita do que diverte. Apesar de fraco, o filme prende a atenção. O roteiro usa fórmula fácil e previsível para garantir a simpatia do público.
O filme é um terror com altas doses de humor negro e escatologia primorosamente dirigido. O exagero e o absurdo intencionais de algumas cenas provocam o riso, mas o filme não deixa de ser aterrorizante em nenhum momento. O desfecho é impactante como todo o restante da obra. Alison Lohman, além de ser uma rainha do grito exemplar, interpreta uma protagonista mais complexa do que é comum no gênero. O elenco de apoio se encaixa bem em seus papéis. A trilha sonora é fundamental para o sucesso do filme. A maquiagem e os efeitos especiais são perfeitamente adequados à produção.
O filme é um drama sensível, objetivo e inteligente sobre os sentimentos de insegurança e solidão na juventude. O protagonista é um artista sensível e pessimista que tem dificuldade de lidar com as pessoas num mundo competitivo. O corpo frágil e o rosto incrédulo de Freddie Highmore caem como uma luva para o papel, assim como Emma Roberts também se mostra diferente das meninas com a idade de sua personagem. As imagens de Nova York no Outono também se encaixam muito bem com o espirito melancólico do filme, assim como a trilha romântica composta por ternas e apaixonadas baladas.
Um filme delicado e terno sobre as relações de amor e amizade entre as pessoas. O filme mostra que os melhores sentimentos são construídos aos poucos e são os mais fortes e duradouros. Emma Roberts e Joanna ‘JoJo’ Levesque despontam desde jovens como boas atrizes. A trilha sonora e a fotografia dão um toque de leveza aos momentos românticos e dramáticos.
Um filme terno e tocante que mostra o nascimento de uma paixão de forma extremamente realista. Os diálogos entre os protagonistas, que discutem sobre os mais diversos assuntos, enriquecem ainda mais a produção. Julie Delpy e Ethan Hawke mostram-se extremamente naturais e com química perfeita, conferindo ainda mais realismo ao filme. A trilha sonora e a belíssima fotografia da cidade de Viena são fundamentais para o tom romântico da produção.
"Apertem os Cintos: O Piloto Sumiu" não está livre da estrutura ou, melhor dizendo, da falta de estrutura que marca as produções do gênero. A trama é frágil, se constitui através da paródia a outros filmes e apresenta uma sucessão de momentos cômicos implausíveis, que muitas vezes parecem soltos no roteiro. O importante não é a história, é a forma como o humor se constitui, provocando fortes gargalhadas. A diversão às vezes tem tom crítico, mas na maior parte do tempo é o mais puro pastelão. Mesmo com toda a inverossimilhança que ronda a produção, o trio de cineasta busca conferir um tom de credulidade, principalmente na direção de atores. A impressão de que estamos vendo um filme sério aumenta o impacto das piadas presentes ao longo da projeção. A partipação de Leslie Nielsen, um dos mestres na técnica de imprimir seriedade à atuação cômica, interpretando o médico do avião merece destaque. Sem grandes excessos ou apelações, "Apertem os Cintos: O Piloto Sumiu" é um filme divertido e tornou-se um clássico dos anos 80, sempre relembrado em listas de comédias memoráveis.
Embora tenha como pano de fundo muito bem contextualizado a Geração Beat, "Anos Loucos" vai além de um simples retrato desse movimento. Dirigido por Gary Walkow, é um filme muito mais focado nas relações românticas e de amizade entre os personagens, sentimentos que muitas vezes se confundem e que, por uma série de motivos, não podem ser levados adiante da forma desejada. Baseado na vida real de escritores do movimento beatnik, o drama é contado através dos olhos da jornalista que foi casada com William S. Burroughs, expoente do gênero. Ela é interpretada por Courtney Love que é a âncora da trama numa interpretação que mistura firmeza e doçura, num reflexo do cenário tão conturbado como poético em que ela está inserida. Belo e envolvente, "Anos Loucos" conta com figurinos e penteados muito bem trabalhados na trama, assim como a impecável reconstituição do México dos anos 50.
Um retrato dramático de determinado período da escravidão, quando mesmo aqueles considerados livres poderiam ser sequestrados para trabalhar em locais onde o regime ainda vigorava. O filme é um pedido de perdão dos Estados Unidos sobre o tempo da escravatura. Entretanto, é excessivamente longo e pesa a mão nas cenas chocantes para passar sua mensagem. Chiwetel Ejiofor, no papel principal, é o grande destaque do elenco, que ainda conta com boas participações de Lupita Nyong'o e Michael Fassbender. A fotografia delicada é um dos pontos altos da produção.
Com a grife Drew Barrymore entre os produtores, Animal é uma boa pedida para quem procura um filme de terror que sirva como passatempo para um final de semana. Mas cuidado para não avaliar o filme como mais do que é – ele não passa de uma grande bobagem. Apreciado no seu devido espírito, e considerando que um horror sobre uma criatura que persegue e se alimenta de humanos em uma floresta dificilmente teria grandes ambições, o filme funciona. Isso porque o diretor Bret Simmons conseguiu reunir nessa obra muita força e tensão que envolvem o espectador num clima assustador. Não se trata de algo memorável, mas prende a atenção do início ao fim. Nem os efeitos especiais medianos são problemáticos, pois se revelam suficientemente competentes para uma produção sem grande orçamento. O que incomoda são as situações inverossímeis e previsíveis. Ainda assim, a estratégia de forçar a barra para manter o ritmo da história em alta funciona – os cerca de 80 minutos de duração passam voando. Também não se trata de um filme que proporcionará grandes atuações. O elenco com alguns nomes famosos – como as atrizes da Nickelodeon Elizabeth Gillies (Victorious) e Keke Palmer (True Jackson) – não apresenta nenhum destaque, mas cumpre bem seu papel. O filme também. Dentro do que se propõe, entreter e assustar, ele é ótimo. Só não vale assistir esperando mais que isso.
O ponto forte do filme é a maneira como transforma um período histórico dramático em conto de fadas, sendo uma animação para crianças e adultos. O filme se apropria dos fatos históricos e de todas as lendas por eles geradas para criar uma atraente obra de ficção. A caracterização dos personagens e figurinos é muito fiel à realidade, assim como a dos cenários, principalmente das cidades São Petersburgo e Paris. A trilha sonora é responsável por bons momentos, além de perfeitamente adequada ao filme.
O ponto mais interessante do filme é a maneira como ele constrói o clima aterrorizante através dos conflitos psicológicos de seus personagens. Com bom uso da trilha sonora e fotografia adequadamente escura, o filme assusta e causa arrepios. Apesar de uma atuação muito competente do veterano Robert De Niro, Dakota Fanning, então com menos de dez anos de idade, se sobressai ao passar, com sutileza mas impacto, o tormento de sua personagem.
O filme é, certamente, a comédia mais debochada e explicita de Almodóvar. O diretor espanhol faz quase uma parodia de sua própria filmografia ao retratar a sexualidade, tema comum em seus filmes. Os diálogos e a fotografia são, como de costume nas obras do cineasta, objetivos e convidativos. O elenco de atores parceiros de Almodóvar mostra-se, como sempre, à vontade. O filme é uma metáfora divertida e inteligente da crise que afeta a Espanha, onde todos tentam fugir da realidade.
O filme é um retrato forte e cruel de uma família marcada pela arrogância e o preconceito. A matriarca, no fim da vida, defende com veemência verdades sobre o destino daquelas pessoas. A complexidade humana leva os espectadores a diferentes entendimentos da realidade dos personagens. Meryl Streep está impecável como sempre, desta vez com uma personagem dramática, mas com um leve toque cômico. Julia Roberts foge de sua zona de conforto e está até fisicamente mudada e envelhecida para o papel. O restante do elenco é de primeiro nível e mostra-se em grande forma. A trilha sonora em estilo country dá à produção suavidade e romantismo que aliviam o peso dos diálogos.
Apesar da química entre Adam Sandler e Drew Barrymore e do talento de ambos, é um filme apenas mediano. Barrymore e Sandler conseguem tornar o romance envolvente, apesar do roteiro cheio de clichês. Algumas situações acontecem de forma forçada. A parte cômica cumpre a função de divertir, mas sem provocar grandes gargalhadas. A recriação dos anos 80, com trilha sonora, figurinos e carros da época, confere charme à produção.
Ao retratar o sequestro e a maternidade de uma mulher no cativeiro, O Quarto de Jack acaba repetindo velhos clichês de Hollywood. De forma inverossímil, o menino de cinco anos se recupera antes da mãe e se torna o herói da história. Além disso, a readaptação no ambiente familiar é retratado de maneira simplista em um lar abastado e distante da maior parte da realidade. Ainda assim, a obra apresenta boas doses de emoção e tensão, especialmente graças às ótimas interpretações de Brie Larson e Jacob Tremblay.
Spotlight é, antes de tudo, uma maneira que parece superada de se fazer jornalismo mas que, ainda assim, nunca deveria acabar. Porém, o fato de ter muitos antecessores em Hollywood limita o filme a um processo narrativo nada inédito. O elenco está afinado, mas nada de tão especial que justifique as indicações ao Oscar de Rachel McAdams e Mark Ruffalo.
Este filme, ao mesmo tempo profundamente delicado e intenso, é obra capaz de quebrar preconceitos e levar a uma reflexão mais ampla sobre a condição humana. O que ele tem de melhor não é a forma inteligente e sensível como aborda a questão da identidade sexual, mas como os sentimentos de amor e respeito são o que há de mais supremo na relação humana. Eddie Redmayne, que já havia ganhado o Oscar por seu grande desempenho em A Teoria de Tudo, merece ser premiado consecutivamente. Alicia Vikander também se mostra digna de prêmios e elogios numa performance de força e sensibilidade soberbas. A fotografia e a direção de arte são impecáveis e a batuta de Tom Hooper na direção é admirável, mostrando toda a sua habilidade como cineasta.
Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista AgoraO filme é mais uma dessas iniciativas com final previsível e repleta do nacionalismo exacerbado dos americanos. O que começou dando indícios de que seria um drama realista, terminou como mais um filme de aventura repleto de clichês e estereótipos. A produção é excessivamente longa e se resolveria com meia-hora a menos de duração. A interpretação de Tom Hanks é eficiente, mas não justifica sua nomeação a tantas premiações.
As Branquelas
3.7 3,0K Assista AgoraCom o único intuito de fazer rir, o filme atinge seu objetivo com louvor. Mesmo com muitos momentos apelativos, ele consegue manter-se divertido durante todo o tempo. As atuações são eficientes dentro da proposta da produção. A trilha sonora agrada por misturar as realidades dos personagens e, com isso, fazer humor. A maquiagem, ainda que inevitavelmente imperfeita, consegue ser melhor que o esperado.
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraBlue Jasmine é a história de uma mulher que é levada pela vida do luxo e da facilidade e não consegue encarar a realidade. É uma história ácida sobre o apogeu e a decadência de uma mulher que preferiu viver o papel de outra, mudando, inclusive, o próprio nome. O filme defende a tese de que é melhor procurar aceitar os que gostam da gente. O filme é também uma crítica à ação predatória dos ricos sobre os pobres. Entretanto, é excessivamente melancólico e pesa a mão nas situações dramáticas. Cate Blanchett sabe muito bem como lidar com a elegância e dramaticidade de sua personagem. Como sempre, Woody Allen prima na escolha de jazz e blues que compõem a trilha sonora.
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraO mérito do filme é a maneira objetiva como denuncia a realidade de um mundo de roubos, drogas e ostentação, que não poupa nem fãs nem ídolos. Apesar da qualidade, o filme esbarra nas limitações da história contada, que acaba, inevitavelmente, repetitiva. O jovem elenco, embora sem grandes destaques, incorpora bem os personagens e o mundo ilusório em que vivem. O grande mérito da diretora Sofia Coppola é possibilitar a cada espectador que faça sua própria interpretação da história e seus aspectos morais. A trilha sonora e a fotografia, além de retratarem com competência o universo dos personagens, tornam a trama mais desenvolta e rápida.
As Bem Armadas
3.5 873 Assista AgoraO grande diferencial desta hilária comédia policial para tantas outras lançadas anualmente é a presença e sintonia entre Sandra Bullock e Melissa McCarthy. Melissa McCarthy rouba a cena com uma personagem despojada e sem papas na língua. O filme é uma sátira das relações de poder entre os policiais. A produção corre com excelente ritmo na maior parte do tempo, mas é mais longa que o necessário. A trilha sonora com pop e rap colabora para o divertimento.
A Bela e a Fera
4.1 1,1K Assista AgoraUm filme sobre o amor e os sentimentos contra todos os preconceitos e aparências. É uma lição sobre as aparências e o verdadeiro interior das pessoas. A Bela incorpora a evolução dos roteiros da Disney, é uma mulher culta, à frente de seu tempo e de personalidade forte, capaz de compreender com profundidade os sentimentos. É um dos filmes mais românticos da Disney, mas sem o tom conservador dos clássicos anteriores. A emocionante música tema é um destaque à parte da trilha sonora, que é perfeitamente integrada ao roteiro. É uma produção atemporal, tanto pelo visual quanto pelo conteúdo, e foi a primeira animação a ser indicada ao Oscar de melhor filme.
À Beira Mar
3.1 222 Assista AgoraAngelina Jolie mostra grande amadurecimento na condução desse drama psicológico intenso e arranca interpretações marcantes de si mesma e Brad Pitt. Vanessa, sua personagem, tem temperamento autodestrutivo que prejudica suas relações com as outras pessoas e a empurra para um ciclo vicioso de sofrimento, transformando situações comuns em episódios pesados e dramáticos. Artisticamente impecável, "À Beira Mar" apresenta fotografia, figurinos e cenários dos anos 70 trabalhados com perfeição na trama. O que impede o filme de se tornar uma obra-prima é o roteiro superficial no desenrolar da trama. Embora apresente uma explicação coerente para a situação apresentada, Jolie aposta mais do que devia no desfecho para conferir sentido à dramaticidade do quadro evidenciado.
Até Que a Sorte Nos Separe
2.8 1,2KComédia leve e superficial, que não faz rir como o prometido. Os atores conduzem bem as cenas, mas ficam presos às limitações de seus personagens. A excessiva irresponsabilidade do personagem de Leandro Hassum mais irrita do que diverte. Apesar de fraco, o filme prende a atenção. O roteiro usa fórmula fácil e previsível para garantir a simpatia do público.
Arraste-me para o Inferno
2.8 2,8KO filme é um terror com altas doses de humor negro e escatologia primorosamente dirigido. O exagero e o absurdo intencionais de algumas cenas provocam o riso, mas o filme não deixa de ser aterrorizante em nenhum momento. O desfecho é impactante como todo o restante da obra. Alison Lohman, além de ser uma rainha do grito exemplar, interpreta uma protagonista mais complexa do que é comum no gênero. O elenco de apoio se encaixa bem em seus papéis. A trilha sonora é fundamental para o sucesso do filme. A maquiagem e os efeitos especiais são perfeitamente adequados à produção.
A Arte da Conquista
3.4 901O filme é um drama sensível, objetivo e inteligente sobre os sentimentos de insegurança e solidão na juventude. O protagonista é um artista sensível e pessimista que tem dificuldade de lidar com as pessoas num mundo competitivo. O corpo frágil e o rosto incrédulo de Freddie Highmore caem como uma luva para o papel, assim como Emma Roberts também se mostra diferente das meninas com a idade de sua personagem. As imagens de Nova York no Outono também se encaixam muito bem com o espirito melancólico do filme, assim como a trilha romântica composta por ternas e apaixonadas baladas.
Aquamarine
2.5 561Um filme delicado e terno sobre as relações de amor e amizade entre as pessoas. O filme mostra que os melhores sentimentos são construídos aos poucos e são os mais fortes e duradouros. Emma Roberts e Joanna ‘JoJo’ Levesque despontam desde jovens como boas atrizes. A trilha sonora e a fotografia dão um toque de leveza aos momentos românticos e dramáticos.
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista AgoraUm filme terno e tocante que mostra o nascimento de uma paixão de forma extremamente realista. Os diálogos entre os protagonistas, que discutem sobre os mais diversos assuntos, enriquecem ainda mais a produção. Julie Delpy e Ethan Hawke mostram-se extremamente naturais e com química perfeita, conferindo ainda mais realismo ao filme. A trilha sonora e a belíssima fotografia da cidade de Viena são fundamentais para o tom romântico da produção.
Apertem os Cintos... O Piloto Sumiu
3.6 617 Assista Agora"Apertem os Cintos: O Piloto Sumiu" não está livre da estrutura ou, melhor dizendo, da falta de estrutura que marca as produções do gênero. A trama é frágil, se constitui através da paródia a outros filmes e apresenta uma sucessão de momentos cômicos implausíveis, que muitas vezes parecem soltos no roteiro. O importante não é a história, é a forma como o humor se constitui, provocando fortes gargalhadas. A diversão às vezes tem tom crítico, mas na maior parte do tempo é o mais puro pastelão. Mesmo com toda a inverossimilhança que ronda a produção, o trio de cineasta busca conferir um tom de credulidade, principalmente na direção de atores. A impressão de que estamos vendo um filme sério aumenta o impacto das piadas presentes ao longo da projeção. A partipação de Leslie Nielsen, um dos mestres na técnica de imprimir seriedade à atuação cômica, interpretando o médico do avião merece destaque. Sem grandes excessos ou apelações, "Apertem os Cintos: O Piloto Sumiu" é um filme divertido e tornou-se um clássico dos anos 80, sempre relembrado em listas de comédias memoráveis.
Anos Loucos
3.2 19Embora tenha como pano de fundo muito bem contextualizado a Geração Beat, "Anos Loucos" vai além de um simples retrato desse movimento. Dirigido por Gary Walkow, é um filme muito mais focado nas relações românticas e de amizade entre os personagens, sentimentos que muitas vezes se confundem e que, por uma série de motivos, não podem ser levados adiante da forma desejada. Baseado na vida real de escritores do movimento beatnik, o drama é contado através dos olhos da jornalista que foi casada com William S. Burroughs, expoente do gênero. Ela é interpretada por Courtney Love que é a âncora da trama numa interpretação que mistura firmeza e doçura, num reflexo do cenário tão conturbado como poético em que ela está inserida. Belo e envolvente, "Anos Loucos" conta com figurinos e penteados muito bem trabalhados na trama, assim como a impecável reconstituição do México dos anos 50.
12 Anos de Escravidão
4.3 3,0KUm retrato dramático de determinado período da escravidão, quando mesmo aqueles considerados livres poderiam ser sequestrados para trabalhar em locais onde o regime ainda vigorava. O filme é um pedido de perdão dos Estados Unidos sobre o tempo da escravatura. Entretanto, é excessivamente longo e pesa a mão nas cenas chocantes para passar sua mensagem. Chiwetel Ejiofor, no papel principal, é o grande destaque do elenco, que ainda conta com boas participações de Lupita Nyong'o e Michael Fassbender. A fotografia delicada é um dos pontos altos da produção.
Animal
2.4 120Com a grife Drew Barrymore entre os produtores, Animal é uma boa pedida para quem procura um filme de terror que sirva como passatempo para um final de semana. Mas cuidado para não avaliar o filme como mais do que é – ele não passa de uma grande bobagem. Apreciado no seu devido espírito, e considerando que um horror sobre uma criatura que persegue e se alimenta de humanos em uma floresta dificilmente teria grandes ambições, o filme funciona. Isso porque o diretor Bret Simmons conseguiu reunir nessa obra muita força e tensão que envolvem o espectador num clima assustador. Não se trata de algo memorável, mas prende a atenção do início ao fim. Nem os efeitos especiais medianos são problemáticos, pois se revelam suficientemente competentes para uma produção sem grande orçamento. O que incomoda são as situações inverossímeis e previsíveis. Ainda assim, a estratégia de forçar a barra para manter o ritmo da história em alta funciona – os cerca de 80 minutos de duração passam voando. Também não se trata de um filme que proporcionará grandes atuações. O elenco com alguns nomes famosos – como as atrizes da Nickelodeon Elizabeth Gillies (Victorious) e Keke Palmer (True Jackson) – não apresenta nenhum destaque, mas cumpre bem seu papel. O filme também. Dentro do que se propõe, entreter e assustar, ele é ótimo. Só não vale assistir esperando mais que isso.
Anastasia
3.9 829 Assista AgoraO ponto forte do filme é a maneira como transforma um período histórico dramático em conto de fadas, sendo uma animação para crianças e adultos. O filme se apropria dos fatos históricos e de todas as lendas por eles geradas para criar uma atraente obra de ficção. A caracterização dos personagens e figurinos é muito fiel à realidade, assim como a dos cenários, principalmente das cidades São Petersburgo e Paris. A trilha sonora é responsável por bons momentos, além de perfeitamente adequada ao filme.
O Amigo Oculto
3.6 1,2K Assista AgoraO ponto mais interessante do filme é a maneira como ele constrói o clima aterrorizante através dos conflitos psicológicos de seus personagens. Com bom uso da trilha sonora e fotografia adequadamente escura, o filme assusta e causa arrepios. Apesar de uma atuação muito competente do veterano Robert De Niro, Dakota Fanning, então com menos de dez anos de idade, se sobressai ao passar, com sutileza mas impacto, o tormento de sua personagem.
Os Amantes Passageiros
3.1 646 Assista AgoraO filme é, certamente, a comédia mais debochada e explicita de Almodóvar. O diretor espanhol faz quase uma parodia de sua própria filmografia ao retratar a sexualidade, tema comum em seus filmes. Os diálogos e a fotografia são, como de costume nas obras do cineasta, objetivos e convidativos. O elenco de atores parceiros de Almodóvar mostra-se, como sempre, à vontade. O filme é uma metáfora divertida e inteligente da crise que afeta a Espanha, onde todos tentam fugir da realidade.
Álbum de Família
3.9 1,4K Assista AgoraO filme é um retrato forte e cruel de uma família marcada pela arrogância e o preconceito. A matriarca, no fim da vida, defende com veemência verdades sobre o destino daquelas pessoas. A complexidade humana leva os espectadores a diferentes entendimentos da realidade dos personagens. Meryl Streep está impecável como sempre, desta vez com uma personagem dramática, mas com um leve toque cômico. Julia Roberts foge de sua zona de conforto e está até fisicamente mudada e envelhecida para o papel. O restante do elenco é de primeiro nível e mostra-se em grande forma. A trilha sonora em estilo country dá à produção suavidade e romantismo que aliviam o peso dos diálogos.
Afinado no Amor
3.3 317 Assista AgoraApesar da química entre Adam Sandler e Drew Barrymore e do talento de ambos, é um filme apenas mediano. Barrymore e Sandler conseguem tornar o romance envolvente, apesar do roteiro cheio de clichês. Algumas situações acontecem de forma forçada. A parte cômica cumpre a função de divertir, mas sem provocar grandes gargalhadas. A recriação dos anos 80, com trilha sonora, figurinos e carros da época, confere charme à produção.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraAo retratar o sequestro e a maternidade de uma mulher no cativeiro, O Quarto de Jack acaba repetindo velhos clichês de Hollywood. De forma inverossímil, o menino de cinco anos se recupera antes da mãe e se torna o herói da história. Além disso, a readaptação no ambiente familiar é retratado de maneira simplista em um lar abastado e distante da maior parte da realidade. Ainda assim, a obra apresenta boas doses de emoção e tensão, especialmente graças às ótimas interpretações de Brie Larson e Jacob Tremblay.
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraSpotlight é, antes de tudo, uma maneira que parece superada de se fazer jornalismo mas que, ainda assim, nunca deveria acabar. Porém, o fato de ter muitos antecessores em Hollywood limita o filme a um processo narrativo nada inédito. O elenco está afinado, mas nada de tão especial que justifique as indicações ao Oscar de Rachel McAdams e Mark Ruffalo.
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraEste filme, ao mesmo tempo profundamente delicado e intenso, é obra capaz de quebrar preconceitos e levar a uma reflexão mais ampla sobre a condição humana. O que ele tem de melhor não é a forma inteligente e sensível como aborda a questão da identidade sexual, mas como os sentimentos de amor e respeito são o que há de mais supremo na relação humana. Eddie Redmayne, que já havia ganhado o Oscar por seu grande desempenho em A Teoria de Tudo, merece ser premiado consecutivamente. Alicia Vikander também se mostra digna de prêmios e elogios numa performance de força e sensibilidade soberbas. A fotografia e a direção de arte são impecáveis e a batuta de Tom Hooper na direção é admirável, mostrando toda a sua habilidade como cineasta.