Um filme original e repleto de ensinamentos sobre o mundo da moda e as relações interpessoais. Embora tenha ingredientes típicos de uma comédia romântica, o filme é realista e, muitas vezes, dramático. Meryl Streep tem atuação impecável e é o grande destaque, mas é impossível não notar a excelente interpretação de Anne Hathaway e de todo o elenco. Meryl Streep, através de pequenos gestos e expressões, tem muito a dizer com sua personagem. A construção da relação entre as duas protagonistas é o ponto alto do roteiro. O roteiro está no ritmo exato, o filme em nenhum momento é cansativo. O diretor David Frankel mostra todos os lados das situações vistas no filme, e depois voltou a provar competência em “Marley & Eu” e “Um Divã Para Dois”. Os figurinos representam um papel importante nessa viagem pelo mundo da moda. A trilha sonora foi muito bem escolhida com sucessos do inicio dos anos 2000.
A grande sacada do filme é a forma como desconstrói o conto Chapeuzinho Vermelho sob a ótica de um suspense policial, mostrando diferentes pontos de vista para a mesma história. Os personagens, além de carismáticos e divertidos, subvertem as expectativas do público. Os muitos momentos engraçados e a trilha sonora são pontos fortes da produção. A baixa qualidade técnica da animação revela-se um ponto negativo, mas não compromete a qualidade da obra.
O filme, quase um conto de fadas moderno, cumpre o objetivo de entreter. O roteiro sabe alternar momentos divertidos e meigos e mantém o ritmo durante todo o filme. Jennifer Garner mostra-se simpática e à vontade ao longo da história, além de ter uma boa sintonia com seu par romântico Mark Ruffalo. A trilha sonora que remete aos anos 80 e a leveza da fotografia ajudam a compor o clima agradável da produção. Mesmo simples e em muitos momentos artificial, o filme é um passatempo gostoso de ser visto.
O filme é uma comédia com fórmula simples, mas que se revela um passatempo agradável. Mesmo previsível e com formato mais próximo à televisão, o filme tem bom ritmo e momentos sérios e divertidos e bem dosados. Ingrid Guimarães mostra carisma e talento como comediante, revelando-se o destaque do filme.
O filme é uma metáfora sobre a fragilidade das relações pessoais em um mundo dominado pela desconfiança. As máscaras sociais, bem representadas no filme, mostram que os casais, por mais equilibrados que pareçam, na verdade vivem em uma situação de conflito. A mensagem é oportuna no final do milênio, diante do medo das drogas e da AIDS. Embora não seja cansativo, o filme corre mais lento do que necessário. Tom Cruise se mostra apenas eficiente no papel principal, mas Nicole Kidman se sobressai com sua complicada personagem, que se divide entre as drogas e a vida de mãe de família. A trilha sonora se encaixa como uma luva no conteúdo de suspense da produção.
Uma análise bem-humorada do consumismo desenfreado e suas consequências. Mesmo com todas as liberdades tomadas em relação ao livro de Sophie Kinsella, o filme consegue captar a essência da obra. Isla Fisher está muito à vontade no papel principal e fiel à personagem descrita no livro. Além da boa química entre o casal central, o elenco de apoio rende momentos divertidos. Os figurinos são bem explorados para retratar o mundo do consumo descrito no filme. A trilha sonora também se adapta muito bem ao clima da produção. O filme caiu como uma luva na época, quando os Estados Unidos enfrentava grave crise financeira.
O filme é uma cinebiografia muito mais focada no caráter de sua protagonista do que em assuntos políticos. Margaret Thatcher foi uma primeira-ministra implacável, mas também uma mulher ambiciosa e obstinada que enfrentou o preconceito e chegou ao mais alto cargo político da Inglaterra. Meryl Streep, além de um magnifico trabalho de postura e entonação, retrata todas as nuances dessa personagem real rica em detalhes. O filme é bem produzido e a qualidade da maquiagem usada para envelhecer Streep é impressionante.
Ao invés dos sustos e violência comuns em filmes de terror, Corrente do Mal aposta num clima angustiante para amedrontar os espectadores. O uso da trilha sonora, que é muito bem elaborada e executada, foge do lugar comum. A direção de arte ao estilo anos 70 é outro ponto forte da produção. O que poderia ser um exemplar inteligente do gênero, porém, se perde em um roteiro arrastado e confuso.
O filme é uma metáfora da falta de entendimento familiar e das ilusões criadas no ambiente social. Ao questionar o comportamento dos pais, Coraline não consegue perceber que não terá pais melhores lá fora. O filme é, principalmente, uma crítica à manipulação das pessoas em nome do consumo, deixando os sentimentos em segundo plano. A caracterização dos personagens e dos cenários mostra que nem sempre as coisas são como parecem. Um filme forte, que coloca medo nas crianças, mas consegue prender a atenção de públicos de todas as idades.
Embora conte a história de um produtor de televisão, o filme em nenhum momento consegue dar relevância nem à trajetória do biografado, nem à história da televisão no período retratado. Sem se definir entre o drama ou a comédia, o filme se torna tão obscuro quanto a fotografia das partes dramáticas. Nem a trilha sonora consegue impactar o espectador ao longo de toda a trama. Mesmo com o ótimo elenco, apenas Drew Barrymore se destaca, mesmo assim presa às limitações do roteiro. O filme carece de mais ritmo e de uma direção mais experiente do então cineasta estreante George Clooney.
Ao final dos quase 90 minutos de "Como Sobreviver a um Ataque Zumbi" a impressão que fica é que nem se despendessem o maior esforço possível para fazer um filme ruim, o resultado não saíria tão desastroso. O filme é uma sequencia de cenas que elevam o conceito de "grotesco" ao último nível. Tanto as interpretações, como qualquer detalhe técnico são deploráveis. Tão incômoda quanto toda a falta de qualidade da produção é a presença de Cloris Leachman, atriz de 89 anos, consagrada e vencedora do Oscar, em um papel sofrível num filme desse tipo.
O filme discute de forma leve, mas muito emocionante, as adaptações feitas em nome do amor. Apesar do tema aparentemente improvável, a história segue um rumo realista. O final não propõe soluções mágicas para o problema apresentado, mas consegue ser alegre e otimista. As muitas formas encontradas pelo protagonista para conquistar seu par romântico mantêm o interesse do espectador. O lado cômico do roteiro funciona para suavizar o drama romântico. Adam Sandler comove no papel do apaixonado que tem que reconquistar a amada todos os dias. Drew Barrymore cativa o espectador ao mesmo tempo em que mostra a confusão na mente da personagem. A participação de Rob Schneider desagrada, mas não compromete muito. A fotografia bonita e alegre se encaixa perfeitamente na proposta.
Heath Ledger e Julia Stiles mostram ótima química, contribuindo para que a história funcione. Ledger mostra seu talento e prenuncia o sucesso como ator. A falta de carisma marca o elenco de coadjuvantes. A trilha sonora consegue minimizar os trechos de monotonia, principalmente na primeira metade do filme. Os diálogos, principalmente os que têm sexo como tema, não conseguem cumprir bem sua função cômica. O ritmo lento prejudica o roteiro no inicio do filme. A história, inspirada na obra de Shakespeare, envolve pelo conteúdo romântico.
Cinquenta Tons de Cinza é um romance erótico sensual e instigante, que aborda o mundo do sadomasoquismo para revelar sentimentos e traumas reais dos protagonistas. O casal vivido por Dakota Johnson e Jamie Dornan possui boa empatia e confere veracidade ao dilema dos personagens. O cenário e a trilha sonora sofisticados são utilizados como fator de equilíbrio aos instintos naturais do casal. No fundo, este é um filme sobre a solidão e a insegurança nas relações amorosas.
Uma versão de Cinderela em que a passividade não é coroada, mostrando que devemos batalhar para alcançar nossos sonhos. O fato de ser multirracial aumentou a complexidade da história, mostrando que nenhuma diferença de etnia importa mais que o caráter das pessoas. A trilha sonora é incrível e é muito bem interpretada pelo excelente elenco. Os figurinos e cenários mostram-se perfeitamente adequados à proposta.
Esta versão de Cinderela é a que tem o roteiro mais completo com relação à história original. A direção de Kenneth Brannagh consegue conciliar o caráter humano dos personagens com a magia e a fantasia elevadas ao máximo. Cate Blanchett se destaca ao conferir ódio e humor à madrasta, tornando-a humana e, portanto, perfeitamente verossímil. O elenco também conta com forte presença de Lily James e Richard Madden, bem como Helena Boham Carter roupa a cena em rápida aparição. A produção não deixa de utilizar efeitos visuais de última geração, principalmente nas cenas de transformação. A direção de arte e os figurinos também são de primeiro nível.
O filme executa com maestria uma fórmula consagrada de musicais americanos. O experiente diretor e coreografo Rob Marshall conduz com segurança e sem ousadias o elenco e os números musicais. Renee Zellweger e Catherine Zeta-Jones defendem com competência suas personagens maquiavélicas, principalmente essa última, que ganhou o Oscar pelo papel. A atuação de todo o elenco de apoio é irrepreensível, assim como o figurino, os cenários e a trilha sonora que remete à primeira metade do século 20. O filme é um retrato lúdico da sede da mídia por violência e da obsessão pela fama.
Um filme tenso, com enredo interessante e que prende a atenção do começo ao fim. A atuação de Halle Berry, que sabe lidar com momentos complicados para sua personagem, é ponto forte da produção. Abigail Breslin também está bem e sabe trabalhar a histeria da garota sequestrada.
O filme é uma comédia leve, mas que mostra valores importantes como autenticidade, lealdade e amizade. Anna Faris volta a representar seu natural talento cômico. A trilha sonora é eficiente e bem dosada no filme.
Com elenco de peso que tem de Meryl Streep a Johnny Depp, “Caminhos da Floresta” é aposta renovada da Disney. Essa subversão às próprias regras do estudo vem sendo construída em cada um de seus filmes de contos de fadas. Após “Malévola” revelar a complexidade humana ao invés da ultrapassada dicotomia entre bem e mal, “Caminhos da Floresta” chega para mostrar às crianças que tragédias existem mesmo depois do felizes para sempre. O filme também mantém a tradição recente de heroínas fortes e independentes. Quem diria que veríamos uma Cinderela com poder de escolha, num filme de um estúdio originalmente marcado por protagonistas femininas que dependiam de um príncipe encantado? O elenco é soberbo, tanto cantando como atuando, com destaque para Meryl Streep. É incrível como ela consegue se transformar e surpreender, mesmo tendo se superado tantas vezes antes. Não é a toa que ela é, reconhecidamente, a melhor atriz da atualidade. O restante dos atores conta com boas participações e vocais perfeitos, desde Anna Kendrick representando a dualidade de emoções de Cinderela até a composição cômica de Chris Pine como o Príncipe. Com visual suntuoso e bela trilha sonora, “Caminhos da Floresta” mostra a evolução da Disney em seus contos de fadas.
A realidade e a crueza da obra dão o tom perfeito à trama, que narra uma época marcada pela cultura da violência doméstica e o sentimento doentio de controle da esposa pelo marido.Mais conhecida por protagonizar a série clássica dos anos 70 “As Panteras”, Farrah Fawcett dá um show de interpretação ao retratar a impotência, sofrimento e aparente fragilidade de sua personagem depois do casamento. É incrível como ela consegue passar todo o peso dramático do papel com naturalidade e sem exageros.
A ideia de que cada pessoa carrega as próprias marcas e por isso é complicado julgar a personalidade e as atitudes de cada um é ponto a favor desta produção dirigida por Daniel Barnz. Mas o cineasta se perde numa narrativa confusa, em que a ligação entre os pontos chaves da história apresenta-se de forma que chega até mesmo a parecer aleatória, e não consegue passar da superficialidade ao tocar os assuntos abordados. Barnz sequer consegue explorar o talento do elenco de coadjuvantes, que vai de Anna Kendrick a Adriana Barraza, e que é meramente correto em suas composições. No fim das contas, é Jennifer Aniston quem dá alguma forma ao que está sendo visto na tela. Atriz mais conhecida por comédias, como a icônica telesérie “Friends”, Aniston teve ao longo da carreira poucos papéis dramáticos. Assim como aconteceu com Sandra Bullock, que teve uma virada na carreira ao ganhar o Oscar por “Um Sonho Possível”, a chegada da idade parece forçá-la a exibir mais maturidade como atriz.
Um filme de terror que parte de uma ideia interessante, mas repete as velhas fórmulas do gênero de maneira previsível. Sem conteúdo ou personagens interessantes, o único atrativo do filme acaba sendo seus aspectos técnicos, como os figurinos e a caracterização dos bonecos de cera. No mais, o filme é um festival desnecessário de sustos e violência.
Com uma boa apresentação da protagonista, que carrega uma história dramática e não aparenta ser mero artificio do roteiro, o filme dá mostras de que pode proporcionar momentos razoáveis de tensão psicológica. Mas tudo fica na promessa, e muito longe de se concretizar realmente. Sem nunca ser transformada em algo produtivo, a ideia inicial se desgasta muito rapidamente. Quando a trama adquire caráter sobrenatural, é aí que o diretor Jan de Bont se perde completamente.Os elementos são jogados na trama de forma tão aleatória, sem que o espectador entenda o porquê de cada cena, que se torna impossível se envolver com a história. Os muitos furos no roteiro, que chegam a ser engraçados, apenas colaboram para aumentar a sensação de incredulidade que é a única reação provocada pela obra.O texto é tão risível que fica até difícil cobrar boas interpretações. Portanto, a atuação de astros como Catherine Zeta-Jones e Owen Wilson é pífia. Mesmo assim, é impossível não ressaltar negativamente o desempenho de Lili Taylor, que apesar de ser uma atriz premiada se deixou levar pelas circunstâncias desfavoráveis. Taylor até começa bem, mas perde-se completamente ao retratar o quadro psicológico problemático da personagem principal.Apesar de todos os esforços para a construção de um cenário assustador, mesmo a direção de arte é desprovida de qualquer emoção.
O Diabo Veste Prada
3.8 2,4K Assista AgoraUm filme original e repleto de ensinamentos sobre o mundo da moda e as relações interpessoais. Embora tenha ingredientes típicos de uma comédia romântica, o filme é realista e, muitas vezes, dramático. Meryl Streep tem atuação impecável e é o grande destaque, mas é impossível não notar a excelente interpretação de Anne Hathaway e de todo o elenco. Meryl Streep, através de pequenos gestos e expressões, tem muito a dizer com sua personagem. A construção da relação entre as duas protagonistas é o ponto alto do roteiro. O roteiro está no ritmo exato, o filme em nenhum momento é cansativo. O diretor David Frankel mostra todos os lados das situações vistas no filme, e depois voltou a provar competência em “Marley & Eu” e “Um Divã Para Dois”. Os figurinos representam um papel importante nessa viagem pelo mundo da moda. A trilha sonora foi muito bem escolhida com sucessos do inicio dos anos 2000.
Deu a Louca na Chapeuzinho
3.0 622A grande sacada do filme é a forma como desconstrói o conto Chapeuzinho Vermelho sob a ótica de um suspense policial, mostrando diferentes pontos de vista para a mesma história. Os personagens, além de carismáticos e divertidos, subvertem as expectativas do público. Os muitos momentos engraçados e a trilha sonora são pontos fortes da produção. A baixa qualidade técnica da animação revela-se um ponto negativo, mas não compromete a qualidade da obra.
De Repente 30
3.5 2,1K Assista AgoraO filme, quase um conto de fadas moderno, cumpre o objetivo de entreter. O roteiro sabe alternar momentos divertidos e meigos e mantém o ritmo durante todo o filme. Jennifer Garner mostra-se simpática e à vontade ao longo da história, além de ter uma boa sintonia com seu par romântico Mark Ruffalo. A trilha sonora que remete aos anos 80 e a leveza da fotografia ajudam a compor o clima agradável da produção. Mesmo simples e em muitos momentos artificial, o filme é um passatempo gostoso de ser visto.
De Pernas pro Ar
3.2 1,7K Assista AgoraO filme é uma comédia com fórmula simples, mas que se revela um passatempo agradável. Mesmo previsível e com formato mais próximo à televisão, o filme tem bom ritmo e momentos sérios e divertidos e bem dosados. Ingrid Guimarães mostra carisma e talento como comediante, revelando-se o destaque do filme.
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraO filme é uma metáfora sobre a fragilidade das relações pessoais em um mundo dominado pela desconfiança. As máscaras sociais, bem representadas no filme, mostram que os casais, por mais equilibrados que pareçam, na verdade vivem em uma situação de conflito. A mensagem é oportuna no final do milênio, diante do medo das drogas e da AIDS. Embora não seja cansativo, o filme corre mais lento do que necessário. Tom Cruise se mostra apenas eficiente no papel principal, mas Nicole Kidman se sobressai com sua complicada personagem, que se divide entre as drogas e a vida de mãe de família. A trilha sonora se encaixa como uma luva no conteúdo de suspense da produção.
Os Delírios de Consumo de Becky Bloom
3.5 1,4KUma análise bem-humorada do consumismo desenfreado e suas consequências. Mesmo com todas as liberdades tomadas em relação ao livro de Sophie Kinsella, o filme consegue captar a essência da obra. Isla Fisher está muito à vontade no papel principal e fiel à personagem descrita no livro. Além da boa química entre o casal central, o elenco de apoio rende momentos divertidos. Os figurinos são bem explorados para retratar o mundo do consumo descrito no filme. A trilha sonora também se adapta muito bem ao clima da produção. O filme caiu como uma luva na época, quando os Estados Unidos enfrentava grave crise financeira.
A Dama de Ferro
3.6 1,7KO filme é uma cinebiografia muito mais focada no caráter de sua protagonista do que em assuntos políticos. Margaret Thatcher foi uma primeira-ministra implacável, mas também uma mulher ambiciosa e obstinada que enfrentou o preconceito e chegou ao mais alto cargo político da Inglaterra. Meryl Streep, além de um magnifico trabalho de postura e entonação, retrata todas as nuances dessa personagem real rica em detalhes. O filme é bem produzido e a qualidade da maquiagem usada para envelhecer Streep é impressionante.
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista AgoraAo invés dos sustos e violência comuns em filmes de terror, Corrente do Mal aposta num clima angustiante para amedrontar os espectadores. O uso da trilha sonora, que é muito bem elaborada e executada, foge do lugar comum. A direção de arte ao estilo anos 70 é outro ponto forte da produção. O que poderia ser um exemplar inteligente do gênero, porém, se perde em um roteiro arrastado e confuso.
Coraline e o Mundo Secreto
4.1 1,9K Assista AgoraO filme é uma metáfora da falta de entendimento familiar e das ilusões criadas no ambiente social. Ao questionar o comportamento dos pais, Coraline não consegue perceber que não terá pais melhores lá fora. O filme é, principalmente, uma crítica à manipulação das pessoas em nome do consumo, deixando os sentimentos em segundo plano. A caracterização dos personagens e dos cenários mostra que nem sempre as coisas são como parecem. Um filme forte, que coloca medo nas crianças, mas consegue prender a atenção de públicos de todas as idades.
Confissões de uma Mente Perigosa
3.4 146 Assista AgoraEmbora conte a história de um produtor de televisão, o filme em nenhum momento consegue dar relevância nem à trajetória do biografado, nem à história da televisão no período retratado. Sem se definir entre o drama ou a comédia, o filme se torna tão obscuro quanto a fotografia das partes dramáticas. Nem a trilha sonora consegue impactar o espectador ao longo de toda a trama. Mesmo com o ótimo elenco, apenas Drew Barrymore se destaca, mesmo assim presa às limitações do roteiro. O filme carece de mais ritmo e de uma direção mais experiente do então cineasta estreante George Clooney.
Como Sobreviver a um Ataque Zumbi
3.1 523 Assista AgoraAo final dos quase 90 minutos de "Como Sobreviver a um Ataque Zumbi" a impressão que fica é que nem se despendessem o maior esforço possível para fazer um filme ruim, o resultado não saíria tão desastroso. O filme é uma sequencia de cenas que elevam o conceito de "grotesco" ao último nível. Tanto as interpretações, como qualquer detalhe técnico são deploráveis. Tão incômoda quanto toda a falta de qualidade da produção é a presença de Cloris Leachman, atriz de 89 anos, consagrada e vencedora do Oscar, em um papel sofrível num filme desse tipo.
Como Se Fosse a Primeira Vez
3.7 2,4K Assista AgoraO filme discute de forma leve, mas muito emocionante, as adaptações feitas em nome do amor. Apesar do tema aparentemente improvável, a história segue um rumo realista. O final não propõe soluções mágicas para o problema apresentado, mas consegue ser alegre e otimista. As muitas formas encontradas pelo protagonista para conquistar seu par romântico mantêm o interesse do espectador. O lado cômico do roteiro funciona para suavizar o drama romântico. Adam Sandler comove no papel do apaixonado que tem que reconquistar a amada todos os dias. Drew Barrymore cativa o espectador ao mesmo tempo em que mostra a confusão na mente da personagem. A participação de Rob Schneider desagrada, mas não compromete muito. A fotografia bonita e alegre se encaixa perfeitamente na proposta.
10 Coisas que Eu Odeio em Você
4.0 2,3K Assista AgoraHeath Ledger e Julia Stiles mostram ótima química, contribuindo para que a história funcione. Ledger mostra seu talento e prenuncia o sucesso como ator. A falta de carisma marca o elenco de coadjuvantes. A trilha sonora consegue minimizar os trechos de monotonia, principalmente na primeira metade do filme. Os diálogos, principalmente os que têm sexo como tema, não conseguem cumprir bem sua função cômica. O ritmo lento prejudica o roteiro no inicio do filme. A história, inspirada na obra de Shakespeare, envolve pelo conteúdo romântico.
Cinquenta Tons de Cinza
2.2 3,3K Assista AgoraCinquenta Tons de Cinza é um romance erótico sensual e instigante, que aborda o mundo do sadomasoquismo para revelar sentimentos e traumas reais dos protagonistas. O casal vivido por Dakota Johnson e Jamie Dornan possui boa empatia e confere veracidade ao dilema dos personagens. O cenário e a trilha sonora sofisticados são utilizados como fator de equilíbrio aos instintos naturais do casal. No fundo, este é um filme sobre a solidão e a insegurança nas relações amorosas.
Cinderella
2.9 65 Assista AgoraUma versão de Cinderela em que a passividade não é coroada, mostrando que devemos batalhar para alcançar nossos sonhos. O fato de ser multirracial aumentou a complexidade da história, mostrando que nenhuma diferença de etnia importa mais que o caráter das pessoas. A trilha sonora é incrível e é muito bem interpretada pelo excelente elenco. Os figurinos e cenários mostram-se perfeitamente adequados à proposta.
Cinderela
3.4 1,4K Assista AgoraEsta versão de Cinderela é a que tem o roteiro mais completo com relação à história original. A direção de Kenneth Brannagh consegue conciliar o caráter humano dos personagens com a magia e a fantasia elevadas ao máximo. Cate Blanchett se destaca ao conferir ódio e humor à madrasta, tornando-a humana e, portanto, perfeitamente verossímil. O elenco também conta com forte presença de Lily James e Richard Madden, bem como Helena Boham Carter roupa a cena em rápida aparição. A produção não deixa de utilizar efeitos visuais de última geração, principalmente nas cenas de transformação. A direção de arte e os figurinos também são de primeiro nível.
Chicago
4.0 996O filme executa com maestria uma fórmula consagrada de musicais americanos. O experiente diretor e coreografo Rob Marshall conduz com segurança e sem ousadias o elenco e os números musicais. Renee Zellweger e Catherine Zeta-Jones defendem com competência suas personagens maquiavélicas, principalmente essa última, que ganhou o Oscar pelo papel. A atuação de todo o elenco de apoio é irrepreensível, assim como o figurino, os cenários e a trilha sonora que remete à primeira metade do século 20. O filme é um retrato lúdico da sede da mídia por violência e da obsessão pela fama.
Chamada de Emergência
3.7 1,5K Assista AgoraUm filme tenso, com enredo interessante e que prende a atenção do começo ao fim. A atuação de Halle Berry, que sabe lidar com momentos complicados para sua personagem, é ponto forte da produção. Abigail Breslin também está bem e sabe trabalhar a histeria da garota sequestrada.
A Casa das Coelhinhas
2.7 730 Assista AgoraO filme é uma comédia leve, mas que mostra valores importantes como autenticidade, lealdade e amizade. Anna Faris volta a representar seu natural talento cômico. A trilha sonora é eficiente e bem dosada no filme.
Caminhos da Floresta
2.9 1,7K Assista AgoraCom elenco de peso que tem de Meryl Streep a Johnny Depp, “Caminhos da Floresta” é aposta renovada da Disney. Essa subversão às próprias regras do estudo vem sendo construída em cada um de seus filmes de contos de fadas. Após “Malévola” revelar a complexidade humana ao invés da ultrapassada dicotomia entre bem e mal, “Caminhos da Floresta” chega para mostrar às crianças que tragédias existem mesmo depois do felizes para sempre. O filme também mantém a tradição recente de heroínas fortes e independentes. Quem diria que veríamos uma Cinderela com poder de escolha, num filme de um estúdio originalmente marcado por protagonistas femininas que dependiam de um príncipe encantado? O elenco é soberbo, tanto cantando como atuando, com destaque para Meryl Streep. É incrível como ela consegue se transformar e surpreender, mesmo tendo se superado tantas vezes antes. Não é a toa que ela é, reconhecidamente, a melhor atriz da atualidade. O restante dos atores conta com boas participações e vocais perfeitos, desde Anna Kendrick representando a dualidade de emoções de Cinderela até a composição cômica de Chris Pine como o Príncipe. Com visual suntuoso e bela trilha sonora, “Caminhos da Floresta” mostra a evolução da Disney em seus contos de fadas.
Cama Ardente
3.5 44A realidade e a crueza da obra dão o tom perfeito à trama, que narra uma época marcada pela cultura da violência doméstica e o sentimento doentio de controle da esposa pelo marido.Mais conhecida por protagonizar a série clássica dos anos 70 “As Panteras”, Farrah Fawcett dá um show de interpretação ao retratar a impotência, sofrimento e aparente fragilidade de sua personagem depois do casamento. É incrível como ela consegue passar todo o peso dramático do papel com naturalidade e sem exageros.
Cake - Uma Razão Para Viver
3.4 699 Assista AgoraA ideia de que cada pessoa carrega as próprias marcas e por isso é complicado julgar a personalidade e as atitudes de cada um é ponto a favor desta produção dirigida por Daniel Barnz. Mas o cineasta se perde numa narrativa confusa, em que a ligação entre os pontos chaves da história apresenta-se de forma que chega até mesmo a parecer aleatória, e não consegue passar da superficialidade ao tocar os assuntos abordados. Barnz sequer consegue explorar o talento do elenco de coadjuvantes, que vai de Anna Kendrick a Adriana Barraza, e que é meramente correto em suas composições. No fim das contas, é Jennifer Aniston quem dá alguma forma ao que está sendo visto na tela. Atriz mais conhecida por comédias, como a icônica telesérie “Friends”, Aniston teve ao longo da carreira poucos papéis dramáticos. Assim como aconteceu com Sandra Bullock, que teve uma virada na carreira ao ganhar o Oscar por “Um Sonho Possível”, a chegada da idade parece forçá-la a exibir mais maturidade como atriz.
A Casa de Cera
3.1 2,1K Assista AgoraUm filme de terror que parte de uma ideia interessante, mas repete as velhas fórmulas do gênero de maneira previsível. Sem conteúdo ou personagens interessantes, o único atrativo do filme acaba sendo seus aspectos técnicos, como os figurinos e a caracterização dos bonecos de cera. No mais, o filme é um festival desnecessário de sustos e violência.
A Casa Amaldiçoada
2.7 321 Assista AgoraCom uma boa apresentação da protagonista, que carrega uma história dramática e não aparenta ser mero artificio do roteiro, o filme dá mostras de que pode proporcionar momentos razoáveis de tensão psicológica. Mas tudo fica na promessa, e muito longe de se concretizar realmente. Sem nunca ser transformada em algo produtivo, a ideia inicial se desgasta muito rapidamente. Quando a trama adquire caráter sobrenatural, é aí que o diretor Jan de Bont se perde completamente.Os elementos são jogados na trama de forma tão aleatória, sem que o espectador entenda o porquê de cada cena, que se torna impossível se envolver com a história. Os muitos furos no roteiro, que chegam a ser engraçados, apenas colaboram para aumentar a sensação de incredulidade que é a única reação provocada pela obra.O texto é tão risível que fica até difícil cobrar boas interpretações. Portanto, a atuação de astros como Catherine Zeta-Jones e Owen Wilson é pífia. Mesmo assim, é impossível não ressaltar negativamente o desempenho de Lili Taylor, que apesar de ser uma atriz premiada se deixou levar pelas circunstâncias desfavoráveis. Taylor até começa bem, mas perde-se completamente ao retratar o quadro psicológico problemático da personagem principal.Apesar de todos os esforços para a construção de um cenário assustador, mesmo a direção de arte é desprovida de qualquer emoção.