Bruna Lima

Quando vou ao cinema assistir um filme com a temática ficção científica, eu já me preparo psicologicamente para não ter frustrações. Fazer o Cinema e a Física se harmonizarem é uma tarefa difícil e que muitas vezes os espectadores e críticos não compreendam bem.
Christpher Nolan me surpreendeu ao tentar unir a fidelidade científica ao prazer visual, à trama, ao drama...
Quando me deparei com a cena em que a tela do cinema ficou preenchida pelo Gargantua todos os pelos do meu corpo ficaram arrepiados e eu senti vontade de chorar.
Nenhum filme que assisti até hoje representou o buraco negro tão bem. Nolan faz um marco de nivelamento de filmes com essa temática. A partir de agora todos sabem que o nível tem que ser superior, ou seja, daqui a alguns anos teremos filmes MUITO mais reais e plausíveis. O que me anima muito, confesso.

Claro que também existem vários erros, mas como eu disse, é difícil conciliar todos os tópicos em um filme. Não adianta também fazer a Ciência à risca e não dar um bom ritmo ao filme, um bom enredo.

No filme foram apontados questionamentos que todos os seres humanos deveriam ter: a relação do homem no espaço-tempo, nossos avanços e limitações tecnológicas. A degradação do nosso planeta e a importância que a Ciência tem como ferramenta crucial para a perpetuação dos habitantes do planeta Terra.
Mas é claro que maioria das pessoas ficaram (apenas) emocionadas com os desencontros de Murph e Cooper.
¯\_(ツ)_/¯