Tinha tudo para ser uma obra referencial dentro do gênero, mas se confirma satisfeita em apenas emular uma ou outra cena de maior impacto, sem se ocupar das repercussões que estas imagens poderiam provocar junto à trama, deixando de oferecer os elementos necessários para uma reflexão mais profunda e permanente, principalmente sobre um tema tão REAL e pesado. Provoca, sim, mas de modo barato e inconsequente. Como se fosse algo puramente fictício mesmo, o que é ok, mas nada demais quanto a uma mensagem de roteiro. Os pontos altos foram com certeza a produção da série, a ambientação em São Paulo, os métodos de filmagem, é um dos melhores que eu já vi se passando no Brasil. E também, a atuação da Camila Morgado, que pqp, ela destrói aqui. A personagem dele é motriz da história e ela carrega totalmente.
É bastante nostálgico em lembrar de ter alugado o DVD com os primeiros episódios logo depois do hype do filme de 2005 e até hoje eu acho a origem deles enquanto grupo no desenho de uma simplicidade bizarramente fascinante. Adaptações literais das hqs dos anos 60 com toda a esquisitice de desenhos dos anos 90 e as excentricidades de ambos. Perfeito. O melhor é como essa primeira temporada muitas vezes me faz questionar se ela não é mesmo dos anos 60/70, mas aí a colorização digital bizarra e o rap do Johnny não deixam dúvidas xD Bobo e leviano, mas incrivelmente divertido.
A riqueza de detalhes técnicos no que tange a Xadrez foi algo que me surpreendeu muito (minhas habilidades em Xadrez percebeu cada movimento, e finalmente elas serviram pra alguma coisa kk) e a série se comprometeu muito a abordar essa temática da forma mais legítima e verossímil possível. Algumas pessoas podem achar que a série é maçante e as coisas demoram a desenrolar no decorrer. Mas mesmo assim, pensando numa série pra se maratonar de uma vez é bastante competente, é uma série sobre Xadrez e de uma xadrista se tornando campeã mundial através de campeonatos, então basicamente tudo que tá ali é pra sustentar essa narrativa, nada é jogado ou só pra preencher, é o que se espera de um recorte com esse tema, não dá pra esperar nada além disso. As atuações estão excelentes e a jornada de transição da Beth ficou bem sólido por conta disso, Anya Taylor-Joy dá um show de carisma mesmo sua personagem sendo introspectiva, e as duas atrizes menores que fazem sua versão mais jovem também. Algumas viradas de roteiros chaves não tiveram a batida emocional esperada (você sabe quais), então eu acho que não teve tanto impacto quanto o esperado e foi o que de fato deixou a minissérie um pouco invariável. Mas ainda é empolgante acompanhar e o desfecho de tá recompensas muito boa por ter acompanhado o percurso. Conseguiram construir algo que se sustentasse uma temática "enfadonha", porque convenhamos não é todo mundo que se interessa por Xadrez, e ainda trazer com personagem identificáveis, pé no chão, sem parecer artificial.
Uma coisa é certa, a temporada soube muito bem sobre o que explorar em cada episódio de forma que a trama ficasse interessante e dinâmica, e que sustentasse bem os plot twists mais adiante. É um thriller ala O Predestinado e que surpreendentemente faz duras críticas ao senso tão indivualista moderno numa sociedade tão rigorosa e punitivista como a do Japão. E na boa, os amigos do Satoru era tudo o que eu queria em um determinado grupo de amizade, mas na realidade o que acontece é eu mandar todo mundo tomar no cu real oficial com certa frequência. Eu tô achando que animes underground baseada na realidade fictícia japonesa é meu subgênero específico de anime favorito.
A premissa me fisgou logo no piloto, e eu não sabia nada sobre. Dado isso posso concluir que é mais ou menos um "Fuga das Galinhas Anime Edition". Quando se depara sobre do que se trata a história, você vê que a temporada é bastante centrada naqueles personagens e todo um Thriller psicótico de como eles vão escapar daquele lugar. Ou seja, é bastante contido dentro de um contexto maior. A animação acertou em cheio em explorar as maiores fisicalidades dos personagens para tornar tudo mais assustador e misterioso, o suspense é muito bem construído. Alguns episódios são bastante lentos, mas quando chega no final, você vê que quase tudo tinha um porquê de estar ali e vira tudo um show de reviravoltas, isso faz chegar em um clímax bastante catártico. A única conclusão é que você quer muito ver a segunda temporada pra saber que rumos vão tomar, já que abriu precedente pras maiores bizarrices e coisas ainda mais sombrias.
Meu problema com a primeira temporada de Titãs, era como ele tentava ser pretensioso e tentava agradar o pseudo adultao adaptando um grupo extremamente colorido. Segundo episódio e eu ainda não acreditava que era uma série de verdade e não uma sketch do Funny or Die. Minhas suspeitas é que essa é uma série da terra em que o DCEU do Snyder foi um grande sucesso e caiu aqui por conta de uma anomalia do multiverso. O lado bom é que a série deu uma baixada de bola nesse sentido e se desprendeu mais, mas ainda continua com arcos personagens desinteressantes e esteticamente deslocada. Não sei o que faz eles pensarem que os Titãs antigos são mais legais que os novos, já que eles tem muito pouco aproveitamento. Esses personagens antigos tem um desenvolvimento muito difusa e soluções ridículas. A série se perde total em vários episódios e começa ficar incrívelmente previsível. É melhor que a primeira mas ainda é extremamente problemática em ser algo tão tendencioso que acaba não se destacando em nada.
A história de The Mandalorian é até simples e linear, de certa forma, mas é bem construída e feita de maneira interessante que vai prender o público do começo ao fim. Uma coisa ou outra do roteiro acaba sendo resolvida de forma simplificada demais e sim, existem algumas pontas soltas (que devem ser resolvidas nas próximas temporadas, até porque a segunda já foi confirmada), mas nada que atrapalhe o caminhar da série.
The Mandalorian tem um estilo de faroeste, misturado com um clima nostálgico de Star Wars que funciona muito bem para a temática dos caçadores de recompensas, mandalorianos e uma galáxia que está se reconstruindo de um império recém derrotado. Inclusive, as músicas da série são perfeitas para trazer esse clima à tona.
Os personagens são incríveis e é ótimo como mesmo os mandalorianos, que nunca tiram seus capacetes em público, conseguem se expressar tão bem mesmo sem as expressões faciais, em especiais Mando e a líder dos mandalorianos. IG-11, um dróide, é um personagem que mesmo sendo um robô com funções específicas em sua programação, tem seu próprio arco de desenvolvimento e é muito divertido de acompanhar. Os personagens de The Mandalorian são tão bem construídos que até os que aparecem em poucos episódios são cativantes.
Todos nas redes sociais já viram a nova estrela da franquia: Baby Yoda. Além de ser muito fofo, e um acerto para a franquia em questão de produtos para serem vendidos, Baby Yoda dá toda uma dinâmica diferente para a série, ele é um dos pontos chaves que faz a história de Mando mudar completamente. A relação de pai que o protagonista cria com o Baby Yoda pode parecer só engraçada, mas na verdade é muito bem feita e até emotiva.
Os personagens com maior tempo de tela são muito mais do que eles aparentam ser. Greef Karga, por exemplo, que pode só parecer um fornecedor de missões, tem toda uma história construída ao longo dos episódios, que torna o personagem muito mais complexo. Além disso, temos Cara Dune, uma ex membro da resistência e também uma personagem ótima.
The Mandalorian apresenta elementos chaves da franquia Star Wars, mas sempre colocando em primeiro lugar as próprias simbologias. Sim, nós temos menções aos Jedi, à resistência e até à queda do Império, afinal de contas esse contexto é importante para entendermos como a galáxia está funcionando. Mas o que causa mais curiosidade é: Quem são os mandalorianos? O que aconteceu com eles? Quais são as suas regras? Por que eles só podem tirar a armadura longe de outras pessoas e como isso os influencia? Isso tudo enriquece a franquia. A série é ótima para fãs antigos e também para aqueles que estão chegando agora. The Mandalorian é uma série que sabe construir sua história, apresenta ótimos personagens e é super divertida. Com certeza é um respiro para quem não gostou tanto do episódio IX.
Um total de zero defeitos. Mentira, talvez tenha. Mas a real é que quanto mais assisto She-Ra e as Princesas do Poder, mais me convenço de que o grande foco da história é mostrar a jornada dos personagens, não resolver a trama em si. De forma alguma digo isso como uma crítica negativa, é apenas uma característica que pode mudar dependendo de cada obra de ficção. Nós queremos saber o que vai acontecer, mas o mais empolgante acaba sendo ver os personagens se transformarem e reagirem ao que está acontecendo. E a série entregou tudo isso muito bem. E só por isso já vale muito a pena. É muito importante que uma animação infantil, e com tanto espaço, esteja tratando de questões tão importantes.e com tanto coração.
Só queria mandar meus mais sinceros vai tomar no cú pra Marvel com essa Starkerização de qualquer caralho de personagem em todo lugar. Já é difícil aceitar o fato de que dentre tantos personagens incríveis com várias habilidades e backgrounds diferentes, o mais atrativo seja o homem branco bilionário com armadura que pode tudo sem ser minimamente questionado. Muita gente já entendeu o seu discursinho viu Disni. Os filmes do Homem-Aranha que o diga.
Ok, voltando ao desenhinho.
O que mais gostei: Pantera Negra protagonista. Um dos melhores personagens do Universo Marvel que até então sempre foi secundário nas animações. O que me leva ao que mais odiei que foi como a temporada força em vários momentos mostrar em tela as semelhanças imagéticas dele com o Homem de Ferro de forma cansativa. O Pantera Negra é anos-luz mais legal que o Homem de Ferro. Ver ele usando o traje tecnológico pra usar visão noturna foi de dar um viruliço esofagal. Sentidos Aguçados? Nope, temos a tecnologia completamente lúdica do Vibranium nesse super traje. O traço é bem charmoso, não tão colorido como a do Marvel's Spiderman, mas ainda é mais soft e eu curto bastante. Só não tem tanto desempenho espacial nas lutas, eles são literalmente bonecos de ação se mexendo. O roteiro é forçado a seguir uma linha narrativa única e isso não funcionou tanto, só deixou o desenvolvimento dos personagens mais mecânicos. É a melhor temporada mas isso não é grande coisa. Será que esse desenho vai durar pra sempre sem tanta alma enquanto os filmes ainda rolarem ou eles vão acabar de vez com esses desenhos e deixar a galera talentosa ir fazer outras coisas que não seja workshop animado do cinema? Fica o questionamento. Acho que nem as crianças tem saco pra ver esses desenhos, elas tão mais interessadas em animações como Jovens Titãs em Ação! ou outro desenho metalinguístico agitadinho e mais convicto. Mesmo que existam apenas pra manter os personagens frescos pras crianças enquanto produto.
A história de She-Ra é muito bem trabalhada nesta temporada, mas talvez o destaque volte a ser exatamente a construção de personagem. São tantas viradas boas que, mesmo elencando só as que eu acho que mais se destacam, já é bastante: Adora, Cintilante, Felina e Scorpia. A última tem um espaço, inclusive, que ela já merecia há algum tempo, mas algumas coisas precisavam ser estabelecidas antes de Scorpia tomar as decisões que ela toma nesta temporada. Por ser um momento complexo da história, assim como uma fase complicada da guerra, há várias quebras, em mais de um sentido. Coisas que eram tidas como verdades são desfeitas, assim como amizades sofrem ou são rompidas e personagens são forçados a encarar verdades das quais talvez eles sempre soubessem, mas não estavam dispostos a encará-la de frente. Quebras que indicam um novo ciclo vindo para o futuro da animação. Conseguimos ver uma história bem montada, com personagens interessantes, que está disposta a mostrar diversidade junto com temas importantes sendo bem apresentados.
Conseguiu manter estruturalmente a qualidade da primeira temporada. Que transita entre os arcos de forma muito dinâmica e não chega a ficar maçante. Agora que os personagens principais já tinham sido estabelecidos, era hora de começar a introduzir mais sua própria versão dos personagens da DC, e todas as participações tão pontuais. A relação da Harley mais a Hera Venenosa evolui de amizade pra romance de forma bem orgânica, mas a ocasião que foi construído ficou problemático, ocasionado por uma traição. Isso é um puta esteriótipo de bissexual e como eles se relacionam. Deveriam ter desenvolvido mais a relação da Hera com o Homem-Pipa pra culminar nisso, mas como ele é basicamente o fantoche da Hera, creio que não teria outro rumo também. E também reduziram a Hera Venenosa basicamente a interesse amoroso da Harley, ela obviamente é, mas ela é muito mais que isso, na verdade ela tem tanto Star Power de super-vilã quanto a Arlequina. A conclusão dos vilões-vilões ficou muito bom, especialmente do Sr. Frio e do próprio Coringa. Dramático e extremamente inesperado, perfeito. Espero que se caso haja um terceira temporada eles mergulhem mais nos elementos da Arlequina porque acho que tá em falta. Ela e sua psiquê são construídas perfeitamente. Mas a personalidade dela às vezes se limita muito ao fato dela ser uma super-vilã wild card em ascenção, e isso é dito pela própria personagem quando esta reconhece estar apaixonada pela Hera. Pra quem acompanha a série, já sabe que ela é foda, eles não precisam ficarem batendo na tecla. Dito isso, a série ainda continua um deleito narrativo.
Então a temporada inteira é basicamente focado na equipe de busca do Sasuke, eu achei legal, aprofundou mais os personagens, mas, numa temporada de mais de 20 episódios uma trama única assim pode ficar meio cansativo. E nem ao menos eles mesclam outras tramas paralelas que faziam falta. Quando a equipe da areia chega pra botar moral a temporada dá uma animada, foi bem satisfatório a vitória relapsa (kkk).
Tem uma porrada de episódios que não acrescentam muito aos personagens e a trama. Mas toda a luta dos Sunnins é muito foda. Uma das melhores do anime. Tsunade é sem dúvidas a personagem mais badass. E o arco dela de redenção é bastante emocionante.
Eu ainda acho que o arco da Prova Chunin é o melhor do anime todo. Mas a introdução da Tsunade e Shizunne salvou o anime depois disso. Introdução de personagens em animes sempre é bom pois acaba diminuindo o número de fillers repetitivos de arcos dos mesmos personagens.
Melhor temporada até agora (No momento que assisto). Cresce bastante os personagens que já estavam em um consenso narrativo. Dá mais destaque às outras princesas do poder, todas estão muito boas, talvez exceto Entrapta, eu entendo que ela claramente é cientologista, mas é forçado e fora de foco nela com todo aquele "estão todos em perigo mas olha a ciência nisso tudo, lindo, chorei...". Tem mais cenas de ação, e soube aproveitar os 6 episódios. A temporada arriscou bastante e se se mantém esse nível até a última temporada seria ótimo.
Obs: A máxima das princesas e Etheria serem uma analogia ao zodíaco, é realmente pertinente. Não era tão claro na série original.
Pela quantidade bem menor de episódios, há de se pensar que seria mais concisa, mas foi mais pra estabelecer background de forma relapsa. Tem referências bem legais a série original mas apesar disso ainda é menos empolgante que a primeira, e menos linear. Mas mantém a qualidade em questão de roteiro e desenvolvimento de personagem. E com um cliffhanger sucinto.
No quesito do design, todos os personagens possuem características próprias. Diferente de He-Man e da primeira versão de She-Ra, onde o mesmo molde era utilizado em todo mundo, aqui cada um tem seu próprio corpo. Adora ganhou traços mais humanizados, Cintilante é mais gordinha e baixinha e o Arqueiro tem corpo típico pra um jovem atleta mas sem ser um fisioculturista. Isso acrescenta pluralidade em tela, evitando assim uma fadiga visual. Até mesmo She-Ra ganha mais destaque como uma mulher de dois metros de altura. Esses contrastes visuais também estão presentes no núcleo do mal, com Hordak e Sombria ganhando ótimas repaginadas. A própria criação do universo da série é baseada nessa atualização, adotando um estilo “tecno-mágico” bastante agradável. Inclusive a série é bem criativa em como repaginar os personagens e a história, é bem revigorante. Fora a coloração da animação que é simplesmente uma delícia, tudo é bem saturado e dependendo da ocasião, em tons pastéis. Com um estilo de um mix dos desenhos da 'Marathon' com os da 'Man of Action'. Um dos pontos positivos, é a forma como a animação lida com a questão da inclusão. Especialmente no relacionamento entre Adora e Felina. Com um subtexto inteligente, a temporada constrói de forma plausível a longa convivência entre elas, afetada pela mudança de lado de Adora. Esse cabo de guerra de amor e ódio eleva o desenvolvimento das personagens. Essa inteligência faz com que temas sociais importantes sejam tratados de forma orgânica dentro dos episódios. Evitando assim que o discurso se destaque mais do que a trama. O que poderia afetar o resultado final. Pra mim poderia ser full militudo e diverso, eu não me importo, mas é preciso um fio condutor na narrativa pra trama seguir, não se tornando uma fanfic do Tumblr e soando artificial. No entanto, nem tudo funciona na primeira temporada. A história leva um bom tempo para engatar de verdade, tornando os primeiros episódios um árduo exercício de paciência. Os demais personagens também sofrem com um desenvolvimento raso. Como o título deixa claro, existe um núcleo de princesas e uma missão para reuni-las em torno da rebelião. Mas as que aparecem pouco tem a dizer, já que a trama não oferece espaço para tal crescimento. Sem falar no entra e sai de personagens em momentos oportunos. Pode ser exagero cobrar tanto de um produto voltado para um público mais jovem, mas são pontos que incomodam bastante. Mas ainda é apenas a primeira temporada, e para tal, funcionou bastante. E eu claramente vou ver até o final pra ver o desenvolvimento disso tudo.
Definitivamente o melhor desenho do Batman depois da série animada clássica. Não só homenageia toda a DC da era de prata (e além) como também o uso de comédia e metalinguagem é tudo o que os Jovens Titãs em Ação deveria ser, se não fosse a preguiça
Senti demais uma vibe querendo parecer estranha mas só sendo feito por um bando de gente inserida nos formatos da industria no começo, apesar do primeiro episódio ser muito instigante e bem feito, a série depois disso demora um pouco a se encontrar, mas depois que consegue a serie abraça muitos elementos ridículos e sinceros de quadrinhos que outras produções tem vergonha de abraçar. Tem um tom muito bem balanceado, atuações muito boas e comprometidas, personagens cativantes e tudo que envolve eles e seus arcos mais ''fantasiosos'' soa muito interessante. Não é uma serie perfeita, e o elemento "estranho" ajuda a driblar erros que seriam facilmente apontáveis em series "normais". Mas achei bem menos tendencioso que 'Titãs' e acima de toda a sua cara de "sou violento, adulto e subversivo, me respeitem", a série é o que é e não tem receio. É uma viagem de acido divertida, e um ótimo exemplo de abraçar características alucinantes e cringe dos quadrinhos com o minimo de sinceridade e sensibilidade com a trama dos personagens.
O traço é simplista, mas tem uma animação mais bem feita, que mesmo tendo pouca dimensão ainda agrada pelos cenários muito bem feitos. As personagens são carismáticas e se comportam exatamente como se espera dessas heróinas adolescentes. Não tem nada inovador e as tramas são bem bobas e descompromissadas mas tem umas sacadas muito bem feitas e o humor é bem moderno que funciona perfeitamente para o público ao qual quer atingir. É mais uma vez a DC provando sua versatilidade.
Uma baita surpresa. A série não se compromete a seguir uma linha narrativa única até o final, mas também não é tão episódico. O foco está no desenvolvimento da Harley e suas estrapolias que ocorrem eventualmente. É muito satisfatório quando trazem uma proposta criativa tão original com material de quadrinhos em animações, Principalmente porque a personagem da Harley Quinn é uma escolha certeira pra isso. E por ser animação, eles tem um incrível ''orçamento'' pra poderem mostrar tantos vilões, tantos superpoderes, terem muitas locações diferentes. E ainda assim eles não se escoram na exposição da Arlequina, todos os coadjuvantes tem bastante destaque, especialmente a Hera Venenosa, que esta hilaria aqui e acredito ser uma das melhores versões da personagem facilmente. Doctor Psycho, Tubarão-rei, Cara de Barro, uau, simplesmente incríveis, trazem uma abordagem diferente e muito engraçada para cada um deles. Arlequina com um background trágico que tem, e a série não se privando nem um pouco em tocar em certos temas, mas com um tom completamente debochado tornou muito gostoso de assistir, tem alguns elementos bastante pesados beirando desrespeitoso, e piadas que ultrapassam a linha, mas é tao bem executado e tão divertido que funciona perfeitamente. Essa série é uma ode autosatírica de todo o universo DC, e se você adora esse universo, não poderia valer mais a pena. Que venha mais 10 temporadas que eu quero mais, muito bom ver a Arlequina ganhando destaque em varias obras e trazendo coisas mais originais pro jogo, justo uma das personagens mais desacreditadas esta abrindo mais possibilidades... o universo é bom as vezes.
Terminando a temporada depois de um tempo, e a série é muito bem construída, tem identidade e os personagens são bons. O que me faz pensar e me torna difícil não me perguntar, quantos programas inovadores ou só diferentes entre si foram e vão ser sacrificados - como esta que foi cancelada - para obter séries de Wanda, Visão, Sam, Bucky, Loki... Um mesmo esquema de narrativa, desses personagens já recorrentes em filmes...
É muito bom ver como uma série animada pode tratar personagens de quadrinhos e explorar suas historias de forma criativa e autêntica, e ao mesmo tempo totalmente palatável e descompromissado pra um público amplo, que sabe aproveitar esse formato de curtas corriqueiros de episódios com plots bem fora do normal que talvez não funcionasse e sustentasse um arco todo em um quadrinho ou filme - ou que simplesmente fosse fora do esperado de uma história de quadrinhos de heróis - Tem umas sacadas e exploração bem legais de todo o histórico desses personagens. Isso acentua o fato de animações serem a mídia que mais combina e faz sentido com adaptações de quadrinhos e super-heróis no geral. O traço é totalmente charmoso, que mistura o traço mais simplista e linhas diretas das animações clássicas com uma forma mais fofinha e energética e colorida de desenhos mais infantis. É um bom passatempo divertido de forma rápida com os personagens da DC e bastante engajante. Espero que voltem com ela.
A idéia de um Batman do futuro poderia parecer bem ruim (pra não dizer outra coisa), mas a série prova que é possível criar algo muito interessante e com muita identidade disso e que realmente tinha uma história para contar. Grande parte disso graças ao trabalho de Bruce Timm e Paul Dini. Terry McGinnes é um protagonista que foge de todo aspecto do Batman, basicamente um adolescente comum com personalidade média que cai na empreitada. Os elementos tecnofuturista tanto na ambientação quanto na composição técnica são muito bem feitas e dão todo o charme pra série. Mas o interessante também, é todo o destaque que dão para os coadjuvantes da história, que deixa a trama mais expansiva e diversificada sem um foco incessante no Batman (uma das vantagens de não ser o Bruce Wayne(mesmo ele sendo um coadjuvante aqui também (não tem como fugir))). Por ser uma das primeiras séries animadas do Universo Animado da DC, dá de se pensar de que tinham realmente algo para contar.
Bom Dia, Verônica (1ª Temporada)
4.2 760 Assista AgoraTinha tudo para ser uma obra referencial dentro do gênero, mas se confirma satisfeita em apenas emular uma ou outra cena de maior impacto, sem se ocupar das repercussões que estas imagens poderiam provocar junto à trama, deixando de oferecer os elementos necessários para uma reflexão mais profunda e permanente, principalmente sobre um tema tão REAL e pesado. Provoca, sim, mas de modo barato e inconsequente. Como se fosse algo puramente fictício mesmo, o que é ok, mas nada demais quanto a uma mensagem de roteiro. Os pontos altos foram com certeza a produção da série, a ambientação em São Paulo, os métodos de filmagem, é um dos melhores que eu já vi se passando no Brasil. E também, a atuação da Camila Morgado, que pqp, ela destrói aqui. A personagem dele é motriz da história e ela carrega totalmente.
Quarteto Fantástico: A Série Animada (1ª Temporada)
3.1 8É bastante nostálgico em lembrar de ter alugado o DVD com os primeiros episódios logo depois do hype do filme de 2005 e até hoje eu acho a origem deles enquanto grupo no desenho de uma simplicidade bizarramente fascinante. Adaptações literais das hqs dos anos 60 com toda a esquisitice de desenhos dos anos 90 e as excentricidades de ambos. Perfeito. O melhor é como essa primeira temporada muitas vezes me faz questionar se ela não é mesmo dos anos 60/70, mas aí a colorização digital bizarra e o rap do Johnny não deixam dúvidas xD Bobo e leviano, mas incrivelmente divertido.
O Gambito da Rainha
4.4 931 Assista AgoraA riqueza de detalhes técnicos no que tange a Xadrez foi algo que me surpreendeu muito (minhas habilidades em Xadrez percebeu cada movimento, e finalmente elas serviram pra alguma coisa kk) e a série se comprometeu muito a abordar essa temática da forma mais legítima e verossímil possível. Algumas pessoas podem achar que a série é maçante e as coisas demoram a desenrolar no decorrer. Mas mesmo assim, pensando numa série pra se maratonar de uma vez é bastante competente, é uma série sobre Xadrez e de uma xadrista se tornando campeã mundial através de campeonatos, então basicamente tudo que tá ali é pra sustentar essa narrativa, nada é jogado ou só pra preencher, é o que se espera de um recorte com esse tema, não dá pra esperar nada além disso. As atuações estão excelentes e a jornada de transição da Beth ficou bem sólido por conta disso, Anya Taylor-Joy dá um show de carisma mesmo sua personagem sendo introspectiva, e as duas atrizes menores que fazem sua versão mais jovem também.
Algumas viradas de roteiros chaves não tiveram a batida emocional esperada (você sabe quais), então eu acho que não teve tanto impacto quanto o esperado e foi o que de fato deixou a minissérie um pouco invariável. Mas ainda é empolgante acompanhar e o desfecho de tá recompensas muito boa por ter acompanhado o percurso. Conseguiram construir algo que se sustentasse uma temática "enfadonha", porque convenhamos não é todo mundo que se interessa por Xadrez, e ainda trazer com personagem identificáveis, pé no chão, sem parecer artificial.
Boku Dake ga Inai Machi
4.5 203Uma coisa é certa, a temporada soube muito bem sobre o que explorar em cada episódio de forma que a trama ficasse interessante e dinâmica, e que sustentasse bem os plot twists mais adiante. É um thriller ala O Predestinado e que surpreendentemente faz duras críticas ao senso tão indivualista moderno numa sociedade tão rigorosa e punitivista como a do Japão. E na boa, os amigos do Satoru era tudo o que eu queria em um determinado grupo de amizade, mas na realidade o que acontece é eu mandar todo mundo tomar no cu real oficial com certa frequência. Eu tô achando que animes underground baseada na realidade fictícia japonesa é meu subgênero específico de anime favorito.
The Promised Neverland (1ª Temporada)
4.4 153 Assista AgoraA premissa me fisgou logo no piloto, e eu não sabia nada sobre. Dado isso posso concluir que é mais ou menos um "Fuga das Galinhas Anime Edition". Quando se depara sobre do que se trata a história, você vê que a temporada é bastante centrada naqueles personagens e todo um Thriller psicótico de como eles vão escapar daquele lugar. Ou seja, é bastante contido dentro de um contexto maior. A animação acertou em cheio em explorar as maiores fisicalidades dos personagens para tornar tudo mais assustador e misterioso, o suspense é muito bem construído. Alguns episódios são bastante lentos, mas quando chega no final, você vê que quase tudo tinha um porquê de estar ali e vira tudo um show de reviravoltas, isso faz chegar em um clímax bastante catártico. A única conclusão é que você quer muito ver a segunda temporada pra saber que rumos vão tomar, já que abriu precedente pras maiores bizarrices e coisas ainda mais sombrias.
Titãs (2ª Temporada)
3.3 214 Assista AgoraMeu problema com a primeira temporada de Titãs, era como ele tentava ser pretensioso e tentava agradar o pseudo adultao adaptando um grupo extremamente colorido. Segundo episódio e eu ainda não acreditava que era uma série de verdade e não uma sketch do Funny or Die. Minhas suspeitas é que essa é uma série da terra em que o DCEU do Snyder foi um grande sucesso e caiu aqui por conta de uma anomalia do multiverso. O lado bom é que a série deu uma baixada de bola nesse sentido e se desprendeu mais, mas ainda continua com arcos personagens desinteressantes e esteticamente deslocada. Não sei o que faz eles pensarem que os Titãs antigos são mais legais que os novos, já que eles tem muito pouco aproveitamento. Esses personagens antigos tem um desenvolvimento muito difusa e soluções ridículas. A série se perde total em vários episódios e começa ficar incrívelmente previsível. É melhor que a primeira mas ainda é extremamente problemática em ser algo tão tendencioso que acaba não se destacando em nada.
O Mandaloriano: Star Wars (1ª Temporada)
4.4 532 Assista AgoraA história de The Mandalorian é até simples e linear, de certa forma, mas é bem construída e feita de maneira interessante que vai prender o público do começo ao fim. Uma coisa ou outra do roteiro acaba sendo resolvida de forma simplificada demais e sim, existem algumas pontas soltas (que devem ser resolvidas nas próximas temporadas, até porque a segunda já foi confirmada), mas nada que atrapalhe o caminhar da série.
The Mandalorian tem um estilo de faroeste, misturado com um clima nostálgico de Star Wars que funciona muito bem para a temática dos caçadores de recompensas, mandalorianos e uma galáxia que está se reconstruindo de um império recém derrotado. Inclusive, as músicas da série são perfeitas para trazer esse clima à tona.
Os personagens são incríveis e é ótimo como mesmo os mandalorianos, que nunca tiram seus capacetes em público, conseguem se expressar tão bem mesmo sem as expressões faciais, em especiais Mando e a líder dos mandalorianos. IG-11, um dróide, é um personagem que mesmo sendo um robô com funções específicas em sua programação, tem seu próprio arco de desenvolvimento e é muito divertido de acompanhar. Os personagens de The Mandalorian são tão bem construídos que até os que aparecem em poucos episódios são cativantes.
Todos nas redes sociais já viram a nova estrela da franquia: Baby Yoda. Além de ser muito fofo, e um acerto para a franquia em questão de produtos para serem vendidos, Baby Yoda dá toda uma dinâmica diferente para a série, ele é um dos pontos chaves que faz a história de Mando mudar completamente. A relação de pai que o protagonista cria com o Baby Yoda pode parecer só engraçada, mas na verdade é muito bem feita e até emotiva.
Os personagens com maior tempo de tela são muito mais do que eles aparentam ser. Greef Karga, por exemplo, que pode só parecer um fornecedor de missões, tem toda uma história construída ao longo dos episódios, que torna o personagem muito mais complexo. Além disso, temos Cara Dune, uma ex membro da resistência e também uma personagem ótima.
The Mandalorian apresenta elementos chaves da franquia Star Wars, mas sempre colocando em primeiro lugar as próprias simbologias. Sim, nós temos menções aos Jedi, à resistência e até à queda do Império, afinal de contas esse contexto é importante para entendermos como a galáxia está funcionando. Mas o que causa mais curiosidade é: Quem são os mandalorianos? O que aconteceu com eles? Quais são as suas regras? Por que eles só podem tirar a armadura longe de outras pessoas e como isso os influencia? Isso tudo enriquece a franquia. A série é ótima para fãs antigos e também para aqueles que estão chegando agora.
The Mandalorian é uma série que sabe construir sua história, apresenta ótimos personagens e é super divertida. Com certeza é um respiro para quem não gostou tanto do episódio IX.
She-Ra e as Princesas do Poder (5ª Temporada)
4.7 87 Assista AgoraUm total de zero defeitos. Mentira, talvez tenha. Mas a real é que quanto mais assisto She-Ra e as Princesas do Poder, mais me convenço de que o grande foco da história é mostrar a jornada dos personagens, não resolver a trama em si. De forma alguma digo isso como uma crítica negativa, é apenas uma característica que pode mudar dependendo de cada obra de ficção. Nós queremos saber o que vai acontecer, mas o mais empolgante acaba sendo ver os personagens se transformarem e reagirem ao que está acontecendo. E a série entregou tudo isso muito bem. E só por isso já vale muito a pena. É muito importante que uma animação infantil, e com tanto espaço, esteja tratando de questões tão importantes.e com tanto coração.
Os Vingadores Unidos (5ª Temporada)
3.1 3Só queria mandar meus mais sinceros vai tomar no cú pra Marvel com essa Starkerização de qualquer caralho de personagem em todo lugar. Já é difícil aceitar o fato de que dentre tantos personagens incríveis com várias habilidades e backgrounds diferentes, o mais atrativo seja o homem branco bilionário com armadura que pode tudo sem ser minimamente questionado. Muita gente já entendeu o seu discursinho viu Disni. Os filmes do Homem-Aranha que o diga.
Ok, voltando ao desenhinho.
O que mais gostei: Pantera Negra protagonista. Um dos melhores personagens do Universo Marvel que até então sempre foi secundário nas animações. O que me leva ao que mais odiei que foi como a temporada força em vários momentos mostrar em tela as semelhanças imagéticas dele com o Homem de Ferro de forma cansativa. O Pantera Negra é anos-luz mais legal que o Homem de Ferro. Ver ele usando o traje tecnológico pra usar visão noturna foi de dar um viruliço esofagal. Sentidos Aguçados? Nope, temos a tecnologia completamente lúdica do Vibranium nesse super traje. O traço é bem charmoso, não tão colorido como a do Marvel's Spiderman, mas ainda é mais soft e eu curto bastante. Só não tem tanto desempenho espacial nas lutas, eles são literalmente bonecos de ação se mexendo. O roteiro é forçado a seguir uma linha narrativa única e isso não funcionou tanto, só deixou o desenvolvimento dos personagens mais mecânicos. É a melhor temporada mas isso não é grande coisa. Será que esse desenho vai durar pra sempre sem tanta alma enquanto os filmes ainda rolarem ou eles vão acabar de vez com esses desenhos e deixar a galera talentosa ir fazer outras coisas que não seja workshop animado do cinema? Fica o questionamento. Acho que nem as crianças tem saco pra ver esses desenhos, elas tão mais interessadas em animações como Jovens Titãs em Ação! ou outro desenho metalinguístico agitadinho e mais convicto. Mesmo que existam apenas pra manter os personagens frescos pras crianças enquanto produto.
She-Ra e as Princesas do Poder (4ª Temporada)
4.5 22 Assista AgoraA história de She-Ra é muito bem trabalhada nesta temporada, mas talvez o destaque volte a ser exatamente a construção de personagem. São tantas viradas boas que, mesmo elencando só as que eu acho que mais se destacam, já é bastante: Adora, Cintilante, Felina e Scorpia. A última tem um espaço, inclusive, que ela já merecia há algum tempo, mas algumas coisas precisavam ser estabelecidas antes de Scorpia tomar as decisões que ela toma nesta temporada. Por ser um momento complexo da história, assim como uma fase complicada da guerra, há várias quebras, em mais de um sentido. Coisas que eram tidas como verdades são desfeitas, assim como amizades sofrem ou são rompidas e personagens são forçados a encarar verdades das quais talvez eles sempre soubessem, mas não estavam dispostos a encará-la de frente. Quebras que indicam um novo ciclo vindo para o futuro da animação. Conseguimos ver uma história bem montada, com personagens interessantes, que está disposta a mostrar diversidade junto com temas importantes sendo bem apresentados.
Arlequina (2ª Temporada)
4.4 42 Assista AgoraConseguiu manter estruturalmente a qualidade da primeira temporada. Que transita entre os arcos de forma muito dinâmica e não chega a ficar maçante. Agora que os personagens principais já tinham sido estabelecidos, era hora de começar a introduzir mais sua própria versão dos personagens da DC, e todas as participações tão pontuais. A relação da Harley mais a Hera Venenosa evolui de amizade pra romance de forma bem orgânica, mas a ocasião que foi construído ficou problemático, ocasionado por uma traição. Isso é um puta esteriótipo de bissexual e como eles se relacionam. Deveriam ter desenvolvido mais a relação da Hera com o Homem-Pipa pra culminar nisso, mas como ele é basicamente o fantoche da Hera, creio que não teria outro rumo também. E também reduziram a Hera Venenosa basicamente a interesse amoroso da Harley, ela obviamente é, mas ela é muito mais que isso, na verdade ela tem tanto Star Power de super-vilã quanto a Arlequina. A conclusão dos vilões-vilões ficou muito bom, especialmente do Sr. Frio e do próprio Coringa. Dramático e extremamente inesperado, perfeito. Espero que se caso haja um terceira temporada eles mergulhem mais nos elementos da Arlequina porque acho que tá em falta. Ela e sua psiquê são construídas perfeitamente. Mas a personalidade dela às vezes se limita muito ao fato dela ser uma super-vilã wild card em ascenção, e isso é dito pela própria personagem quando esta reconhece estar apaixonada pela Hera. Pra quem acompanha a série, já sabe que ela é foda, eles não precisam ficarem batendo na tecla. Dito isso, a série ainda continua um deleito narrativo.
Naruto (5ª Temporada)
4.3 66Então a temporada inteira é basicamente focado na equipe de busca do Sasuke, eu achei legal, aprofundou mais os personagens, mas, numa temporada de mais de 20 episódios uma trama única assim pode ficar meio cansativo. E nem ao menos eles mesclam outras tramas paralelas que faziam falta. Quando a equipe da areia chega pra botar moral a temporada dá uma animada, foi bem satisfatório a vitória relapsa (kkk).
Naruto (4ª Temporada)
4.3 52Tem uma porrada de episódios que não acrescentam muito aos personagens e a trama. Mas toda a luta dos Sunnins é muito foda. Uma das melhores do anime. Tsunade é sem dúvidas a personagem mais badass. E o arco dela de redenção é bastante emocionante.
Naruto (3ª Temporada)
4.3 56Eu ainda acho que o arco da Prova Chunin é o melhor do anime todo. Mas a introdução da Tsunade e Shizunne salvou o anime depois disso. Introdução de personagens em animes sempre é bom pois acaba diminuindo o número de fillers repetitivos de arcos dos mesmos personagens.
She-Ra e as Princesas do Poder (3ª Temporada)
4.4 28 Assista AgoraMelhor temporada até agora (No momento que assisto). Cresce bastante os personagens que já estavam em um consenso narrativo. Dá mais destaque às outras princesas do poder, todas estão muito boas, talvez exceto Entrapta, eu entendo que ela claramente é cientologista, mas é forçado e fora de foco nela com todo aquele "estão todos em perigo mas olha a ciência nisso tudo, lindo, chorei...". Tem mais cenas de ação, e soube aproveitar os 6 episódios. A temporada arriscou bastante e se se mantém esse nível até a última temporada seria ótimo.
Obs: A máxima das princesas e Etheria serem uma analogia ao zodíaco, é realmente pertinente. Não era tão claro na série original.
She-Ra e as Princesas do Poder (2ª Temporada)
4.1 15 Assista AgoraPela quantidade bem menor de episódios, há de se pensar que seria mais concisa, mas foi mais pra estabelecer background de forma relapsa. Tem referências bem legais a série original mas apesar disso ainda é menos empolgante que a primeira, e menos linear. Mas mantém a qualidade em questão de roteiro e desenvolvimento de personagem. E com um cliffhanger sucinto.
She-Ra e as Princesas do Poder (1ª Temporada)
4.2 61 Assista AgoraNo quesito do design, todos os personagens possuem características próprias. Diferente de He-Man e da primeira versão de She-Ra, onde o mesmo molde era utilizado em todo mundo, aqui cada um tem seu próprio corpo. Adora ganhou traços mais humanizados, Cintilante é mais gordinha e baixinha e o Arqueiro tem corpo típico pra um jovem atleta mas sem ser um fisioculturista. Isso acrescenta pluralidade em tela, evitando assim uma fadiga visual. Até mesmo She-Ra ganha mais destaque como uma mulher de dois metros de altura. Esses contrastes visuais também estão presentes no núcleo do mal, com Hordak e Sombria ganhando ótimas repaginadas. A própria criação do universo da série é baseada nessa atualização, adotando um estilo “tecno-mágico” bastante agradável. Inclusive a série é bem criativa em como repaginar os personagens e a história, é bem revigorante. Fora a coloração da animação que é simplesmente uma delícia, tudo é bem saturado e dependendo da ocasião, em tons pastéis. Com um estilo de um mix dos desenhos da 'Marathon' com os da 'Man of Action'.
Um dos pontos positivos, é a forma como a animação lida com a questão da inclusão. Especialmente no relacionamento entre Adora e Felina. Com um subtexto inteligente, a temporada constrói de forma plausível a longa convivência entre elas, afetada pela mudança de lado de Adora. Esse cabo de guerra de amor e ódio eleva o desenvolvimento das personagens. Essa inteligência faz com que temas sociais importantes sejam tratados de forma orgânica dentro dos episódios. Evitando assim que o discurso se destaque mais do que a trama. O que poderia afetar o resultado final. Pra mim poderia ser full militudo e diverso, eu não me importo, mas é preciso um fio condutor na narrativa pra trama seguir, não se tornando uma fanfic do Tumblr e soando artificial.
No entanto, nem tudo funciona na primeira temporada. A história leva um bom tempo para engatar de verdade, tornando os primeiros episódios um árduo exercício de paciência. Os demais personagens também sofrem com um desenvolvimento raso. Como o título deixa claro, existe um núcleo de princesas e uma missão para reuni-las em torno da rebelião. Mas as que aparecem pouco tem a dizer, já que a trama não oferece espaço para tal crescimento. Sem falar no entra e sai de personagens em momentos oportunos. Pode ser exagero cobrar tanto de um produto voltado para um público mais jovem, mas são pontos que incomodam bastante. Mas ainda é apenas a primeira temporada, e para tal, funcionou bastante. E eu claramente vou ver até o final pra ver o desenvolvimento disso tudo.
Batman: Os Bravos e Destemidos (1ª Temporada)
3.7 9 Assista AgoraDefinitivamente o melhor desenho do Batman depois da série animada clássica. Não só homenageia toda a DC da era de prata (e além) como também o uso de comédia e metalinguagem é tudo o que os Jovens Titãs em Ação deveria ser, se não fosse a preguiça
Patrulha do Destino (1ª Temporada)
4.2 156 Assista AgoraSenti demais uma vibe querendo parecer estranha mas só sendo feito por um bando de gente inserida nos formatos da industria no começo, apesar do primeiro episódio ser muito instigante e bem feito, a série depois disso demora um pouco a se encontrar, mas depois que consegue a serie abraça muitos elementos ridículos e sinceros de quadrinhos que outras produções tem vergonha de abraçar. Tem um tom muito bem balanceado, atuações muito boas e comprometidas, personagens cativantes e tudo que envolve eles e seus arcos mais ''fantasiosos'' soa muito interessante. Não é uma serie perfeita, e o elemento "estranho" ajuda a driblar erros que seriam facilmente apontáveis em series "normais". Mas achei bem menos tendencioso que 'Titãs' e acima de toda a sua cara de "sou violento, adulto e subversivo, me respeitem", a série é o que é e não tem receio. É uma viagem de acido divertida, e um ótimo exemplo de abraçar características alucinantes e cringe dos quadrinhos com o minimo de sinceridade e sensibilidade com a trama dos personagens.
DC Super Hero Girls (1ª temporada)
3.7 6O traço é simplista, mas tem uma animação mais bem feita, que mesmo tendo pouca dimensão ainda agrada pelos cenários muito bem feitos. As personagens são carismáticas e se comportam exatamente como se espera dessas heróinas adolescentes. Não tem nada inovador e as tramas são bem bobas e descompromissadas mas tem umas sacadas muito bem feitas e o humor é bem moderno que funciona perfeitamente para o público ao qual quer atingir. É mais uma vez a DC provando sua versatilidade.
Arlequina (1ª Temporada)
4.4 68 Assista AgoraUma baita surpresa. A série não se compromete a seguir uma linha narrativa única até o final, mas também não é tão episódico. O foco está no desenvolvimento da Harley e suas estrapolias que ocorrem eventualmente. É muito satisfatório quando trazem uma proposta criativa tão original com material de quadrinhos em animações, Principalmente porque a personagem da Harley Quinn é uma escolha certeira pra isso. E por ser animação, eles tem um incrível ''orçamento'' pra poderem mostrar tantos vilões, tantos superpoderes, terem muitas locações diferentes. E ainda assim eles não se escoram na exposição da Arlequina, todos os coadjuvantes tem bastante destaque, especialmente a Hera Venenosa, que esta hilaria aqui e acredito ser uma das melhores versões da personagem facilmente. Doctor Psycho, Tubarão-rei, Cara de Barro, uau, simplesmente incríveis, trazem uma abordagem diferente e muito engraçada para cada um deles. Arlequina com um background trágico que tem, e a série não se privando nem um pouco em tocar em certos temas, mas com um tom completamente debochado tornou muito gostoso de assistir, tem alguns elementos bastante pesados beirando desrespeitoso, e piadas que ultrapassam a linha, mas é tao bem executado e tão divertido que funciona perfeitamente. Essa série é uma ode autosatírica de todo o universo DC, e se você adora esse universo, não poderia valer mais a pena. Que venha mais 10 temporadas que eu quero mais, muito bom ver a Arlequina ganhando destaque em varias obras e trazendo coisas mais originais pro jogo, justo uma das personagens mais desacreditadas esta abrindo mais possibilidades... o universo é bom as vezes.
The Gifted: Os Mutantes (1ª Temporada)
3.8 114 Assista AgoraTerminando a temporada depois de um tempo, e a série é muito bem construída, tem identidade e os personagens são bons. O que me faz pensar e me torna difícil não me perguntar, quantos programas inovadores ou só diferentes entre si foram e vão ser sacrificados - como esta que foi cancelada - para obter séries de Wanda, Visão, Sam, Bucky, Loki... Um mesmo esquema de narrativa, desses personagens já recorrentes em filmes...
Liga da Justiça Ação (1ª Temporada)
3.8 12 Assista AgoraÉ muito bom ver como uma série animada pode tratar personagens de quadrinhos e explorar suas historias de forma criativa e autêntica, e
ao mesmo tempo totalmente palatável e descompromissado pra um público amplo, que sabe aproveitar esse formato de curtas corriqueiros de episódios com plots bem fora do normal que talvez não funcionasse e sustentasse um arco todo em um quadrinho ou filme - ou que simplesmente fosse fora do esperado de uma história de quadrinhos de heróis - Tem umas sacadas e exploração bem legais de todo o histórico desses personagens. Isso acentua o fato de animações serem a mídia que mais combina e faz sentido com adaptações de quadrinhos e super-heróis no geral. O traço é totalmente charmoso, que mistura o traço mais simplista e linhas diretas das animações clássicas com uma forma mais fofinha e energética e colorida de desenhos mais infantis. É um bom passatempo divertido de forma rápida com os personagens da DC e bastante engajante. Espero que voltem com ela.
Batman do Futuro (1ª Temporada)
3.7 17 Assista AgoraA idéia de um Batman do futuro poderia parecer bem ruim (pra não dizer outra coisa), mas a série prova que é possível criar algo muito interessante e com muita identidade disso e que realmente tinha uma história para contar. Grande parte disso graças ao trabalho de Bruce Timm e Paul Dini. Terry McGinnes é um protagonista que foge de todo aspecto do Batman, basicamente um adolescente comum com personalidade média que cai na empreitada. Os elementos tecnofuturista tanto na ambientação quanto na composição técnica são muito bem feitas e dão todo o charme pra série. Mas o interessante também, é todo o destaque que dão para os coadjuvantes da história, que deixa a trama mais expansiva e diversificada sem um foco incessante no Batman (uma das vantagens de não ser o Bruce Wayne(mesmo ele sendo um coadjuvante aqui também (não tem como fugir))). Por ser uma das primeiras séries animadas do Universo Animado da DC, dá de se pensar de que tinham realmente algo para contar.