É, o #SnyderCut tem coisas legais como um arco completo pro Ciborgue e 85% de um arco pro Flash, mais umas cenas de ação legais. Dito isso, pqp, pra quê 4h?! Resolvia em duas muito de boa. Mesmo ele tendo sido construído pra ser assim (ou prologando propositalmente). A real é que o Splinter precisa aprender a fechar roteiro (e não tirar todo o brilho da imagem). Ele tem um estilo legal pra heróis como os da DC que são divindades, mas se perde tentando fazer dramalhões desnecessários e um monte de cena sem propósito pra se auto indulgir. Falta um tico de humanidade nos heróis pra que a gente se relacione com eles, aí as cenas grandiosas em slow motion com orquestra vão ter o efeito desejado. Pelo amor de deus, faz filme de até 2h que nem gente normal e please pare de mexer no super-homem que tu só caga com ele.
E digo mais, esse corte sequer tem a cena do Barry ouvindo k-pop, 0/10.
Extremamente iconográfico (e comunista), a gente era pra agradecer no ano em que tá ainda poder esperar por novidade do Geraldo Sarno, que inclusive nunca abre mão do documentário mesmo em suas ficções. Menos que Sertânia, mas FODA.
Tem duas coisas que eu amo nesse filme, que é ser um filme sobre produção de um filme, e a Aubrey Plaza. Que falando nisso talvez está nesse que seria um de seus melhores papéis e atuações. Incrivelmente bem encaixada dentro da proposta da personagem e dessa história, só ela poderia causar tamanho desconforto em certos prontos.
Deu pra ver que eles se preocuparam não só com o roteiro, como também queriam aprofundar mais a pesquisa, e usar tudo que tinham captado como material que exemplifica a grandiosidade dessa pesquisa. Pensando nessa criação de roteiro, o documentário leva um estrutura muito de história, conta tanto a história da cultura, a importância da cultura negra no Brasil, a influência na sociedade especialmente na cultura e na ocupação de espaços necessário ainda, e também paralelamente a história da contrução do álbum, de como surgiram as músicas e quais foram as influências. É o veículo perfeito de como mostrar que a música sempre foi sobretudo defensora da cultura preta.
Eu gosto como o John David Washington em Tenet faz esse personagem constantemente tendo que lidar com as excentricidades de um mundo rico e branco demais, aqui materializado em gente que acha normal voltar no tempo, mas eu absolutamente detestei a personagem da Elizabeth Debicki.
Gosto quando Portugal encara a própria identidade enquanto país colonizador, e seguindo uma forte tradição oral que pouca coisa no mundo bate o cinema português também, ' A Metamorfose dos Pássaros' segue até agora imbatível como uma das melhores coisas de 2020.
É nítido que o Ryan Murphy queria voltar com estilo com um musical depois de 'Glee' (não vi Pose) com as mesmas convenções narrativas datadas sobre essa temática. Mas se por um lado 'Glee' tem uma galera menos conhecida porém talentosa pra caralho, aqui nós temos...James Corden, oh boy. Premissa pouco inspirada que nem de longe usa o tom autodepreciato de outras obras do Ryan. Tem cenas isoladas bem produzidas mas não passa muito disso.
Eu queria conhecer mais de cinema chinês. Tudo que eu conheço é foda, estiloso e foda. Esse O Lago do Ganso Selvagem é muito estiloso também, tem sequências inteiras que são sobre a ação ter ESTILO. Não tão incríveis quanto um Kar-Wai ou Jia Zhangke da vida, mas com certeza bem massa.
Talvez eu pense muito nesse filme durante o sono e por consequência eu acabe o perdendo. Mas toda a técnica pra contar essa história é algo que eu nunca vi sendo feito antes em um longa-metragem com uma narrativa de 2 horas (ou quase isso). Fabuloso.
O tipo de filme que a gente assiste mais pra entender a gente mesmo e nosso ambiente do que os personagens em si, e com esses personagens muito bem escritos e com tanta coisa pra dizer. É a própria definição de Obra de Arte. Eu poderia passar horas falando sobre esse filme, poderia escrever tese sobre esse filme, e especialmente sobre os 3 personagens principais. O típico caso de você ver na infância e na sua cabeça de criança você pensa "talvez eu seja igual essa personagem", daí você cresce e revisita e só confirma isso e identifica o contexto dos demais personagens. Putz Disney, saudades quando você não era apenas uma empresa diabólica sem alma e maniqueísta, e valorizava mais seus artistas.
Apesar de ser um filme com muitas idéias boas e provando muita coisa "original", que a gente não vê muito em filme de zumbi. Ele acaba ficando no meio do caminho em tudo que ele propõe e acaba até soando um pouco genérico. Corta de ação e fuga e depois volta para algo mais de isolamento e vice-versa. Acaba não tendo nada de memorável. O filme explora bem essa dimensão humana de tragédia global e não te faz perder o interesse em nenhum momento, mas joga no seguro muito nos seus elementos. Tem momentos bem forçados e incoerentes na narrativa do filme.
Brilhante. Pedro Costa se solidificando como um melhores diretores de Portugal. Anos depois de Cavalo Dinheiro. Se antes já era sobre personagens esquecidos pela História, agora mais firme ainda Vitalina reivindica a narrativa que lhe foi negada. Ele transforma uma vida trágica e simples de uma forma muito poética no visual, com tamanha originalidade, é uma fotografia quase pulp que só te mostra um lado da vida daquelas pessoas. Com isso é quase impossível não se conectar. O elenco e a equipe merecem mais notoriedade.
Ok, acho que já temos uma animação para bater de frente com Soul (não quero dizer em prêmios, mas em qualidade). E o filme não decepciona de forma alguma, desde o 2D com shots em 1D que achei fantástico e muito original, principalmente para um longa-metragem. Encanta ao explorar o viés fabuloso para atacar a mentalidade repressiva contra o feminino, e a natureza. O final da Idade Média e o início da Moderna foram o palco perfeito para todo esse cenário. Encanta pela simplicidade, não fará com que você tenha um insight nem nada, mas é muito comovente. E o Cartoon Saloon merece mais reconhecimento.
Muito mais reflexão sobre a forma do que sobre o conteúdo. A visão que temos e as conclusões que tiramos do filme são tiradas da perspectiva do protagonista que pode estar sob o efeito de algum tipo de problema que está/esteve passando. Ao mesmo tempo, há um conflito de classe social. O fechamento parece absurdo, mas certamente não veio do nada.
Uma ficção-científica discreta que acontece mais na sugestão do que na tela, apesar de uma das coisas mais legais ser como ele mapeia todo aquele espaço também.
Filme de gente filha da puta. Não tem um personagem que abre a boca com outra intenção que não seja agir como um filho da puta. Não sei se é porque tô no humor ou algo do tipo, mas ele também termina cínico pra caramba e isso era exatamente o que eu esperava dele.
O filho do Cronenberg sofrendo com a inevitável comparação desse Possessor (Uncut, pff) dele não ter nem de longe um texto tão afiado quanto qualquer coisa do pai. Arranha um voyeurismo quase transfóbico também, achei ornamento demais pra não tanta coisa essencialmente ali.
Esse filme é o Coringa que vale. Tem o desamparo urbano, assédio no metrô, assistência social vacilando, mas no recorte de gênero certo pra dizer alguma coisa socialmente. Se bem que sonho nosso aqui ter essa estrutura pra abortar, mas se mantém firme o ponto.
A gente teve recentemente por aqui um caso gigante de abuso sexual sistemático e esse filme, acontece todo sob o fantasma do que foi Weinstein um tempo atrás nos EUA, decidindo estudar as pequenas opressões que possibilitaram isso, escolha difícil mas acertadíssima.
Pete Docter deve ter tido uma crise de meia idade e disso veio um filme que vai fazer você se confrontar. A forma como o filme comunica sobre pessoas que não conseguem se livrar de suas ansiedades e obsessões e ficam perdidos, desconectados da vida... E os personagens estão ali pra representar os aspectos desses pensamentos. Todos os conceitos do filme são fundidos de forma excepcional. É uma história identificável independente do sistema que nossa vida está inserida. É um dos mais reflexivos da Pixar, se pensar até de animações no geral. Não é apenas pra assistir, é pra jazzar ;-)
There Is No Evil toma a decisão foda de discutir pena de morte no Irã do ponto de vista mais básico que é o das pessoas que carregam o fardo de simplesmente ter que executar a lei. São 4 histórias, gostei particularmente da primeira, levou o Urso de Ouro esse ano inclusive.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KÉ, o #SnyderCut tem coisas legais como um arco completo pro Ciborgue e 85% de um arco pro Flash, mais umas cenas de ação legais. Dito isso, pqp, pra quê 4h?! Resolvia em duas muito de boa. Mesmo ele tendo sido construído pra ser assim (ou prologando propositalmente).
A real é que o Splinter precisa aprender a fechar roteiro (e não tirar todo o brilho da imagem). Ele tem um estilo legal pra heróis como os da DC que são divindades, mas se perde tentando fazer dramalhões desnecessários e um monte de cena sem propósito pra se auto indulgir.
Falta um tico de humanidade nos heróis pra que a gente se relacione com eles, aí as cenas grandiosas em slow motion com orquestra vão ter o efeito desejado. Pelo amor de deus, faz filme de até 2h que nem gente normal e please pare de mexer no super-homem que tu só caga com ele.
E digo mais, esse corte sequer tem a cena do Barry ouvindo k-pop, 0/10.
Minari - Em Busca da Felicidade
3.9 549 Assista AgoraÉ de uma delicadeza sem tamanho pra retratar o lado dessas pessoas, e te faz desconfiar a real pretensão dessa família.
Tom & Jerry: O Filme
2.8 147 Assista Agora3 estrelas pelos gritos do Tom reutilizado muito bem aqui, esses gritos me pegam muito.
Coronel Delmiro Gouveia
3.6 6Extremamente iconográfico (e comunista), a gente era pra agradecer no ano em que tá ainda poder esperar por novidade do Geraldo Sarno, que inclusive nunca abre mão do documentário mesmo em suas ficções. Menos que Sertânia, mas FODA.
Black Bear
3.4 44Tem duas coisas que eu amo nesse filme, que é ser um filme sobre produção de um filme, e a Aubrey Plaza. Que falando nisso talvez está nesse que seria um de seus melhores papéis e atuações. Incrivelmente bem encaixada dentro da proposta da personagem e dessa história, só ela poderia causar tamanho desconforto em certos prontos.
AmarElo - É Tudo Pra Ontem
4.6 354 Assista AgoraDeu pra ver que eles se preocuparam não só com o roteiro, como também queriam aprofundar mais a pesquisa, e usar tudo que tinham captado como material que exemplifica a grandiosidade dessa pesquisa. Pensando nessa criação de roteiro, o documentário leva um estrutura muito de história, conta tanto a história da cultura, a importância da cultura negra no Brasil, a influência na sociedade especialmente na cultura e na ocupação de espaços necessário ainda, e também paralelamente a história da contrução do álbum, de como surgiram as músicas e quais foram as influências. É o veículo perfeito de como mostrar que a música sempre foi sobretudo defensora da cultura preta.
Tenet
3.4 1,3K Assista AgoraEu gosto como o John David Washington em Tenet faz esse personagem constantemente tendo que lidar com as excentricidades de um mundo rico e branco demais, aqui materializado em gente que acha normal voltar no tempo, mas eu absolutamente detestei a personagem da Elizabeth Debicki.
A Metamorfose dos Pássaros
4.3 41Gosto quando Portugal encara a própria identidade enquanto país colonizador, e seguindo uma forte tradição oral que pouca coisa no mundo bate o cinema português também, ' A Metamorfose dos Pássaros' segue até agora imbatível como uma das melhores coisas de 2020.
A Festa de Formatura
3.1 238É nítido que o Ryan Murphy queria voltar com estilo com um musical depois de 'Glee' (não vi Pose) com as mesmas convenções narrativas datadas sobre essa temática. Mas se por um lado 'Glee' tem uma galera menos conhecida porém talentosa pra caralho, aqui nós temos...James Corden, oh boy. Premissa pouco inspirada que nem de longe usa o tom autodepreciato de outras obras do Ryan. Tem cenas isoladas bem produzidas mas não passa muito disso.
O Lago do Ganso Selvagem
3.6 38 Assista AgoraEu queria conhecer mais de cinema chinês. Tudo que eu conheço é foda, estiloso e foda. Esse O Lago do Ganso Selvagem é muito estiloso também, tem sequências inteiras que são sobre a ação ter ESTILO. Não tão incríveis quanto um Kar-Wai ou Jia Zhangke da vida, mas com certeza bem massa.
A Casa Lobo
4.1 47Talvez eu pense muito nesse filme durante o sono e por consequência eu acabe o perdendo. Mas toda a técnica pra contar essa história é algo que eu nunca vi sendo feito antes em um longa-metragem com uma narrativa de 2 horas (ou quase isso). Fabuloso.
A Bela e a Fera
4.1 1,1K Assista AgoraO tipo de filme que a gente assiste mais pra entender a gente mesmo e nosso ambiente do que os personagens em si, e com esses personagens muito bem escritos e com tanta coisa pra dizer. É a própria definição de Obra de Arte. Eu poderia passar horas falando sobre esse filme, poderia escrever tese sobre esse filme, e especialmente sobre os 3 personagens principais. O típico caso de você ver na infância e na sua cabeça de criança você pensa "talvez eu seja igual essa personagem", daí você cresce e revisita e só confirma isso e identifica o contexto dos demais personagens. Putz Disney, saudades quando você não era apenas uma empresa diabólica sem alma e maniqueísta, e valorizava mais seus artistas.
#Alive
3.2 494 Assista AgoraApesar de ser um filme com muitas idéias boas e provando muita coisa "original", que a gente não vê muito em filme de zumbi. Ele acaba ficando no meio do caminho em tudo que ele propõe e acaba até soando um pouco genérico. Corta de ação e fuga e depois volta para algo mais de isolamento e vice-versa. Acaba não tendo nada de memorável. O filme explora bem essa dimensão humana de tragédia global e não te faz perder o interesse em nenhum momento, mas joga no seguro muito nos seus elementos. Tem momentos bem forçados e incoerentes na narrativa do filme.
Vitalina Varela
3.8 24 Assista AgoraBrilhante. Pedro Costa se solidificando como um melhores diretores de Portugal. Anos depois de Cavalo Dinheiro. Se antes já era sobre personagens esquecidos pela História, agora mais firme ainda Vitalina reivindica a narrativa que lhe foi negada. Ele transforma uma vida trágica e simples de uma forma muito poética no visual, com tamanha originalidade, é uma fotografia quase pulp que só te mostra um lado da vida daquelas pessoas. Com isso é quase impossível não se conectar. O elenco e a equipe merecem mais notoriedade.
Wolfwalkers
4.3 236 Assista AgoraOk, acho que já temos uma animação para bater de frente com Soul (não quero dizer em prêmios, mas em qualidade). E o filme não decepciona de forma alguma, desde o 2D com shots em 1D que achei fantástico e muito original, principalmente para um longa-metragem. Encanta ao explorar o viés fabuloso para atacar a mentalidade repressiva contra o feminino, e a natureza. O final da Idade Média e o início da Moderna foram o palco perfeito para todo esse cenário. Encanta pela simplicidade, não fará com que você tenha um insight nem nada, mas é muito comovente. E o Cartoon Saloon merece mais reconhecimento.
Em Chamas
3.9 378 Assista AgoraMuito mais reflexão sobre a forma do que sobre o conteúdo. A visão que temos e as conclusões que tiramos do filme são tiradas da perspectiva do protagonista que pode estar sob o efeito de algum tipo de problema que está/esteve passando. Ao mesmo tempo, há um conflito de classe social. O fechamento parece absurdo, mas certamente não veio do nada.
A Vastidão da Noite
3.5 575 Assista AgoraUma ficção-científica discreta que acontece mais na sugestão do que na tela, apesar de uma das coisas mais legais ser como ele mapeia todo aquele espaço também.
Fábulas Ruins
3.5 15Filme de gente filha da puta. Não tem um personagem que abre a boca com outra intenção que não seja agir como um filho da puta. Não sei se é porque tô no humor ou algo do tipo, mas ele também termina cínico pra caramba e isso era exatamente o que eu esperava dele.
Possessor
3.4 302 Assista AgoraO filho do Cronenberg sofrendo com a inevitável comparação desse Possessor (Uncut, pff) dele não ter nem de longe um texto tão afiado quanto qualquer coisa do pai. Arranha um voyeurismo quase transfóbico também, achei ornamento demais pra não tanta coisa essencialmente ali.
Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre
4.0 215 Assista AgoraEsse filme é o Coringa que vale. Tem o desamparo urbano, assédio no metrô, assistência social vacilando, mas no recorte de gênero certo pra dizer alguma coisa socialmente. Se bem que sonho nosso aqui ter essa estrutura pra abortar, mas se mantém firme o ponto.
A Assistente
3.3 198 Assista AgoraA gente teve recentemente por aqui um caso gigante de abuso sexual sistemático e esse filme, acontece todo sob o fantasma do que foi Weinstein um tempo atrás nos EUA, decidindo estudar as pequenas opressões que possibilitaram isso, escolha difícil mas acertadíssima.
Soul
4.3 1,4KPete Docter deve ter tido uma crise de meia idade e disso veio um filme que vai fazer você se confrontar. A forma como o filme comunica sobre pessoas que não conseguem se livrar de suas ansiedades e obsessões e ficam perdidos, desconectados da vida... E os personagens estão ali pra representar os aspectos desses pensamentos. Todos os conceitos do filme são fundidos de forma excepcional. É uma história identificável independente do sistema que nossa vida está inserida. É um dos mais reflexivos da Pixar, se pensar até de animações no geral. Não é apenas pra assistir, é pra jazzar ;-)
Não Há Mal Algum
4.0 34There Is No Evil toma a decisão foda de discutir pena de morte no Irã do ponto de vista mais básico que é o das pessoas que carregam o fardo de simplesmente ter que executar a lei. São 4 histórias, gostei particularmente da primeira, levou o Urso de Ouro esse ano inclusive.
Tudo Bem no Natal Que Vem
3.5 563Se a expressão "fui rir, chorei" fosse um filme, seria esse. Mesmo com as extroplações.