Confesso que essa futilidade exacerbada me encheu o saco em determinado momento... mas ok, é uma série que trata sobre um certo estilo de vida e sociedade que já acabou há muito tempo. Essas mulheres nem poderiam existir hoje em dia e a cena final maravilhosa deixa isso perfeitamente entendível. Naomi Watts e Tom Hollander estão perfeitos, mas sei lá, sinto que faltou algo. São muitas mulheres e só enxergamos elas, algumas, pouquíssimas vezes, pela ótica do Capote. Parece impossível de fato saber quem eram essas mulheres para além da pura manutenção infinita de status quo. Diane Lane rouba a cena quase sempre que pode.
É mais um preâmbulo da sexta temporada do que qualquer outra coisa... Tenta limpar a barra do Charles (o que é bem complicado), sem deixar de ser pró Diana (inevitável). No meio desse fogo cruzado, todos os outros personagens terminam naturalmente preteridos; embora o roteiro se esforce em dar sobrevida à Princesa Margaret e à própria Rainha. Resta saber qual será a direção escolhida pelos roteiristas para tratar da morte de Diana na próxima temporada, que será a primeira gravada depois da morte de Elizabeth II; mas alguns indícios nesta quinta já dão conta de que a abordagem desse assunto não irá agradar em nada a família real...
A mudança de roteiristas nitidamente atrapalhou o desempenho dessa segunda temporada problemática, que começa bem mas logo despenca. Alguns personagens perderam espaço enquanto outros cresceram, o que é natural; mas sem enriquecer a trama, assim como os personagens novos, que parecem deslocados. Lá pelo meio o tom dos episódios fica meio Trapalhões e a gente se pergunta o que que tá acontecendo? Bem aquém do esperado.
Uma temporada bastante irregular e um pouco confusa, mas que se redime pelas escolhas artísticas. Curiosidade: a trilha sonora dos dois últimos (ótimos) episódios foi toda composta de temas do cinema europeu dos anos 60.
Facilmente umas das melhores produções já feitas pela Globo. Teledramaturgia de alta qualidade elaborada por cineastas como Domingos de Oliveira e Antônio Carlos da Fontoura. Elenco inspirado, onde se destaca a força de Lucélia Santos - o que faz lamentar a sua ausência tão longa e estranha da televisão. É como uma cápsula do tempo, que registrou as gírias, músicas, o vestuário e o comportamento de uma geração que foi educada sob o regime militar, que herdava um país cada vez mais debilitado economicamente e com grandes dilemas sociais mal resolvidos, embora o foco aqui seja o conflito de gerações e os ecos da revolução sexual. Não me espanta que Ciranda, Cirandinha não tenha alcançado sucesso em 1978, porque além de seus problemas demasiado pequeno burgueses, era uma obra extremamente bairrista, extremamente carioca e audaciosa em seus assuntos.
Adoro como Ryan Murphy misturou sutilmente realidade e fantasia, tanto em Feud quanto em American Crime Story mas no fim achei Hollywood muito inferior à essas duas séries que também giravam em torno da temática do estrelato. Hollywood toma caminhos tão irreais que acabam mais por escancarar a desigualdade brutal, o machismo e o racismo da Hollywood de 1948. Nesse sentido, é um trabalho conscientizador. É a fantasia que gostaríamos que tivesse sido verdade. O velho clichê da magia que é melhor que o realismo, e como. Basicamente, nenhum dos personagens centrais verídicos tiveram finais felizes na vida real. Porque a vida não é como um filme de Hollywood, às vezes ela é muito pior.
Feud: Capote vs. The Swans (2ª Temporada)
3.6 8Confesso que essa futilidade exacerbada me encheu o saco em determinado momento... mas ok, é uma série que trata sobre um certo estilo de vida e sociedade que já acabou há muito tempo. Essas mulheres nem poderiam existir hoje em dia e a cena final maravilhosa deixa isso perfeitamente entendível. Naomi Watts e Tom Hollander estão perfeitos, mas sei lá, sinto que faltou algo. São muitas mulheres e só enxergamos elas, algumas, pouquíssimas vezes, pela ótica do Capote. Parece impossível de fato saber quem eram essas mulheres para além da pura manutenção infinita de status quo. Diane Lane rouba a cena quase sempre que pode.
The Crown (6ª Temporada)
4.1 70 Assista AgoraA série terminar com esse tom funesto e justamente depois do casamento de Charles e Camila foi de uma ironia realmente perspicaz...rs
The Crown (5ª Temporada)
3.8 98 Assista AgoraÉ mais um preâmbulo da sexta temporada do que qualquer outra coisa... Tenta limpar a barra do Charles (o que é bem complicado), sem deixar de ser pró Diana (inevitável). No meio desse fogo cruzado, todos os outros personagens terminam naturalmente preteridos; embora o roteiro se esforce em dar sobrevida à Princesa Margaret e à própria Rainha. Resta saber qual será a direção escolhida pelos roteiristas para tratar da morte de Diana na próxima temporada, que será a primeira gravada depois da morte de Elizabeth II; mas alguns indícios nesta quinta já dão conta de que a abordagem desse assunto não irá agradar em nada a família real...
Pico da Neblina (2ª Temporada)
4.1 15 Assista AgoraA mudança de roteiristas nitidamente atrapalhou o desempenho dessa segunda temporada problemática, que começa bem mas logo despenca. Alguns personagens perderam espaço enquanto outros cresceram, o que é natural; mas sem enriquecer a trama, assim como os personagens novos, que parecem deslocados. Lá pelo meio o tom dos episódios fica meio Trapalhões e a gente se pergunta o que que tá acontecendo? Bem aquém do esperado.
Diários de Andy Warhol
4.0 19Masterclass
Inventando Anna
3.4 173 Assista AgoraFree Anna Delvey
Euphoria (2ª Temporada)
4.0 540Uma temporada bastante irregular e um pouco confusa, mas que se redime pelas escolhas artísticas. Curiosidade: a trilha sonora dos dois últimos (ótimos) episódios foi toda composta de temas do cinema europeu dos anos 60.
I May Destroy You
4.5 277 Assista AgoraA melhor série de 2020
Ciranda, Cirandinha
4.4 3Facilmente umas das melhores produções já feitas pela Globo. Teledramaturgia de alta qualidade elaborada por cineastas como Domingos de Oliveira e Antônio Carlos da Fontoura. Elenco inspirado, onde se destaca a força de Lucélia Santos - o que faz lamentar a sua ausência tão longa e estranha da televisão. É como uma cápsula do tempo, que registrou as gírias, músicas, o vestuário e o comportamento de uma geração que foi educada sob o regime militar, que herdava um país cada vez mais debilitado economicamente e com grandes dilemas sociais mal resolvidos, embora o foco aqui seja o conflito de gerações e os ecos da revolução sexual. Não me espanta que Ciranda, Cirandinha não tenha alcançado sucesso em 1978, porque além de seus problemas demasiado pequeno burgueses, era uma obra extremamente bairrista, extremamente carioca e audaciosa em seus assuntos.
Hollywood
4.1 330 Assista AgoraAdoro como Ryan Murphy misturou sutilmente realidade e fantasia, tanto em Feud quanto em American Crime Story mas no fim achei Hollywood muito inferior à essas duas séries que também giravam em torno da temática do estrelato. Hollywood toma caminhos tão irreais que acabam mais por escancarar a desigualdade brutal, o machismo e o racismo da Hollywood de 1948. Nesse sentido, é um trabalho conscientizador. É a fantasia que gostaríamos que tivesse sido verdade. O velho clichê da magia que é melhor que o realismo, e como. Basicamente, nenhum dos personagens centrais verídicos tiveram finais felizes na vida real. Porque a vida não é como um filme de Hollywood, às vezes ela é muito pior.
Elite (2ª Temporada)
3.8 282 Assista AgoraLu <3