Filme inventivo, surpreendente e original, Todos Nós Desconhecidos, começa como drama e, aos poucos, vagarosamente, leva o espectador a um lugar desconhecido, fantasmagórico. O filme não pretende assustar, nem causar medo, como os habituais filmes de terror, ele é guiado pela emoção, pela sensibilidade, pela melancolia. "I see dad people", dizia o personagem de O Sexto Sentido. Nunca os mortos foram tão vivos e humanos como nesse filme premiado e elogiado por críticos, que alcançou sucesso junto ao público mais exigente.
Filme homenagem ao cantor que na década de 70 e 80 dominou os programas de auditório, Meu Sangue Ferve por Você é uma comédia romântica musical que funciona mais nas cenas musicais do que nas cenas românticas. A história se concentra no período em que Sidney Magal, no auge do sucesso e juventude, dono de uma voz poderosa e estampa de galã cigano, conheceu a atual mulher em um concurso de beleza e se apaixonou perdidamente. Como em toda biografia de um músico, há o empresário vilão, as fãs histéricas e, claro, o artista e seus dilemas. É um filme leve e agradável que poderia ir além caso se assumisse como musical, quebrasse regras, viajasse mais na parte fantasiosa. E elaborasse melhor as soluções dramáticas. Os atores estão ótimos, a direção de arte é correta e a edição é ágil.
Como aventura infanto-juvenil até que funciona. Não é o gênero de filme que costumo assistir, prefiro ficção científica adulta, mas arrisquei por ser brasileiro. Afonso Poyart é um diretor competente e, com o apoio da Netflix, conseguiu dinheiro para uma pós-produção digna, com efeitos especiais críveis e bons atores e atrizes. Deve fazer sucesso no seu nicho de público.
Não acredito que o filme ganhe prêmio em Cannes por ser um filme pequeno e intimista, diante de megaproduções como Megalópolis, entre outras. Torço para que seja um trabalho consistente, forte, que transmita brasilidade. Confio nos talentos envolvidos. O filme brasileiro com chances de premiações é Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, pelo tema, escopo e experiência do diretor. Esse acho que deve estrear em Veneza.
Vai passar hoje no Telecine esse filme em homenagem às mães. Adaptado de uma peça homônima de Mauro Rasi (assisti uma versão protagonizada por Vera Holtz lá pelos anos 90), e dirigida por Murilo Benício, a versão para cinema mantém a trama original, mas inova ao colocar o próprio Mauro Rasi como narrador. Jovem tímido e sensível, parte de uma família dominada pela mãe de personalidade forte, cheia de energia e dominadora, a Pérola do título, interpretada magistralmente por Drica Moraes, ele assiste a tudo e depois transpõe o que vê para o papel. Assim como a peça, o filme é uma comédia com momentos dramáticos. Tocante e engraçada, tem um tom saudosista e onírico. Sem pesar a mão, fala de preconceitos e perdas. Passado dos anos 50 aos 80 em Bauru, rememora a rotina de uma família interiorana de classe média, movida a caipirinhas, sonhos e frustrações, parecida com muitas famílias brasileiras. Mauro Rasi teve uma vida curta, morreu aos 54 anos de câncer, mas deixou um legado, assim como sua mãe. O filme é uma homenagem também a ele e aos jovens que se descobrem homossexuais em um mundo predominantemente heterossexual.
Acabei de ver no Canal Brasil e vi que vai passar no Telecine amanhã. Ótima oportunidade para o público assistir uma obra tão delicada, que trata de maneira bem humorada e divertida temas caros às famílias. Muito bom um filme que não pesa a mão e consegue transmitir sentimento sem apelar para o sentimentalismo. Dei boas risadas e me emocionei.
Comédia dramática argentina de 2023, centrada em uma universidade pública e seus professores, Puan mostra um país cheio de problemas estruturais, antecipando o cenário atual em que o presidente Milei, obcecado por corte de gastos, mira na cultura e educação. Filme premonitório, a trama em si, a disputa entre um filósofo de carreira mais velho e o rival mais jovem e pedante, serve mais como desculpa para mostrar questões bem mais sérias que envolvem as universidades e discutir problemas filosóficos de uma maneira leve e divertida, sem muito aprofundamento. Os brasileiros, com certeza, vão se identificar.
Consegui ver uns 20 minutos e não senti nada, parecia que estava entorpecido... Sem graça, sem sentido, sem alma... Nem vou dar nota porque não vi o filme inteiro.
Apesar das qualidades do filme, senso comercial e entrar em grande circuito, não conseguiu atrair público, não ficou entre as 10 maiores bilheterias do fim de semana. Eu não vi propagandas na tv e internet.
Acabei de ver e amei o filme. O filme, além de ser muito bem produzido, dirigido e interpretado, é um daqueles raras filmes que te transportam para outra época, outra atmosfera, a dos anos 80, em que vivi minha juventude. O trabalho se som é primoroso, um dos melhores do cinema brasileiro atual. Parabéns aos envolvidos. O personagem de Jhonny Massaro é apaixonante. Queria dar 4 estrelas e meia, mas não aparecem as estrelas. Na minha lista dos melhores do ano! Simples, direto e envolvente.
Estou surpreso desse filme estrear em vários cinemas aqui em Santos, uma surpresa agradável, por sinal. Vou assistir daqui a pouco. Estranho é uma estreia ampla como essa com pouca divulgação. Não vi propaganda na tv ou internet.
Ainda na minha busca por filmes de Alex Garland, diretor de Guerra Civil, assisti Men e Aniquilação. Não gostei de Men, para mim um exercício cinematográfico excruciante, com roteiro complicado e imagens gráficas, e gostei muito de Aniquilação. Mistura de ficção científica e drama existencial, Aniquilação é um filme tenso, intrigante e acessível. Na sua maior parte uma produção comum, na parte final torna-se um trabalho poderoso, de uma beleza impactante. Adoraria ter visto no cinema, de preferência chapado. Nota dez para os efeitos. Esse diretor britânico é mesmo surpreendente, um dos melhores de sua geração.
Já tinha visto o filme antes, mas não lembrava muito da sinopse, apesar de ter amado. Em tempos de inteligência artificial, o tema consegue antecipar algumas questões discutidas hoje. É possível um robô ter consciência de seus próprios atos, tornar-se independente e se auto-programar? Nós, seres humanos, estamos mexendo em um terreno perigoso, é o que se deduz ao final. Alex Garland, diretor e roteirista de Ex-Machina, é o mesmo de Guerra Civil, atual sucesso de público e crítica, e, nesse filme, ele demonstra dominar ambas as funções. O roteiro, superbem elaborado e complexo, foi indicado ao Oscar 2016 e o filme ganhou o de efeitos visuais. É uma ficção científica original, inteligente e de encher os olhos. Em cartaz na Netflix.
Roteiro, interpretações, efeitos, edição e produção, tudo de primeiríssimo nível. Alex Garland é um diretor e roteirista inteligentíssimo e talentoso, um profissional com algo a dizer sobre o mundo louco em que vivemos. Adorei o filme, tensão do início ao fim, com personagens bem delineados, tridimensionais e situações críveis. O mais importante está fora da tela, não é explicitado, o que faz o espectador refletir sobre os motivos que levaram à guerra civil. A cena crucial para entender é aquela em que o redneck pergunta ao personagem de Wagner Moura que tipo de americano ele é. A extrema direita quer nos levar para uma guerra civil. Resistiremos.
Início interessante, divertido, com ótima trilha sonora e ambientação e, à medida que a história se desenrola, aos poucos, o filme torna-se um pesadelo, para a protagonista e para o espectador. O mais me incomodou não foi a mistura de gêneros, foi a repetição de situações (ela gritando, os fantasmas a perseguindo). O filme é longo, cansativo. Uma pena.
Grande Sertão
3.5 21Será que terá público? É um produto estranho, não sei se agradará ao grande público...
Todos Nós Desconhecidos
3.8 210 Assista AgoraAqui dá pra falar da trama. Todos eles eram fantasmas, estavam mortos, não só os pais. E só se descobre isso no final do filme
Todos Nós Desconhecidos
3.8 210 Assista AgoraFilme inventivo, surpreendente e original, Todos Nós Desconhecidos, começa como drama e, aos poucos, vagarosamente, leva o espectador a um lugar desconhecido, fantasmagórico. O filme não pretende assustar, nem causar medo, como os habituais filmes de terror, ele é guiado pela emoção, pela sensibilidade, pela melancolia. "I see dad people", dizia o personagem de O Sexto Sentido. Nunca os mortos foram tão vivos e humanos como nesse filme premiado e elogiado por críticos, que alcançou sucesso junto ao público mais exigente.
Meu Sangue Ferve por Você
3.1 7Filme homenagem ao cantor que na década de 70 e 80 dominou os programas de auditório, Meu Sangue Ferve por Você é uma comédia romântica musical que funciona mais nas cenas musicais do que nas cenas românticas. A história se concentra no período em que Sidney Magal, no auge do sucesso e juventude, dono de uma voz poderosa e estampa de galã cigano, conheceu a atual mulher em um concurso de beleza e se apaixonou perdidamente. Como em toda biografia de um músico, há o empresário vilão, as fãs histéricas e, claro, o artista e seus dilemas. É um filme leve e agradável que poderia ir além caso se assumisse como musical, quebrasse regras, viajasse mais na parte fantasiosa. E elaborasse melhor as soluções dramáticas. Os atores estão ótimos, a direção de arte é correta e a edição é ágil.
Biônicos
2.4 47Como aventura infanto-juvenil até que funciona. Não é o gênero de filme que costumo assistir, prefiro ficção científica adulta, mas arrisquei por ser brasileiro. Afonso Poyart é um diretor competente e, com o apoio da Netflix, conseguiu dinheiro para uma pós-produção digna, com efeitos especiais críveis e bons atores e atrizes. Deve fazer sucesso no seu nicho de público.
Motel Destino
3.5 6Não acredito que o filme ganhe prêmio em Cannes por ser um filme pequeno e intimista, diante de megaproduções como Megalópolis, entre outras. Torço para que seja um trabalho consistente, forte, que transmita brasilidade. Confio nos talentos envolvidos. O filme brasileiro com chances de premiações é Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, pelo tema, escopo e experiência do diretor. Esse acho que deve estrear em Veneza.
Pérola
3.5 28Vai passar hoje no Telecine esse filme em homenagem às mães. Adaptado de uma peça homônima de Mauro Rasi (assisti uma versão protagonizada por Vera Holtz lá pelos anos 90), e dirigida por Murilo Benício, a versão para cinema mantém a trama original, mas inova ao colocar o próprio Mauro Rasi como narrador. Jovem tímido e sensível, parte de uma família dominada pela mãe de personalidade forte, cheia de energia e dominadora, a Pérola do título, interpretada magistralmente por Drica Moraes, ele assiste a tudo e depois transpõe o que vê para o papel. Assim como a peça, o filme é uma comédia com momentos dramáticos. Tocante e engraçada, tem um tom saudosista e onírico. Sem pesar a mão, fala de preconceitos e perdas. Passado dos anos 50 aos 80 em Bauru, rememora a rotina de uma família interiorana de classe média, movida a caipirinhas, sonhos e frustrações, parecida com muitas famílias brasileiras. Mauro Rasi teve uma vida curta, morreu aos 54 anos de câncer, mas deixou um legado, assim como sua mãe. O filme é uma homenagem também a ele e aos jovens que se descobrem homossexuais em um mundo predominantemente heterossexual.
Pérola
3.5 28Acabei de ver no Canal Brasil e vi que vai passar no Telecine amanhã. Ótima oportunidade para o público assistir uma obra tão delicada, que trata de maneira bem humorada e divertida temas caros às famílias. Muito bom um filme que não pesa a mão e consegue transmitir sentimento sem apelar para o sentimentalismo. Dei boas risadas e me emocionei.
Puan
3.5 6 Assista AgoraComédia dramática argentina de 2023, centrada em uma universidade pública e seus professores, Puan mostra um país cheio de problemas estruturais, antecipando o cenário atual em que o presidente Milei, obcecado por corte de gastos, mira na cultura e educação. Filme premonitório, a trama em si, a disputa entre um filósofo de carreira mais velho e o rival mais jovem e pedante, serve mais como desculpa para mostrar questões bem mais sérias que envolvem as universidades e discutir problemas filosóficos de uma maneira leve e divertida, sem muito aprofundamento. Os brasileiros, com certeza, vão se identificar.
A Paixão Segundo G.H.
3.0 36Pelo visto, o povo que foi assistir não leu o livro de Clarice Lispector, não sabia do que o filme se tratava...
A Batalha do Biscoito Pop-Tart
2.5 35Consegui ver uns 20 minutos e não senti nada, parecia que estava entorpecido... Sem graça, sem sentido, sem alma... Nem vou dar nota porque não vi o filme inteiro.
Aumenta que é Rock'n Roll
3.7 23 Assista AgoraApesar das qualidades do filme, senso comercial e entrar em grande circuito, não conseguiu atrair público, não ficou entre as 10 maiores bilheterias do fim de semana. Eu não vi propagandas na tv e internet.
Aumenta que é Rock'n Roll
3.7 23 Assista AgoraAcabei de ver e amei o filme. O filme, além de ser muito bem produzido, dirigido e interpretado, é um daqueles raras filmes que te transportam para outra época, outra atmosfera, a dos anos 80, em que vivi minha juventude. O trabalho se som é primoroso, um dos melhores do cinema brasileiro atual. Parabéns aos envolvidos. O personagem de Jhonny Massaro é apaixonante. Queria dar 4 estrelas e meia, mas não aparecem as estrelas. Na minha lista dos melhores do ano! Simples, direto e envolvente.
Aumenta que é Rock'n Roll
3.7 23 Assista AgoraEstou surpreso desse filme estrear em vários cinemas aqui em Santos, uma surpresa agradável, por sinal. Vou assistir daqui a pouco. Estranho é uma estreia ampla como essa com pouca divulgação. Não vi propaganda na tv ou internet.
Aniquilação
3.4 1,6K Assista AgoraAinda na minha busca por filmes de Alex Garland, diretor de Guerra Civil, assisti Men e Aniquilação. Não gostei de Men, para mim um exercício cinematográfico excruciante, com roteiro complicado e imagens gráficas, e gostei muito de Aniquilação. Mistura de ficção científica e drama existencial, Aniquilação é um filme tenso, intrigante e acessível. Na sua maior parte uma produção comum, na parte final torna-se um trabalho poderoso, de uma beleza impactante. Adoraria ter visto no cinema, de preferência chapado. Nota dez para os efeitos. Esse diretor britânico é mesmo surpreendente, um dos melhores de sua geração.
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraJá tinha visto o filme antes, mas não lembrava muito da sinopse, apesar de ter amado. Em tempos de inteligência artificial, o tema consegue antecipar algumas questões discutidas hoje. É possível um robô ter consciência de seus próprios atos, tornar-se independente e se auto-programar? Nós, seres humanos, estamos mexendo em um terreno perigoso, é o que se deduz ao final. Alex Garland, diretor e roteirista de Ex-Machina, é o mesmo de Guerra Civil, atual sucesso de público e crítica, e, nesse filme, ele demonstra dominar ambas as funções. O roteiro, superbem elaborado e complexo, foi indicado ao Oscar 2016 e o filme ganhou o de efeitos visuais. É uma ficção científica original, inteligente e de encher os olhos. Em cartaz na Netflix.
Guerra Civil
3.6 402 Assista AgoraTem muita gente dando nota sem ver...
Jorge da Capadócia
3.3 11 Assista AgoraNinguém aqui assistiu ainda??
Guerra Civil
3.6 402 Assista AgoraRoteiro, interpretações, efeitos, edição e produção, tudo de primeiríssimo nível. Alex Garland é um diretor e roteirista inteligentíssimo e talentoso, um profissional com algo a dizer sobre o mundo louco em que vivemos. Adorei o filme, tensão do início ao fim, com personagens bem delineados, tridimensionais e situações críveis. O mais importante está fora da tela, não é explicitado, o que faz o espectador refletir sobre os motivos que levaram à guerra civil. A cena crucial para entender é aquela em que o redneck pergunta ao personagem de Wagner Moura que tipo de americano ele é. A extrema direita quer nos levar para uma guerra civil. Resistiremos.
Guerra Civil
3.6 402 Assista AgoraEstreia hoje nos Estados Unidos e semana que vem no Brasil.
A Paixão Segundo G.H.
3.0 36Pretendo ver no fim de semana, as críticas tem sido positivas...
Motel Destino
3.5 6Entrou na disputa pela Palma de Ouro em Cannes. Karin é um dos meus diretores favoritos...
Noite Passada em Soho
3.5 753 Assista AgoraInício interessante, divertido, com ótima trilha sonora e ambientação e, à medida que a história se desenrola, aos poucos, o filme torna-se um pesadelo, para a protagonista e para o espectador. O mais me incomodou não foi a mistura de gêneros, foi a repetição de situações (ela gritando, os fantasmas a perseguindo). O filme é longo, cansativo. Uma pena.
Guerra Civil
3.6 402 Assista AgoraAnsioso para ver. Um filme político sem ser político. Tema vibrante, Wagner Moura no elenco e um diretor talentoso só pode dar samba.