E não é ruim. Porem é uma chatice de enrolação sem tamanho. Explico. O filme é ótimo, baseado nos anos 70 possui toda uma estética da década, estética não somente na direção de arte, mas na fotografia que que imprime uma plastica retrô, granulada de cores apagadas que nos remete a filmagens feitas naquela época com aquela qualidade de imagem. O mesmo para as técnicas de filmagens que usam enquadramentos e posicionamentos e movimentos de câmera característicos da época.. onde tudo é evidenciado sem sutilezas, com zoons rápidos, cortes entre falas, detalhes assim que algo é mencionado e direcionado ao objeto ou gesto. Somente nisso o filme ja cresce muito. O mesmo para o figurino impecável, e as atuações. e aqui polemica. A Amy esta muito bem no papel, mas longe de ser uma atuação que marque. Ela tem alguns momentos memoráveis mas nada que justifique indicações a tantos prêmios por mérito. é uma grande atriz, num bom papel, com uma atuação boa, não 'sensacional'. O mesmo dos outros 5 atores principais do núcleo. JawLa de fato é uma atriz muito boa, expressiva de talento. Mas continuo com a mesma opinião do ano passado. O melhor papel dela ate hj foi no filme "Inverno da Alma" la ela merecia todos os méritos e indicações e prêmios. Ano passado ela não mereceu o Oscar diante de suas concorrentes e esse ano a mesma coisa. Não dá para compreender. Se levar o premio sera unica e exclusivamente por campanha e não pq 'foi a melhor' entendem? Sua atuação aqui esta apenas correta. um trabalho de uma atriz em ascensão com marca já própria, num papel bom também, interessante mas que não exige nada demais dela a ponto de lhe absorver uma atuação digna de Oscar por exemplo. Mas que seja. Quem realmente esta bem aqui é o Cooper. O ator consegue nos fazer esquecer do ator por trás do personagem e isso é surpreendente. Trilha sonora saudosista ne sempre agrada. Mas como disse, apesar de tudo isso torna-lo um bom filme, isso so ocorre com uma hora de duração. Antes disso o filme se perde em explicações desnecessárias que o tornam longo demais sem justificativa alguma, em outras palavras: chato ou massante. Apos uma hora de projeção finalmente nos embalamos na trama e realmente eu final vale a pena - intrigas sempre agradam no final das contas-. Em todo caso... mereceu as indicações que teve? sim. Merece levar alguma coisa? Sim, principalmente as técnicas. é o melhor entre os concorrentes de sua temporada? não. Mas é um bom filme. Não é ótimo ou inesquecível. Apenas bom e por isso vale a paciência.
''O coração não é uma caixa que pode ser preenchida. Ele se expande por dentro o quanto mais você ama. Eu sou sua e não sou.''
Penso assim: Se Meryl Streep é Deus Al Pacino tbm o é. E para todas as outras coisas da vida Joaquin Phoenix é uma religião de respeito ♥
Que roteiro fabuloso e pertinente. Her que o nome ja denuncia sobre o que realmente trata, não só nos trás uma bela historia de amor e relacionamento como um panorama de futuro já quase presente dos moldes que nós nos relacionamos com nós mesmos em busca de compreensão de nosso tempo e espaço físico e espacial.
Para isso temos uma trilha sonora ludica, de calma e melancolia, quase agridoce aos ouvidos e aos sentidos. Uma graça. Igualmente o designer do longa com uma edição e montagem que nos remete ao inconsciente constante.
Perspicaz também o uso das cores no longa. O azul, amarelo e vermelho permeiam o longa todo,. a todo instante. São cores que inconscientemente nos despertam sensação de consumo, coisas inovadoras, criatividade, marketing - o simbolo da Google tem essas cores. Cores extremamente vivas que contudo nos passam a ideia de coisas virtuais. E essa é uma alegoria mega interessante para a proposta do filme.
E os fãs da moça que não me levem a mal, mas a ScarJo esta em sua melhor performance. E não é ironia. Pela primeira vez 'vi' uma atuação interessante da moça, repleta de sentimentos, de nuances. Você não vê a Samantha mas consegue enxerga-la. Atuação vai além de expressão corporal ou facial. Atuação esta na impostação de voz também e a ScarJo assumiu totalmente esse personagem.
Mas é o Phoenix que brilha em tela. Ele consegue imprimir a dose certa de sentimentos e sensações que o personagem exige, sempre de modo contido ou mesmo particular. Não é um personagem formado pelos exageros mas sim pela contenção. E sua atuação mostra isso. Onde nos momentos de libertação - como as cenas que ele dança, corre - nos acabamos por experimentar aquela alegria, esboçamos sorrisos simplesmente por que o personagem consegue nos transbordar para aquela realidade- que no final das contas é tão parecida com a nossa atual. Amy Adans a cada dia se tornando uma atriz FODA em todos os sentdos, ainda que em um papel que não exija nada demais dela, consegue nos fazer ter ternura e simpatia a cada aparição em que surge.
Her é muito mais um filme sobre sentimentos humanos que qualquer outra coisa. Um mundo não tão distante onde as relações humanas se subvertem, onde nossa tecnologia coexiste entre nós. Onde humanos e Virtuais se confundem. Onde a priori de ser humano caminha numa relação complexa de descoberta do que é viver e não apenas sobreviver em sociedade. São mil e uma questões acerca do comportamento dessa nova geração que se inicia e que sim estamos fazendo parte em sua evolução e desenvolvimento que torna o filme uma experiencia bonita sim do ponto de vista romântico, mas dolorosa do ponto de vista ao qual nos vemos ali em cada parte de Theodore, de Samantha (serão meus sentimentos ou apenas uma programação?) e de Amy. Pessoas solitárias dentro de si mesmas que tentam a todo custo aprender a lidar com a imposição social de ser socializável e assim se encontrar.
E se é que não bastasse toda sensibilidade nas duas horas de projeção, ao final o resumo do que o espectador faz e sente involuntariamente: o som da respiração.
Um belo filme... Belo!
'E o passado é apenas uma historia que nos contamos'
eu so queria saber quem em nome de Lumié classificou esse filme como comedia?
deus é mais! Que filme puxado, tenso e doloroso... Porem as partes cômicas valem por milhões de filmes de comedia atuais realmente. No entanto a tensão que o filme carrega é tão mórbida, tão profunda que nossa senhora. É muito mais um drama complexo do que outra coisa.. filme sensacional.. que roteiro fabuloso man.. sinceramente não esperava tudo isso! to meio chocado O.o
Album de familia é brutal. Interessante como a direção de arte aqui acertou em cheio como sintetizar as emoções e tramas desenvolvidas ao longo das duas horas de projeção. Nota-se o cuidado de conceber a casa repleta de objetos, saturada, alguns sem utilidade alguma, empilhados a esmo por todos os cômodos, justamente para passar a ideia de que ali tudo é cheio demais, acumulado demais, em contraste com a liberdade de lá de fora, tão vasto e em parcimônia. A casa é fechada, escura, em tons sempre escuros, enquanto outros ambientes externos são tão claros... O calor que emana em todo lugar sem nunca ser acolhedor mas pesado, insuportável. Como em certa passagem, perguntam-se pq a casa é tão fechada, e é isso, sintetiza o que o filme mostra. AS VEZES as familias guardam tanto, se fecham tanto, ocultam tanto que não dá para saber se é dia ou é noite em seu interior. Muitas vezes nos vemos obrigados a conviver com segredos e magoas tudo em prol do que chamamos de 'familia é familia, não importa como seja, devem ficar juntas' e nisso aguentamos e suportamos pesos, transtornos e feridas que nos marcam tão profundamente que nenhuma cicatriz é capaz de fechar. Como a casa, sem jamais sabermos se nossos sentimentos por esse laço de sangue são claros ou escuros.. afinal estamos soterrados por eles. O titulo em português expressa bem a temática do filme. Quantas historias e lagrimas um retrato de família juntas escondem atrás do riso que vai amarelando através dos anos?
Como disse, ponto para a direção de arte e para a fotografia, que se não to enferrujado é bem saturada o que achei propicia. Ha uns enquadramentos bem interessantes tbm, como aqueles em que vemos a casa ao longe.
Mas o ponto alto desse filme com certeza é seu roteiro, com cenas memoráveis que assustam no grau de desenvolvimento e estrutura e assim estendo as palmas as atuações. Men juntar astros e atores competentes nem sempre dá certo num drama. E aqui cada um dá um show a parte em seus respectivos papeis. Todo personagem aqui traz um complexo estudo de personalidade. Todos. Abigail Breslin, Dermot Mulroney, Ewan McGregor, Julianne Nicholson, Juliette Lewis, Margo Martindale... cada qual expressando nas sutilezas muitas vezes o carater mais profundo das magoas e segredos que vem a tona... Porem impossível não destacar Julia Roberts e Meryl Streep que sem exceções, em todas as cenas que surgem dão um banho de atuação e visceralidade a cada fala, a cada gesto, a cada aparição. Quando juntas em cena então.. meu deus. Chega realmente a assustar e não é exagero. Julia em sua melhor forma, que mostra a cada dia que envelheceu bem. E Meryl chega a ser redundante mas realmente ela é Deus!
Um filme arrebatador que me surpreendeu positivamente, ainda que tenha deixado um nó engasgado aqui de angustia e desespero... afinal, seja lá como for e de que maneira for, de sangue ou não, todos temos familia. E qual familia não tem um 'album' assim? PU - XA - DO!
Tudo muito bem, tudo muito lindo, tudo muito tudo.. porem alguém pelo amor de jah me diz como faz para parar de cantar e escutar 'Let In Go' em todas as versões possiveis POR FAVOR? Geh Sus Crist! hahaha ta num repet tão intenso a tantos dias que to preocupado! rs ♥
12 Years a Slave que se justifica em tudo suas indicações a premios, e possiveis ganhos no oscar, num filme visceral, assombrosamente brutal e pesado, que consegue trazer momentos de time perfeitos de emoção, indignação, arrebatamento e choque.
ha um plano sequencia no final do 2° ato que é uma coisa indescritivel. Nos leva a lagrima ou ao no na garganta com facilidade. Atuações otimas tbm, em particular dos protagonistas. Talvez a unica coisa que me incomodou foi a montagem. Tenho uma dificuldade enorme em 'aceitar' montagens que levem a narrativa para o futuro, para o passado e de volta ao presente em questão de espirros para nos conduzir de volta numa especie de deja vu a epoca atual de novo. me atrapalha confesso ainda que esteticamente e conceitualmente seja otimo.
Outro que vi foi a animação da decada talvez. Que favoritei como a melhor animação da Disney que ja vi em muitos e muitos anos. Frozen! é de uma delicadeza e contudo profundidade, tecnicamente impecavel. Com personagens bem desenvolvidos e fortes, principalmente as princesas que definitivamente deixaram de esperar pelo principe e hj montam os cavalos e são suas proprias heroinas. A evolução da disney nesse quesito em acompanhar os tempos atuais sem contudo abandonar o classico dos contos de fadas é gratificante. Com cenas belíssimos também e emblemáticos, Frozen não só quebra o paradigma de amor eterno e idealizado que a propria disney ajudou a disseminar como ainda consegue nas entrelinhas promover uma mensagem que necessita ser universal de fazer nós nos aceitarmos como somos! Da maneira que nascemos sem mudar por ngm, ou necessariamente fugir. Não contermos a força que emana de nós; Me emocionei bastante na sequencia da musica Let It Go pela tradução dela... procurem saber e chorem comigo o quanto antes! Alias a volta dos números musicais tbm me agradou. É a disney se reinventando com classe e resgatando ao mesmo tempo os valores que a fazem ser o que é ate hj. Uma delicia.. mesmo! que animação gente ♥
"Fruitvale Station" - que veio para cá com o subtitulo 'A Ultima Parada" - e trata também de uma historia real que ocorreu no ano novo de 2009. E que puta filme men!
É mais um filme do tipo alerta e denuncia. Com um roteiro muito bem enxuto que tem o cuidado de delimitar bem a vida de Oscar - protagonista vivido por Michael B. Jordan e muito bem no papel ainda que não exija muito dele - junto a sua familia, mulher e filha. Como foram os anos na prisão e os motivos que levam um cara, negro dos subúrbios americanos a recorrer ao crime, ao chamado 'dar sorte' em épocas difíceis. O que gostei aqui e que vi de diferente nos mil e um roteiros com o mesmo tema de desigualdade e preconceito é que aqui não ha muito como argumentar àqueles obtusos seres que só conseguem olhar do alto da janelas de suas casas protegidas, que nada justifica o crime. Ok, sim, entendo e percebo o quão essa minha fala é complexa e perigosa, porem o que se deve entender e que o filme demonstra é que nem sempre o bandido é o vilão, nem sempre aquele cara cara negro ou branco que rouba, que vende drogas é um cara 'ruim' de índole duvidosa, de moral maldosa. Existe toda uma historia e contexto que no geral culminam numa mesma problemática: desigualdade social calcada não na economia mas sim nos anos de exclusão e discriminação seja por cor, raça, credo ou o que for nos chamados polos de 'minorias sociais'. E isso esse roteiro consegue fazer bem sem ser exatamente diplomático ou com cunho educativo. Outro ponto que credito a direção bem madura do diretor que desconheço 'Ryan Coogler', é que o filme consegue ganhar um tom de militância mais pro final sem conduto ser explicito ou levantar a famosa bandeira "fim da policia militar". Não que levanta-la e deseja-la seja necessário ou desnecessário, nada disso nem nesse contexto e nem no meu comentário, mas o filme acaba crescendo sem esse advento que a ele não é necessário ainda que a gente reflita sobre todo o sistema ao final. E que final, chocante e verdadeiramente revoltante.
Octavia Spencer esta muito bem também, nada demais, mas correta em seu papel que ao meu ver se o filme não se tratasse de 'baseado em fatos reais' poderia ser melhor desenvolvido, afinal ela encarnou uma personagem que aparenta ser forte diante da fragilidade que a vida lhe impôs. Assim, o que resta dizer é que é cruel e assustar sabermos que um fato assim ainda ocorre direto no mundo todo, nesse instante com primos, tios, amigos e desconhecidos mundo afora, e muitos deles sem o alerta/minução da informação como celulares para gravarem e denunciarem não só abusos de autoridade, mas injustiças de anos de discriminação e burrice imperdoável de uma sociedade que se diz ainda social e evoluída como o racismo, que sim, ainda existe e não só em piadas, comerciais de TV, programas de televisão ou em contas de bancos. Um ótimo filme.
"CAPITÃO PHILLIPS'. Admito que fui assistir o filme mais por curiosidade para saber o que tanto falavam sobre a atuação de Tom Hanks aqui. E sim constatei que ele anda merecendo todos os elogios feitos. Contudo quem realmente me chamou atenção foi o ator Barkahad Abdi que é o antagonista da trama, porem não como vilão necessariamente mas sim como um anti Heroi(um dia me cobrem e farei um post explicando os termos e como diferenciar ok? para quem não manja dos paranaués haha). O Ator tem origem Somalia mesmo ainda que seja atualmente um cidadão americano. Seu personagem o capitão/pirata MUSE é de uma profundidade tão exasperada e tocante que conseguimos nos solidarizar, admirar, ter ódio, aversão, pena e medo tudo em questão de minutos, dependendo da forma que ele lança seus olhares ou da impostação de sua voz. Magro, quase cadaverico ele assume as cenas em que esta presente ao lado de Tom Hanks que tem seu melhor momento no final da projeção. Se o comum é esperarmos uma atuação sóbrio porem repleta de caras e bocas e trejeitos tipicos de Hanks - e veja que não é em forma pejorativa que digo isso não, pelo contrario - aqui, ele assume um personagem mais sóbrio, calculista, que embala o espectador não exatamente pela emoção, pela pena ou solidariedade, - recursos comuns de protagonistas vitimizados em situação de sequestro ainda mais nesse caso, baseado em fatos recentes e reais-, mas através de sua força e capacidade de raciocinar em prol de uma resolução eficaz. O filme é dirigido pelo reconhecível Paul Greengrass - de voo united 93 e supremacia bourne - que não exita em imprimir sua marca quase documental em seu estilo de filmagem, em colocar a tensão e a verossimilhança das cenas de forma palpável e angustiante, com câmeras nas mãos, closes absurdos, movimentos e alteração de ângulos que nos fazem participar da trama por vezes. Palmas para o roteiro que como citei não se prende em superficialidades para nos colocar diante da trama, e principalmente não tenta se beneficiar do melodrama como artificio de fisgar a atenção e torcida do espectador. Assim quando algum personagem corre perigo de vida não nos assustamos e tememos por sua vida por sabermos de sua trajetória, por pensarmos em sua família por exemplo, pois isso ali é irrelevante, mas sim tememos e torcemos para aquela vida por ser uma ser humano em uma situação critica. Alias critico esse filme consegue ser - apesar da xenofobia meio que sem escapatória acredito em filmes hollywoodianos ainda mais dessa vertente- ao mostrar como muitas vezes um cidadão independente de qual pais esteja, é colocado literalmente a deriva pelas mãos de gente mais poderosa que eles-nós. Um ótimo filme MESMO! adrenalina pura!
Olha o Will (meu xará - em todos os sentidos =X ) e a Grace que me perdoem, mas: Karen >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>. Um Infinito todo >>>>>>> Jack >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Will & Grace.
Porque olha; não ha UMA cena da Karen que não rolo no chão de rir. ♥
alguem sabe de informações atualizadas sobre a estreia ou andamento das gravações dessa segunda temporada? como alguma data de estreia por exemplo, confirmação de elenco e tal? ansioso!
Acabei de terminar de assistir ao filme "Dentro da casa" - Dans La Maison - Que consegue ter o delicioso toque irônico francês (que não é segredo pra ninguém que amo e e sempre adorei inserir na minha escrita - e mesclar com uma trama sensível, intrigante e um estudo de narrativa muito coerente com a critica feita ali.
É recorrente ouvirmos muitos falarem "o filme é bom mas o livro é melhor". Porem aqui, essa frase não cabe, ainda que eu não tenha lido a obra ao qual o filme foi baseado, pelo único motivo de que este filme é um filme para se ler, e não somente para se assistir. é como se estivéssemos assistindo a um livro.
A grande sacada que me encantou aqui é como elevar o exercício do roteiro e conseguir transforma-lo em literatura sem perder o cunho de roteiro. é complexo quando se pensa em linguagem. O filme vai se desenvolvendo a tal ponto em que os autores das historias se transformam em personagens de suas próprias historias, é uma metalinguagem sobreposta a outra, em que viramos espectador, críticos, voyers. No baile de classe media que o filme executa, vemos tal qual 'Janela Indiscreta" uma alegoria de vidas domesticas, de vidas aparentemente secretas em sua passagem e intimidade. Se lá em "janela" espiávamos feito um grande BBB as tramas se desenvolvendo enquanto apenas observamos seu desenrolar, aqui participamos e vemos a historia sendo construída ao passo que é escrita em nossa frente e presença, espiando através da fechadura, da porta do quarto entreaberta (não por acaso o filme nos remete ao "indiscreta" no final, mas de uma forma se é que é possível um pouco mais sombria - já que o filme todo é tenso, mas nunca num nível de suspense latente. Ele é muito mais um drama.
Com atuações muito boas e personagens fortes, como disse o filme tem sua força em sua estrutura narrativa que desperta riso, emoção, e asco por nos enxergarmos um pouco no protagonista que beira a psicopatia.
Eu como 'escrevedor' confesso que me despertou uma vontade latente de voltar a escrever romances ou mesmo dissertar sobre as historias que observo. Pois tal qual o personagem prefiro o silencio e o fundo da sala, os cantos onde se pode ouvir e ver a todos sem ser notado. Isso, de observar os humanos e a vida é um exercício fascinante. e o filme expressa bem isso.
""Céline: Agora que reparei, a cor avermelhada em sua barba desapareceu. Jesse: - não desapareceu, apenas ficaram brancas. Céline: - é o que me fez eu me apaixonar por vc, vc essa cor avermelhada nas sobrancelhas de nossas filhas. Jesse: - então seu amor depende da mancha vermelha na minha barba? Celine: - não, mas sinto falta dela...""
Esse é outro dialogo chave nesse roteiro sensacional que fica martelando na minha mente direto pela sutileza em sintetizar tão bem o rumo do casale consequentemente seu final simbólico. Ah, ♥
tem certos filmes que deveriam vir com alerta alem da classificação etária, sobre possível paixão devastadora e apego após assisti-los.. .-.
''sabe o que esta acontecendo aqui? é muito simples. eu acho que eu ja não te amo mais.''
doeu ate a ultima geração e em cada ancestral meu :/
Que filme. Que final (sera?) de uma trilogia IMPECÁVEL! é um risco enorme usar palavas como 'perfeito, irretocável, sem erros' e etc para filmes. Afinal toda arte é humana e por isso mesmo passível de imperfeições. Porem me atrevo aqui, me fazendo alvo do erro se ele existir e declarar que essa é uma Trilogia PERFEITA. É o romance definitivo na historia do cinema, que tal qual seus atores envelheceu bem, da maneira correta, de maneira absoluta, hipnotizante, sofrida e encantadora. Celine e Jesse são O CASAL. Em suas imperfeições e diferenças possuem uma química tão palpável que mesmo lá em 94 ja sentíamos que o conhecíamos pessoalmente. Ja fazem parte de nos cinéfilos que acompanhamos por longos 18 anos uma jornada de amor e entrega. É dificil deixar o emocional de lado ao analisar uma obra assim que carrega uma historia tão particular e unica a cada espectador. Ainda assim se analisarmos isoladamente e racionalmente essa terceira parte, é possivel sim concordar que é a melhor das 3 partes por um unico motivo: tempo. No nascimento dessa historia la em 94 ainda que belissimo, apaixonado, lidavamos com uma relação, um roteiro calcado nos contos de fadas. Um dia perfeito, prometendo uma vida perfeita e eterna. No segundo lá em 2003, houve um choque de realidade mas com uma esperança ainda latente. Uma historia mais vivida, mas não amadurecida o suficiente. Aqui em 2013 finalmente o amadurecimento. O roteiro mais coeso, mais real, sem abandonar jamais o conto de fadas que todos nós precisamos para sobreviver no mundo, ainda mais no amor, mas com toques de sabedoria de entendimento. Tudo se elucida na passagem do almoço, em que todos estão na mesa conversando, e a senhora mais velha da mesa conta a historia do marido ja falecido. Aquilo é esse antes da meia noite. aquilo justifica seu final. Sim, sou um jovem velho lobo romântico e ainda creio que o Antes do amanhecer ainda existe. Porem, a Meia Noite esta aí para encerrar um ciclo... é preciso vir a noite, escurecer o brilho todo para finalmente se conhecer melhor a nos mesmos (a velha diz que no sol, na luz ele desaparecia não?)
Um filme delicioso, hipnotizante, apaixonante. Definitivo e eterno tal qual sua memoria em cada um que o apreciou seja por esses longos 18 anos ou agora.
To meio emocionado na verdade de poder escrever ao final desse ciclo, tenho 24 anos de idade, estudo cinema, sonho em ser escritor e ganhar a vida assim um dia, e convivi com Celine e Jesse ao menos uma vez por ano, por 10 anos. Por 10 anos busquei ali referencias, busquei consolo, busquei esperança, esquecimento, inspiração para meu futuro profissional... Busquei apego e a mim mesmo. E nunca me decepcionei. E chegar aqui sabendo que a historia que tanto elucido me brindou com um nivel e uma realização tão intensa, tão delicada, tão profunda em níveis maiores ainda que os anteriores, com diálogos arrebatadores e imagens belíssimas.. man, não tem preço que pague o que isso causa aqui dentro ♥
No mais: Sempre existe aquilo que vem Antes da Madrugada... quem sabe.. hehe
Spring Break não só consegue elucidar uma característica calcada entre a mudança da passagem da vida adolescente para a vida adulta atual como ainda calca esse período em um espetáculo sensorial e visual impecável ao trazer sua critica e alerta de uma Babilônia descontrolada que vivemos a anos - não é exclusividade da juventude atual-. Esse filme é quase uma Juventude Transviada do seculo XXI com um potencial visual incrível e confesso surpreendente. As cores e a fotografia extremamente saturada e de luzes vazadas que contrastam com o designer gráfico e sonoro - man, que desenho de som incrível e difícil de se obter com essa montagem e edição tão complexo e corrida- própria dos vídeo clipes - que o filme traz. Meu esse diretor merece palmas só por conseguir isso; são um ponto forte indiscutível. As atuações bem bacanas, as meninas estão soberbas em papeis dificeis, que exigem que suas ações demonstrem a intenção do roteiro de mostrar meninas perdidas em sua própria identidade moral, em relação a sua aparente inocência e por isso mesmo periculosidade; com destaque obvio de James não só pelo complexo papel que exerce mas por conseguir transitar entre protagonista, antagonista, anti herói e vilão em segundos apenas com seu ar caricatural de gangster americano, que é fragil em seus sentimentos mas cruel em seus planos e ações, beirando a loucura. O enxerto de colocar britney Spears como base das cenas ponto chaves- no sentido de metaforicamente denunciarem para onde o filme caminha e para marcar a passagem de atos da narrativa tbm diga-se de passagem - foi muito bem acertado uma vez que colocar um icone pop que enfrentou a sensação de estar perdida, que marcou a juventude justamente dessa mesma parcela de sociedade que o filme tem como alvo ao criticar e alertar é inteligente. Ainda que as técnicas de filmagem que querem mostrar a repetição, o vazio, a osmose, a falta de direção, as luzes neon com os closes, a câmera sem nivelamento, ser um artificio correto para passar essa sensação ao espectador de incomodo, achei em dado momento mais para o final um pouco demais, mas nada que prejudique muito o filme não. Aé achei curioso a decisão de mostrar os locais moralmente aceitos/corretos na vida de um jovem como escola, igreja por exemplo serem mostrados como lugares opressivos de luz baixo, de enquadramentos que sufocam que assiste e os personagens que a ele esta inserido. O mesmo sobre a escolha de mostrar as falas das garotos demonstrando uma coisa e as ações e rimas visuais demonstrarem outra. A imagem representando a verdade onisciente em paralelo com a voz off. O mesmo digo da montagem que intercala ações futuras e passadas com de outros tempos e fora da própria narrativa evocando o espirito daquela juventude, daqueles garotos e garotas. Ponto ao climax tbm que ao invés de entregar um final de redenção ou julgamento escolhe como todo o filme atuar como mero registro de uma fase/ momento de vida de dado personagem e só. deixando a nós compreender, e formular teorias e teses sociais mesmo de como chegamos em um panorama assim, dia a dia do nosso lado - mesmo nós mesmos vivendo isso de dentro e não somente com olhos de fora - .
Enfim um bom filme, que representa bem o campo em que resolveu mostrar e dissertar. :)
Minha critica de TATUAGEM filme de Hilton lacerta que desponta na minha lista incontestavelmente como um dos melhores lançamentos de 2013.
(corre que da tempo ainda de terminar o ano bem) #Criticofilia
''Com recursos ate mesmo timidamente metalinguístico, esse que pode se confundir como “o Moulin Rouge do subúrbio, a Broadway dos pobres, o Studio 54 da favela”, não só transgride o limite ainda existente entre o Cinema nacional atual entre sua arte, seu discurso e execução, como de maneira quase anárquica nos deixa marcados com nossos questionamentos – ainda que saiamos dele de maneira branda e leve, em parte por sua trilha sonora saudosista -. (...) Tatuagem é, sobretudo humano. Um retrato pertinente à nosso país e ao mundo, que de fato explode como um gigantesco e profundo desamarrado cu, e que tem cheiro doce.''
Poucos filmes conseguem ultrapassar a barreira que eu coloco entre eu, e eu mesmo. Mas os que conseguem, atingem camadas e profundidades tão sensíveis que machucam, ferem, sangram - e algumas vezes infeccionam-. "Azul é a Cor Mais Quente" conseguiu tal proeza. Não sangrou, não infeccionará, mas machucou. Isso por que o filme vai além do 'teor' homossexual/afetivo. O que esta em pauta em "Azul'' são as descobertas de identidade. é o despertar do nosso verdadeiro ser. explico. Azul é a cor mais quente (alias ótimo nome nacional, melhor ate talvez do que o original que seria algo do tipo a Vida de Adele) lida com escolhas, de ser e aceitar quem se é, e não falo somente de sexualidade e afetividade. Falo de tudo, profissão, emocional, psicológico, sensitivo, de fé, crença, familiar. Um filme que mostra o trajeto da vida em que descobrimos ou que tentamos como dia apos dia descobrir quem somos no mundo e o que o mundo é em nós.
Não soltarei spoilers obviamente mas é impossível não falar de duas cenas especificas dessa Obra. Uma acontece quando Adele após uma cena em que tem um sonho erótico, vai do prazer a angustia. Ao sofrimento real, que nenhum grito ou mesmo ferida aberta conseguem explicitar. Já senti e muitas vezes sinto tal sentimento, tal sensação, tal dor. Que não pode ser medida, testada, explicada, compreendida, uma vez que é como impressão digital - cada um possui uma de formas diferentes. Mas a reação é universal. é angustiante e belo do ponto de vista cinematográfico a maneira que é mostrada. A segunda ocorre num parque/praça a céu aberto onde as cores azul se tornam mais evidente na protagonista, nela e alem dela (objetos, céu em contraste mais forte, reflexo em vidros e etc -. é lindo como esse recurso de rima visual usado no filme beneficia não só a narrativa mas a própria construção emocional da personagem e seus dilemas a enfrentar.
mérito das atrizes que dão um show de interpretação, talvez esteja dizendo besteira, mas que ficara marcado por um longo tempo na cinematografia de ambas. Não é surpresa que o cinema francês sempre nos presenteia com ótimas atuações, ótimas produções se excelentes roteiros, mas "Azul' abusa. E vai alem de si mesmo. Se torna um ode universal da busca do ser humano e com engajo na liberdade que a sociedade atual tanto busca sem saber como transforma-la e libertação ao invés de um beco sem saída - ou com muitas saídas sem saber qual a correta a se seguir.
Destaque a atuação mais uma vez da personagem da Adele, que sinceramente merece todos os Oscar do próximo ano, por cada caguete dos cabelos que adquiriu, por cada lagrima derramada e dedicação ao compor uma personagem tão profunda e complexa.
Ponto também para o que achei de mais interessante curioso. Como disse o cinema francês tem lá suas características particulares e uma delas é a metaforização que fazem com a comida. Aqui a quase gula tem um significa exemplar e coerente com a trama. A comida soa quase como gula mesmo, não parece haver satisfação. cada vez que surge alguém comendo em cena temos a sensação mais de incomodo do que de desejo, ainda que ele denote no filme o desejo como a fome. é complexo, e genial. Ponto também para a arte do filme que consegue delimitar bem os espaços condizentes com cada núcleo desde pequenos acessórios como brincos, desenhos nas paredes, ate a tipos de talheres, panelas, flores.
talvez o filme só peque no andamento em dado momento, e não falo da duração. A duração é correta para a proposta e para a necessidade que os personagens precisam para serem estudados e mostrados. Seria impossível trabalhar uma personagem como a Adele nessa trama sem no minimo 2 horas e meia de metragem. Isso por que a historia tem forma nas particularidades dos sentimentos dos personagens e para entendermos eles e eles terem justificativa, precisam ser embrenhados a fundo. O filme faz bem isso. porem, ao mesmo tempo em que dedicam exaustivamente tempo para os protagonistas e aqueles relevantes a eles, esquecem em dado momento o todo do cenário panorâmico que traçaram e aqui falo especificadamente da homossexualidade.
Não ha explicação nem mesmo explicita de como Adele e seu mundo lidam com sua sexualidade. O filme adentra esse trecho mas não o conclui (aqui talvez haja spoiler vai -
apos a passagem de tempo longa que há, não fica claro como os pais de adele reagiram a sexualidade da filha, ate onde isso fica explicito ao mundo, aos amigos. Não há enfrentamento dela com o mundo por entender que é lésbica - ou bissexual que é o que para mim é a leitura que fiquei - somente dela, com ela mesma.
Não é ruim, alias isso que torna o filme grande e tão além de seus colegas de gênero atuais, mas para a narrativa faltou).
Ponto também para a nudez e a eroticidade mostrada sem pudor nenhum e com o tom assertivo de como deve ser mostrado. Pra mim quanto mais pele e sexo houver melhor, não por questões de levianidade ou luxuria, mas por que é natural, ja passou da hora do mundo compreender e aceitar deixar de ser hipócrita e ver que o sexo, e nosso corpo é natural. Não ha o que esconder, temer, impressionar. Mas o filme consegue se ater a historia quando escolhe mostrar as cenas de sexo e a nudez. Quando elas surgem não estão ali para impressionar ou chocar e menos ainda para banalizar. mas sim para mostrar algo necessário a trama: a descoberta, a experimentação. Como disse o filme fala sobre se descobrir e se auto afirmar. E nos nos descobrimos como ego a partir do nosso corpo. So sabemos quem somos depois que descobrimos o corpo que temos, por dentro e por fora. E é isso que cada cena, cada minuto mais intenso e menos intenso de sexualidade e erotização no filme possui. é arte em seu mais puro grau. Enfim, um filme belíssimo, instigante, difícil, doloroso, que me deixou atordoado, machucado e encantado. palmas de pé em cima da mesa, independente das polemicas da realização entre produção, direção e elenco.
No Mais: Sempre vale a pena buscarmos enxergar ou descobrir qual é ou são nossas cores mais quentes :)
ps: confesso que me incomodou um pouco o esteriótipo implícito em torno das personagens femininas lésbicas. Nada explicito ou forçado, nada que renda algo que mantenha a visão errônea de que 'toda lésbica tem traços masculinos ou mais rudes' e etc... mas Há uma padronização, principalmente na cena
em que mesmo sua persona imagética se altera como se o exterior precisa-se denotar sexualidade ou afetividade. Mas isso não é critica ao filme, é só comentário extremamente pessoal mesmo.
ansiedade que não me cabe. Dai leio essa opinião de quem já assistiu (teve a sorte do ano!) https://www.facebook.com/photo.php?fbid=3775123754675&set=a.2679613167595.72540.1774284072&type=1&theater e toda a ansiedade aumenta. Cade janeiro meu deus!? cade!
Que delicia de filme meu deus do céu! Que delicia.
Eu ri, refleti, ri mais, ri mais um pouco e ri de novo e então me peguei emocionado tremendamente.
"Cine Holliudy'' com direção de Halder Gomes evoca o cinema de advento desde mazzaropi e passa ate ao inevitável alusão ao Cinema Paradiso. Digo isso porque se por um lado ele nos faz rir com uma teatralização e caraterização tipicas do mazzaropi alem do fato de ter aquela força característica do nordeste do país, criticando com humor as burocracias e diferenças de classes sociais, ele tbm promove um profundo Ode ao cinema mundial e nacional. recriando cenas que fazem paralelo direto com inúmeras obras, nos remetendo a uma sensação de nostalgia incrível, que faz com que qualquer cinéfilo se apaixone.
Ha seus pontos fracos como o ritmo desigual que não consegue se decidir. Mas tudo isso é eclipsado pela vontade latente dos personagens maravilhosos e extremamente cômicos e caso eu não esteja enganado ou apenas cego de amor haha, a linguagem que se assemelha muito a da Tv, justamente serve para contrapor com o que o próprio filme lida. O advento da Tv vindo para colocar em xeque o Cinema de exibição. Assim ao meu ver não por acaso o filme esteticamente tem um cunho muito mais televisivo do que cinematográfico- não ha sutileza- e isso para mim é um ponto mega positivo e pertinente. Inclusive o filme teoriza o quanto o Cinema tem e teve que se desdobrar em se juntar a Tv, com o teatro, o teor circense mesmo, o velho 'contador de historias' que lida com a imaginação do publico para sobreviver como cinema que conhecemos hoje em dia.
Em fim, um filme maravilhoso, que diverte e emociona os mais mimimi's como eu.
recomendo e recomendo e recomendo mais uma vez para recomendar de novo.
Nem sabia que já havia lançado por ai esse filme. me lembro que quando soube da existência dele, fiquei mega curioso. Afinal a mitica vampirica tem sido uma das culturas pop mais exuastivamente saturadas nos ultimos anos. Seja no cinema, nas HQ's, livros, games, e etc. Então não é surpresa que quando fico sabendo de algum lançamento novo do genero eu já fique com um pé atrás. porem com esse foi diferente pelo nome envolvido na direção : "Neil Jordan", o mesmo nome por trás do Otimo e clássico "Entrevista com O Vampiro".
Daí fui assistir esperançoso e... Não me decepcionei mas também não era o que eu achava que seria. Porem um bom filme.
Byzantium
Na trama escrita por Moira Buffini, uma vampira (Gemma Arterton) transforma a sua filha (Saoirse Ronan). Juntas, levam uma vida letal como chupadoras de sangue, frequentemente fingindo-se irmãs.
Essa é a sinopse oficial mas o filme vai além. Na real o filme traça um paralelo entre a mítica por trás do vampirismo em seu cunho fantástico(fugindo do religioso) e a exploração da mulher através dos seculos, pela sociedade patriarcal.
Mas nada aprofundando. O interessante mesmo alem das atuações bonitinhas rs é o clima de suspense e tensão crescente que esse diretor parece dominar bem no gênero. Ainda que não haja qualquer perigo imediato em alguma cena, vc fica em alerta. Sente o ritmo pesado entre os personagens, suas vidas, seus dilemas. O tom soturno e carregado obviamente se dá a trilha sonora, e aos tons escuros da paleta de cores- carregados obvio no vermelho, preto, cinza, e erc-.
Mas o que mais gostei, foi que revitalizaram a sua maneira a figura do vampiro, aqui não há seres malignos com super força, super velocidade, com dentes caninos afiados enlouquecidos por sangue e destruição. Não há seitas ou seres de beleza sobre humana que fogem da luz do dia e se resguardam em tocas ou usam roupas saídas das mais estilosas grifes de moda.
Não. São seres imortais, que se sustentam de sangue, em sua vida eterna sem doenças e muitas vezes sem proposito. O frio deles não esta na pele que sim é quente, mas na existência do tempo que demora a passar e cuja a própria historia jamais podem contar ou mesmo provar a ninguém.
Como uma personagem diz:' escrevo minha historia todos os dias, na esperança de que assim ela exista, já que eu não posso contar jamais, por ela conter a verdade que ninguém pode saber, e as jogo ao vento, para que ele o leve embora".
Um bom suspense/drama que foge das formulas 'habituais' desse gênero.
Fico tão, mas tão feliz - SÓ QUE NÃO MESMO - quando assisto a um filme e não consigo me decidir se gostei ou não (e pior, não saber o porque que não sei do porque).
Aconteceu isso com esse 'The Necessary Death of Charlie Countryman' - que veio para ca com outro nome pelo que me disseram.
O caso é que o filme conta com atuações espetaculares e sóbrias (o que é isso? Simples, são atuações densas, com tons viscerais de intensidade sem contudo haver gente puxando cabelo, rolando no chão e etc etc.. sem exaltação), com uma direção segura do que quer, uma fotografia bonita, meio plastificada e que dá um tom de ilusão e magia para o filme, que condiz com o roteiro com falas boas, bem sacado alias, que tem uma dualidade bem instigante, que flerta entre o fabuloso e o real na mesma medida. O filme tem momentos engraçados - geralmente as passagens de morte - e momentos tensos. Dá uma liçãozinha ética e de auto-ajuda ótima também e nos deixa- me deixou- com a sensação de que é quase um 'alice no pais das maravilhas' versão sinistra e urbana masculina. Não sei. E tem Rupert Grint no elenco com uma ereção provocada por 6 viagras húngaros.. ou seja.. sabe! Interessante é e muito o filme.
(shia esta numa atuação impressionante e que convence, a Evan rachel - aquela de Aos Treze - com aquela expressão 'sou sexy e revoltada' porem que tbm se encaixa no papel e ate mesmo o Mads Mikkelsen sendo ele mesmo - ou seja, sendo fodão -.) Mas o que ta me causando incomodo é a intenção do filme. Onde ele queria chegar. Por vezes lembra um clipe em formato de longa metragem e por horas parece ser uma tese psicanalitica de perda e culpa. Talvez seja os dois. Mas veem o problema? É sempre um 'talvez".
Recomendo? Sim. Sempre recomendo. Gostei: não sei. Veria de novo? verei!
é isso.
ps: to ate agora tentando compreender a sequencia final, o tempo das ações ali. De duas uma, ou a montagem foi infeliz, ou eu cochilei e nem percebi pq.. ps²: concordo com a ira da Evan Rachel ao criticar o corte moralzinho fdp e babaca covarde da cena de sexo oral que ela recebe! A cena ali não só era pertinente como necessária para a própria concepção da personagem e da relação entre ela e o personagem que esta com ela em cena. ¬¬ moralismo estupido a cada dia me irritando mais e prejudicando a arte como um todo
Os Croods
3.7 1,1K Assista Agorauma preguiça daquela para chamar de minha faz favor! ^^
Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraFinalmente consegui terminar essa bagaça hahaha
E não é ruim. Porem é uma chatice de enrolação sem tamanho. Explico.
O filme é ótimo, baseado nos anos 70 possui toda uma estética da década, estética não somente na direção de arte, mas na fotografia que que imprime uma plastica retrô, granulada de cores apagadas que nos remete a filmagens feitas naquela época com aquela qualidade de imagem. O mesmo para as técnicas de filmagens que usam enquadramentos e posicionamentos e movimentos de câmera característicos da época.. onde tudo é evidenciado sem sutilezas, com zoons rápidos, cortes entre falas, detalhes assim que algo é mencionado e direcionado ao objeto ou gesto. Somente nisso o filme ja cresce muito.
O mesmo para o figurino impecável, e as atuações. e aqui polemica. A Amy esta muito bem no papel, mas longe de ser uma atuação que marque. Ela tem alguns momentos memoráveis mas nada que justifique indicações a tantos prêmios por mérito. é uma grande atriz, num bom papel, com uma atuação boa, não 'sensacional'. O mesmo dos outros 5 atores principais do núcleo. JawLa de fato é uma atriz muito boa, expressiva de talento. Mas continuo com a mesma opinião do ano passado. O melhor papel dela ate hj foi no filme "Inverno da Alma" la ela merecia todos os méritos e indicações e prêmios. Ano passado ela não mereceu o Oscar diante de suas concorrentes e esse ano a mesma coisa. Não dá para compreender. Se levar o premio sera unica e exclusivamente por campanha e não pq 'foi a melhor' entendem? Sua atuação aqui esta apenas correta. um trabalho de uma atriz em ascensão com marca já própria, num papel bom também, interessante mas que não exige nada demais dela a ponto de lhe absorver uma atuação digna de Oscar por exemplo. Mas que seja.
Quem realmente esta bem aqui é o Cooper. O ator consegue nos fazer esquecer do ator por trás do personagem e isso é surpreendente.
Trilha sonora saudosista ne sempre agrada. Mas como disse, apesar de tudo isso torna-lo um bom filme, isso so ocorre com uma hora de duração. Antes disso o filme se perde em explicações desnecessárias que o tornam longo demais sem justificativa alguma, em outras palavras: chato ou massante. Apos uma hora de projeção finalmente nos embalamos na trama e realmente eu final vale a pena - intrigas sempre agradam no final das contas-. Em todo caso...
mereceu as indicações que teve? sim.
Merece levar alguma coisa? Sim, principalmente as técnicas.
é o melhor entre os concorrentes de sua temporada? não. Mas é um bom filme. Não é ótimo ou inesquecível. Apenas bom e por isso vale a paciência.
Ela
4.2 5,8K Assista Agora''O coração não é uma caixa que pode ser preenchida. Ele se expande por dentro o quanto mais você ama. Eu sou sua e não sou.''
Penso assim: Se Meryl Streep é Deus Al Pacino tbm o é. E para todas as outras coisas da vida Joaquin Phoenix é uma religião de respeito ♥
Que roteiro fabuloso e pertinente. Her que o nome ja denuncia sobre o que realmente trata, não só nos trás uma bela historia de amor e relacionamento como um panorama de futuro já quase presente dos moldes que nós nos relacionamos com nós mesmos em busca de compreensão de nosso tempo e espaço físico e espacial.
Para isso temos uma trilha sonora ludica, de calma e melancolia, quase agridoce aos ouvidos e aos sentidos. Uma graça. Igualmente o designer do longa com uma edição e montagem que nos remete ao inconsciente constante.
Perspicaz também o uso das cores no longa. O azul, amarelo e vermelho permeiam o longa todo,. a todo instante. São cores que inconscientemente nos despertam sensação de consumo, coisas inovadoras, criatividade, marketing - o simbolo da Google tem essas cores. Cores extremamente vivas que contudo nos passam a ideia de coisas virtuais.
E essa é uma alegoria mega interessante para a proposta do filme.
E os fãs da moça que não me levem a mal, mas a ScarJo esta em sua melhor performance. E não é ironia. Pela primeira vez 'vi' uma atuação interessante da moça, repleta de sentimentos, de nuances. Você não vê a Samantha mas consegue enxerga-la. Atuação vai além de expressão corporal ou facial. Atuação esta na impostação de voz também e a ScarJo assumiu totalmente esse personagem.
Mas é o Phoenix que brilha em tela. Ele consegue imprimir a dose certa de sentimentos e sensações que o personagem exige, sempre de modo contido ou mesmo particular. Não é um personagem formado pelos exageros mas sim pela contenção. E sua atuação mostra isso. Onde nos momentos de libertação - como as cenas que ele dança, corre - nos acabamos por experimentar aquela alegria, esboçamos sorrisos simplesmente por que o personagem consegue nos transbordar para aquela realidade- que no final das contas é tão parecida com a nossa atual. Amy Adans a cada dia se tornando uma atriz FODA em todos os sentdos, ainda que em um papel que não exija nada demais dela, consegue nos fazer ter ternura e simpatia a cada aparição em que surge.
Her é muito mais um filme sobre sentimentos humanos que qualquer outra coisa. Um mundo não tão distante onde as relações humanas se subvertem, onde nossa tecnologia coexiste entre nós. Onde humanos e Virtuais se confundem. Onde a priori de ser humano caminha numa relação complexa de descoberta do que é viver e não apenas sobreviver em sociedade. São mil e uma questões acerca do comportamento dessa nova geração que se inicia e que sim estamos fazendo parte em sua evolução e desenvolvimento que torna o filme uma experiencia bonita sim do ponto de vista romântico, mas dolorosa do ponto de vista ao qual nos vemos ali em cada parte de Theodore, de Samantha (serão meus sentimentos ou apenas uma programação?) e de Amy.
Pessoas solitárias dentro de si mesmas que tentam a todo custo aprender a lidar com a imposição social de ser socializável e assim se encontrar.
E se é que não bastasse toda sensibilidade nas duas horas de projeção, ao final o resumo do que o espectador faz e sente involuntariamente: o som da respiração.
Um belo filme... Belo!
'E o passado é apenas uma historia que nos contamos'
Álbum de Família
3.9 1,4K Assista Agora''eat fish, eat fish, eat fish, eat fish, eat fish, eat fish,eat fish!!!''
eu so queria saber quem em nome de Lumié classificou esse filme como comedia?
deus é mais! Que filme puxado, tenso e doloroso...
Porem as partes cômicas valem por milhões de filmes de comedia atuais realmente. No entanto a tensão que o filme carrega é tão mórbida, tão profunda que nossa senhora. É muito mais um drama complexo do que outra coisa.. filme sensacional.. que roteiro fabuloso man.. sinceramente não esperava tudo isso! to meio chocado O.o
Album de familia é brutal. Interessante como a direção de arte aqui acertou em cheio como sintetizar as emoções e tramas desenvolvidas ao longo das duas horas de projeção. Nota-se o cuidado de conceber a casa repleta de objetos, saturada, alguns sem utilidade alguma, empilhados a esmo por todos os cômodos, justamente para passar a ideia de que ali tudo é cheio demais, acumulado demais, em contraste com a liberdade de lá de fora, tão vasto e em parcimônia. A casa é fechada, escura, em tons sempre escuros, enquanto outros ambientes externos são tão claros... O calor que emana em todo lugar sem nunca ser acolhedor mas pesado, insuportável. Como em certa passagem, perguntam-se pq a casa é tão fechada, e é isso, sintetiza o que o filme mostra. AS VEZES as familias guardam tanto, se fecham tanto, ocultam tanto que não dá para saber se é dia ou é noite em seu interior. Muitas vezes nos vemos obrigados a conviver com segredos e magoas tudo em prol do que chamamos de 'familia é familia, não importa como seja, devem ficar juntas' e nisso aguentamos e suportamos pesos, transtornos e feridas que nos marcam tão profundamente que nenhuma cicatriz é capaz de fechar. Como a casa, sem jamais sabermos se nossos sentimentos por esse laço de sangue são claros ou escuros.. afinal estamos soterrados por eles.
O titulo em português expressa bem a temática do filme. Quantas historias e lagrimas um retrato de família juntas escondem atrás do riso que vai amarelando através dos anos?
Como disse, ponto para a direção de arte e para a fotografia, que se não to enferrujado é bem saturada o que achei propicia. Ha uns enquadramentos bem interessantes tbm, como aqueles em que vemos a casa ao longe.
Mas o ponto alto desse filme com certeza é seu roteiro, com cenas memoráveis que assustam no grau de desenvolvimento e estrutura e assim estendo as palmas as atuações.
Men juntar astros e atores competentes nem sempre dá certo num drama. E aqui cada um dá um show a parte em seus respectivos papeis. Todo personagem aqui traz um complexo estudo de personalidade. Todos. Abigail Breslin, Dermot Mulroney, Ewan McGregor, Julianne Nicholson, Juliette Lewis, Margo Martindale... cada qual expressando nas sutilezas muitas vezes o carater mais profundo das magoas e segredos que vem a tona... Porem impossível não destacar Julia Roberts e Meryl Streep que sem exceções, em todas as cenas que surgem dão um banho de atuação e visceralidade a cada fala, a cada gesto, a cada aparição. Quando juntas em cena então.. meu deus. Chega realmente a assustar e não é exagero. Julia em sua melhor forma, que mostra a cada dia que envelheceu bem. E Meryl chega a ser redundante mas realmente ela é Deus!
Um filme arrebatador que me surpreendeu positivamente, ainda que tenha deixado um nó engasgado aqui de angustia e desespero... afinal, seja lá como for e de que maneira for, de sangue ou não, todos temos familia. E qual familia não tem um 'album' assim?
PU - XA - DO!
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraTudo muito bem, tudo muito lindo, tudo muito tudo..
porem alguém pelo amor de jah me diz como faz para parar de cantar e escutar 'Let In Go' em todas as versões possiveis POR FAVOR? Geh Sus Crist! hahaha ta num repet tão intenso a tantos dias que to preocupado! rs ♥
12 Anos de Escravidão
4.3 3,0K12 Years a Slave que se justifica em tudo suas indicações a premios, e possiveis ganhos no oscar, num filme visceral, assombrosamente brutal e pesado, que consegue trazer momentos de time perfeitos de emoção, indignação, arrebatamento e choque.
ha um plano sequencia no final do 2° ato que é uma coisa indescritivel. Nos leva a lagrima ou ao no na garganta com facilidade. Atuações otimas tbm, em particular dos protagonistas.
Talvez a unica coisa que me incomodou foi a montagem. Tenho uma dificuldade enorme em 'aceitar' montagens que levem a narrativa para o futuro, para o passado e de volta ao presente em questão de espirros para nos conduzir de volta numa especie de deja vu a epoca atual de novo. me atrapalha confesso ainda que esteticamente e conceitualmente seja otimo.
Um puta filme com Puta maiúsculo!
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraOutro que vi foi a animação da decada talvez. Que favoritei como a melhor animação da Disney que ja vi em muitos e muitos anos.
Frozen! é de uma delicadeza e contudo profundidade, tecnicamente impecavel. Com personagens bem desenvolvidos e fortes, principalmente as princesas que definitivamente deixaram de esperar pelo principe e hj montam os cavalos e são suas proprias heroinas. A evolução da disney nesse quesito em acompanhar os tempos atuais sem contudo abandonar o classico dos contos de fadas é gratificante.
Com cenas belíssimos também e emblemáticos, Frozen não só quebra o paradigma de amor eterno e idealizado que a propria disney ajudou a disseminar como ainda consegue nas entrelinhas promover uma mensagem que necessita ser universal de fazer nós nos aceitarmos como somos! Da maneira que nascemos sem mudar por ngm, ou necessariamente fugir. Não contermos a força que emana de nós; Me emocionei bastante na sequencia da musica Let It Go pela tradução dela... procurem saber e chorem comigo o quanto antes!
Alias a volta dos números musicais tbm me agradou. É a disney se reinventando com classe e resgatando ao mesmo tempo os valores que a fazem ser o que é ate hj. Uma delicia.. mesmo! que animação gente ♥
Fruitvale Station - A Última Parada
3.9 333 Assista Agora"Fruitvale Station" - que veio para cá com o subtitulo 'A Ultima Parada" - e trata também de uma historia real que ocorreu no ano novo de 2009. E que puta filme men!
É mais um filme do tipo alerta e denuncia. Com um roteiro muito bem enxuto que tem o cuidado de delimitar bem a vida de Oscar - protagonista vivido por Michael B. Jordan e muito bem no papel ainda que não exija muito dele - junto a sua familia, mulher e filha. Como foram os anos na prisão e os motivos que levam um cara, negro dos subúrbios americanos a recorrer ao crime, ao chamado 'dar sorte' em épocas difíceis. O que gostei aqui e que vi de diferente nos mil e um roteiros com o mesmo tema de desigualdade e preconceito é que aqui não ha muito como argumentar àqueles obtusos seres que só conseguem olhar do alto da janelas de suas casas protegidas, que nada justifica o crime. Ok, sim, entendo e percebo o quão essa minha fala é complexa e perigosa, porem o que se deve entender e que o filme demonstra é que nem sempre o bandido é o vilão, nem sempre aquele cara cara negro ou branco que rouba, que vende drogas é um cara 'ruim' de índole duvidosa, de moral maldosa.
Existe toda uma historia e contexto que no geral culminam numa mesma problemática: desigualdade social calcada não na economia mas sim nos anos de exclusão e discriminação seja por cor, raça, credo ou o que for nos chamados polos de 'minorias sociais'. E isso esse roteiro consegue fazer bem sem ser exatamente diplomático ou com cunho educativo.
Outro ponto que credito a direção bem madura do diretor que desconheço 'Ryan Coogler', é que o filme consegue ganhar um tom de militância mais pro final sem conduto ser explicito ou levantar a famosa bandeira "fim da policia militar". Não que levanta-la e deseja-la seja necessário ou desnecessário, nada disso nem nesse contexto e nem no meu comentário, mas o filme acaba crescendo sem esse advento que a ele não é necessário ainda que a gente reflita sobre todo o sistema ao final.
E que final, chocante e verdadeiramente revoltante.
Octavia Spencer esta muito bem também, nada demais, mas correta em seu papel que ao meu ver se o filme não se tratasse de 'baseado em fatos reais' poderia ser melhor desenvolvido, afinal ela encarnou uma personagem que aparenta ser forte diante da fragilidade que a vida lhe impôs. Assim, o que resta dizer é que é cruel e assustar sabermos que um fato assim ainda ocorre direto no mundo todo, nesse instante com primos, tios, amigos e desconhecidos mundo afora, e muitos deles sem o alerta/minução da informação como celulares para gravarem e denunciarem não só abusos de autoridade, mas injustiças de anos de discriminação e burrice imperdoável de uma sociedade que se diz ainda social e evoluída como o racismo, que sim, ainda existe e não só em piadas, comerciais de TV, programas de televisão ou em contas de bancos.
Um ótimo filme.
Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista Agora"CAPITÃO PHILLIPS'. Admito que fui assistir o filme mais por curiosidade para saber o que tanto falavam sobre a atuação de Tom Hanks aqui. E sim constatei que ele anda merecendo todos os elogios feitos. Contudo quem realmente me chamou atenção foi o ator Barkahad Abdi que é o antagonista da trama, porem não como vilão necessariamente mas sim como um anti Heroi(um dia me cobrem e farei um post explicando os termos e como diferenciar ok? para quem não manja dos paranaués haha). O Ator tem origem Somalia mesmo ainda que seja atualmente um cidadão americano.
Seu personagem o capitão/pirata MUSE é de uma profundidade tão exasperada e tocante que conseguimos nos solidarizar, admirar, ter ódio, aversão, pena e medo tudo em questão de minutos, dependendo da forma que ele lança seus olhares ou da impostação de sua voz. Magro, quase cadaverico ele assume as cenas em que esta presente ao lado de Tom Hanks que tem seu melhor momento no final da projeção. Se o comum é esperarmos uma atuação sóbrio porem repleta de caras e bocas e trejeitos tipicos de Hanks - e veja que não é em forma pejorativa que digo isso não, pelo contrario - aqui, ele assume um personagem mais sóbrio, calculista, que embala o espectador não exatamente pela emoção, pela pena ou solidariedade, - recursos comuns de protagonistas vitimizados em situação de sequestro ainda mais nesse caso, baseado em fatos recentes e reais-, mas através de sua força e capacidade de raciocinar em prol de uma resolução eficaz.
O filme é dirigido pelo reconhecível Paul Greengrass - de voo united 93 e supremacia bourne - que não exita em imprimir sua marca quase documental em seu estilo de filmagem, em colocar a tensão e a verossimilhança das cenas de forma palpável e angustiante, com câmeras nas mãos, closes absurdos, movimentos e alteração de ângulos que nos fazem participar da trama por vezes. Palmas para o roteiro que como citei não se prende em superficialidades para nos colocar diante da trama, e principalmente não tenta se beneficiar do melodrama como artificio de fisgar a atenção e torcida do espectador. Assim quando algum personagem corre perigo de vida não nos assustamos e tememos por sua vida por sabermos de sua trajetória, por pensarmos em sua família por exemplo, pois isso ali é irrelevante, mas sim tememos e torcemos para aquela vida por ser uma ser humano em uma situação critica.
Alias critico esse filme consegue ser - apesar da xenofobia meio que sem escapatória acredito em filmes hollywoodianos ainda mais dessa vertente- ao mostrar como muitas vezes um cidadão independente de qual pais esteja, é colocado literalmente a deriva pelas mãos de gente mais poderosa que eles-nós.
Um ótimo filme MESMO! adrenalina pura!
Will & Grace (2ª Temporada)
4.4 33Olha o Will (meu xará - em todos os sentidos =X ) e a Grace que me perdoem, mas:
Karen >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>. Um Infinito todo >>>>>>> Jack >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Will & Grace.
Porque olha; não ha UMA cena da Karen que não rolo no chão de rir. ♥
Orange Is The New Black (2ª Temporada)
4.4 877 Assista Agoraalguem sabe de informações atualizadas sobre a estreia ou andamento das gravações dessa segunda temporada? como alguma data de estreia por exemplo, confirmação de elenco e tal?
ansioso!
Dentro da Casa
4.1 554 Assista AgoraOlha eu começando o ano bem!
Acabei de terminar de assistir ao filme "Dentro da casa" - Dans La Maison - Que consegue ter o delicioso toque irônico francês (que não é segredo pra ninguém que amo e e sempre adorei inserir na minha escrita - e mesclar com uma trama sensível, intrigante e um estudo de narrativa muito coerente com a critica feita ali.
É recorrente ouvirmos muitos falarem "o filme é bom mas o livro é melhor". Porem aqui, essa frase não cabe, ainda que eu não tenha lido a obra ao qual o filme foi baseado, pelo único motivo de que este filme é um filme para se ler, e não somente para se assistir.
é como se estivéssemos assistindo a um livro.
A grande sacada que me encantou aqui é como elevar o exercício do roteiro e conseguir transforma-lo em literatura sem perder o cunho de roteiro. é complexo quando se pensa em linguagem.
O filme vai se desenvolvendo a tal ponto em que os autores das historias se transformam em personagens de suas próprias historias, é uma metalinguagem sobreposta a outra, em que viramos espectador, críticos, voyers. No baile de classe media que o filme executa, vemos tal qual 'Janela Indiscreta" uma alegoria de vidas domesticas, de vidas aparentemente secretas em sua passagem e intimidade. Se lá em "janela" espiávamos feito um grande BBB as tramas se desenvolvendo enquanto apenas observamos seu desenrolar, aqui participamos e vemos a historia sendo construída ao passo que é escrita em nossa frente e presença, espiando através da fechadura, da porta do quarto entreaberta (não por acaso o filme nos remete ao "indiscreta" no final, mas de uma forma se é que é possível um pouco mais sombria - já que o filme todo é tenso, mas nunca num nível de suspense latente. Ele é muito mais um drama.
Com atuações muito boas e personagens fortes, como disse o filme tem sua força em sua estrutura narrativa que desperta riso, emoção, e asco por nos enxergarmos um pouco no protagonista que beira a psicopatia.
Eu como 'escrevedor' confesso que me despertou uma vontade latente de voltar a escrever romances ou mesmo dissertar sobre as historias que observo. Pois tal qual o personagem prefiro o silencio e o fundo da sala, os cantos onde se pode ouvir e ver a todos sem ser notado. Isso, de observar os humanos e a vida é um exercício fascinante. e o filme expressa bem isso.
Um ótimo filme com direção segura. recomendo! :)
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista Agora""Céline: Agora que reparei, a cor avermelhada em sua barba desapareceu.
Jesse: - não desapareceu, apenas ficaram brancas.
Céline: - é o que me fez eu me apaixonar por vc, vc essa cor avermelhada nas sobrancelhas de nossas filhas.
Jesse: - então seu amor depende da mancha vermelha na minha barba?
Celine: - não, mas sinto falta dela...""
Esse é outro dialogo chave nesse roteiro sensacional que fica martelando na minha mente direto pela sutileza em sintetizar tão bem o rumo do casale consequentemente seu final simbólico. Ah, ♥
tem certos filmes que deveriam vir com alerta alem da classificação etária, sobre possível paixão devastadora e apego após assisti-los.. .-.
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista Agora''sabe o que esta acontecendo aqui? é muito simples.
eu acho que eu ja não te amo mais.''
doeu ate a ultima geração e em cada ancestral meu :/
Que filme. Que final (sera?) de uma trilogia IMPECÁVEL!
é um risco enorme usar palavas como 'perfeito, irretocável, sem erros' e etc para filmes. Afinal toda arte é humana e por isso mesmo passível de imperfeições. Porem me atrevo aqui, me fazendo alvo do erro se ele existir e declarar que essa é uma Trilogia PERFEITA.
É o romance definitivo na historia do cinema, que tal qual seus atores envelheceu bem, da maneira correta, de maneira absoluta, hipnotizante, sofrida e encantadora.
Celine e Jesse são O CASAL. Em suas imperfeições e diferenças possuem uma química tão palpável que mesmo lá em 94 ja sentíamos que o conhecíamos pessoalmente. Ja fazem parte de nos cinéfilos que acompanhamos por longos 18 anos uma jornada de amor e entrega.
É dificil deixar o emocional de lado ao analisar uma obra assim que carrega uma historia tão particular e unica a cada espectador. Ainda assim se analisarmos isoladamente e racionalmente essa terceira parte, é possivel sim concordar que é a melhor das 3 partes por um unico motivo: tempo.
No nascimento dessa historia la em 94 ainda que belissimo, apaixonado, lidavamos com uma relação, um roteiro calcado nos contos de fadas. Um dia perfeito, prometendo uma vida perfeita e eterna.
No segundo lá em 2003, houve um choque de realidade mas com uma esperança ainda latente. Uma historia mais vivida, mas não amadurecida o suficiente.
Aqui em 2013 finalmente o amadurecimento. O roteiro mais coeso, mais real, sem abandonar jamais o conto de fadas que todos nós precisamos para sobreviver no mundo, ainda mais no amor, mas com toques de sabedoria de entendimento.
Tudo se elucida na passagem do almoço, em que todos estão na mesa conversando, e a senhora mais velha da mesa conta a historia do marido ja falecido. Aquilo é esse antes da meia noite. aquilo justifica seu final.
Sim, sou um jovem velho lobo romântico e ainda creio que o Antes do amanhecer ainda existe. Porem, a Meia Noite esta aí para encerrar um ciclo... é preciso vir a noite, escurecer o brilho todo para finalmente se conhecer melhor a nos mesmos (a velha diz que no sol, na luz ele desaparecia não?)
Um filme delicioso, hipnotizante, apaixonante. Definitivo e eterno tal qual sua memoria em cada um que o apreciou seja por esses longos 18 anos ou agora.
To meio emocionado na verdade de poder escrever ao final desse ciclo, tenho 24 anos de idade, estudo cinema, sonho em ser escritor e ganhar a vida assim um dia, e convivi com Celine e Jesse ao menos uma vez por ano, por 10 anos. Por 10 anos busquei ali referencias, busquei consolo, busquei esperança, esquecimento, inspiração para meu futuro profissional... Busquei apego e a mim mesmo. E nunca me decepcionei. E chegar aqui sabendo que a historia que tanto elucido me brindou com um nivel e uma realização tão intensa, tão delicada, tão profunda em níveis maiores ainda que os anteriores, com diálogos arrebatadores e imagens belíssimas.. man, não tem preço que pague o que isso causa aqui dentro ♥
No mais: Sempre existe aquilo que vem Antes da Madrugada... quem sabe.. hehe
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraQuando foi que a Celine ficou tão insuportável? ¬¬
Spring Breakers: Garotas Perigosas
2.4 2,0K Assista AgoraMaravilhoso!
Spring Break não só consegue elucidar uma característica calcada entre a mudança da passagem da vida adolescente para a vida adulta atual como ainda calca esse período em um espetáculo sensorial e visual impecável ao trazer sua critica e alerta de uma Babilônia descontrolada que vivemos a anos - não é exclusividade da juventude atual-.
Esse filme é quase uma Juventude Transviada do seculo XXI com um potencial visual incrível e confesso surpreendente. As cores e a fotografia extremamente saturada e de luzes vazadas que contrastam com o designer gráfico e sonoro - man, que desenho de som incrível e difícil de se obter com essa montagem e edição tão complexo e corrida- própria dos vídeo clipes - que o filme traz. Meu esse diretor merece palmas só por conseguir isso; são um ponto forte indiscutível.
As atuações bem bacanas, as meninas estão soberbas em papeis dificeis, que exigem que suas ações demonstrem a intenção do roteiro de mostrar meninas perdidas em sua própria identidade moral, em relação a sua aparente inocência e por isso mesmo periculosidade; com destaque obvio de James não só pelo complexo papel que exerce mas por conseguir transitar entre protagonista, antagonista, anti herói e vilão em segundos apenas com seu ar caricatural de gangster americano, que é fragil em seus sentimentos mas cruel em seus planos e ações, beirando a loucura.
O enxerto de colocar britney Spears como base das cenas ponto chaves- no sentido de metaforicamente denunciarem para onde o filme caminha e para marcar a passagem de atos da narrativa tbm diga-se de passagem - foi muito bem acertado uma vez que colocar um icone pop que enfrentou a sensação de estar perdida, que marcou a juventude justamente dessa mesma parcela de sociedade que o filme tem como alvo ao criticar e alertar é inteligente.
Ainda que as técnicas de filmagem que querem mostrar a repetição, o vazio, a osmose, a falta de direção, as luzes neon com os closes, a câmera sem nivelamento, ser um artificio correto para passar essa sensação ao espectador de incomodo, achei em dado momento mais para o final um pouco demais, mas nada que prejudique muito o filme não. Aé achei curioso a decisão de mostrar os locais moralmente aceitos/corretos na vida de um jovem como escola, igreja por exemplo serem mostrados como lugares opressivos de luz baixo, de enquadramentos que sufocam que assiste e os personagens que a ele esta inserido. O mesmo sobre a escolha de mostrar as falas das garotos demonstrando uma coisa e as ações e rimas visuais demonstrarem outra. A imagem representando a verdade onisciente em paralelo com a voz off.
O mesmo digo da montagem que intercala ações futuras e passadas com de outros tempos e fora da própria narrativa evocando o espirito daquela juventude, daqueles garotos e garotas.
Ponto ao climax tbm que ao invés de entregar um final de redenção ou julgamento escolhe como todo o filme atuar como mero registro de uma fase/ momento de vida de dado personagem e só. deixando a nós compreender, e formular teorias e teses sociais mesmo de como chegamos em um panorama assim, dia a dia do nosso lado - mesmo nós mesmos vivendo isso de dentro e não somente com olhos de fora - .
Enfim um bom filme, que representa bem o campo em que resolveu mostrar e dissertar. :)
Tatuagem
4.2 923Minha critica de TATUAGEM filme de Hilton lacerta que desponta na minha lista incontestavelmente como um dos melhores lançamentos de 2013.
(corre que da tempo ainda de terminar o ano bem) #Criticofilia
''Com recursos ate mesmo timidamente metalinguístico, esse que pode se confundir como “o Moulin Rouge do subúrbio, a Broadway dos pobres, o Studio 54 da favela”, não só transgride o limite ainda existente entre o Cinema nacional atual entre sua arte, seu discurso e execução, como de maneira quase anárquica nos deixa marcados com nossos questionamentos – ainda que saiamos dele de maneira branda e leve, em parte por sua trilha sonora saudosista -.
(...)
Tatuagem é, sobretudo humano. Um retrato pertinente à nosso país e ao mundo, que de fato explode como um gigantesco e profundo desamarrado cu, e que tem cheiro doce.''
http://criticofilia.blogspot.com.br/2013/12/tatuagem-critica.html
Tatuagem
4.2 923''Tem cu, tem cu, tem cu, tem cu...''♫♪♫
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraVamos lá!
Poucos filmes conseguem ultrapassar a barreira que eu coloco entre eu, e eu mesmo. Mas os que conseguem, atingem camadas e profundidades tão sensíveis que machucam, ferem, sangram - e algumas vezes infeccionam-.
"Azul é a Cor Mais Quente" conseguiu tal proeza. Não sangrou, não infeccionará, mas machucou. Isso por que o filme vai além do 'teor' homossexual/afetivo. O que esta em pauta em "Azul'' são as descobertas de identidade. é o despertar do nosso verdadeiro ser.
explico. Azul é a cor mais quente (alias ótimo nome nacional, melhor ate talvez do que o original que seria algo do tipo a Vida de Adele) lida com escolhas, de ser e aceitar quem se é, e não falo somente de sexualidade e afetividade. Falo de tudo, profissão, emocional, psicológico, sensitivo, de fé, crença, familiar. Um filme que mostra o trajeto da vida em que descobrimos ou que tentamos como dia apos dia descobrir quem somos no mundo e o que o mundo é em nós.
Não soltarei spoilers obviamente mas é impossível não falar de duas cenas especificas dessa Obra.
Uma acontece quando Adele após uma cena em que tem um sonho erótico, vai do prazer a angustia. Ao sofrimento real, que nenhum grito ou mesmo ferida aberta conseguem explicitar. Já senti e muitas vezes sinto tal sentimento, tal sensação, tal dor. Que não pode ser medida, testada, explicada, compreendida, uma vez que é como impressão digital - cada um possui uma de formas diferentes. Mas a reação é universal.
é angustiante e belo do ponto de vista cinematográfico a maneira que é mostrada.
A segunda ocorre num parque/praça a céu aberto onde as cores azul se tornam mais evidente na protagonista, nela e alem dela (objetos, céu em contraste mais forte, reflexo em vidros e etc -. é lindo como esse recurso de rima visual usado no filme beneficia não só a narrativa mas a própria construção emocional da personagem e seus dilemas a enfrentar.
mérito das atrizes que dão um show de interpretação, talvez esteja dizendo besteira, mas que ficara marcado por um longo tempo na cinematografia de ambas. Não é surpresa que o cinema francês sempre nos presenteia com ótimas atuações, ótimas produções se excelentes roteiros, mas "Azul' abusa. E vai alem de si mesmo. Se torna um ode universal da busca do ser humano e com engajo na liberdade que a sociedade atual tanto busca sem saber como transforma-la e libertação ao invés de um beco sem saída - ou com muitas saídas sem saber qual a correta a se seguir.
Destaque a atuação mais uma vez da personagem da Adele, que sinceramente merece todos os Oscar do próximo ano, por cada caguete dos cabelos que adquiriu, por cada lagrima derramada e dedicação ao compor uma personagem tão profunda e complexa.
Ponto também para o que achei de mais interessante curioso. Como disse o cinema francês tem lá suas características particulares e uma delas é a metaforização que fazem com a comida. Aqui a quase gula tem um significa exemplar e coerente com a trama. A comida soa quase como gula mesmo, não parece haver satisfação. cada vez que surge alguém comendo em cena temos a sensação mais de incomodo do que de desejo, ainda que ele denote no filme o desejo como a fome. é complexo, e genial.
Ponto também para a arte do filme que consegue delimitar bem os espaços condizentes com cada núcleo desde pequenos acessórios como brincos, desenhos nas paredes, ate a tipos de talheres, panelas, flores.
talvez o filme só peque no andamento em dado momento, e não falo da duração. A duração é correta para a proposta e para a necessidade que os personagens precisam para serem estudados e mostrados. Seria impossível trabalhar uma personagem como a Adele nessa trama sem no minimo 2 horas e meia de metragem. Isso por que a historia tem forma nas particularidades dos sentimentos dos personagens e para entendermos eles e eles terem justificativa, precisam ser embrenhados a fundo. O filme faz bem isso.
porem, ao mesmo tempo em que dedicam exaustivamente tempo para os protagonistas e aqueles relevantes a eles, esquecem em dado momento o todo do cenário panorâmico que traçaram e aqui falo especificadamente da homossexualidade.
Não ha explicação nem mesmo explicita de como Adele e seu mundo lidam com sua sexualidade. O filme adentra esse trecho mas não o conclui (aqui talvez haja spoiler vai -
apos a passagem de tempo longa que há, não fica claro como os pais de adele reagiram a sexualidade da filha, ate onde isso fica explicito ao mundo, aos amigos. Não há enfrentamento dela com o mundo por entender que é lésbica - ou bissexual que é o que para mim é a leitura que fiquei - somente dela, com ela mesma.
Ponto também para a nudez e a eroticidade mostrada sem pudor nenhum e com o tom assertivo de como deve ser mostrado. Pra mim quanto mais pele e sexo houver melhor, não por questões de levianidade ou luxuria, mas por que é natural, ja passou da hora do mundo compreender e aceitar deixar de ser hipócrita e ver que o sexo, e nosso corpo é natural. Não ha o que esconder, temer, impressionar. Mas o filme consegue se ater a historia quando escolhe mostrar as cenas de sexo e a nudez. Quando elas surgem não estão ali para impressionar ou chocar e menos ainda para banalizar. mas sim para mostrar algo necessário a trama: a descoberta, a experimentação. Como disse o filme fala sobre se descobrir e se auto afirmar. E nos nos descobrimos como ego a partir do nosso corpo. So sabemos quem somos depois que descobrimos o corpo que temos, por dentro e por fora. E é isso que cada cena, cada minuto mais intenso e menos intenso de sexualidade e erotização no filme possui. é arte em seu mais puro grau.
Enfim, um filme belíssimo, instigante, difícil, doloroso, que me deixou atordoado, machucado e encantado. palmas de pé em cima da mesa, independente das polemicas da realização entre produção, direção e elenco.
No Mais: Sempre vale a pena buscarmos enxergar ou descobrir qual é ou são nossas cores mais quentes :)
ps: confesso que me incomodou um pouco o esteriótipo implícito em torno das personagens femininas lésbicas. Nada explicito ou forçado, nada que renda algo que mantenha a visão errônea de que 'toda lésbica tem traços masculinos ou mais rudes' e etc... mas Há uma padronização, principalmente na cena
da boate, e na cena hétero de Adele
Machete Mata
3.1 749"vc precisa de uma vadia para pegar uma outra vadia. E sim, eu sou essa vadia"
Robert Rodrigues seu lindo
(abaixo do primeiro mas, é Machete ^^)
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista Agoraansiedade que não me cabe.
Dai leio essa opinião de quem já assistiu (teve a sorte do ano!) https://www.facebook.com/photo.php?fbid=3775123754675&set=a.2679613167595.72540.1774284072&type=1&theater e toda a ansiedade aumenta. Cade janeiro meu deus!? cade!
Cine Holliúdy
3.5 609 Assista AgoraAPAIXONADO. EU DISSE A P A I X O N A D O!!!
Que delicia de filme meu deus do céu! Que delicia.
Eu ri, refleti, ri mais, ri mais um pouco e ri de novo e então me peguei emocionado tremendamente.
"Cine Holliudy'' com direção de Halder Gomes evoca o cinema de advento desde mazzaropi e passa ate ao inevitável alusão ao Cinema Paradiso.
Digo isso porque se por um lado ele nos faz rir com uma teatralização e caraterização tipicas do mazzaropi alem do fato de ter aquela força característica do nordeste do país, criticando com humor as burocracias e diferenças de classes sociais, ele tbm promove um profundo Ode ao cinema mundial e nacional. recriando cenas que fazem paralelo direto com inúmeras obras, nos remetendo a uma sensação de nostalgia incrível, que faz com que qualquer cinéfilo se apaixone.
Ha seus pontos fracos como o ritmo desigual que não consegue se decidir. Mas tudo isso é eclipsado pela vontade latente dos personagens maravilhosos e extremamente cômicos e caso eu não esteja enganado ou apenas cego de amor haha, a linguagem que se assemelha muito a da Tv, justamente serve para contrapor com o que o próprio filme lida. O advento da Tv vindo para colocar em xeque o Cinema de exibição.
Assim ao meu ver não por acaso o filme esteticamente tem um cunho muito mais televisivo do que cinematográfico- não ha sutileza- e isso para mim é um ponto mega positivo e pertinente.
Inclusive o filme teoriza o quanto o Cinema tem e teve que se desdobrar em se juntar a Tv, com o teatro, o teor circense mesmo, o velho 'contador de historias' que lida com a imaginação do publico para sobreviver como cinema que conhecemos hoje em dia.
Em fim, um filme maravilhoso, que diverte e emociona os mais mimimi's como eu.
recomendo e recomendo e recomendo mais uma vez para recomendar de novo.
E só mais uma coisa a dizer: e ê! ♥
Byzantium: Uma Vida Eterna
3.4 352Nem sabia que já havia lançado por ai esse filme. me lembro que quando soube da existência dele, fiquei mega curioso.
Afinal a mitica vampirica tem sido uma das culturas pop mais exuastivamente saturadas nos ultimos anos. Seja no cinema, nas HQ's, livros, games, e etc.
Então não é surpresa que quando fico sabendo de algum lançamento novo do genero eu já fique com um pé atrás. porem com esse foi diferente pelo nome envolvido na direção : "Neil Jordan", o mesmo nome por trás do Otimo e clássico "Entrevista com O Vampiro".
Daí fui assistir esperançoso e... Não me decepcionei mas também não era o que eu achava que seria. Porem um bom filme.
Byzantium
Na trama escrita por Moira Buffini, uma vampira (Gemma Arterton) transforma a sua filha (Saoirse Ronan). Juntas, levam uma vida letal como chupadoras de sangue, frequentemente fingindo-se irmãs.
Essa é a sinopse oficial mas o filme vai além.
Na real o filme traça um paralelo entre a mítica por trás do vampirismo em seu cunho fantástico(fugindo do religioso) e a exploração da mulher através dos seculos, pela sociedade patriarcal.
Mas nada aprofundando. O interessante mesmo alem das atuações bonitinhas rs é o clima de suspense e tensão crescente que esse diretor parece dominar bem no gênero. Ainda que não haja qualquer perigo imediato em alguma cena, vc fica em alerta. Sente o ritmo pesado entre os personagens, suas vidas, seus dilemas. O tom soturno e carregado obviamente se dá a trilha sonora, e aos tons escuros da paleta de cores- carregados obvio no vermelho, preto, cinza, e erc-.
Mas o que mais gostei, foi que revitalizaram a sua maneira a figura do vampiro, aqui não há seres malignos com super força, super velocidade, com dentes caninos afiados enlouquecidos por sangue e destruição. Não há seitas ou seres de beleza sobre humana que fogem da luz do dia e se resguardam em tocas ou usam roupas saídas das mais estilosas grifes de moda.
Não. São seres imortais, que se sustentam de sangue, em sua vida eterna sem doenças e muitas vezes sem proposito. O frio deles não esta na pele que sim é quente, mas na existência do tempo que demora a passar e cuja a própria historia jamais podem contar ou mesmo provar a ninguém.
Como uma personagem diz:' escrevo minha historia todos os dias, na esperança de que assim ela exista, já que eu não posso contar jamais, por ela conter a verdade que ninguém pode saber, e as jogo ao vento, para que ele o leve embora".
Um bom suspense/drama que foge das formulas 'habituais' desse gênero.
Conquistas Perigosas
3.6 328Fico tão, mas tão feliz - SÓ QUE NÃO MESMO - quando assisto a um filme e não consigo me decidir se gostei ou não (e pior, não saber o porque que não sei do porque).
Aconteceu isso com esse 'The Necessary Death of Charlie Countryman' - que veio para ca com outro nome pelo que me disseram.
O caso é que o filme conta com atuações espetaculares e sóbrias (o que é isso? Simples, são atuações densas, com tons viscerais de intensidade sem contudo haver gente puxando cabelo, rolando no chão e etc etc.. sem exaltação), com uma direção segura do que quer, uma fotografia bonita, meio plastificada e que dá um tom de ilusão e magia para o filme, que condiz com o roteiro com falas boas, bem sacado alias, que tem uma dualidade bem instigante, que flerta entre o fabuloso e o real na mesma medida. O filme tem momentos engraçados - geralmente as passagens de morte - e momentos tensos.
Dá uma liçãozinha ética e de auto-ajuda ótima também e nos deixa- me deixou- com a sensação de que é quase um 'alice no pais das maravilhas' versão sinistra e urbana masculina. Não sei.
E tem Rupert Grint no elenco com uma ereção provocada por 6 viagras húngaros.. ou seja.. sabe! Interessante é e muito o filme.
(shia esta numa atuação impressionante e que convence, a Evan rachel - aquela de Aos Treze - com aquela expressão 'sou sexy e revoltada' porem que tbm se encaixa no papel e ate mesmo o Mads Mikkelsen sendo ele mesmo - ou seja, sendo fodão -.) Mas o que ta me causando incomodo é a intenção do filme. Onde ele queria chegar.
Por vezes lembra um clipe em formato de longa metragem e por horas parece ser uma tese psicanalitica de perda e culpa. Talvez seja os dois. Mas veem o problema? É sempre um 'talvez".
Recomendo? Sim. Sempre recomendo.
Gostei: não sei.
Veria de novo? verei!
é isso.
ps: to ate agora tentando compreender a sequencia final, o tempo das ações ali. De duas uma, ou a montagem foi infeliz, ou eu cochilei e nem percebi pq..
ps²: concordo com a ira da Evan Rachel ao criticar o corte moralzinho fdp e babaca covarde da cena de sexo oral que ela recebe! A cena ali não só era pertinente como necessária para a própria concepção da personagem e da relação entre ela e o personagem que esta com ela em cena. ¬¬ moralismo estupido a cada dia me irritando mais e prejudicando a arte como um todo