Como o Cinema classificou como "Drama", eu entrei sem nem saber do que se tratava o filme. Era pura propaganda Antivax. O Filme tem um pano de fundo gospel, mas o que estraga não é nem o teor, religioso mas sim a pobreza dele como obra cinematográfica.
Não existe desenvolvimento, da história, dos personagens, dos conflitos. Ao invés disso um narrador diz o que cada um está pensando e como as cenas se desenrolaram. O Espectador vê apenas uma ilustração do que já foi dito pelo narrador. É quase como ler um manual.
Eu não tenho muito contato com a estética Evangélica, mas se esse filme é a média do que esse público consome, eu sinto dizer...está faltando técnica, inteligência e criatividade.
É uma historinha muito simples, mas que é MUITO BEM CONTADA.
As atuações, os silêncios, as tensões instauradas, os signos. Tudo está a serviço da história, tudo diz muito.
O filme convida o espectador através da linguagem. Você pode nem se identificar com o enredo, mas vai apreciar o filme porque ele te dá portas de acesso para se envolver.
Os atores estão a serviço do texto. Por isso todos estão bem frágeis em cena, com exceção do Brendan Fraser. Parece que eles não tiveram espaço para criação de personagem. O Papel da Sadie Sink, por exemplo, é muito ingrato. Ele não tem camadas para ser desenvolvido, e isso prejudicou a atriz inexperiente.
Apesar de a direção ter optado por deixar os atores em segundo plano em relação ao texto, servindo apenas de instrumentos de leitura do script, o texto é fraco. Os diálogos dele são pouco críveis, excessivamente formais e incompatíveis com as atmosferas instauradas nas cenas. Ele ainda tenta compensar a ausência de atuação com explicações excessivas. Assim, os espectadores são bombardeados o tempo todo por falas que descrevem o que os personagens estão pensando, sentindo ou fazendo. Até mesmo as situações ambíguas que poderiam exigir uma interpretação do público são didaticamente explicadas pelo texto.
A maneira com a qual o filme lida com a cronologia também é muito infeliz. A necessidade de contar os dias da semana, motivada por evento futuro que acontecerá, enfraquece outros sígnos que marcam a passagem de tempo, como o entregador de delivery ou as visitas da filha. O tempo cronológico ainda cria um anacronismo em relação ao tempo psicológico dos personagens , pois eles experimentam transformações radicais em períodos muito curtos. Esse fato não seria necessariamente um problema se as atuações guiassem essas transformações, mas não o fazem. Ao invés disso, fica a cargo do texto, mais uma vez, explicar o que os personagens estão sentindo.
Desta forma, "The Whale" se torna um filme raso. As atuações não são suficientes para dar vida aos personagens. Por esse motivo, o Texto direciona qualquer interpretações possível e limita as possibilidade do espectador de entrar na obra.
A Espinha dorsal do roteiro é uma história feita para ficar em segundo plano - o casamento da filha. Por causa disso, existe uma sensação de que o filme todo está em segundo plano. Nenhum acontecimento gera conflito. E sem conflito a dramaturgia não avança. Tudo parece descartável - principalmente as cenas que supostamente deveriam ser catárticas (e olha que existe um acúmulo generoso dessas cenas).
O aspecto descartável da trama também se reflete no humor - totalmente fundado em anedotas rápidas e casuais em detrimento do texto, da nossa relação com as personagens ou até mesmo da fisicalidade dos atores em cena.
As coisas ficam ainda mais difíceis, quando a direção e as atuações do elenco secundário não conseguem comunicar o subtexto, precisando se valer, mais de uma vez, de falas extremamente didáticas para explicar uma piada ou o sentimento de uma personagem. E isso fica mais evidente ainda quando gigantes como Julia Roberts contracenam com novatos (muito fraquinhos por sinal).
O Filme é um thriller, não há dúvida quanto a isso. Mas ele brinca com o expectador, usa o drama para levar o público para um gênero já conhecido: os filmes que mostram a realidade nas favelas do Brasil. Quando as coisas parecem dramaticamente previsíveis ocorre uma virada de roteiro. A Terapeuta começa a ficar paranoica, mas ela não está sozinha... O Público também fica. O Público sente empatia com ela e compra a versão que ela conta da historia. O Público fica com medo......fica com medo de uma preta favelada. BINGO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ao Invés de criar uma ambientação de suspense tradicional, Praça Paris usa o Racismo do Expectador contra ele para criar o clima de terror. E o expectador, sem perceber que está sendo chamado de Racista, fica confuso, tenta encaixar o filme em algum um arquétipo do que ele espera ver sobre favela, ou fica indignado pela personagem da Grace Passô ser a "vilã", versão inverossímil, mas que ele decidiu comprar.
Alguém lembra do Namorado da Terapeuta? O Fotógrafo? Lembra da Função dele no filme? Pois é, convido vocês a assistirem Praça Paris de Novo. O Fotógrafo é o expectador. É você, sou eu. Favela é linda, apenas da lente da nossa câmera, nas nossas exposições, com a nossa curadoria, no nosso divã. Praça Paris tem um recado: Somos Racistas
Extremamente pretensioso. Goodnight Mommy tem algumas fotografias bonitas, alguns enquadramentos legais (outros nem tanto), uma premissa boa...e só!
O Roteiro não se desenvolve, é uma sequência de cenas que tentam causar alguma sensação de suspense, mas que mantém o mesmo ritmo óbvio durante uma hora e meia para só então entrar e resolver o clímax da maneira mais brusca possível.
O Mistério é óbvio demais e sobraram elementos desnecessários para a trama (a foto da amiga da mãe para mim foi um subterfúgio imperdoável)
Sem falar no final metido a "cabeção" que mostra uma certa arrogância do diretor. Me senti muito subestimado assistindo Goodnight Mommy
Ótimo entretenimento. Pontua pelo uso da Metalinguagem principalmente ao falar sobre os Clichês do gênero e a maneira como ele se reinventa para continuar comercial.
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O Mundo Depois de Nós
3.2 880 Assista AgoraSe você tem fortes indicios de que
uma guerra vai começar e pretende se refugiar no interior
Deixados Para Trás: O Início do Fim
2.2 14 Assista AgoraComo o Cinema classificou como "Drama", eu entrei sem nem saber do que se tratava o filme. Era pura propaganda Antivax. O Filme tem um pano de fundo gospel, mas o que estraga não é nem o teor, religioso mas sim a pobreza dele como obra cinematográfica.
Não existe desenvolvimento, da história, dos personagens, dos conflitos. Ao invés disso um narrador diz o que cada um está pensando e como as cenas se desenrolaram. O Espectador vê apenas uma ilustração do que já foi dito pelo narrador. É quase como ler um manual.
Eu não tenho muito contato com a estética Evangélica, mas se esse filme é a média do que esse público consome, eu sinto dizer...está faltando técnica, inteligência e criatividade.
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4.2 470 Assista AgoraÉ uma historinha muito simples, mas que é MUITO BEM CONTADA.
As atuações, os silêncios, as tensões instauradas, os signos. Tudo está a serviço da história, tudo diz muito.
O filme convida o espectador através da linguagem. Você pode nem se identificar com o enredo, mas vai apreciar o filme porque ele te dá portas de acesso para se envolver.
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraOs atores estão a serviço do texto. Por isso todos estão bem frágeis em cena, com exceção do Brendan Fraser. Parece que eles não tiveram espaço para criação de personagem. O Papel da Sadie Sink, por exemplo, é muito ingrato. Ele não tem camadas para ser desenvolvido, e isso prejudicou a atriz inexperiente.
Apesar de a direção ter optado por deixar os atores em segundo plano em relação ao texto, servindo apenas de instrumentos de leitura do script, o texto é fraco. Os diálogos dele são pouco críveis, excessivamente formais e incompatíveis com as atmosferas instauradas nas cenas. Ele ainda tenta compensar a ausência de atuação com explicações excessivas. Assim, os espectadores são bombardeados o tempo todo por falas que descrevem o que os personagens estão pensando, sentindo ou fazendo. Até mesmo as situações ambíguas que poderiam exigir uma interpretação do público são didaticamente explicadas pelo texto.
A maneira com a qual o filme lida com a cronologia também é muito infeliz. A necessidade de contar os dias da semana, motivada por evento futuro que acontecerá, enfraquece outros sígnos que marcam a passagem de tempo, como o entregador de delivery ou as visitas da filha. O tempo cronológico ainda cria um anacronismo em relação ao tempo psicológico dos personagens , pois eles experimentam transformações radicais em períodos muito curtos. Esse fato não seria necessariamente um problema se as atuações guiassem essas transformações, mas não o fazem. Ao invés disso, fica a cargo do texto, mais uma vez, explicar o que os personagens estão sentindo.
Desta forma, "The Whale" se torna um filme raso. As atuações não são suficientes para dar vida aos personagens. Por esse motivo, o Texto direciona qualquer interpretações possível e limita as possibilidade do espectador de entrar na obra.
Ingresso Para o Paraíso
3.1 108Fraco.
A Espinha dorsal do roteiro é uma história feita para ficar em segundo plano - o casamento da filha. Por causa disso, existe uma sensação de que o filme todo está em segundo plano. Nenhum acontecimento gera conflito. E sem conflito a dramaturgia não avança. Tudo parece descartável - principalmente as cenas que supostamente deveriam ser catárticas (e olha que existe um acúmulo generoso dessas cenas).
O aspecto descartável da trama também se reflete no humor - totalmente fundado em anedotas rápidas e casuais em detrimento do texto, da nossa relação com as personagens ou até mesmo da fisicalidade dos atores em cena.
As coisas ficam ainda mais difíceis, quando a direção e as atuações do elenco secundário não conseguem comunicar o subtexto, precisando se valer, mais de uma vez, de falas extremamente didáticas para explicar uma piada ou o sentimento de uma personagem. E isso fica mais evidente ainda quando gigantes como Julia Roberts contracenam com novatos (muito fraquinhos por sinal).
Boa Sorte, Leo Grande
3.8 117 Assista AgoraUm filme prepotente.
A Técnica é excelente, mas nada no filme comove, sensibiliza ou cativa. Tudo muito fútil. Está 20 anos atrasado.
Praça Paris
3.7 66 Assista AgoraEXCELENTE. Pena que o áudio é ruim.
O Filme é um thriller, não há dúvida quanto a isso. Mas ele brinca com o expectador, usa o drama para levar o público para um gênero já conhecido: os filmes que mostram a realidade nas favelas do Brasil. Quando as coisas parecem dramaticamente previsíveis ocorre uma virada de roteiro. A Terapeuta começa a ficar paranoica, mas ela não está sozinha... O Público também fica. O Público sente empatia com ela e compra a versão que ela conta da historia. O Público fica com medo......fica com medo de uma preta favelada. BINGO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ao Invés de criar uma ambientação de suspense tradicional, Praça Paris usa o Racismo do Expectador contra ele para criar o clima de terror. E o expectador, sem perceber que está sendo chamado de Racista, fica confuso, tenta encaixar o filme em algum um arquétipo do que ele espera ver sobre favela, ou fica indignado pela personagem da Grace Passô ser a "vilã", versão inverossímil, mas que ele decidiu comprar.
Alguém lembra do Namorado da Terapeuta? O Fotógrafo? Lembra da Função dele no filme? Pois é, convido vocês a assistirem Praça Paris de Novo. O Fotógrafo é o expectador. É você, sou eu. Favela é linda, apenas da lente da nossa câmera, nas nossas exposições, com a nossa curadoria, no nosso divã. Praça Paris tem um recado: Somos Racistas
Perfeitos Desconhecidos
3.4 193Como Cagar um Filme inteiro com o Final
Gantz 2: Resposta Perfeita
3.6 82Alguém sabe onde posso encontrar esse filme DUBLADO?
A Múmia: Tumba do Imperador Dragão
2.7 680 Assista AgoraUm desperdício de Michelle Yeoh
Boa Noite, Mamãe
3.5 1,5K Assista AgoraExtremamente pretensioso. Goodnight Mommy tem algumas fotografias bonitas, alguns enquadramentos legais (outros nem tanto), uma premissa boa...e só!
O Roteiro não se desenvolve, é uma sequência de cenas que tentam causar alguma sensação de suspense, mas que mantém o mesmo ritmo óbvio durante uma hora e meia para só então entrar e resolver o clímax da maneira mais brusca possível.
O Mistério é óbvio demais e sobraram elementos desnecessários para a trama (a foto da amiga da mãe para mim foi um subterfúgio imperdoável)
Sem falar no final metido a "cabeção" que mostra uma certa arrogância do diretor. Me senti muito subestimado assistindo Goodnight Mommy
Pânico 4
3.2 2,7K Assista AgoraÓtimo entretenimento. Pontua pelo uso da Metalinguagem principalmente ao falar sobre os Clichês do gênero e a maneira como ele se reinventa para continuar comercial.