Um filme que melhorou surpreendentemente com a revisão, especialmente pelas cenas de perseguição com a engenhosa direção de William Friedkin e a interpretação visceral de Gene Hackman.
Uma experiência cinematográfica extremamente agradável. Já é o segundo filme que vejo com William Powell e consigo perceber porque foi um dos grandes astros de seu tempo: a mesma classe e desenvoltura em cena já visualizadas em "Irene, a Teimosa" é vista aqui,só que com uma verve cômica e sarcástica mais acentuada. Destaque também para sua companheira (e sarcástica quase na mesma medida) Mirna Loy e pro cão terrier Asta, cuja "atuação" na cena final é capaz de provocar um sorriso de ponta a ponta. Some-se a isso uma boa trama policialesca (e de acentuada verve cômica) que, para boa parte dos espectadores da atualidade - pouco habituados ao cinema dos anos 30 - pudessem rotular como bobinha e clichê. Mas é claro que cada filme tem sua época e felizmente "A Ceia dos Acusados" consegue sobreviver ao tempo sem parecer datado - por suas boas interpretações, trama ágil e carisma. Mais uma pérola dos anos 30: para os pesquisadores e entusiastas do cinema daquela época, vale a conferida.
Um bom filme de Billy Wilder, que, em que pese não ter uma introdução das mais instigantes, a partir do segundo e terceiro ato do filme, melhora rigorosamente. Um dos méritos do filme é a capacidade que traz ao espectador de absorver o tal "fim de semana perdido" do protagonista, interpretado por Ray Milland (uma espécie de James Stewart mais sombrio), tendo a (in)feliz experiência de sentirmos todas as sensações de decadência moral e física ao lado do escritor alcoólatra fracassado. Inclusive esta obra me inspirou a ver, nas próximas sessóes, dois filmes marcantes sobre o mesmo tema: "Vício Maldito" e "Despedida em Las Vegas".
"O Sol é Para Todos", se não é um filme de grandes lições jurídicas, certamente traz grandes lições de humanidade. Lançado em 1962, vem no esteio de uma era de mudanças em Hollywood que passou a observar com um certo cuidado os direitos das minorias - notadamente as indígenas e as negras, esta última com especial enfoque neste obra excelente. O personagem de Gregory Peck - Atticus Finch - é um herói de grandes pequenos gestos, cuja honradez e senso de justiça são apreendidos por seus dois pequenos filhos ao longo da história. O "senão" da obra talvez seja a auto-indulgência dos personagens negros em um determinado ponto da história, que pode ser interpretado por outros espectadores do filme como uma decorrência natural da situação social daquela cidadezinha do sul dos Estados Unidos, nos anos 30, de forte ranço racista. Os negros podem pensar sobre Atticus Finch que, "finalmente existe alguém batalhando por nós". Deve ser mais ou menos isso. A trilha sonora de Elmer Bernstein é marcante, assim como a firme direção de Robert Mulligan. Destaque-se também a pequena, porém marcante, participação de Robert Duvall, que na época deveria contar uns 31 anos de idade. Um filme memorável, sem sombra de dúvidas
Operação França
3.9 253 Assista AgoraUm filme que melhorou surpreendentemente com a revisão, especialmente pelas cenas de perseguição com a engenhosa direção de William Friedkin e a interpretação visceral de Gene Hackman.
As Consequências do Amor
3.6 30Uma jornada existencialista na mente de um "ególatra intragável", que é capaz de amar pelas entrelinhas.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraÉ o filme anti-coxinha por excelência.
Perfeitamente adequado pra realidade atual das coisas, no Brasil.
A Ceia dos Acusados
3.8 45 Assista AgoraUma experiência cinematográfica extremamente agradável. Já é o segundo filme que vejo com William Powell e consigo perceber porque foi um dos grandes astros de seu tempo: a mesma classe e desenvoltura em cena já visualizadas em "Irene, a Teimosa" é vista aqui,só que com uma verve cômica e sarcástica mais acentuada.
Destaque também para sua companheira (e sarcástica quase na mesma medida) Mirna Loy e pro cão terrier Asta, cuja "atuação" na cena final é capaz de provocar um sorriso de ponta a ponta.
Some-se a isso uma boa trama policialesca (e de acentuada verve cômica) que, para boa parte dos espectadores da atualidade - pouco habituados ao cinema dos anos 30 - pudessem rotular como bobinha e clichê. Mas é claro que cada filme tem sua época e felizmente "A Ceia dos Acusados" consegue sobreviver ao tempo sem parecer datado - por suas boas interpretações, trama ágil e carisma.
Mais uma pérola dos anos 30: para os pesquisadores e entusiastas do cinema daquela época, vale a conferida.
Farrapo Humano
4.2 225 Assista AgoraUm bom filme de Billy Wilder, que, em que pese não ter uma introdução das mais instigantes, a partir do segundo e terceiro ato do filme, melhora rigorosamente.
Um dos méritos do filme é a capacidade que traz ao espectador de absorver o tal "fim de semana perdido" do protagonista, interpretado por Ray Milland (uma espécie de James Stewart mais sombrio), tendo a (in)feliz experiência de sentirmos todas as sensações de decadência moral e física ao lado do escritor alcoólatra fracassado.
Inclusive esta obra me inspirou a ver, nas próximas sessóes, dois filmes marcantes sobre o mesmo tema: "Vício Maldito" e "Despedida em Las Vegas".
O Sol É Para Todos
4.3 414 Assista Agora"O Sol é Para Todos", se não é um filme de grandes lições jurídicas, certamente traz grandes lições de humanidade.
Lançado em 1962, vem no esteio de uma era de mudanças em Hollywood que passou a observar com um certo cuidado os direitos das minorias - notadamente as indígenas e as negras, esta última com especial enfoque neste obra excelente.
O personagem de Gregory Peck - Atticus Finch - é um herói de grandes pequenos gestos, cuja honradez e senso de justiça são apreendidos por seus dois pequenos filhos ao longo da história.
O "senão" da obra talvez seja a auto-indulgência dos personagens negros em um determinado ponto da história, que pode ser interpretado por outros espectadores do filme como uma decorrência natural da situação social daquela cidadezinha do sul dos Estados Unidos, nos anos 30, de forte ranço racista. Os negros podem pensar sobre Atticus Finch que, "finalmente existe alguém batalhando por nós". Deve ser mais ou menos isso.
A trilha sonora de Elmer Bernstein é marcante, assim como a firme direção de Robert Mulligan.
Destaque-se também a pequena, porém marcante, participação de Robert Duvall, que na época deveria contar uns 31 anos de idade.
Um filme memorável, sem sombra de dúvidas