Um filme, antes de tudo, extremamente necessário. E, mais importante salientar, corajoso. A direção ágil de Costa Gavras sobre a reconstituição de fatos da ditadura chilena, durante e poucos dias após o golpe de 1973, numa montagem invejável, faz desse filme mais um daqueles obrigatórios para se conhecer e discutir acerca das ditaduras latino-americanas. Jack Lemmon (confesso, um de meus atores preferidos), numa atuação contundente, mostra desespero em cada esfera de seu semblante; Sissy Spacek, por sua vez, demonstra uma coragem e determinação graduais à medida que o filme se projeta. A dinâmica da relação entre sogro e nora, juntos numa relação que caracteriza a comiseração mútua, enquanto vão descobrindo cada vez mais e mais detalhes sobre a cruel ditadura de Pinochet - talvez a mais violenta de toda a América Latina. Finalmente, fui introduzido ao cinema político do diretor grego Konstantin Costa-Gavras e, a contar desse já clássico do gênero, devo conferir mais da sua filmografia.
neste "O Intendente Sanshô", de Kenji Mizogushi. A lamentação contida na triste canção é capaz de ecoar pelos rincões de um Japão feudal e escravagista, a tal ponto que inspira um escravo (com a ajuda crucial de sua irmã), embrutecido por dez anos de escravidão, a honrar os ensinamentos de seu pai a ponto de intentar um mundo mais justo em um ambiente hostil e violento, onde qualquer oportunidade de redenção é para ser agarrada com unhas e dentes. "um homem sem misericódia é uma besta". História triste, porém bela, poética e emocionante.
Uma ode à arte: Charles Chaplin, num filme inesquecível, a começar pela belíssima trilha sonora composta pelo próprio, ensina-nos a apreciar a vida da maneira mais rica que possamos obter. Theresa (Claire Bloom), sua companheira de cena (então com 22 anos), recebe o bastão de Calvero (uma espécie de Carlitos em decadência - o que nos remete à própria vida de Chaplin, em 1952 - ano do lançamento do filme - esquecido por Hollywood e perseguido pelo macarthismo). Em duas horas de duração, Calvero e Theresa ensinam que a arte se renova com as novas gerações e estas gerações devem prestar sempre suas reverências aos seus antecessores - porque a vida também se renova. Um destaque especial à bela homenagem prestada por Chaplin a seu contemporâneo de comédias relegado ao esquecimento na década de 50: Buster Keaton, o qual figura numa participação especialíssima nos ultimos minutos. "Luzes da Ribalta" é, assim, sensível e contemplativo, e é mais eficiente que qualquer livro de auto-ajuda. É poesia pura.
O maior trunfo do filme é, sem sombra de dúvidas, a atmosfera sombria que faz referência ao título original ("Gaslight") denotando a história obscura do personagem dissimulado de Charles Boyer e suas motivações (reveladas logo nos primeiros 10 minutos de projeção da película) e sua doentia relação com a personagem de Ingrid Bergman (heroína do longa). Paula, vivida por Bergman, questiona sua sanidade a todo o tempo (sem motivações reais para tanto) em virtude da teia de horror que Gregory (Boyer) a enreda, quase sem escapatória,
só que não contavam com a astúcia de Joseph Cotten
. Angela Lansbury, que faz o papel da jovem empregada aproveitadora do casal Anton, deve ser a única remanescente do elenco principal, ainda viva deste filme de 1944. Vocês hão de recordá-la também em "Sob o Domínio do Mal" (The Manchurian Candidate,1962), em que faz uma das vilãs mais memoráveis do cinema norte-americano.
Coisas que aprendi com o filme "Trumbo": - John Wayne era um babaca de marca maior. - Ronald Reagan era um grandessíssimo filho da puta (isso não é lá muita novidade,mas enfim...) - Edward G. Robinson era um sujeito de bom coração, porém se encontrou num dilema decisivo para a sobrevivência de sua carreira em Hollywood, sendo forçado a fazer o que não queria. - Kirk Douglas tinha 3 ovos - Otto Preminger também. - Dalton Trumbo, claro, é o herói.
Em que pese a importância da história do brilhante roteirista Dalton Trumbo, vítima do macarthismo: política de caça às bruxas que marcou os primeiros anos da Guerra Fria, é um filme carregado de defeitos que não fazem jus à biografia do acima referido. Pesam contra o filme alguns fatores, tais como uma incômoda carga de didatismo que ponteia todo o filme, a falta de sutileza na passagem do tempo, a má-escalação de alguns personagens da história do cinema (John Wayne é unidimensional e Otto Preminger é caricato), e, por último mas não menos importante, o tom de melodramatização que sugere a relação de Dalton Trumbo com sua família, o que soa meio forçado e chato durante a prolação do drama. Destaco como ponto positivo, entretanto, a bela interpretação do grande Bryan Cranston e a boa caracterização envolvendo o ator Edward G. Robinson(vivido aqui por Michael Stuhlbarg), de resto nada de relevante a acrescentar, o que faz de "Trumbo" um filme apenas mediano,o que é uma pena, vide a relevância do tema "macarthismo", que sempre pontuou bons filmes como "Boa Noite e Boa Sorte" e "Culpado sob Suspeita".
Com um enredo simples e cativante, um roteiro bem resolvido e mais uma ótima atuação de Ricardo Darin, "Um Conto Chinês" é mais uma daquelas pérolas do cinema argentino que nos acostumamos a assistir desde a virada do milênio, com a descoberta de "Nove Rainhas" e "O Filho da Noiva". Trata basicamente de um "choque de realidade" por que passa o personagem principal - sujeito arredio e de poucas palavras - ao se defrontar com uma situação atípica: acomodar um chinês desorientado em sua casa. A partir deste acontecimento, desenrola-se uma terna jornada humanista e de auto-conhecimento (este,inclusive, se desenvolve de maneira elegante e bem amarrada, na medida em que descobrimos coisas fundamentais sobre o passado do personagem de Darín). Um filme sábio, aos moldes da milenar filosofia chinesa.
Comédia maluca e espirituosa, de Preston Sturges, que é um retrato de seu tempo e faz um interessante contraponto entre amor e dinheiro. Poderá não agradar ás feministas da atualidade, mas é um filme verossímil aos costumes daquela época e - portanto - escusável pelas suas intenções. O título em português é uma tolice. As estrelas do filme - Claudette Colbert e Joel McCrea - convencem como casal e detém um excelente timing cômico. Porém, o que pontua de maneira excelente essa obra é a aparição de dois coadjuvantes - o ricaço velhinho (quase mouco) fabricante de salsichas ( Robert Dudley) e o patético (e divertidíssimo) Totó (Sig Arno): pretendente estrangeiro da ricaça vivida por Mary Astor.
Ainda mais hypado e irritante que o primeiro. Se a indústria de block busters se mirar somente por esse caminho de Marvel e DC, vai declinar qualquer possibilidade de ascensão criativa no cinema americano atual.
Um retrato contundente da decadência de uma família aristocrata engolida pelos novos tempos e pela soberba de seu protagonista (creio que nos dias de hoje, pra uma adaptação ao cenário brasileiro, o personagem de Tim Holt seria claramente um playboy aos moldes da coxinharia que assola o país com suas asneiras). O filme tem lances de filmagem (elegantíssimas, por sinal) que também encontramos em "Cidadão Kane" (sendo este "Soberba" o "filme autoral" de Welles,em contraponto a "Kane", filmado para grandes estúdios quase ao mesmo tempo). Ao contrário da opinião do meu amigo Danilo (logo abaixo), cujo filme vimos na sessão do SESC Natal há pouco tempo, acho que o lance do off-screen só tende a realçar uma certa tonalidade sombria que traça o rumo dos personagens principais do longa, cujas emoções se mostram contidas por todo o tempo, como um sofrimento engolido a seco (exceto,talvez, pela personagem vivida pela Agnes Moorehead - a tia Fanny). Apesar de algumas opiniões anteriores, não creio que o epílogo tenda a ser um "happy end" ao todo (prejudicando a atmosfera pesada do longa), mas sim carrega doses de ironia em particular ao destino de dois personagens importantes da trama. Um filme que merece inclusive ser revisto, dada a sua excelência. Uma película, em termos adjetivos, similar ao seu título em português: SOBERBA!
Uma produção indie dirigida por dois irmãos (os tais Duplass) que aspiram por algo de significado grandioso, como nos filmes roteirizados por Charlie Kauffman, mas que ao final culminam em um final nada mais que aceitável. O que mais incomoda no filme é um tal de um jogo de câmera que emula aqueles episódios de "The Office". Daí, não precisa se aprofundar tanto assim pra notar o quanto é insuportável aquela câmera dando close em cada personagem a cada, sei lá, 20 segundos de projeção. Acaba sendo uma experiência pretensiosa um tanto metida a cult (ou espertinha). Quando fui conferir logo após o histórico de filmes dos irmãos Duplass, vi que consta entre eles o péssimo "Cyrus"- também um filme pretensioso e esquecível. Talvez o esforço de Jason Segel, Ed Helms, Susan Sarandon e Judy Greer em acreditar no projeto me tenha tensionado a classificar o filme como regular, porém esquecível (alías, só escrevo esta nota porque sei que não lembrarei mais do filme em 3 semanas). E o destino de Jeff, afinal, quem se importa?
Resumo da produção: Menahen Golan e parte da equipe da maravilhosa produtora de filmes de ação B - a Cannon, embarcando na onda da influência cultural asiática dos 70 e 80, deu na telha em ocidentalizar a parada trazendo um "astro" pra protagonizar o sujeito que, após sofrer supostos traumas numa guerra que parece até que foi filmada por trás do quintal da casa do diretor, passa por um "treinamento" ninja com os melhores mestres do Japão por algum motivo que a gente não sabe qual é e nem fica sabendo mesmo após o final do filme. Golan, provavelmente, deve ter pensado, a princípio, em algum nome de peso da Hollywood da época. Clint Eastwood? Burt Reynolds? talvez...mas seriam muito caros para as possibilidades orçamentárias do projeto? A solução: escalar um ator em baixa, com grande sucesso num passado recente e que estivesse acessivel em termos financeiros para encarar o projeto e, quem sabe, convencer como o astuto herói ninja que passou por severos treinamentos e provações com metade das cenas de luta emuladas pelo dublê de corpo. Seu nome: FRANCO NERO. Numa das cenas mais hilárias do filme, o antagonista de Nero (um experiente ninja da sociedade a qual o herói pertence) recusa-se, perante todos os membros à mesa, a brindar pela condecoração de Nero ao tão almejado cargo de ninja. Indagado, grita com um sotaque nipônico que lembraria qualquer diálogo de Hermes e Renato: "He's no ninja!" Terminado o brilhante diálogo, sabemos que ali se inicia uma cruzada interminável de uma hora e meia de duração capaz de tornar "Força em Alerta" do Steven Seagal um filme comparado a "Hamlet". Ainda contamos com uma mocinha: SUSAN GEORGE (a esposa de Dustin Hoffman do clássico de Peckinpah: "Sob o Domínio do Medo") que, por nao ter feito grande carreira em Hollywood, precisando pagar as contas, encarou o projeto de peito aberto. Somem-se a isto um caricato e risível sub-antagonista alemão, com uma mão de gancho, que em melhores mãos lembraria algum vilão de filme de 007 com Roger Moore; gravações nas Filipinas (talvez um lugar mais barato pra filmagens que países como China ou Japão); um empresário que montou uma fortuna à base de coleta de cocos e um vilão absolutamente impagável e afetado. Uma trasheira, que, de tão ruim, é capaz de provocar risos incontroláveis de ponta a ponta.
Talvez o problema seja a minha antipatia por esses filmes ingleses da década de 10, de estilo academicista aos moldes do recente "O Jogo da Imitação", daí a minha impressão por considerá-lo um filme apenas regular (até porque seria maldade de minha parte considerá-lo um desastre completo, porque de fato não o é). Não entro nos (des)méritos da direção porque não entendo do assunto, mas as desnecessárias 2 horas de longa metragem e a má-condução (ao meu ver) da descoberta da homossexualidade do protagonista acabaram por transformá-lo num longa enfadonho. Apesar de tudo, o filme tem um ponto positivo: Alicia Vikander. A atriz sueca mais uma vez demonstra a Hollywood que veio pra ficar, com uma atuação enérgica, em contraponto á composição aborrecida de Eddie Redmayne.
"Class of 1984" segue aquela linha de filmes dos anos 80 que versam sobre os EUA dominado pela violência, numa perspectiva pessimista - e esta perspectiva é fortemente acentuada pelo irônico titulo em português: "Os Donos do Amanhã" e pela música de abertura cantada por Alice Cooper: "I Am The Future", reforçando a ideia de um futuro inevitavelmente caótico, justamente porque aqueles que ocuparão, como adultos, posições mais elevadas, são delinquentes contumazes e, pelo que o filme sugere, frutos da escalada da violência. Talvez as ideias tenham envelhecido, se levarmos em consideração o mundo 30 anos após 1984, que se encontra irremediavelmente igual, sem razões para os alarmismos balbuciados pelo professor vivido por Roddy McDowall, portanto ("ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais", já diria aquele cearense bigodudo); mas como cinema e entretenimento, certamente "Class of 1984" está naquele rol de bons e memoráveis filmes dos anos 80 - note que, apesar da abordagem séria, o diretor nunca chega a carregar a mão porque é sabido que ali é um filme feito para seu principal público - o adolescente, sendo uma experiência satisfatoriamente divertida. Em relação ao elenco, admira-me o competente ator Perry King, que interpreta o professor de música (protagonista da trama) não ter tido uma carreira mais extensa em contraponto ao antagonista "adolescente" vivido por Timothy Van Patten ( que eu já tinha reconhecido com a dublagem do Boça de "Hermes e Renato", numa paródia de um filme com Lee Van Cleef no extinto quadro "Tela Class"); e, por último, é claro, impossível não destacar a ilustre presença de um novato Michael J. Fox (que, na época, apenas assinava como "Michael Fox") vivendo aqui um bom moço vítima da violência institucionalizada e permissiva nas High Schools.
Um lixo de filme que vale pela minha pouca experiência com os "slasher movies". Não gera nem um pouco da tensão de clássicos do gênero como "Halloween", mas rende algumas jogadas interessantes de câmera. A fotografia me lembrou um pouco a de "Criaturas Através das Paredes". Alguém me passe depois o telefone da Elizabeth Cox, por obséquio.
Um filme investigativo, de natureza documental, que mergulha de cabeça e nos faz entender como funciona a engrenagem da influência e da troca de favores que existia entre a Igreja Católica e a Mídia. Claro que a equipe investigativa do Boston Globe - a Spotlight - "desenterra" os casos de abuso e pedofilia existentes desde a década de 60, para denunciar uma verdadeira banda podre que atuava (e ainda atua) na Igreja Católica, para acobertar os delitos. Para não citar os já indicados Rachel MacAdams e Mark Ruffalo, quero salientar também que são Interessantíssimas as atuações de Liev Schreiber e Michael Keaton (e especialmente para este último há uma ponta de injustiça na sua não-indicação para a Academia). Nota 10 para o roteiro sem furos que soube relatar bem os trâmites da investigação que, se desenvolvem num crescendo que culmina num relato detalhadíssimo do corrupto sistema da Igreja Católica em Boston - o que logo viria a se descobrir numa escala global. Importante ainda é acrescentar como houve a preocupação de tratar uma história com um problema de larga escala sendo abordada caso a caso, o que nos leva a sentir - como aqueles jornalistas - que segredos escusos podem ser revelados mais perto do que imaginamos.
Talvez o grande problema dessa revisão de "Team America" seja a constatação de como o filme envelheceu 12 anos após seu lançamento. Uns dois ou três momentos ainda escapam da revisão (a parodia sobre "Pearl Harbour" de Michael Bay e o discurso sobre "dicks" e "pussys" ainda respiram, no entanto, a cena de sexo entre os dois bonecos já perdeu muito de sua hilariedade). Leia-se a isso o fato de Kim Jong-Il já estar morto (talvez "South Park - o filme" também tenha envelhecida com a morte de Saddam), o tom reacionário da animação e a pouca produção de filmes ultra-patrióticos em prol dos EUA os quais este filme faz crítica.
A direção de Iñarritu lembra um pouco aqui o seu trabalho - vencedor de Oscar - em "Birdman, especialmente em relação ao jogo da câmera girando sob a perspectiva de cada personagem de grande destaque, durante a expedição naquele inverno agonizante. Se realmente fôssemos comparar, em termos de atuação, os protagonistas dos dois últimos filmes de Iñarritu, ainda assim o Michael Keaton de "Birdman" ganharia de Leonardo DiCaprio por este "O Regresso", no entanto, nada aqui tira os méritos da atuação deste último, já um ator bem experiente e abalizado. A atuação de DiCaprio é predominantemente física (sem muitas falas), num trabalho corporal invejável que, exemplificadamente, durante as cenas em que Hugh Glass rasteja num esforço hercúleo para sobreviver, lembramos muito daquela famosa cena em "O Lobo de Wall Street" no qual o protagonista (cujo nome me escapou da lembrança) também o faz (só que com uma pegada cômica) tentando subir e guiar na sua Ferrari enquanto está sob os efeitos de uma potente droga alucinógena. É tocante também a construção das emoções do personagem (e de como DiCaprio o faz de maneira tão competente). Méritos também para os personagens de Tom Hardy (fantástico como o desprezível Fitzgerald) e Domhall Gleason (um ator que cada vez mais se aninha no mercado hollywoodiano). Não poderíamos ainda deixar de mencionar a fotografia exuberante de Emanuel Lubeski, retratando as Montanhas Rochosas em luz natural; e a temática central da história: envolvendo vingança, misticismo e destino - tríade esta determinante para entender os conceitos de honra da sociedade indígena aqui retratada no filme e entender as motivações do próprio Hugh Glass, cuja persona foi criada justamente pela tribo dos Pawnees.
Uma das melhores cinebiografias do cinema. Robert Downey Jr. incorpora Chaplin de maneira fidedigna - impressão esta que iremos notar especialmente nas cenas que envolvem as produções mudas da Keystone.
Desaparecido - Um Grande Mistério
4.1 84Um filme, antes de tudo, extremamente necessário. E, mais importante salientar, corajoso.
A direção ágil de Costa Gavras sobre a reconstituição de fatos da ditadura chilena, durante e poucos dias após o golpe de 1973, numa montagem invejável, faz desse filme mais um daqueles obrigatórios para se conhecer e discutir acerca das ditaduras latino-americanas.
Jack Lemmon (confesso, um de meus atores preferidos), numa atuação contundente, mostra desespero em cada esfera de seu semblante; Sissy Spacek, por sua vez, demonstra uma coragem e determinação graduais à medida que o filme se projeta. A dinâmica da relação entre sogro e nora, juntos numa relação que caracteriza a comiseração mútua, enquanto vão descobrindo cada vez mais e mais detalhes sobre a cruel ditadura de Pinochet - talvez a mais violenta de toda a América Latina.
Finalmente, fui introduzido ao cinema político do diretor grego Konstantin Costa-Gavras e, a contar desse já clássico do gênero, devo conferir mais da sua filmografia.
O Intendente Sansho
4.5 65Há um que de etéreo no cântico
da mãe de Sushiô e Anju
"um homem sem misericódia é uma besta".
História triste, porém bela, poética e emocionante.
Luzes da Ribalta
4.5 280 Assista AgoraUma ode à arte: Charles Chaplin, num filme inesquecível, a começar pela belíssima trilha sonora composta pelo próprio, ensina-nos a apreciar a vida da maneira mais rica que possamos obter. Theresa (Claire Bloom), sua companheira de cena (então com 22 anos), recebe o bastão de Calvero (uma espécie de Carlitos em decadência - o que nos remete à própria vida de Chaplin, em 1952 - ano do lançamento do filme - esquecido por Hollywood e perseguido pelo macarthismo). Em duas horas de duração, Calvero e Theresa ensinam que a arte se renova com as novas gerações e estas gerações devem prestar sempre suas reverências aos seus antecessores - porque a vida também se renova.
Um destaque especial à bela homenagem prestada por Chaplin a seu contemporâneo de comédias relegado ao esquecimento na década de 50: Buster Keaton, o qual figura numa participação especialíssima nos ultimos minutos.
"Luzes da Ribalta" é, assim, sensível e contemplativo, e é mais eficiente que qualquer livro de auto-ajuda. É poesia pura.
À Meia Luz
4.1 96 Assista AgoraO maior trunfo do filme é, sem sombra de dúvidas, a atmosfera sombria que faz referência ao título original ("Gaslight") denotando a história obscura do personagem dissimulado de Charles Boyer e suas motivações (reveladas logo nos primeiros 10 minutos de projeção da película) e sua doentia relação com a personagem de Ingrid Bergman (heroína do longa). Paula, vivida por Bergman, questiona sua sanidade a todo o tempo (sem motivações reais para tanto) em virtude da teia de horror que Gregory (Boyer) a enreda, quase sem escapatória,
só que não contavam com a astúcia de Joseph Cotten
Angela Lansbury, que faz o papel da jovem empregada aproveitadora do casal Anton, deve ser a única remanescente do elenco principal, ainda viva deste filme de 1944. Vocês hão de recordá-la também em "Sob o Domínio do Mal" (The Manchurian Candidate,1962), em que faz uma das vilãs mais memoráveis do cinema norte-americano.
Os Implacáveis
3.9 72Peckinpah com sangue nos olhos.
Trumbo: Lista Negra
3.9 375 Assista AgoraCoisas que aprendi com o filme "Trumbo":
- John Wayne era um babaca de marca maior.
- Ronald Reagan era um grandessíssimo filho da puta (isso não é lá muita novidade,mas enfim...)
- Edward G. Robinson era um sujeito de bom coração, porém se encontrou num dilema decisivo para a sobrevivência de sua carreira em Hollywood, sendo forçado a fazer o que não queria.
- Kirk Douglas tinha 3 ovos
- Otto Preminger também.
- Dalton Trumbo, claro, é o herói.
Em que pese a importância da história do brilhante roteirista Dalton Trumbo, vítima do macarthismo: política de caça às bruxas que marcou os primeiros anos da Guerra Fria, é um filme carregado de defeitos que não fazem jus à biografia do acima referido.
Pesam contra o filme alguns fatores, tais como uma incômoda carga de didatismo que ponteia todo o filme, a falta de sutileza na passagem do tempo, a má-escalação de alguns personagens da história do cinema (John Wayne é unidimensional e Otto Preminger é caricato), e, por último mas não menos importante, o tom de melodramatização que sugere a relação de Dalton Trumbo com sua família, o que soa meio forçado e chato durante a prolação do drama.
Destaco como ponto positivo, entretanto, a bela interpretação do grande Bryan Cranston e a boa caracterização envolvendo o ator Edward G. Robinson(vivido aqui por Michael Stuhlbarg), de resto nada de relevante a acrescentar, o que faz de "Trumbo" um filme apenas mediano,o que é uma pena, vide a relevância do tema "macarthismo", que sempre pontuou bons filmes como "Boa Noite e Boa Sorte" e "Culpado sob Suspeita".
Um Conto Chinês
4.0 852 Assista AgoraCom um enredo simples e cativante, um roteiro bem resolvido e mais uma ótima atuação de Ricardo Darin, "Um Conto Chinês" é mais uma daquelas pérolas do cinema argentino que nos acostumamos a assistir desde a virada do milênio, com a descoberta de "Nove Rainhas" e "O Filho da Noiva".
Trata basicamente de um "choque de realidade" por que passa o personagem principal - sujeito arredio e de poucas palavras - ao se defrontar com uma situação atípica: acomodar um chinês desorientado em sua casa. A partir deste acontecimento, desenrola-se uma terna jornada humanista e de auto-conhecimento (este,inclusive, se desenvolve de maneira elegante e bem amarrada, na medida em que descobrimos coisas fundamentais sobre o passado do personagem de Darín).
Um filme sábio, aos moldes da milenar filosofia chinesa.
Mulher de Verdade
3.5 13Comédia maluca e espirituosa, de Preston Sturges, que é um retrato de seu tempo e faz um interessante contraponto entre amor e dinheiro. Poderá não agradar ás feministas da atualidade, mas é um filme verossímil aos costumes daquela época e - portanto - escusável pelas suas intenções.
O título em português é uma tolice. As estrelas do filme - Claudette Colbert e Joel McCrea - convencem como casal e detém um excelente timing cômico. Porém, o que pontua de maneira excelente essa obra é a aparição de dois coadjuvantes - o ricaço velhinho (quase mouco) fabricante de salsichas ( Robert Dudley) e o patético (e divertidíssimo) Totó (Sig Arno): pretendente estrangeiro da ricaça vivida por Mary Astor.
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraAinda mais hypado e irritante que o primeiro. Se a indústria de block busters se mirar somente por esse caminho de Marvel e DC, vai declinar qualquer possibilidade de ascensão criativa no cinema americano atual.
Soberba
3.8 75 Assista AgoraUm retrato contundente da decadência de uma família aristocrata engolida pelos novos tempos e pela soberba de seu protagonista (creio que nos dias de hoje, pra uma adaptação ao cenário brasileiro, o personagem de Tim Holt seria claramente um playboy aos moldes da coxinharia que assola o país com suas asneiras).
O filme tem lances de filmagem (elegantíssimas, por sinal) que também encontramos em "Cidadão Kane" (sendo este "Soberba" o "filme autoral" de Welles,em contraponto a "Kane", filmado para grandes estúdios quase ao mesmo tempo). Ao contrário da opinião do meu amigo Danilo (logo abaixo), cujo filme vimos na sessão do SESC Natal há pouco tempo, acho que o lance do off-screen só tende a realçar uma certa tonalidade sombria que traça o rumo dos personagens principais do longa, cujas emoções se mostram contidas por todo o tempo, como um sofrimento engolido a seco (exceto,talvez, pela personagem vivida pela Agnes Moorehead - a tia Fanny). Apesar de algumas opiniões anteriores, não creio que o epílogo tenda a ser um "happy end" ao todo (prejudicando a atmosfera pesada do longa), mas sim carrega doses de ironia em particular ao destino de dois personagens importantes da trama.
Um filme que merece inclusive ser revisto, dada a sua excelência. Uma película, em termos adjetivos, similar ao seu título em português: SOBERBA!
Jeff e as Armações do Destino
3.4 315 Assista AgoraUma produção indie dirigida por dois irmãos (os tais Duplass) que aspiram por algo de significado grandioso, como nos filmes roteirizados por Charlie Kauffman, mas que ao final culminam em um final nada mais que aceitável.
O que mais incomoda no filme é um tal de um jogo de câmera que emula aqueles episódios de "The Office". Daí, não precisa se aprofundar tanto assim pra notar o quanto é insuportável aquela câmera dando close em cada personagem a cada, sei lá, 20 segundos de projeção. Acaba sendo uma experiência pretensiosa um tanto metida a cult (ou espertinha).
Quando fui conferir logo após o histórico de filmes dos irmãos Duplass, vi que consta entre eles o péssimo "Cyrus"- também um filme pretensioso e esquecível.
Talvez o esforço de Jason Segel, Ed Helms, Susan Sarandon e Judy Greer em acreditar no projeto me tenha tensionado a classificar o filme como regular, porém esquecível (alías, só escrevo esta nota porque sei que não lembrarei mais do filme em 3 semanas).
E o destino de Jeff, afinal, quem se importa?
Ninja A Maquina Assassina
2.9 28Resumo da produção:
Menahen Golan e parte da equipe da maravilhosa produtora de filmes de ação B - a Cannon, embarcando na onda da influência cultural asiática dos 70 e 80, deu na telha em ocidentalizar a parada trazendo um "astro" pra protagonizar o sujeito que, após sofrer supostos traumas numa guerra que parece até que foi filmada por trás do quintal da casa do diretor, passa por um "treinamento" ninja com os melhores mestres do Japão por algum motivo que a gente não sabe qual é e nem fica sabendo mesmo após o final do filme.
Golan, provavelmente, deve ter pensado, a princípio, em algum nome de peso da Hollywood da época. Clint Eastwood? Burt Reynolds? talvez...mas seriam muito caros para as possibilidades orçamentárias do projeto? A solução: escalar um ator em baixa, com grande sucesso num passado recente e que estivesse acessivel em termos financeiros para encarar o projeto e, quem sabe, convencer como o astuto herói ninja que passou por severos treinamentos e provações com metade das cenas de luta emuladas pelo dublê de corpo. Seu nome: FRANCO NERO.
Numa das cenas mais hilárias do filme, o antagonista de Nero (um experiente ninja da sociedade a qual o herói pertence) recusa-se, perante todos os membros à mesa, a brindar pela condecoração de Nero ao tão almejado cargo de ninja. Indagado, grita com um sotaque nipônico que lembraria qualquer diálogo de Hermes e Renato: "He's no ninja!" Terminado o brilhante diálogo, sabemos que ali se inicia uma cruzada interminável de uma hora e meia de duração capaz de tornar "Força em Alerta" do Steven Seagal um filme comparado a "Hamlet".
Ainda contamos com uma mocinha: SUSAN GEORGE (a esposa de Dustin Hoffman do clássico de Peckinpah: "Sob o Domínio do Medo") que, por nao ter feito grande carreira em Hollywood, precisando pagar as contas, encarou o projeto de peito aberto.
Somem-se a isto um caricato e risível sub-antagonista alemão, com uma mão de gancho, que em melhores mãos lembraria algum vilão de filme de 007 com Roger Moore; gravações nas Filipinas (talvez um lugar mais barato pra filmagens que países como China ou Japão); um empresário que montou uma fortuna à base de coleta de cocos e um vilão absolutamente impagável e afetado.
Uma trasheira, que, de tão ruim, é capaz de provocar risos incontroláveis de ponta a ponta.
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraTalvez o problema seja a minha antipatia por esses filmes ingleses da década de 10, de estilo academicista aos moldes do recente "O Jogo da Imitação", daí a minha impressão por considerá-lo um filme apenas regular (até porque seria maldade de minha parte considerá-lo um desastre completo, porque de fato não o é).
Não entro nos (des)méritos da direção porque não entendo do assunto, mas as desnecessárias 2 horas de longa metragem e a má-condução (ao meu ver) da descoberta da homossexualidade do protagonista acabaram por transformá-lo num longa enfadonho.
Apesar de tudo, o filme tem um ponto positivo: Alicia Vikander. A atriz sueca mais uma vez demonstra a Hollywood que veio pra ficar, com uma atuação enérgica, em contraponto á composição aborrecida de Eddie Redmayne.
Os Donos do Amanhã
3.4 70 Assista Agora"Class of 1984" segue aquela linha de filmes dos anos 80 que versam sobre os EUA dominado pela violência, numa perspectiva pessimista - e esta perspectiva é fortemente acentuada pelo irônico titulo em português: "Os Donos do Amanhã" e pela música de abertura cantada por Alice Cooper: "I Am The Future", reforçando a ideia de um futuro inevitavelmente caótico, justamente porque aqueles que ocuparão, como adultos, posições mais elevadas, são delinquentes contumazes e, pelo que o filme sugere, frutos da escalada da violência.
Talvez as ideias tenham envelhecido, se levarmos em consideração o mundo 30 anos após 1984, que se encontra irremediavelmente igual, sem razões para os alarmismos balbuciados pelo professor vivido por Roddy McDowall, portanto ("ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais", já diria aquele cearense bigodudo); mas como cinema e entretenimento, certamente "Class of 1984" está naquele rol de bons e memoráveis filmes dos anos 80 - note que, apesar da abordagem séria, o diretor nunca chega a carregar a mão porque é sabido que ali é um filme feito para seu principal público - o adolescente, sendo uma experiência satisfatoriamente divertida.
Em relação ao elenco, admira-me o competente ator Perry King, que interpreta o professor de música (protagonista da trama) não ter tido uma carreira mais extensa em contraponto ao antagonista "adolescente" vivido por Timothy Van Patten ( que eu já tinha reconhecido com a dublagem do Boça de "Hermes e Renato", numa paródia de um filme com Lee Van Cleef no extinto quadro "Tela Class"); e, por último, é claro, impossível não destacar a ilustre presença de um novato Michael J. Fox (que, na época, apenas assinava como "Michael Fox") vivendo aqui um bom moço vítima da violência institucionalizada e permissiva nas High Schools.
A mensagem que fica, ao final, é um tanto conservadora: "se não cuidarmos à mão e ferro acerca do destino dos jovens, este país estará perdido".
Violência e Terror
3.1 90Um lixo de filme que vale pela minha pouca experiência com os "slasher movies". Não gera nem um pouco da tensão de clássicos do gênero como "Halloween", mas rende algumas jogadas interessantes de câmera. A fotografia me lembrou um pouco a de "Criaturas Através das Paredes". Alguém me passe depois o telefone da Elizabeth Cox, por obséquio.
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraUm filme investigativo, de natureza documental, que mergulha de cabeça e nos faz entender como funciona a engrenagem da influência e da troca de favores que existia entre a Igreja Católica e a Mídia. Claro que a equipe investigativa do Boston Globe - a Spotlight - "desenterra" os casos de abuso e pedofilia existentes desde a década de 60, para denunciar uma verdadeira banda podre que atuava (e ainda atua) na Igreja Católica, para acobertar os delitos.
Para não citar os já indicados Rachel MacAdams e Mark Ruffalo, quero salientar também que são Interessantíssimas as atuações de Liev Schreiber e Michael Keaton (e especialmente para este último há uma ponta de injustiça na sua não-indicação para a Academia).
Nota 10 para o roteiro sem furos que soube relatar bem os trâmites da investigação que, se desenvolvem num crescendo que culmina num relato detalhadíssimo do corrupto sistema da Igreja Católica em Boston - o que logo viria a se descobrir numa escala global. Importante ainda é acrescentar como houve a preocupação de tratar uma história com um problema de larga escala sendo abordada caso a caso, o que nos leva a sentir - como aqueles jornalistas - que segredos escusos podem ser revelados mais perto do que imaginamos.
Life's a Breeze
3.3 13Um filme para famílias. Divertido na dosagem certa, sem grandes arroubos de roteiro ou discussões filosóficas aprofundadas. Vale uma sessão.
Team America - Detonando o Mundo
3.5 260 Assista AgoraTalvez o grande problema dessa revisão de "Team America" seja a constatação de como o filme envelheceu 12 anos após seu lançamento.
Uns dois ou três momentos ainda escapam da revisão (a parodia sobre "Pearl Harbour" de Michael Bay e o discurso sobre "dicks" e "pussys" ainda respiram, no entanto, a cena de sexo entre os dois bonecos já perdeu muito de sua hilariedade).
Leia-se a isso o fato de Kim Jong-Il já estar morto (talvez "South Park - o filme" também tenha envelhecida com a morte de Saddam), o tom reacionário da animação e a pouca produção de filmes ultra-patrióticos em prol dos EUA os quais este filme faz crítica.
Os 7 Suspeitos
3.8 355 Assista AgoraUm jogo de tabuleiro em formato de filme. Divertido - e, por passar em 1954, até tem alguns bons momentos daquela paranoia mccarthyana.
Tem três finais, mas confesso que me agradou mais o último.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraA direção de Iñarritu lembra um pouco aqui o seu trabalho - vencedor de Oscar - em "Birdman, especialmente em relação ao jogo da câmera girando sob a perspectiva de cada personagem de grande destaque, durante a expedição naquele inverno agonizante.
Se realmente fôssemos comparar, em termos de atuação, os protagonistas dos dois últimos filmes de Iñarritu, ainda assim o Michael Keaton de "Birdman" ganharia de Leonardo DiCaprio por este "O Regresso", no entanto, nada aqui tira os méritos da atuação deste último, já um ator bem experiente e abalizado.
A atuação de DiCaprio é predominantemente física (sem muitas falas), num trabalho corporal invejável que, exemplificadamente, durante as cenas em que Hugh Glass rasteja num esforço hercúleo para sobreviver, lembramos muito daquela famosa cena em "O Lobo de Wall Street" no qual o protagonista (cujo nome me escapou da lembrança) também o faz (só que com uma pegada cômica) tentando subir e guiar na sua Ferrari enquanto está sob os efeitos de uma potente droga alucinógena.
É tocante também a construção das emoções do personagem (e de como DiCaprio o faz de maneira tão competente). Méritos também para os personagens de Tom Hardy (fantástico como o desprezível Fitzgerald) e Domhall Gleason (um ator que cada vez mais se aninha no mercado hollywoodiano).
Não poderíamos ainda deixar de mencionar a fotografia exuberante de Emanuel Lubeski, retratando as Montanhas Rochosas em luz natural; e a temática central da história: envolvendo vingança, misticismo e destino - tríade esta determinante para entender os conceitos de honra da sociedade indígena aqui retratada no filme e entender as motivações do próprio Hugh Glass, cuja persona foi criada justamente pela tribo dos Pawnees.
As Panteras
2.9 716 Assista AgoraLixo tóxico. McG é, provavelmente, o pior diretor de sua geração.
Quero ser Grande
3.7 803Tom Hanks, que já se mostrava um monstro na atuação, a partir deste filme. Um belo trabalho de Penny Marshall.
Chaplin
4.2 363Uma das melhores cinebiografias do cinema. Robert Downey Jr. incorpora Chaplin de maneira fidedigna - impressão esta que iremos notar especialmente nas cenas que envolvem as produções mudas da Keystone.
Feitiço do Tempo
3.9 754 Assista AgoraBill Murray em busca do dia perfeito.