O filme foi uma surpresa deliciosa pra mim, que tava um pouco desacreditada do cinema nacional, depois de ter assistido à uma sequência considerável de péssimos filmes brasileiros. A gente tá carente de filmes que fujam do clichê, não só no roteiro, mas na estética, na fala, principalmente! Isso acrescenta uma naturalidade espantosa à obra, naturalidade enfatizada pelo ótimo elenco escolhido (o que, na minha opinião, é ainda mais difícil de encontrar por aqui). Me surpreendeu também a capacidade do enredo de fazer rir, chorar e de nos fazer se identificar, porque afinal ninguém faz a menor ideia do que tá fazendo com a própria vida e, sabe, isso não é necessariamente ruim. A gente parece estar sempre um passo atrás da felicidade, como se essa fosse uma ideia longínqua do futuro, portanto, sempre pensamos "vou fazer isso, pra então conseguir isso, e finalmente me sentir realizado". A busca por algo que dê sentido a vida, já é o sentido dela. A gente cresce e se descobre cada vez mais ao testar nossos limites, ao enfrentar nossos medos, ao ajudar as pessoas com quem nos importamos, ao experimentar algo novo, ao fazer algo criativo (mesmo que seja inventar mentiras pra contar na mesa na hora do jantar) ou simplesmente quando fazemos algo que já gostamos. No final, os erros (mas também as conquistas) terão sido inevitáveis, mas o caminho percorrido e os aprendizados decorridos desses trajetos é que nos sustentarão e definirão quem realmente somos.
A sinopse na TV me lembrou um dos meus filmes favoritos: Medianeras, igualmente oriundo de Buenos Aires. A diferença é que esse acabou se desenvolvendo de forma totalmente oposta. Enquanto no primeiro as janelas retratam um tipo de escapismo de um jeito muito mais simpático e benevolente, em O Homem ao Lado essas são motivos dos conflitos que acompanhamos ao longo do filme. Um fato curioso que eu quero ressaltar, entretanto, é que Medianeras justamente é o nome dado às laterais dos edifícios, cujas paredes não têm janelas. A construção dessas janelas são proibidas na Argentina, apesar de ser comum descumprirem essa lei no intuito de buscar maior luminosidade pro apartamento. Enfim, ambos são uma recomendação pra quem simpatiza com janelas e com o cinema argentino.
O filme acabou e me deixou à esmo, com um sentimento de saudade, principalmente pela Paloma, que me cativou no âmago, desde as suas questões existencialistas até o sestro que ela tem de retratar sua visão cotidiana com a câmera de vídeo. Todos os detalhes, conduzidos de forma tão branda e sensível, me fizeram apaixonada pelos personagens e pelo filme no geral.
Criei expectativas por conta do título, mas me decepcionei um tanto ao decorrer do filme, pela presença de cenas previsíveis, tais frequentes em qualquer filme de comédia comum. No entanto, há também casos interessantes, como a questão da adoção e, principalmente, a história da Rosie,
O nó górdio foi terem sido retratados bastante superficialmente, o que pode ter enfraquecido o enredo. Em suma, não é um filme ruim em sua totalidade, mas senti falta de algo que não me permitisse ceder à vontade de levantar do sofá antes do fim.
Margarita com Canudinho
3.8 93 Assista Agoratão subversivo que fica difícil não ser forçado e/ou superficial (ficou só superficial)
eh válido pela pluralidade
Amar
2.4 123 Assista Agorapior que visual e tecnicamente eh um filme interessante
ainda me deixou #triggered
Um Plus a Mais
3.2 21quase uma versão francófona da trilogia do linklater numa pegada menos existencialista
ou na real só um role verborragico
mas pela india!!
+ Elsa Zylberstein com o sorriso mais espontâneo do cinema ♡
Três é Demais
3.8 274 Assista Agoraeh de uma estranheza que aconchega, esse wes anderson
Little Boxes
3.1 16nada acotece feijoada
O Duplo
3.5 518 Assista Agoratem outro valor pra quem assistiu a Submarine
Procurando Dory
4.0 1,8K Assista Agoraum filme pra não assistir se estiver com sede
Apenas o Fim
3.7 1,1K Assista Agoragosto desses filmes verborrágicos
Um Belo Verão
3.9 115 Assista Agorafeito por mulher <3
Terráqueos
4.5 450arreguei em 9 minutos :(
Impulsividade
3.6 91 Assista AgoraRichard Ayoade deve ter assistido a esse filme
Eu Não Faço a Menor Ideia do que eu Tô …
3.0 803O filme foi uma surpresa deliciosa pra mim, que tava um pouco desacreditada do cinema nacional, depois de ter assistido à uma sequência considerável de péssimos filmes brasileiros.
A gente tá carente de filmes que fujam do clichê, não só no roteiro, mas na estética, na fala, principalmente! Isso acrescenta uma naturalidade espantosa à obra, naturalidade enfatizada pelo ótimo elenco escolhido (o que, na minha opinião, é ainda mais difícil de encontrar por aqui).
Me surpreendeu também a capacidade do enredo de fazer rir, chorar e de nos fazer se identificar, porque afinal ninguém faz a menor ideia do que tá fazendo com a própria vida e, sabe, isso não é necessariamente ruim. A gente parece estar sempre um passo atrás da felicidade, como se essa fosse uma ideia longínqua do futuro, portanto, sempre pensamos "vou fazer isso, pra então conseguir isso, e finalmente me sentir realizado". A busca por algo que dê sentido a vida, já é o sentido dela. A gente cresce e se descobre cada vez mais ao testar nossos limites, ao enfrentar nossos medos, ao ajudar as pessoas com quem nos importamos, ao experimentar algo novo, ao fazer algo criativo (mesmo que seja inventar mentiras pra contar na mesa na hora do jantar) ou simplesmente quando fazemos algo que já gostamos.
No final, os erros (mas também as conquistas) terão sido inevitáveis, mas o caminho percorrido e os aprendizados decorridos desses trajetos é que nos sustentarão e definirão quem realmente somos.
O Homem ao Lado
3.6 125 Assista AgoraA sinopse na TV me lembrou um dos meus filmes favoritos: Medianeras, igualmente oriundo de Buenos Aires. A diferença é que esse acabou se desenvolvendo de forma totalmente oposta. Enquanto no primeiro as janelas retratam um tipo de escapismo de um jeito muito mais simpático e benevolente, em O Homem ao Lado essas são motivos dos conflitos que acompanhamos ao longo do filme.
Um fato curioso que eu quero ressaltar, entretanto, é que Medianeras justamente é o nome dado às laterais dos edifícios, cujas paredes não têm janelas. A construção dessas janelas são proibidas na Argentina, apesar de ser comum descumprirem essa lei no intuito de buscar maior luminosidade pro apartamento.
Enfim, ambos são uma recomendação pra quem simpatiza com janelas e com o cinema argentino.
O Porco Espinho
4.3 366O filme acabou e me deixou à esmo, com um sentimento de saudade, principalmente pela Paloma, que me cativou no âmago, desde as suas questões existencialistas até o sestro que ela tem de retratar sua visão cotidiana com a câmera de vídeo. Todos os detalhes, conduzidos de forma tão branda e sensível, me fizeram apaixonada pelos personagens e pelo filme no geral.
O que Esperar Quando Você Está Esperando
3.0 976 Assista AgoraCriei expectativas por conta do título, mas me decepcionei um tanto ao decorrer do filme, pela presença de cenas previsíveis, tais frequentes em qualquer filme de comédia comum.
No entanto, há também casos interessantes, como a questão da adoção e, principalmente, a história da Rosie,
que perde seu bebê antes de dá-lo à luz.
Em suma, não é um filme ruim em sua totalidade, mas senti falta de algo que não me permitisse ceder à vontade de levantar do sofá antes do fim.