Considero um clássico porque as cenas de dança e a trilha sonora são maravilhosos... mas tirando isso e o magnetismo do Patrick Swayze, não tem nada de interessante. Tantos conflitos que poderiam ter gerado cenas e personagens mais interessantes, é uma pena.
Vi quando criança na Sessão da tarde e revi hoje e estou maravilhado! A cena da argila com a música tocando ao fundo é muito linda! Penso que a música-tema que ajudou o filme a marcar as gerações e envelhece-lo tão bem, transmite claramente o espírito do longa.
Um excelente entretenimento, roteiro amarradinho que permite o romance transitar levemente por outros gêneros sem perder sua essência. Oda Mae é um charme que rouba a atenção sempre que aparece! Um verdadeiro clássico da Sessão da Tarde!
Achei bem fofinho. É legal ver que apesar de termos uma menina de 16 anos grávida em questão, ela tem o apoio da família, até mesmo do pai do seu filho para continuar com a decisão que optar - seja o aborto ou dá-lo para a adoção, alternativas que ela seria muito criticada em nossa sociedade. Por mais imatura e inconsequente que a Juno seja, a noção de reconhecer que não está preparada para cuidar de uma criança e ainda assim desejar o melhor pra esse bebê é algo muito nobre. Claro que uma gravidez na adolescência não deve ser fácil de driblar como acontece aqui no filme, mas achei bem válido ao mostrar que esse período pode ser menos tenso do que se espera se a garota tiver o apoio das pessoas próximas e ter suas vontades respeitadas, já que sempre é ela que mais vai ser julgada por algo da nossa natureza humana que é a reprodução.
Gente, que filme dúbio!!! A princípio achei que seria só uma historinha fútil sobre a vida cotidiana dos burgueses, por outro lado mostra justamente as imperfeições dessa família dita da realeza. O problema a meu ver é que o roteiro não é interessante, os personagens não são empáticos e o modo como as coisas acontecem são supérfluas,
usa temas tabus como o incesto e o suicídio como pano de fundo de um jeito até irresponsável, como se fosse uma gripe ou uma dor de cabeça que se dá de vez em quando, é até vergonhoso.
, tudo pra tentar tirar a ideia de um filme infantilizado e raso... Além disso, não entendi o porquê os
táxis ciganos sempre tinham uma aparência de sujo. É pra reforçar o estereótipo de que algo estrangeiro é sempre inferior na visão dos norte-americanos? Por favor...
Talvez essa trágica e sutil ironia sobre as personagens não tenham me cativado. Talvez esse contraponto seja a graça desse filme, mas que particularmente não me conquistou.Tudo parece muito pretensioso, apenas pronto para relatar os problemas de gente rica e mimada, e que se não fosse o fato de ser um filme muito belo visualmente seria uma porcaria. Parece que o Wes Anderson leva ao pé da letra o ditado "Uma imagem vale mais que mil palavras" e não proporciona-nos nem mesmo raiva com uma narrativa e personagens tão apáticos sobre a vida. Mediano.
Me incomodou um bocado as situações romantizadas dentro de um ambiente tão hostil quanto um presídio, acho que isso tirou uma falta de realidade enorme. Os personagens mais trabalhados aqui são só o Andy e o Red, os demais detentos e policiais não passam de muletas para preencher o espaço protagonizado pelos dois. Pelo hype do filme eu esperava no mínimo algo como A Lista de Schindler, um clássico dramático impossível de se contestar. Para mim, À Espera de Um Milagre cumpre melhor os requisitos que senti falta aqui. É sim um filme muito bom, competente em suas obrigações cinematográficas mas não senti esse impacto todo não. Dá pra recomendar tranquilo pra amigos e família e até rever, mas não ao ponto de propagá-lo como uma obra-prima inestimável do cinema.
Vim com muita sede no pote e quebrei a cara. O Farol tem imensas qualidades técnicas (como a fotografia e a mixagem de som), mas soou muito confuso pra mim no seu roteiro e em seus diálogos. Apesar da qualidade excepcional das atuações do Pattinson e do Dafoe, dois atores que eu gosto muito, a primeira hora do filme me deixou jogado ao tédio. Eu não consegui sentir o estado de imersão, muito menos o mínimo de incômodo que eu esperava ter aqui. No final, entendi foi quase nada. Hoje minha avaliação fica com 3 estrelas apenas.
Estou muito sensibilizado com esse filme, porque, de alguma forma, ele renovou as minhas esperanças sobre o atual mundo que nós vivemos. Vamos lá, ao mesmo tempo que o Papa Bento XVI e o Papa Francisco se mostram antagônicos, eles são complementares, frutos de um mesmo "ventre" - no caso aqui a poderosa Igreja Católica - que possuem diferentes visões sobre assuntos tabus, que jamais deveriam ser julgados por um ponto de vista extremista, seja este conservador ou progressista. E aí está a graça da situação, pois, Dois Papas humaniza seus protagonistas sem soar chato, didático ou piegas demais, é uma trama muito bem equilibrada tentando mostrar esse episódio recente da troca de papas, de como eles procuram o melhor e não contribuir com as injustiças políticas que o mundo nos impera.
Cenas simples como os Papas comendo uma pizza com Fanta, ou mesmo comentando sobre os Beatles ou assistindo à Copa do Mundo de 2014 são muito bem vindas e nos divertem. Inclusive, tal contextualização do futebol é de total valor, uma vez que o final da Copa foi justamente os países natais dos últimos papas.
E para nós, meros humanos, presenciar até mesmo o fato da renúncia de um Papa, uma vez que segundo o longa, isso ocorrera há mais de 700 anos, acaba sendo "emocionante", e colocando esse fato como um sinal de mudanças - mudanças essas que trarão uma evolução para a sociedade. O que dizer das atuações do Pryce e do Hopkins? Fenomenais, estou chocado em como ambos caíram tão bem representando seus respectivos papéis. Fernando Meirelles faz um trabalho magistral aqui, e pode soar ingênuo de minha parte, mas acho que Dois Papas é um filme pra qualquer pessoa assistir e relembrar a sua fé, fazer as pazes consigo mesmo, eu pelo menos tive essa sensação. Não a fé de religião, mas a fé de existência, humanidade, e que por mais distintos que sejamos uns dos outros, ainda temos a similar missão de fazer o mundo que habitamos um lugar melhor. Não podemos fugir da nossa responsabilidade.
" Porque quando não há culpados, todos são culpados".
Filmaço! Eu lembro de ter visto na Globo uns anos atrás no Corujão, mas não lembrava mesmo como era a história. Um roteiro redondo e sucinto unido às atuações de primeira de seu primoroso elenco nos imerge numa fantástica aventura dos policiais de Los Angeles nos anos 1950. Uma das coisas que acho mais interessante aqui, é que quando você passa a conhecer mais do cinema, você entende bem melhor as referências da época, assim como era o nome das prostitutas com atrizes - eu adorei ter identificado a Veronica Lake ao lembrá-la do clássico Contrastes Humanos. Kim Bassinger realmente incorporou bem a sua estrela. Outro ponto muito forte é você ter 3 protagonistas de personalidades e motivações bem distintas, mas que haviam um lado em comum, o de crescer e fazer justiça naquela Los Angeles. Ao mesmo tempo que o roteiro te conduz com pistas, ele não entrega o jogo, e, quando um filme faz isso, sem que você descubra totalmente suas intenções, é que você se surpreende e passa a gostar mais ainda da obra. É um filme tão bom que você nem precisa gostar do gênero noir, você só precisa gostar de um bom cinema mesmo!
Primeiro filme que vejo um século após seu lançamento... e nossa, que surpresa! Lírio Partido é um filme lindo, e achei incrível o seu poder de ainda saber entreter-nos após cem anos. Destaco principalmente a trilha sonora que se mostra presente e muito bem escolhida a todo momento, o que para nós de outro século, auxilia bastante na sua absorção. Lilian Gish tem umas das melhores interpretações que eu já vi no cinema, mesmo tentando sorrir, o seu olhar transmite uma tristeza profunda. Por mais teatrais que as atuações possam ser, você sente empatia pelas personagens. Acredito que possa ser um filme bem interessante para quem está começando a estudar sobre as técnicas do cinema, e claro, essencial pra qualquer amante da área que se preze.
Olha, algumas coisas me incomodaram no filme, mas se for olhar pelo ângulo que aqui está sendo retratado nada mais que os diversos preconceitos que temos enraizados em nossa cultura e nossa vivência, esse filme é uma verdadeira aula de sátira! Muito original e inusitado, minhas cenas favoritas foram as do hino nacional e do culto, que me renderam boas risadas!
Que filme delicioso, arrisco dizer que se tornou meu favorito do Scorsese. As semelhanças com Joker lançado nesse 2019 são nítidas, mas também vejo muito também do icônico Rede de Intrigas de 1976 - só analisar que a Mrs. Langford lembra muito a personagem da Faye Dunaway em figurino. Dei altas risadas, e amei muito a personagem da Masha, louca de pedra e super carismática hahaha
De fato, é um filme bom e com suas competências ao abordar o dilema do rompimento de duas pessoas que até então se admiravam bastante. O dilema maior, no entanto, não é necessariamente o casal romper-se por ideias opostas, mas desejarem que o seu ponto de vista sobre o presente/futuro do filho é o que deve ser certo pra vida dele. Isso inclui desde o lugar onde se mora ou até mesmo a fantasia escolhida pro Halloween. É natural que os pais eduquem seus filhos tentando passar para eles aquilo que eles acreditam ser o certo. Mas até que ponto? Sobre as atuações, o elenco é formidável, destaco a atuação da Laura Dern sobretudo, me impactou a forma precisa da sua atuação. Uma personagem fina, mas ativa, com falas consistentes e que representam uma imagem de força feminina. Merece o Oscar de atriz coadjuvante o qual ela tem sido cogitada.
O filme tem uma premissa muito interessante a princípio, e na sua primeira metade tem um ótimo desenvolvimento com as belas atuações de Bancroft e Hoffman. Só que depois o roteiro dá um giro de 180º e coloca tudo a perder tendo um ritmo bastante corrido, até inverossímil, já que não desenvolve com naturalidade o afeto do protagonista com a sua amada Elaine. Essa por sinal, não carrega o carisma dos demais personagens principais, o que reforça mais ainda o apelamento para um casal clichê com final feliz bem típicos da era de ouro de Hollywood. Anne Bacroft praticamente some na segunda metade, e uma eventual promessa de ser uma grande vilã - talvez ao nível de Alex Forest interpretada por Glen Close duas décadas depois em Atração Fatal, ou até mesmo a impiedosa Phyllis de Barbara Stanwyck em Pacto de Sangue - vai totalmente pro ralo. Vai ver não tenha sido intencional aprofundar na personagem da veterana e deixar o destaque apenas por conta de Dustin, o que eu acho uma pena. No final, o Ben pra mim não foi um cara legal, nem heroico e nem carismático, apenas um babaca desesperado correndo atrás do "verdadeiro amor", tema já cansativo das produções de Hollywood. Concluindo, esperava mais.
Liv Ullmann está espetacular, diria que esse é o melhor papel da sua carreira junto com Sonata de Outono. Aliás, eu acho incrível como a sua união com Bergman funciona tão bem e eles trazem personagens tão ricos, únicos e complexos. Já sobre o filme, vale a pena ver pela riqueza do roteiro e notar mais uma vez o excelente domínio que Bergman tem com as palavras, e seu dom para lidar com sentimentos e pensamentos humanos trazidos à tela. Porém, temos aqui o exemplo de quando a atuação do ator é muito maior do que o próprio filme. Tira-se Jenny e não têm-se mais nada. Ela é a alma de Face a Face.
Confesso que estava tão ansioso por esse filme que acabei me desapontando após vê-lo. A questão de não identificá-lo como uma obra do Tarantino por causa da violência, embora eu tenha sentido falta, não me incomodou de todo, porque acho que a proposta do filme pareceu ser mais uma homenagem do diretor à própria Hollywood e talvez uma de suas épocas favoritas. Minha principal queixa aqui é que eu não captei quais são as motivações dos personagens para eles agirem como agem, simplesmente parecem que estão no piloto automático. Margot Robbie está esplêndida como Sharon Tate, fiquei boquiaberto como ela se encaixou tão bem na personagem. Dicaprio, por sua vez, não desaponta e nem impressiona... na verdade, tenho a impressão que eu vi o Dicaprio em mais um filme, e não o seu personagem Rick Dalton, o que é irônico porque era esse justamente o ponto que ele precisava melhorar, deixar de ser Rick pra embarcar mais em seu personagem. E esse personagem de cara machão e perturbado e obcecado com alguma falha e/ou conquista, eu meio que estou cansado de ver do Dicaprio...dito isso, afirmo que a personagem do Pitt é muito mais interessante.
Adorei o fato que ele transformou o ataque da gangue do Charles Manson contra a Sharon Tate e seus convidados, inclusive uma das partes mais legais...
Eu não diria que é um filme ruim do Tarantino, porque é notável o amor que o cineasta tem pelo cinema e todo o cuidado com a obra. A graça aqui parece estar mais em ver essa película como um objeto de estudo e conhecimento sobre o cinema daquela época, procurar saber sobre as referências e como isso impactou a carreira tanto de Tarantino quanto de outros cineastas que apreciam essa ação advinda dos filmes western.
Os cinquenta minutos iniciais do filme são muito cativantes e bem equilibrados, introduz os personagens todos do drama e nos deixa apreensivos para ver o que se sucede. Só que depois que
o Robbie vai para a guerra e temos a separação dele e da Cecília, a história fica mais mórbida, diminui muito seu ritmo e pouco é explorado da acusação, nem mesmo vemos muito os demais personagens, a não ser relances entre o casal pelo ponto de vista da Briony.
Eu até achei o filme tocante, mas ele se destaca mais pelo começo, e o final também é bem impactante. O segundo ato, no entanto, não anima, não parece investigar muita coisa, parece optar por manter uma linearidade daquilo que já estava decretado, não teve nenhum ponto que me surpreendesse como no primeiro ato - ele só ganha a justificativa da sua existência no terceiro ato, que, embora soe inusitado, logo se percebe que devido as circunstâncias aquele desfecho acaba sendo o mais "óbvio" e lógico dentro da realidade. Vale a pena assistir pelo casal maravilhoso da Knightley com o McAvoy, além da Ronan brilhando já desde adolescente. Não é perfeito e nem horrível, diria que é morno e vale pela reflexão que nos gera à cerca de nossas ações e as consequências irreversíveis das mesmas.
Muito melhor que eu esperava, a qualidade técnica, tal como a fotografia e o roteiro são esplêndidos! A paranoia inserida no policial por meio das contradições do povoado são essenciais para dar o estranhamento e a percepção de que algo errado está acontecendo... e a todo momento nós temos essa sensação, até chegar ao ápice da loucura com aquele desfecho. As musiquinhas, ora fofinhas, mas com mensagens subliminares, trazem uma certa agonia, pois desperta a curiosidade do que será a significação daquelas frases.
Como é um filme de serial killer, eu espero sempre que trabalhem bem as motivações do vilão e também as emoções das suas vítimas, o que aqui só é feito bem com a Hellen e sua mãe. Ele conseguiu me transmitir certa tensão, mas não houve empatia e nem tanta curiosidade em querer saber como a história terminaria. Basicamente, eu estava entorpecido tais quais as vítimas do Mark, nada faria perante qualquer fim a obra levasse. Não perdi meu tempo, mas também não é nada tão intrigante quanto poderia ser.
Acho que o mais incrível em ver um filme como Os Sete Samurais, não é só conhecer mais sobre a cultura japonesa e sim em deduzir o quanto de características cinematográficas vimos sendo refeitas em obras posteriores à ele, enfatizando então, tamanha influência dessa obra. É meu primeiro contato direto com um filme do Akira e o resultado foi interessante em um primeiro momento. Todas as barreiras impostas por nossas mentes, um filme japonês preto e branco, antigo e com mais de 3 horas, não demora vinte minutos para irem por água abaixo. Você quer conhecer mais sobre a história daqueles fazendeiros, e também dos samurais. É cúmplice dos seus conflitos, e vai acompanhando a prática de suas habilidades. A jornada dos heróis vai sendo transcrita, enquanto ainda não presenciamos o embate. É necessário união para a vitória, e, para aqueles desafortunados, não deixar que o medo os apavore ao concluir a presença do inimigo em vossas terras. Os empecilhos são enormes, mas a persistência alcançara o triunfo sobre os adversários. Menciono, porém, que o foco é "apenas" nisso, e, talvez eu esperava ser mostrado um pouco mais dos bandidos, já que o cinema oriental geralmente tem mais competência em abordar além do lado do mocinho da história. Não há um vilão que se destaque solo, já que aqui eles são apenas mostrados como um grupo. Temos, por fim, um filme histórico e também que gera um bom entretenimento.
É indiscutível a genialidade de Miyasaki, em Meu Amigo Totoro, porém, seu talento foca-se na imaginação fértil das crianças e acaba sendo bem mais agradável pra esse público infantil, não pegando tanto o juvenil ou até mesmo adulto - como em outras obras posteriores, como Princesa Mononoke ou A Viagem de Chihiro. O filme na verdade é gracioso, e, comovente. E você gosta dele justamente por isso, tamanha inocência dos personagens e seus primeiros anos de vida. O conflito inserido aqui, que é o de distância da mãe (e de certa forma do pai também) é feito de maneira leve, sem que isso afete a ingenuidade daqueles jovens seres. Confesso que eu esperava algo mais grandioso, mas não posso dizer que ele não tem um grande valor ou não valha a pena conferir. Porque talvez tudo o que você precise às vezes é ver algo menos mirabolante e mais simples, e dentro dessa proposta, Meu Amigo Totoro, inspira e cativa tranquilamente.
Que filme frenético!!! Ele nos imerge numa realidade complexa e paralela a cerca dos últimos atos de Lola e seu namorado, e o mais interessante disso tudo, é que mesmo quando ela modifica parte de sua jornada, parte dela permanece e aquilo que ela tentava evitar de uma forma, acontece de outra.
Como na segunda parte, que ela tenta evitar morrer, mas quem morre é o seu namorado. E na terceira, fica implícito que quem falece é o seu pai. Ou seja, de qualquer forma, ela perde alguém importante. No terceiro ato, porém, ela não se incomoda em perder o pai (que já havia revelado não ser o seu biológico), justamente para manter-se viva com o namorado.
É mais um filme da safra do final do segundo milênio que deixa pra gente inúmeras questões sobre nossa existência e realidade. E mesmo que ás vezes nossos corpos não estejam em movimento, a nossa mente não para. A trilha sonora, bem típica dos anos 90, confere agilidade e essa necessidade de produção, aqui dessa vez mais intelectualmente falando, sobre nossas ideias e nossos pensamentos, o maior poder que alguém pode ter. Adorei esse filme!
Considero que o principal intuito desse filme é: entretenimento. E tendo consciência disso, fui ao cinema justamente pra me divertir com uma narrativa mais simples, mas que ainda eu pudesse me conectar com ela. O filme não é perfeito, mas achei ele tão bom quanto o primeiro. Aurora mantém o seu legado de princesa mais sonsa da Disney, o que chega a irritar-nos em alguns momentos na falta de atitude da moça unido à seu excesso de ingenuidade no meio do caos. Mas, querendo ou não, essa é a essência da princesa Aurora mesmo, ela é puramente sonsa, então acaba sendo um acerto manterem isso. Já do outro lado da narrativa, o longa opta por trazer uma dúvida de quem será a Dona do Mal, a Malévola ou a Rainha Ingrith, ambas interpretadas por incríveis atrizes - Angelina Jolie e Michelle Pfeiffer, respectivamente. Contudo, essa dúvida não se concretiza, pois já fica bem óbvio quem é realmente a maléfica da história (o próprio trailer entrega isso, pra quem sacar nas entrelinhas). Visualmente deslumbrante, o embate entre as nova declaradas arqui-inimigas é o que gera expectativa no espectador em saber até onde vai dar a história.
Na cena do jantar, por exemplo, essa expectativa surge ao deixar claro que o ponto fraco de Ingrith são as flores e ao relembrar que o de Malévola é o ferro.
Infelizmente, essa parte não fora totalmente suprida, devido
Por fim, concluo que Dona do Mal não me decepcionou apesar de alguns deslizes. Desde o início o longa me prendeu, pois já na sua introdução somos apresentados que a flor da morte terá alguma importância, e essa se concretiza. A humanização da anti-heroína Malévola já tinha sido criada no primeiro filme, então o que eu esperava era justamente continuarem isso, e, aconteceu. Assim como a explicação da
fênix foi bem introduzida, pois ela só poderia ressuscitar como a fênix se ela deixasse o amor ser maior que o ódio. Aqui, embora estejamos num filme da Disney, a produção acerta ao colocar o sentimento benéfico como mais poderoso que o maléfico, principalmente numa personagem com tanta presença quanto a Malévola. Se o ódio tivesse dominado Malévola, e sua repentina morte não tivesse sido causada por causa do amor, ela não ressuscitaria. Por isso achei tão incrível sua morte e seu renascimento. Concordo que o fato de Malévola ser a última descendente da Fênix, inicialmente, parece muito sem sentido e isso também não é aprofundado no filme, mas a explicação, embora rasa, acaba por ter sucesso na sua justificação - sua ressurreição, no caso
. O maior problema, ao ver um filme, não importando sua faixa etária e gênero, da crítica e do público, é a expectativa. Vocês querem que mantenham a história do desenho e dos quadrinhos, mas pra mim sempre ficou claro que isso aqui é uma ADAPTAÇÃO. Logo, coisas irão se manter e outras serão mudadas. À mim, agradou muito.
Confesso que me incomodou um bocado o filme toda hora te induzir a gostar do personagem do Arthur Fleck, achei impossível não sentir empatia por ele. É muito silenciamento e violência simbólica que ele sofre praticamente a todo momento, mas...
a revelação de sua conturbada infância possivelmente explica a raiz de sua psicopatia, eu acho que ele acabou usando o primeiro fato (sofrimento perante a sociedade) para justificar os atos que são causados na verdade mais pela influência do segundo (falta de amparo psicológico saudável nos primeiros anos de vida).
É uma longa questão a ser debatida e refletida... fica aqui meu apreço ao Joaquin Phoenix que fez mais uma vez um ótimo trabalho, bem como eu esperava vindo do seu enorme potencial.
Dirty Dancing: Ritmo Quente
3.8 1,5K Assista AgoraConsidero um clássico porque as cenas de dança e a trilha sonora são maravilhosos... mas tirando isso e o magnetismo do Patrick Swayze, não tem nada de interessante. Tantos conflitos que poderiam ter gerado cenas e personagens mais interessantes, é uma pena.
Ghost: Do Outro Lado da Vida
3.6 1,6K Assista AgoraVi quando criança na Sessão da tarde e revi hoje e estou maravilhado! A cena da argila com a música tocando ao fundo é muito linda! Penso que a música-tema que ajudou o filme a marcar as gerações e envelhece-lo tão bem, transmite claramente o espírito do longa.
Um excelente entretenimento, roteiro amarradinho que permite o romance transitar levemente por outros gêneros sem perder sua essência. Oda Mae é um charme que rouba a atenção sempre que aparece! Um verdadeiro clássico da Sessão da Tarde!
Juno
3.7 2,3K Assista AgoraAchei bem fofinho.
É legal ver que apesar de termos uma menina de 16 anos grávida em questão, ela tem o apoio da família, até mesmo do pai do seu filho para continuar com a decisão que optar - seja o aborto ou dá-lo para a adoção, alternativas que ela seria muito criticada em nossa sociedade.
Por mais imatura e inconsequente que a Juno seja, a noção de reconhecer que não está preparada para cuidar de uma criança e ainda assim desejar o melhor pra esse bebê é algo muito nobre.
Claro que uma gravidez na adolescência não deve ser fácil de driblar como acontece aqui no filme, mas achei bem válido ao mostrar que esse período pode ser menos tenso do que se espera se a garota tiver o apoio das pessoas próximas e ter suas vontades respeitadas, já que sempre é ela que mais vai ser julgada por algo da nossa natureza humana que é a reprodução.
Os Excêntricos Tenenbaums
4.1 856 Assista AgoraGente, que filme dúbio!!!
A princípio achei que seria só uma historinha fútil sobre a vida cotidiana dos burgueses, por outro lado mostra justamente as imperfeições dessa família dita da realeza.
O problema a meu ver é que o roteiro não é interessante, os personagens não são empáticos e o modo como as coisas acontecem são supérfluas,
usa temas tabus como o incesto e o suicídio como pano de fundo de um jeito até irresponsável, como se fosse uma gripe ou uma dor de cabeça que se dá de vez em quando, é até vergonhoso.
táxis ciganos sempre tinham uma aparência de sujo. É pra reforçar o estereótipo de que algo estrangeiro é sempre inferior na visão dos norte-americanos? Por favor...
Talvez essa trágica e sutil ironia sobre as personagens não tenham me cativado. Talvez esse contraponto seja a graça desse filme, mas que particularmente não me conquistou.Tudo parece muito pretensioso, apenas pronto para relatar os problemas de gente rica e mimada, e que se não fosse o fato de ser um filme muito belo visualmente seria uma porcaria.
Parece que o Wes Anderson leva ao pé da letra o ditado "Uma imagem vale mais que mil palavras" e não proporciona-nos nem mesmo raiva com uma narrativa e personagens tão apáticos sobre a vida. Mediano.
Um Sonho de Liberdade
4.6 2,4K Assista AgoraMe incomodou um bocado as situações romantizadas dentro de um ambiente tão hostil quanto um presídio, acho que isso tirou uma falta de realidade enorme. Os personagens mais trabalhados aqui são só o Andy e o Red, os demais detentos e policiais não passam de muletas para preencher o espaço protagonizado pelos dois.
Pelo hype do filme eu esperava no mínimo algo como A Lista de Schindler, um clássico dramático impossível de se contestar. Para mim, À Espera de Um Milagre cumpre melhor os requisitos que senti falta aqui.
É sim um filme muito bom, competente em suas obrigações cinematográficas mas não senti esse impacto todo não. Dá pra recomendar tranquilo pra amigos e família e até rever, mas não ao ponto de propagá-lo como uma obra-prima inestimável do cinema.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraVim com muita sede no pote e quebrei a cara.
O Farol tem imensas qualidades técnicas (como a fotografia e a mixagem de som), mas soou muito confuso pra mim no seu roteiro e em seus diálogos. Apesar da qualidade excepcional das atuações do Pattinson e do Dafoe, dois atores que eu gosto muito, a primeira hora do filme me deixou jogado ao tédio. Eu não consegui sentir o estado de imersão, muito menos o mínimo de incômodo que eu esperava ter aqui. No final, entendi foi quase nada. Hoje minha avaliação fica com 3 estrelas apenas.
Dois Papas
4.1 962 Assista AgoraEstou muito sensibilizado com esse filme, porque, de alguma forma, ele renovou as minhas esperanças sobre o atual mundo que nós vivemos. Vamos lá, ao mesmo tempo que o Papa Bento XVI e o Papa Francisco se mostram antagônicos, eles são complementares, frutos de um mesmo "ventre" - no caso aqui a poderosa Igreja Católica - que possuem diferentes visões sobre assuntos tabus, que jamais deveriam ser julgados por um ponto de vista extremista, seja este conservador ou progressista. E aí está a graça da situação, pois, Dois Papas humaniza seus protagonistas sem soar chato, didático ou piegas demais, é uma trama muito bem equilibrada tentando mostrar esse episódio recente da troca de papas, de como eles procuram o melhor e não contribuir com as injustiças políticas que o mundo nos impera.
Cenas simples como os Papas comendo uma pizza com Fanta, ou mesmo comentando sobre os Beatles ou assistindo à Copa do Mundo de 2014 são muito bem vindas e nos divertem. Inclusive, tal contextualização do futebol é de total valor, uma vez que o final da Copa foi justamente os países natais dos últimos papas.
E para nós, meros humanos, presenciar até mesmo o fato da renúncia de um Papa, uma vez que segundo o longa, isso ocorrera há mais de 700 anos, acaba sendo "emocionante", e colocando esse fato como um sinal de mudanças - mudanças essas que trarão uma evolução para a sociedade.
O que dizer das atuações do Pryce e do Hopkins? Fenomenais, estou chocado em como ambos caíram tão bem representando seus respectivos papéis. Fernando Meirelles faz um trabalho magistral aqui, e pode soar ingênuo de minha parte, mas acho que Dois Papas é um filme pra qualquer pessoa assistir e relembrar a sua fé, fazer as pazes consigo mesmo, eu pelo menos tive essa sensação. Não a fé de religião, mas a fé de existência, humanidade, e que por mais distintos que sejamos uns dos outros, ainda temos a similar missão de fazer o mundo que habitamos um lugar melhor. Não podemos fugir da nossa responsabilidade.
" Porque quando não há culpados, todos são culpados".
Los Angeles: Cidade Proibida
4.1 528 Assista AgoraFilmaço!
Eu lembro de ter visto na Globo uns anos atrás no Corujão, mas não lembrava mesmo como era a história. Um roteiro redondo e sucinto unido às atuações de primeira de seu primoroso elenco nos imerge numa fantástica aventura dos policiais de Los Angeles nos anos 1950.
Uma das coisas que acho mais interessante aqui, é que quando você passa a conhecer mais do cinema, você entende bem melhor as referências da época, assim como era o nome das prostitutas com atrizes - eu adorei ter identificado a Veronica Lake ao lembrá-la do clássico Contrastes Humanos. Kim Bassinger realmente incorporou bem a sua estrela.
Outro ponto muito forte é você ter 3 protagonistas de personalidades e motivações bem distintas, mas que haviam um lado em comum, o de crescer e fazer justiça naquela Los Angeles. Ao mesmo tempo que o roteiro te conduz com pistas, ele não entrega o jogo, e, quando um filme faz isso, sem que você descubra totalmente suas intenções, é que você se surpreende e passa a gostar mais ainda da obra. É um filme tão bom que você nem precisa gostar do gênero noir, você só precisa gostar de um bom cinema mesmo!
Lírio Partido
4.0 97 Assista AgoraPrimeiro filme que vejo um século após seu lançamento... e nossa, que surpresa!
Lírio Partido é um filme lindo, e achei incrível o seu poder de ainda saber entreter-nos após cem anos. Destaco principalmente a trilha sonora que se mostra presente e muito bem escolhida a todo momento, o que para nós de outro século, auxilia bastante na sua absorção.
Lilian Gish tem umas das melhores interpretações que eu já vi no cinema, mesmo tentando sorrir, o seu olhar transmite uma tristeza profunda. Por mais teatrais que as atuações possam ser, você sente empatia pelas personagens.
Acredito que possa ser um filme bem interessante para quem está começando a estudar sobre as técnicas do cinema, e claro, essencial pra qualquer amante da área que se preze.
Borat - O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão …
3.4 1,2K Assista AgoraOlha, algumas coisas me incomodaram no filme, mas se for olhar pelo ângulo que aqui está sendo retratado nada mais que os diversos preconceitos que temos enraizados em nossa cultura e nossa vivência, esse filme é uma verdadeira aula de sátira!
Muito original e inusitado, minhas cenas favoritas foram as do hino nacional e do culto, que me renderam boas risadas!
O Rei da Comédia
4.0 366 Assista AgoraQue filme delicioso, arrisco dizer que se tornou meu favorito do Scorsese. As semelhanças com Joker lançado nesse 2019 são nítidas, mas também vejo muito também do icônico Rede de Intrigas de 1976 - só analisar que a Mrs. Langford lembra muito a personagem da Faye Dunaway em figurino.
Dei altas risadas, e amei muito a personagem da Masha, louca de pedra e super carismática hahaha
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraDe fato, é um filme bom e com suas competências ao abordar o dilema do rompimento de duas pessoas que até então se admiravam bastante. O dilema maior, no entanto, não é necessariamente o casal romper-se por ideias opostas, mas desejarem que o seu ponto de vista sobre o presente/futuro do filho é o que deve ser certo pra vida dele. Isso inclui desde o lugar onde se mora ou até mesmo a fantasia escolhida pro Halloween. É natural que os pais eduquem seus filhos tentando passar para eles aquilo que eles acreditam ser o certo. Mas até que ponto?
Sobre as atuações, o elenco é formidável, destaco a atuação da Laura Dern sobretudo, me impactou a forma precisa da sua atuação. Uma personagem fina, mas ativa, com falas consistentes e que representam uma imagem de força feminina. Merece o Oscar de atriz coadjuvante o qual ela tem sido cogitada.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraO nó na garganta que esse filme me causou...
Ás vezes a gente precisa de uns tapas na cara mesmo. É catarse o nome disso, né?
A Primeira Noite de Um Homem
4.1 810 Assista AgoraO filme tem uma premissa muito interessante a princípio, e na sua primeira metade tem um ótimo desenvolvimento com as belas atuações de Bancroft e Hoffman. Só que depois o roteiro dá um giro de 180º e coloca tudo a perder tendo um ritmo bastante corrido, até inverossímil, já que não desenvolve com naturalidade o afeto do protagonista com a sua amada Elaine. Essa por sinal, não carrega o carisma dos demais personagens principais, o que reforça mais ainda o apelamento para um casal clichê com final feliz bem típicos da era de ouro de Hollywood. Anne Bacroft praticamente some na segunda metade, e uma eventual promessa de ser uma grande vilã - talvez ao nível de Alex Forest interpretada por Glen Close duas décadas depois em Atração Fatal, ou até mesmo a impiedosa Phyllis de Barbara Stanwyck em Pacto de Sangue - vai totalmente pro ralo. Vai ver não tenha sido intencional aprofundar na personagem da veterana e deixar o destaque apenas por conta de Dustin, o que eu acho uma pena.
No final, o Ben pra mim não foi um cara legal, nem heroico e nem carismático, apenas um babaca desesperado correndo atrás do "verdadeiro amor", tema já cansativo das produções de Hollywood. Concluindo, esperava mais.
Face a Face
4.2 131Liv Ullmann está espetacular, diria que esse é o melhor papel da sua carreira junto com Sonata de Outono. Aliás, eu acho incrível como a sua união com Bergman funciona tão bem e eles trazem personagens tão ricos, únicos e complexos.
Já sobre o filme, vale a pena ver pela riqueza do roteiro e notar mais uma vez o excelente domínio que Bergman tem com as palavras, e seu dom para lidar com sentimentos e pensamentos humanos trazidos à tela. Porém, temos aqui o exemplo de quando a atuação do ator é muito maior do que o próprio filme. Tira-se Jenny e não têm-se mais nada. Ela é a alma de Face a Face.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraConfesso que estava tão ansioso por esse filme que acabei me desapontando após vê-lo. A questão de não identificá-lo como uma obra do Tarantino por causa da violência, embora eu tenha sentido falta, não me incomodou de todo, porque acho que a proposta do filme pareceu ser mais uma homenagem do diretor à própria Hollywood e talvez uma de suas épocas favoritas.
Minha principal queixa aqui é que eu não captei quais são as motivações dos personagens para eles agirem como agem, simplesmente parecem que estão no piloto automático. Margot Robbie está esplêndida como Sharon Tate, fiquei boquiaberto como ela se encaixou tão bem na personagem. Dicaprio, por sua vez, não desaponta e nem impressiona... na verdade, tenho a impressão que eu vi o Dicaprio em mais um filme, e não o seu personagem Rick Dalton, o que é irônico porque era esse justamente o ponto que ele precisava melhorar, deixar de ser Rick pra embarcar mais em seu personagem. E esse personagem de cara machão e perturbado e obcecado com alguma falha e/ou conquista, eu meio que estou cansado de ver do Dicaprio...dito isso, afirmo que a personagem do Pitt é muito mais interessante.
Adorei o fato que ele transformou o ataque da gangue do Charles Manson contra a Sharon Tate e seus convidados, inclusive uma das partes mais legais...
Desejo e Reparação
4.1 1,5K Assista AgoraOs cinquenta minutos iniciais do filme são muito cativantes e bem equilibrados, introduz os personagens todos do drama e nos deixa apreensivos para ver o que se sucede. Só que depois que
o Robbie vai para a guerra e temos a separação dele e da Cecília, a história fica mais mórbida, diminui muito seu ritmo e pouco é explorado da acusação, nem mesmo vemos muito os demais personagens, a não ser relances entre o casal pelo ponto de vista da Briony.
Eu até achei o filme tocante, mas ele se destaca mais pelo começo, e o final também é bem impactante. O segundo ato, no entanto, não anima, não parece investigar muita coisa, parece optar por manter uma linearidade daquilo que já estava decretado, não teve nenhum ponto que me surpreendesse como no primeiro ato - ele só ganha a justificativa da sua existência no terceiro ato, que, embora soe inusitado, logo se percebe que devido as circunstâncias aquele desfecho acaba sendo o mais "óbvio" e lógico dentro da realidade.
Vale a pena assistir pelo casal maravilhoso da Knightley com o McAvoy, além da Ronan brilhando já desde adolescente. Não é perfeito e nem horrível, diria que é morno e vale pela reflexão que nos gera à cerca de nossas ações e as consequências irreversíveis das mesmas.
O Homem de Palha
4.0 483 Assista AgoraMuito melhor que eu esperava, a qualidade técnica, tal como a fotografia e o roteiro são esplêndidos! A paranoia inserida no policial por meio das contradições do povoado são essenciais para dar o estranhamento e a percepção de que algo errado está acontecendo... e a todo momento nós temos essa sensação, até chegar ao ápice da loucura com aquele desfecho. As musiquinhas, ora fofinhas, mas com mensagens subliminares, trazem uma certa agonia, pois desperta a curiosidade do que será a significação daquelas frases.
O que me deixou mais chocado mesmo é que Midsommar é praticamente um ctrl c + ctrl v de O Homem de Palha HAHAHAHA TUDO lembra, TUDO!
A Tortura do Medo
3.9 149Como é um filme de serial killer, eu espero sempre que trabalhem bem as motivações do vilão e também as emoções das suas vítimas, o que aqui só é feito bem com a Hellen e sua mãe.
Ele conseguiu me transmitir certa tensão, mas não houve empatia e nem tanta curiosidade em querer saber como a história terminaria. Basicamente, eu estava entorpecido tais quais as vítimas do Mark, nada faria perante qualquer fim a obra levasse. Não perdi meu tempo, mas também não é nada tão intrigante quanto poderia ser.
Os Sete Samurais
4.5 404Acho que o mais incrível em ver um filme como Os Sete Samurais, não é só conhecer mais sobre a cultura japonesa e sim em deduzir o quanto de características cinematográficas vimos sendo refeitas em obras posteriores à ele, enfatizando então, tamanha influência dessa obra.
É meu primeiro contato direto com um filme do Akira e o resultado foi interessante em um primeiro momento. Todas as barreiras impostas por nossas mentes, um filme japonês preto e branco, antigo e com mais de 3 horas, não demora vinte minutos para irem por água abaixo. Você quer conhecer mais sobre a história daqueles fazendeiros, e também dos samurais. É cúmplice dos seus conflitos, e vai acompanhando a prática de suas habilidades. A jornada dos heróis vai sendo transcrita, enquanto ainda não presenciamos o embate. É necessário união para a vitória, e, para aqueles desafortunados, não deixar que o medo os apavore ao concluir a presença do inimigo em vossas terras. Os empecilhos são enormes, mas a persistência alcançara o triunfo sobre os adversários. Menciono, porém, que o foco é "apenas" nisso, e, talvez eu esperava ser mostrado um pouco mais dos bandidos, já que o cinema oriental geralmente tem mais competência em abordar além do lado do mocinho da história. Não há um vilão que se destaque solo, já que aqui eles são apenas mostrados como um grupo. Temos, por fim, um filme histórico e também que gera um bom entretenimento.
Meu Amigo Totoro
4.3 1,3K Assista AgoraÉ indiscutível a genialidade de Miyasaki, em Meu Amigo Totoro, porém, seu talento foca-se na imaginação fértil das crianças e acaba sendo bem mais agradável pra esse público infantil, não pegando tanto o juvenil ou até mesmo adulto - como em outras obras posteriores, como Princesa Mononoke ou A Viagem de Chihiro.
O filme na verdade é gracioso, e, comovente. E você gosta dele justamente por isso, tamanha inocência dos personagens e seus primeiros anos de vida. O conflito inserido aqui, que é o de distância da mãe (e de certa forma do pai também) é feito de maneira leve, sem que isso afete a ingenuidade daqueles jovens seres. Confesso que eu esperava algo mais grandioso, mas não posso dizer que ele não tem um grande valor ou não valha a pena conferir. Porque talvez tudo o que você precise às vezes é ver algo menos mirabolante e mais simples, e dentro dessa proposta, Meu Amigo Totoro, inspira e cativa tranquilamente.
Corra, Lola, Corra
3.8 1,1K Assista AgoraQue filme frenético!!!
Ele nos imerge numa realidade complexa e paralela a cerca dos últimos atos de Lola e seu namorado, e o mais interessante disso tudo, é que mesmo quando ela modifica parte de sua jornada, parte dela permanece e aquilo que ela tentava evitar de uma forma, acontece de outra.
Como na segunda parte, que ela tenta evitar morrer, mas quem morre é o seu namorado. E na terceira, fica implícito que quem falece é o seu pai. Ou seja, de qualquer forma, ela perde alguém importante. No terceiro ato, porém, ela não se incomoda em perder o pai (que já havia revelado não ser o seu biológico), justamente para manter-se viva com o namorado.
É mais um filme da safra do final do segundo milênio que deixa pra gente inúmeras questões sobre nossa existência e realidade. E mesmo que ás vezes nossos corpos não estejam em movimento, a nossa mente não para. A trilha sonora, bem típica dos anos 90, confere agilidade e essa necessidade de produção, aqui dessa vez mais intelectualmente falando, sobre nossas ideias e nossos pensamentos, o maior poder que alguém pode ter. Adorei esse filme!
Malévola: Dona do Mal
3.4 617 Assista AgoraConsidero que o principal intuito desse filme é: entretenimento. E tendo consciência disso, fui ao cinema justamente pra me divertir com uma narrativa mais simples, mas que ainda eu pudesse me conectar com ela.
O filme não é perfeito, mas achei ele tão bom quanto o primeiro. Aurora mantém o seu legado de princesa mais sonsa da Disney, o que chega a irritar-nos em alguns momentos na falta de atitude da moça unido à seu excesso de ingenuidade no meio do caos. Mas, querendo ou não, essa é a essência da princesa Aurora mesmo, ela é puramente sonsa, então acaba sendo um acerto manterem isso.
Já do outro lado da narrativa, o longa opta por trazer uma dúvida de quem será a Dona do Mal, a Malévola ou a Rainha Ingrith, ambas interpretadas por incríveis atrizes - Angelina Jolie e Michelle Pfeiffer, respectivamente. Contudo, essa dúvida não se concretiza, pois já fica bem óbvio quem é realmente a maléfica da história (o próprio trailer entrega isso, pra quem sacar nas entrelinhas). Visualmente deslumbrante, o embate entre as nova declaradas arqui-inimigas é o que gera expectativa no espectador em saber até onde vai dar a história.
Na cena do jantar, por exemplo, essa expectativa surge ao deixar claro que o ponto fraco de Ingrith são as flores e ao relembrar que o de Malévola é o ferro.
o fim fraco que temos com a rainha Ingrith.
Por fim, concluo que Dona do Mal não me decepcionou apesar de alguns deslizes. Desde o início o longa me prendeu, pois já na sua introdução somos apresentados que a flor da morte terá alguma importância, e essa se concretiza. A humanização da anti-heroína Malévola já tinha sido criada no primeiro filme, então o que eu esperava era justamente continuarem isso, e, aconteceu. Assim como a explicação da
fênix foi bem introduzida, pois ela só poderia ressuscitar como a fênix se ela deixasse o amor ser maior que o ódio. Aqui, embora estejamos num filme da Disney, a produção acerta ao colocar o sentimento benéfico como mais poderoso que o maléfico, principalmente numa personagem com tanta presença quanto a Malévola. Se o ódio tivesse dominado Malévola, e sua repentina morte não tivesse sido causada por causa do amor, ela não ressuscitaria. Por isso achei tão incrível sua morte e seu renascimento. Concordo que o fato de Malévola ser a última descendente da Fênix, inicialmente, parece muito sem sentido e isso também não é aprofundado no filme, mas a explicação, embora rasa, acaba por ter sucesso na sua justificação - sua ressurreição, no caso
O maior problema, ao ver um filme, não importando sua faixa etária e gênero, da crítica e do público, é a expectativa. Vocês querem que mantenham a história do desenho e dos quadrinhos, mas pra mim sempre ficou claro que isso aqui é uma ADAPTAÇÃO. Logo, coisas irão se manter e outras serão mudadas. À mim, agradou muito.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraFoi cada choque que eu levei no cinema...
Confesso que me incomodou um bocado o filme toda hora te induzir a gostar do personagem do Arthur Fleck, achei impossível não sentir empatia por ele. É muito silenciamento e violência simbólica que ele sofre praticamente a todo momento, mas...
a revelação de sua conturbada infância possivelmente explica a raiz de sua psicopatia, eu acho que ele acabou usando o primeiro fato (sofrimento perante a sociedade) para justificar os atos que são causados na verdade mais pela influência do segundo (falta de amparo psicológico saudável nos primeiros anos de vida).
É uma longa questão a ser debatida e refletida... fica aqui meu apreço ao Joaquin Phoenix que fez mais uma vez um ótimo trabalho, bem como eu esperava vindo do seu enorme potencial.