Como entretenimento, O Despertar dos Mortos é muito inferior à seu anterior A Noite dos Mortos-Vivos. O negócio é uma trasheira que só, e não bastasse o roteiro fraco com personagens rasos, o mal envelhecimento da obra faz com que tudo pareça amador... atuações, efeitos, edição, etc. O ponto alto desse filme é realmente sua crítica ao consumismo e egoísmo mesmo em tempos catastróficos, e, o curioso é que de certa forma isso não é muito distante do momento de pandemia em que vivemos atualmente - o nosso vício não é apenas ao apego às coisas materiais, mas às coisas que nos proporcionam algum prazer temporário mesmo que seja de risco, alguns se acomodaram tanto ao conforto de suas vidas com status sociais que se recusam a cuidar de si e consequentemente cuidar do outro. No longa, um acerto em cheio foi mostrar
o Stephen atirando na gangue quando eles estão prestes a partir, mas o Stephen se recusara compartilhar os bens que nem eram seus e acabou pagando com a própria vida...
Sua atemporalidade se dá mais pela ideia e conceito da narrativa do que a execução da própria, por mais que seja um precursor do gênero terror, seu mal envelhecimento o torna extremamente datado.
Esse filme é completamente diferente do que eu esperava, mas, ainda assim, grandioso dentro da expectativa que eu já tenho do Bergman. O Sétimo Selo aborda principalmente o existencialismo, característica essa que considero a principal identificação de seu autor. Junto dessa poesia filosófica, temos nesses questionamentos sobre a vida toda uma questão de proximidade com a religião que não quer dizer necessariamente íntima de seus devotos, uma vez que estes só vivem a vida enquanto outros precisam de uma prova maior do sentido de suas próprias vidas, muito bem representa pelo protagonista Antonius Block na película. É curioso também que há um pequeno espaço para a comédia num enredo tão peculiar e deveras profundo, mas que não perde o tom de sua dramaticidade. São tantas qualidades que é difícil numerá-las e defini-las apenas com uma visita, mas não é difícil entender as razões que tornam O Sétimo Selo a obra-prima de Ingrid Bergman.
Um dos melhores filmes de aventuras de todos os tempos. Além da ótima ambientação e trilha sonora extremamente memorável, arrisco dizer que Indiana Jones é o personagem mais marcante do Harrison Ford - mais que Han Solo ou Blade Runner - pelo menos fora o que mais me cativou. Tudo aqui funciona, até mesmo os clichês do cinema hollywoodiano, mas que não tiram em nada o brilho da obra. A única coisa que me incomodou, é que hoje, após quase quarenta anos, fica claro que a personagem da Marion foi muito mal aproveitada, funcionando mais como uma donzela em perigo, quando se é notável que ela tem personalidade para ser muito mais.
Aquele tipo de filme que entrega mais perguntas que respostas, ao mesmo tempo que você capta as referências diretas, fica também intrigado em cogitar se captou todas as mensagens através de todas as camadas que ele carrega. É um filme contemplativo, que fala da imensidão do universo e nossa própria existência humana. Mesmo que deixe pontas soltas, acaba sendo confortável para àqueles que assim como eu acreditam que os questionamentos à cerca da vida precisam existir para que possamos nos situar num lugar melhor e que nos sintamos felizes - mesmo que temporariamente - para depois vivenciarmos a devassidão da essência de viver que nos é inescapável, como, por exemplo, optar entre a graça ou a natureza, ou, não seria mais simples ser tudo uma coisa só? Muitas dúvidas pertinentes e cotidianas de qualquer indivíduo. Esse acúmulo de questões talvez deixe ao espectador uma simples e direta resposta: por que viver procurando a razão de tudo, quando a razão de viver já é o suficiente? Pelo menos por hoje é assim que eu compreendi.
Apesar do roteiro ser bem fraco, a trilha sonora nos proporciona uma ótima viagem no tempo com esse pop dançante cheio de sintetizadores que bombaram nos anos 80. A protagonista Alex é muito cativante também. Acredito que a experiência de cada um vai muito pela expectativa, eu esperava entretenimento e foi o que eu encontrei. Permanece adorável mesmo indo para os seus quarenta anos! Um clássico!
Revi hoje, alguns dos maiores atores do cenário brasileiro estão reunidos nessa obra-prima. Não sei porque quando Nossa Senhora apareceu me emocionou tanto, Fernanda Montenegro não poderia ter sido melhor. Um clássico da nossa bela cultura!
A intenção do filme é ótima e bem pertinente, mas senti falta de um cuidado maior em toda a parte da produção técnica. Muitos momentos são corridos demais em seu roteiro, a trilha sonora nem sempre se casa com os momentos e leva tempo até comprarmos a protagonista interpretada por Cynthia Erivo. Gideon não passa do retrato do estereótipo do senhor que abusa da escrava, e falha ao tentar repetir o desempenho de Michael Fassbender em 12 Anos de Escravidão. A edição se esbarra em um nível amador que prejudica e muito a experiência do espectador. Positivamente, destaco a atuação da Janelle Monáe, que mesmo em poucos momentos se mostrou presente e tinha tudo pra ser ainda melhor com sua última cena... a propósito, não acharia absurdo se houvesse uma indicação ao Oscar de coadjuvante aqui, ainda mais em um ano tão fraco pra categoria de atrizes. Já Stand Up, faixa indicada ao Oscar de Melhor Canção Original, é uma belíssima música, em que vejo muito potencial pra levar a estatueta para o filme. O fato de Erivo emprestar sua voz valida ainda mais esse mérito, possibilitando desbancar alguns favoritos óbvios. Vale a pena assistir ao filme, o problema é que fica a sensação que uma história que poderia ter sido de ótima pra excelente, foi executada apenas em um tom morno.
Esse é daqueles filmes cults, conhecidos por serem estranhos e que por terem tanto hype você tem até certo receio de ver pra saber se é tudo isso mesmo. Felizmente fui bem surpreendido aqui, o filme é muito bom, não sei dizer se foi a trilha sonora, sua ambientação, mas me cativou. Não achei tão complicado quanto o povo dizia, mas tem umas pontas soltas que vou pesquisar sim. Jake Gyllenhaal está em uma das melhores interpretações de sua carreira pra mim. A mente e nossas lembranças também são nossas maiores armas, e, os sonhos, eles nos passam tantas mensagens que nem sempre sabemos como decifrá-los. É um bagulho bem louco e universal. O final eu realmente não entendi, mas pelo que pude concluir do filme, somos apenas frutos do acaso, podendo tudo ou nada acontecer no universo, em nosso próprio universo. O que eu não acho descartável visto que fora lançado no início do novo milênio, pouco tempo depois de outros filmes como Magnólia, Corra, Lola, Corra, Cidade dos Sonhos, entre outros que tem esse teor existencialista. Merece ser revisto.
Mil elogios ainda são poucos para descrever a sensação de imersão e sensibilidade que eu tive assistindo esse filme. Uma das melhores experiências cinematográficas que eu já tive o prazer de conferir! <3
Cara, que filme!!! Mesmo que a reputação de Irreversível se dê principalmente por uma das cenas mais chocantes do cinema, há de se destacar que a película é inteiramente bem pensada e executada. A trilha sonora é muito bem arqueada em todas as suas cenas e a direção de arte com esses tons vermelhos com o verde escuro passam essa sensação de tensão, atrelada à dubiedade que o vermelho causa, cor que simbolicamente representa essa violência, e, também, o desejo e o sexo - todos temas recorrentes do filme. Além disso - mulheres, corrijam-me se estiver errado - Irreversível também mostra-se como uma denúncia do quanto a cultura do estupro, o poder do patriarcado e o machismo estão enraizados em nossa sociedade mundial. Mesmo Marcus e Pierre em suas sedes por justiça, após terem sua companheira violada sexualmente, carregam em suas personalidades traços do homem macho heteronormativo que, mesmo problemáticos, são passados "desapercebidos" de tanto que já estamos "acostumados" com esse comportamento. Marcus se mostra o tipo de cara que se o amigo não arruma uma mulher ele é boiola, e se um homem não tem a vida sexual ativa ele é inválido.
A pior parte pra mim fora constatar que a obsessão de Marcus pelo sexo anal com Alex foi praticamente o mesmo do tal estuprador. Houve um certo momento que até temi que ele também fosse violar a Alex.
Pierre, praticamente confirma tal concepção ao deixar subtendido
durante a conversa no metrô, que o mais próximo que Alex teve de orgasmo com ele fora quando ela fora machucada ao cair da cama. E ela sangrou. Como se esse sangue vermelho fosse o símbolo do gozo do homem com a mulher.
Até mesmo os dois perfis dos homens salvadores aqui tem traços problemáticos e que perpetuam a violência contra a mulher em suas nuances menos ofensivas. Corroboram apenas o fato do quanto a masculinidade é frágil. Irreversível provavelmente não incomodou apenas por seu modo de filmagem e sua história. É também por isso, mas porque nos traz ao consciente que a violência está muito mais próxima do que imaginamos. E no caso das mulheres, elas são muito mais vulneráveis e recebem essa violência das mais diversas formas. Não só fisicamente, mas moralmente, simbolicamente... Não sei se o veria novamente, não sei se sou apto a julgá-lo como um filme necessário para conscientização, mas uma coisa é inegável, é incrivelmente perturbador!!!
É um filme bem característico do David Fincher, seja pelo seu tom de mistério acompanhado de um bom thriller psicológico, ou até mesmo pela paleta de cores escurecidas e que dão o tom mais seco pra propagar essa sensação de desconforto e frustração que a obra pede. Mas também é o menos empolgante de sua filmografia, o trio principal dos personagens parecem que não conversam entre si embora se entrelacem, vai ver era a história mesmo que pedia algo assim e fora como o diretor optou por contar todos os acontecimentos. A história gira, gira, gira, temos um monte de pistas e induções até o assassino mas confesso que raramente esses finais "abertos" em filmes de suspense me agradam.
Embora ambientado há mais de 200 anos atrás, o filme tem um ritmo fácil de captar e acompanhar os acontecimentos que marcam a jornada do protagonista Edmond. A construção da trilha sonora, junto com belos cenários e luxuosos figurinos tornam a experiência bem agradável aos olhos do público, e a história, por mais que não soe tão original ou cometa alguns furos em seu roteiro, não fica dependente apenas do capricho visual da obra. Minha maior queixa aqui é na construção e aprofundamento das motivações dos personagens... meio que suas personalidades são jogadas na história apenas com a função de cumprir estereótipos - o mocinho injustiçado, o algoz invejoso, etc - apesar disso, o Conde de Monte Cristo pode ser um ótimo entretenimento para quem gosta e busca apreciar essas histórias de época.
Terrível! Vivia com vontade de conferi-lo por causa das chamadas do SBT, devia ter visto quando era mais novo, provavelmente não teria desgotado tanto assim.
Os atributos técnicos de 1917 são impecáveis, a história e os personagens, no entanto, não me comoveram TANTO - achei as atuações muito secas. Na verdade, a ideia de passar uma mensagem de um lado para o outro é bem simples, o diferencial está na forma de que fora filmada essa ideia, nos dando a imersão através do plano-sequência. Outro ponto interessante que gostaria de ressaltar é que raramente lembro de filmes que falam sobre a I Guerra Mundial, e nesse mostra que independente do resultado ter sido menos devastador que a II Guerra Mundial, ainda sim é muito devastador - pessoas mortas, sem comida, higiene, moradia, com frio, cercada de bichos vivos e mortos, etc - conseguiram passar agonia quando eram mostrados esses pequenos detalhes.
Que filme fofo! Demora um pouco pra engatar, e a príncipio estava achando os personagens uns sacos, mas depois pega o ritmo e você compra a ideia. Embora o interesse aqui seja o de mostrar o interesse amoroso entre a Lou e o Will, acho que é muito válido constatar, que, em outras camadas, a admissão desse novo emprego possibilitou à Lou novas experiências e mais da sua autodescoberta. A partir do momento que ela se impõe, mesmo com sua irreverência, ela passa a ter o respeito do Will e a conquistá-lo. Seus pais percebendo isso, também a valorizam mais. A finalidade vendida é o romance, mas os meios que ela passa até chegar à ele são muito mais agradáveis de se assistir. Quanto aos caras, era escolher entre o ruim e o péssimo. O Patrick é simplesmente o cara que trabalha muito, que espera que a namorada seja sua futura esposa para lhe dar filhos e simplesmente o apoie em tudo. O Will é completamente esnobe e continuaria o sendo se não fosse sua dependência dos outros. O que torna a torcida por ele mais convincente é que não parece surreal ele querer o melhor para a Lou, incentivando ela a explorar seus sonhos como realmente deveria, afinal, era simplesmente isso que ele fazia e o que gostaria de continuar fazendo. Era com ele que a Lou mais gastava seu tempo, não é absurdo imaginar que o interesse se aflora daí. Da mesma forma que ele não queria ser um fardo para os pais, a ex Alicia, ele odiara a ideia de ser um fardo para Lou.
Também acho legal relembrar que independente de quem desse o presente das meias listradas de abelhinha, a Lou ia gostar. Ela não gostou dele por ser o Will quem o deu e sim simplesmente porque ela queria ganhar aquele presente. Foi um acerto isso.
Como Eu Era Antes de Você não é uma obra-prima e nem o tenta ser, por isso achei uma película agradável. Na verdade, quer apenas contar uma história de romance, que apesar de ter seus clichês, tem seus pontos positivos já mencionados anteriormente.
Não lembrava de muita coisa de quando eu tinha visto na época da infância, inclusive temia que fosse superestimado pelo fato de muitos enaltecerem Mulan como uma das melhores princesas (se não a melhor). Felizmente fui muito surpreendido positivamente, que filme incrível! Todo o contexto histórico-social não faz sentido apenas com a realidade da China - que me parece ser um lugar bem conservador - como, infelizmente, ainda é essa subestimação que várias mulheres sofrem em todo lugar do mundo. O mais incrível não é só ter uma mulher empoderada, e sim por ser uma animação realizada há 22 anos atrás, com todo esse teor. A comédia, drama e um leve suspense são feitas na medida certa e alcançam em cheio o público infantil. Além de toda a abordagem madura, é ótimo frisar que o filme envelheceu MUITO bem em duas décadas e não duvido de continuar excelente daqui os próximos vinte anos. Só perde meio pontinho por não desenvolver tão bem o romance entre ela e o comandante - que convenhamos, é mais uma empatia e respeito mútuo que interesse amoroso - mas isso a gente perdoa pela época e por ser da Disney. Recomendadíssimo para todas as idades e gêneros!
O meio da trilogia dos anéis é concentrado em suas batalhas que nos revelam mais claramente como se foram rompidas e são refeitas algumas alianças de longos anos atrás. A adição de novos personagens trabalha um pouco mais como as histórias dos povos se cruzam, mas com tanta gente não é possível trabalhar tão bem tantas personalidades, e, algumas vezes que o faz, se torna chato e cansativo, demorando a vir com o seu real propósito...
que é o rabugento valentão que serve de alívio cômico, personagem ingrediente para tentar captar as massas.
Quem rouba a cena mesmo é o Gollum Smeagol, que nos reforça um dos bordões mais memoráveis da história do cinema e apesar de ser extremamente detestável, se mostra imprescindível para o andamento da história. Há um certo carisma nesse vilão covarde. A segunda parte é a mais fraca da trilogia pelo que lembro, início um tanto arrastado, mas o final com suas batalhas compensa a espera. Ponto para a produção ambiciosa e muito bem executada também.
Filme intrigante e que te prende do início ao fim. As atuações frias e secas são bem precisas e mostram uma incrível sintonia do elenco uns com os outros. O destaque das atuações com certeza vai para Martin (Barry Keoghan), mas Colin Farrell e Nicole Kidman não ficam pra trás. Confesso que eu gostaria que
houvesse uma forma de toda a história ser revertida, que o Steven pudesse fazer algo para salvar alguém de sua família, mas olhando o ponto que essa reversão já são as próprias ações (ou vingança caso prefiram chamar assim) do Martin,
a história se torna muito mais interessante. O problema é que isso não fica claro a princípio, já que a trama nos induz a ver Martin como vilão, e não justiceiro ou pagando uma dúvida contra seu Deus (o médico Steven e sua família). Yorgos Lanthimos é meio perturbado, mas acredito que esse é o adjetivo que o faça ser tão original e instigante. Que continue nos trazendo obras assim.
Revendo hoje o início dessa trilogia que marcou a história para sempre, quebrando barreiras do tema fantasia e nos trazendo uma série dos filmes mais marcantes do cinema. Eu gostei bastante e há muitas cenas memoráveis, mas após a formação da Sociedade do Anel meio que perde um pouco o ritmo e se arrasta até o final. Infelizmente, o Frodo é um protagonista um tanto passivo, o que me dá agonia por vezes. Tirando isso, a fotografia com os cenários muito belos e a trilha sonora nos fazem viajar nessa jornada cheia de aventuras.
Despertar dos Mortos
3.9 319 Assista AgoraComo entretenimento, O Despertar dos Mortos é muito inferior à seu anterior A Noite dos Mortos-Vivos. O negócio é uma trasheira que só, e não bastasse o roteiro fraco com personagens rasos, o mal envelhecimento da obra faz com que tudo pareça amador... atuações, efeitos, edição, etc.
O ponto alto desse filme é realmente sua crítica ao consumismo e egoísmo mesmo em tempos catastróficos, e, o curioso é que de certa forma isso não é muito distante do momento de pandemia em que vivemos atualmente - o nosso vício não é apenas ao apego às coisas materiais, mas às coisas que nos proporcionam algum prazer temporário mesmo que seja de risco, alguns se acomodaram tanto ao conforto de suas vidas com status sociais que se recusam a cuidar de si e consequentemente cuidar do outro. No longa, um acerto em cheio foi mostrar
o Stephen atirando na gangue quando eles estão prestes a partir, mas o Stephen se recusara compartilhar os bens que nem eram seus e acabou pagando com a própria vida...
Sua atemporalidade se dá mais pela ideia e conceito da narrativa do que a execução da própria, por mais que seja um precursor do gênero terror, seu mal envelhecimento o torna extremamente datado.
O Sétimo Selo
4.4 1,0KEsse filme é completamente diferente do que eu esperava, mas, ainda assim, grandioso dentro da expectativa que eu já tenho do Bergman. O Sétimo Selo aborda principalmente o existencialismo, característica essa que considero a principal identificação de seu autor. Junto dessa poesia filosófica, temos nesses questionamentos sobre a vida toda uma questão de proximidade com a religião que não quer dizer necessariamente íntima de seus devotos, uma vez que estes só vivem a vida enquanto outros precisam de uma prova maior do sentido de suas próprias vidas, muito bem representa pelo protagonista Antonius Block na película. É curioso também que há um pequeno espaço para a comédia num enredo tão peculiar e deveras profundo, mas que não perde o tom de sua dramaticidade.
São tantas qualidades que é difícil numerá-las e defini-las apenas com uma visita, mas não é difícil entender as razões que tornam O Sétimo Selo a obra-prima de Ingrid Bergman.
Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida
4.0 668 Assista AgoraUm dos melhores filmes de aventuras de todos os tempos. Além da ótima ambientação e trilha sonora extremamente memorável, arrisco dizer que Indiana Jones é o personagem mais marcante do Harrison Ford - mais que Han Solo ou Blade Runner - pelo menos fora o que mais me cativou. Tudo aqui funciona, até mesmo os clichês do cinema hollywoodiano, mas que não tiram em nada o brilho da obra.
A única coisa que me incomodou, é que hoje, após quase quarenta anos, fica claro que a personagem da Marion foi muito mal aproveitada, funcionando mais como uma donzela em perigo, quando se é notável que ela tem personalidade para ser muito mais.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraEsse filme é a definição nua e crua de instinto pela sobrevivência!
Gravidade
3.9 5,1K Assista Agora90 minutos de Sandra Bullock flutuando pelo chroma key!!! Mas até vale o tempo!!!
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraAquele tipo de filme que entrega mais perguntas que respostas, ao mesmo tempo que você capta as referências diretas, fica também intrigado em cogitar se captou todas as mensagens através de todas as camadas que ele carrega. É um filme contemplativo, que fala da imensidão do universo e nossa própria existência humana. Mesmo que deixe pontas soltas, acaba sendo confortável para àqueles que assim como eu acreditam que os questionamentos à cerca da vida precisam existir para que possamos nos situar num lugar melhor e que nos sintamos felizes - mesmo que temporariamente - para depois vivenciarmos a devassidão da essência de viver que nos é inescapável, como, por exemplo, optar entre a graça ou a natureza, ou, não seria mais simples ser tudo uma coisa só? Muitas dúvidas pertinentes e cotidianas de qualquer indivíduo.
Esse acúmulo de questões talvez deixe ao espectador uma simples e direta resposta: por que viver procurando a razão de tudo, quando a razão de viver já é o suficiente? Pelo menos por hoje é assim que eu compreendi.
Flashdance: Em Ritmo de Embalo
3.4 643 Assista AgoraApesar do roteiro ser bem fraco, a trilha sonora nos proporciona uma ótima viagem no tempo com esse pop dançante cheio de sintetizadores que bombaram nos anos 80. A protagonista Alex é muito cativante também. Acredito que a experiência de cada um vai muito pela expectativa, eu esperava entretenimento e foi o que eu encontrei.
Permanece adorável mesmo indo para os seus quarenta anos! Um clássico!
O Auto da Compadecida
4.3 2,3K Assista AgoraRevi hoje, alguns dos maiores atores do cenário brasileiro estão reunidos nessa obra-prima. Não sei porque quando Nossa Senhora apareceu me emocionou tanto, Fernanda Montenegro não poderia ter sido melhor.
Um clássico da nossa bela cultura!
Harriet: O Caminho Para a Liberdade
3.7 217 Assista AgoraA intenção do filme é ótima e bem pertinente, mas senti falta de um cuidado maior em toda a parte da produção técnica. Muitos momentos são corridos demais em seu roteiro, a trilha sonora nem sempre se casa com os momentos e leva tempo até comprarmos a protagonista interpretada por Cynthia Erivo. Gideon não passa do retrato do estereótipo do senhor que abusa da escrava, e falha ao tentar repetir o desempenho de Michael Fassbender em 12 Anos de Escravidão. A edição se esbarra em um nível amador que prejudica e muito a experiência do espectador.
Positivamente, destaco a atuação da Janelle Monáe, que mesmo em poucos momentos se mostrou presente e tinha tudo pra ser ainda melhor com sua última cena... a propósito, não acharia absurdo se houvesse uma indicação ao Oscar de coadjuvante aqui, ainda mais em um ano tão fraco pra categoria de atrizes. Já Stand Up, faixa indicada ao Oscar de Melhor Canção Original, é uma belíssima música, em que vejo muito potencial pra levar a estatueta para o filme. O fato de Erivo emprestar sua voz valida ainda mais esse mérito, possibilitando desbancar alguns favoritos óbvios.
Vale a pena assistir ao filme, o problema é que fica a sensação que uma história que poderia ter sido de ótima pra excelente, foi executada apenas em um tom morno.
Donnie Darko
4.2 3,8K Assista AgoraEsse é daqueles filmes cults, conhecidos por serem estranhos e que por terem tanto hype você tem até certo receio de ver pra saber se é tudo isso mesmo. Felizmente fui bem surpreendido aqui, o filme é muito bom, não sei dizer se foi a trilha sonora, sua ambientação, mas me cativou. Não achei tão complicado quanto o povo dizia, mas tem umas pontas soltas que vou pesquisar sim. Jake Gyllenhaal está em uma das melhores interpretações de sua carreira pra mim.
A mente e nossas lembranças também são nossas maiores armas, e, os sonhos, eles nos passam tantas mensagens que nem sempre sabemos como decifrá-los. É um bagulho bem louco e universal. O final eu realmente não entendi, mas pelo que pude concluir do filme, somos apenas frutos do acaso, podendo tudo ou nada acontecer no universo, em nosso próprio universo. O que eu não acho descartável visto que fora lançado no início do novo milênio, pouco tempo depois de outros filmes como Magnólia, Corra, Lola, Corra, Cidade dos Sonhos, entre outros que tem esse teor existencialista. Merece ser revisto.
Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraMil elogios ainda são poucos para descrever a sensação de imersão e sensibilidade que eu tive assistindo esse filme. Uma das melhores experiências cinematográficas que eu já tive o prazer de conferir! <3
Adoráveis Mulheres
4.0 975 Assista AgoraFilme tão bom quanto músicas natalinas... não via a hora de acabar!
Irreversível
4.0 1,8K Assista AgoraCara, que filme!!!
Mesmo que a reputação de Irreversível se dê principalmente por uma das cenas mais chocantes do cinema, há de se destacar que a película é inteiramente bem pensada e executada. A trilha sonora é muito bem arqueada em todas as suas cenas e a direção de arte com esses tons vermelhos com o verde escuro passam essa sensação de tensão, atrelada à dubiedade que o vermelho causa, cor que simbolicamente representa essa violência, e, também, o desejo e o sexo - todos temas recorrentes do filme.
Além disso - mulheres, corrijam-me se estiver errado - Irreversível também mostra-se como uma denúncia do quanto a cultura do estupro, o poder do patriarcado e o machismo estão enraizados em nossa sociedade mundial. Mesmo Marcus e Pierre em suas sedes por justiça, após terem sua companheira violada sexualmente, carregam em suas personalidades traços do homem macho heteronormativo que, mesmo problemáticos, são passados "desapercebidos" de tanto que já estamos "acostumados" com esse comportamento. Marcus se mostra o tipo de cara que se o amigo não arruma uma mulher ele é boiola, e se um homem não tem a vida sexual ativa ele é inválido.
A pior parte pra mim fora constatar que a obsessão de Marcus pelo sexo anal com Alex foi praticamente o mesmo do tal estuprador. Houve um certo momento que até temi que ele também fosse violar a Alex.
durante a conversa no metrô, que o mais próximo que Alex teve de orgasmo com ele fora quando ela fora machucada ao cair da cama. E ela sangrou. Como se esse sangue vermelho fosse o símbolo do gozo do homem com a mulher.
Irreversível provavelmente não incomodou apenas por seu modo de filmagem e sua história. É também por isso, mas porque nos traz ao consciente que a violência está muito mais próxima do que imaginamos. E no caso das mulheres, elas são muito mais vulneráveis e recebem essa violência das mais diversas formas. Não só fisicamente, mas moralmente, simbolicamente... Não sei se o veria novamente, não sei se sou apto a julgá-lo como um filme necessário para conscientização, mas uma coisa é inegável, é incrivelmente perturbador!!!
Zodíaco
3.7 1,3K Assista AgoraÉ um filme bem característico do David Fincher, seja pelo seu tom de mistério acompanhado de um bom thriller psicológico, ou até mesmo pela paleta de cores escurecidas e que dão o tom mais seco pra propagar essa sensação de desconforto e frustração que a obra pede. Mas também é o menos empolgante de sua filmografia, o trio principal dos personagens parecem que não conversam entre si embora se entrelacem, vai ver era a história mesmo que pedia algo assim e fora como o diretor optou por contar todos os acontecimentos.
A história gira, gira, gira, temos um monte de pistas e induções até o assassino mas confesso que raramente esses finais "abertos" em filmes de suspense me agradam.
O Conde de Monte Cristo
4.1 1,2KEmbora ambientado há mais de 200 anos atrás, o filme tem um ritmo fácil de captar e acompanhar os acontecimentos que marcam a jornada do protagonista Edmond. A construção da trilha sonora, junto com belos cenários e luxuosos figurinos tornam a experiência bem agradável aos olhos do público, e a história, por mais que não soe tão original ou cometa alguns furos em seu roteiro, não fica dependente apenas do capricho visual da obra.
Minha maior queixa aqui é na construção e aprofundamento das motivações dos personagens... meio que suas personalidades são jogadas na história apenas com a função de cumprir estereótipos - o mocinho injustiçado, o algoz invejoso, etc - apesar disso, o Conde de Monte Cristo pode ser um ótimo entretenimento para quem gosta e busca apreciar essas histórias de época.
E estou surpreso que o Henry Cavill é o Albert, nunca imaginaria...
Show Bar
3.1 489 Assista AgoraTerrível!
Vivia com vontade de conferi-lo por causa das chamadas do SBT, devia ter visto quando era mais novo, provavelmente não teria desgotado tanto assim.
1917
4.2 1,8K Assista AgoraOs atributos técnicos de 1917 são impecáveis, a história e os personagens, no entanto, não me comoveram TANTO - achei as atuações muito secas. Na verdade, a ideia de passar uma mensagem de um lado para o outro é bem simples, o diferencial está na forma de que fora filmada essa ideia, nos dando a imersão através do plano-sequência.
Outro ponto interessante que gostaria de ressaltar é que raramente lembro de filmes que falam sobre a I Guerra Mundial, e nesse mostra que independente do resultado ter sido menos devastador que a II Guerra Mundial, ainda sim é muito devastador - pessoas mortas, sem comida, higiene, moradia, com frio, cercada de bichos vivos e mortos, etc - conseguiram passar agonia quando eram mostrados esses pequenos detalhes.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraJojo Rabbit surpreende tanto que até a Rebel Wilson está boa.
Como Eu Era Antes de Você
3.7 2,3K Assista AgoraQue filme fofo!
Demora um pouco pra engatar, e a príncipio estava achando os personagens uns sacos, mas depois pega o ritmo e você compra a ideia. Embora o interesse aqui seja o de mostrar o interesse amoroso entre a Lou e o Will, acho que é muito válido constatar, que, em outras camadas, a admissão desse novo emprego possibilitou à Lou novas experiências e mais da sua autodescoberta. A partir do momento que ela se impõe, mesmo com sua irreverência, ela passa a ter o respeito do Will e a conquistá-lo. Seus pais percebendo isso, também a valorizam mais. A finalidade vendida é o romance, mas os meios que ela passa até chegar à ele são muito mais agradáveis de se assistir.
Quanto aos caras, era escolher entre o ruim e o péssimo. O Patrick é simplesmente o cara que trabalha muito, que espera que a namorada seja sua futura esposa para lhe dar filhos e simplesmente o apoie em tudo. O Will é completamente esnobe e continuaria o sendo se não fosse sua dependência dos outros. O que torna a torcida por ele mais convincente é que não parece surreal ele querer o melhor para a Lou, incentivando ela a explorar seus sonhos como realmente deveria, afinal, era simplesmente isso que ele fazia e o que gostaria de continuar fazendo. Era com ele que a Lou mais gastava seu tempo, não é absurdo imaginar que o interesse se aflora daí. Da mesma forma que ele não queria ser um fardo para os pais, a ex Alicia, ele odiara a ideia de ser um fardo para Lou.
Também acho legal relembrar que independente de quem desse o presente das meias listradas de abelhinha, a Lou ia gostar. Ela não gostou dele por ser o Will quem o deu e sim simplesmente porque ela queria ganhar aquele presente. Foi um acerto isso.
Como Eu Era Antes de Você não é uma obra-prima e nem o tenta ser, por isso achei uma película agradável. Na verdade, quer apenas contar uma história de romance, que apesar de ter seus clichês, tem seus pontos positivos já mencionados anteriormente.
Mulan
4.2 1,1K Assista AgoraNão lembrava de muita coisa de quando eu tinha visto na época da infância, inclusive temia que fosse superestimado pelo fato de muitos enaltecerem Mulan como uma das melhores princesas (se não a melhor). Felizmente fui muito surpreendido positivamente, que filme incrível!
Todo o contexto histórico-social não faz sentido apenas com a realidade da China - que me parece ser um lugar bem conservador - como, infelizmente, ainda é essa subestimação que várias mulheres sofrem em todo lugar do mundo. O mais incrível não é só ter uma mulher empoderada, e sim por ser uma animação realizada há 22 anos atrás, com todo esse teor. A comédia, drama e um leve suspense são feitas na medida certa e alcançam em cheio o público infantil. Além de toda a abordagem madura, é ótimo frisar que o filme envelheceu MUITO bem em duas décadas e não duvido de continuar excelente daqui os próximos vinte anos.
Só perde meio pontinho por não desenvolver tão bem o romance entre ela e o comandante - que convenhamos, é mais uma empatia e respeito mútuo que interesse amoroso - mas isso a gente perdoa pela época e por ser da Disney. Recomendadíssimo para todas as idades e gêneros!
Fale com Ela
4.2 1,0K Assista AgoraBem que nossa pensadora contemporânea Glória Pires dizia: "Não sei opinar"... É exatamente assim que me sinto com esse filme.
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres
4.4 1,1K Assista AgoraO meio da trilogia dos anéis é concentrado em suas batalhas que nos revelam mais claramente como se foram rompidas e são refeitas algumas alianças de longos anos atrás. A adição de novos personagens trabalha um pouco mais como as histórias dos povos se cruzam, mas com tanta gente não é possível trabalhar tão bem tantas personalidades, e, algumas vezes que o faz, se torna chato e cansativo, demorando a vir com o seu real propósito...
como os Ents que só vieram mostrar a que veio nos minutos finais.
que é o rabugento valentão que serve de alívio cômico, personagem ingrediente para tentar captar as massas.
Quem rouba a cena mesmo é o Gollum Smeagol, que nos reforça um dos bordões mais memoráveis da história do cinema e apesar de ser extremamente detestável, se mostra imprescindível para o andamento da história. Há um certo carisma nesse vilão covarde.
A segunda parte é a mais fraca da trilogia pelo que lembro, início um tanto arrastado, mas o final com suas batalhas compensa a espera. Ponto para a produção ambiciosa e muito bem executada também.
O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraFilme intrigante e que te prende do início ao fim.
As atuações frias e secas são bem precisas e mostram uma incrível sintonia do elenco uns com os outros. O destaque das atuações com certeza vai para Martin (Barry Keoghan), mas Colin Farrell e Nicole Kidman não ficam pra trás.
Confesso que eu gostaria que
houvesse uma forma de toda a história ser revertida, que o Steven pudesse fazer algo para salvar alguém de sua família, mas olhando o ponto que essa reversão já são as próprias ações (ou vingança caso prefiram chamar assim) do Martin,
Yorgos Lanthimos é meio perturbado, mas acredito que esse é o adjetivo que o faça ser tão original e instigante. Que continue nos trazendo obras assim.
O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel
4.4 1,9K Assista AgoraRevendo hoje o início dessa trilogia que marcou a história para sempre, quebrando barreiras do tema fantasia e nos trazendo uma série dos filmes mais marcantes do cinema.
Eu gostei bastante e há muitas cenas memoráveis, mas após a formação da Sociedade do Anel meio que perde um pouco o ritmo e se arrasta até o final. Infelizmente, o Frodo é um protagonista um tanto passivo, o que me dá agonia por vezes. Tirando isso, a fotografia com os cenários muito belos e a trilha sonora nos fazem viajar nessa jornada cheia de aventuras.