Acabei assistindo por acaso e gostei bastante. Principalmente do fato de contar com opiniões bem diversificadas, é um assunto tão de agora que talvez nós só iremos perceber o peso disso no futuro. Já dá pra olhar para algumas coisas do começo da década passada de uma forma diferente.
A tal poesia do filme é bem adolescente, e digo da forma mais gentil possível. É sensível e às vezes até pretensioso justamente por ser visto através de um garoto.
A lentidão e o silêncio começam a funcionar principalmente a partir da metade do filme. Me desculpem, mas as cenas dos videoclipes só me fizeram ficar com preguiça e revirar os olhos com tamanha pseudo qualquer coisa. O que realmente te puxa pra narrativa e consegue criar uma ligação são os ótimos diálogos com o amigo e a mãe, além de cenas como as que os garotos voltam de bicicleta pra casa. O cotidiano e a cidade dizem muito mais sobre o personagem do que qualquer video ou poesia que ele tenha publicado ou assistido nas outras cenas.
A sensação de vazio e de não pertencer são tão fortes e ao mesmo tempo tão únicas que tornam o filme íntimo.
É fantástica a forma sensível como é explorada a relação entre autor e sua obra em comparação a seu objeto de observação e a realidade. A carência do artista, seus desejos e sua relação íntima e ao mesmo tempo distante com sua arte. Claude e Germain se provocam e instigam mutuamente para seguir com os textos mesmo sabendo o quanto isso pode afetar as pessoas a sua volta. Durante vários momentos, no começo do filme, Germain repete para a mulher que aquilo é ficção. Assim se protegendo de qualquer conflito moral.
Mas na cena em que lê sobre o suicídio de Rapha ele deixa claro que sabe que pelo menos a maioria daquilo realmente aconteceu. No fundo é o que mais lhe instiga.
Claude também é um personagem fascinante, ele passa de manipulador sem sentimentos a um garoto carente e solitário em questão de minutos. A galeria, mesmo ficando em segundo plano também traz discussões interessantes à trama. Não só a pergunta básica sobre o que é arte contemporânea mas o espaço e a necessidade de compreensão do objeto. Dessa forma surgem dois tópicos recorrentes mas que não deixam de ser interessantes: a arte como objeto a ser consumido e como expressão pessoal, no caso os objetos da galeria e os textos de Claude. Mas mesmo com todas as aulas de literatura durante o filme, e os planos para fazer da galeria um negócio rentável, não existe uma resposta pronta para validar "arte" e "não arte". E isso torna tudo ainda melhor.
Adorei o fato do ritmo do filme ser lento como o do livro. Meu maior medo era ver o enredo ser transformado em um simples triler. Afinal a trilogia é extremamente política e cheia de críticas sociais. É um filme feminista, de esquerda que critica grandes corporações e a busca desenfreada pelo poder, inclusive pelo governo. Por isso tenho preguiça de ver a versão americana, pois embora acredite que ela pode ser mais bem produzida tenho medo quanto a forma que irão tratar desses assuntos. Não entendo o pessoal aí em baixo falando que quem leu o livro não vai gostar do filme. Eu li a trilogia há alguns anos atrás e sou apaixonada por ela, e adorei o filme. Não tem como colocar tudo de um livro extenso como aquele em um filme, e nem é interessante que isso aconteça, pois são formatos diferentes e funcionam através de outros dispositivos. Também achei que poderiam se focar um pouco mais nos personagens, mas como ainda existem dois filmes pela frente acredito que isso ainda pode ser corrigido, ainda vou assistir. Mas de agora já gostei da forma que retrataram a Lisbeth, o foco não é exatamente o relacionamento dela com o Mikael, e fiquei feliz que não reduziram ela a isso. Até porque a relação deles é bem mais complexa que um encontro amoroso.
Entendo as pessoas assistirem esperando um banho de sangue. Mas o filme não foca na glorificação da violência como outros que seguem o gênero. Ele muda o foco para como a violência afeta as pessoas, e provoca o espectador que vê essa violência como entretenimento. Por isso os diálogos com a câmera são geniais. A câmera muda o foco quando algum personagem leva um tiro ou algo do tipo, você apenas sabe o que aconteceu mas não vê, só enxerga pela dor do outro. É aterrorizante porque poderia ser real, as vítimas poderiam ser qualquer pessoa. Mas inova ao nos levar a refletir sobre nossa própria relação consumista diante da violência gratuita que ao mesmo tempo em que é temida é é aclamada.
Portanto para quem assistiu esperando ver apenas banho de sangue ou achou que as falas direcionadas tiraram o melhor do filme sugiro que tente ver além disso, porque o filme tem mais de uma camada e se perde ao ficar só na sua superfície.
São três horas de imersão na mente confusa da Sybil. É sufocante, ao mesmo tempo terno. Gostei do tom o qual a enredo foi conduzido, nos levando pelas ações dela e sua evolução. Nos descobrimos o que está acontecendo junto com ela, em um processo confuso e doloroso.
Não achei tão ruim não. A câmera ás vezes até consegue dar alguma sensação de realidade, mas os atores não são tão bons. Ele varia entre muit lento e muito apressado.
Se um psicopata tem o trabalho de perseguir e filmer tudo que que suas vitimas fazem, porque apagar justamente o assassinato e a perseguição? Esse não seria o climax? Tudo parece muito apareçado nessa parte.
No geral a tenção entre eles é até interessante. Mas não sei se salva muita coisa, porque a ideia já não é mais original, e poderia ter sido contruída de forma mais sólida.
A forma como o diretor conduz a narrativa pelas lembranças do Alex atavés das imagens é incrível. No começo achei que a narrativa iria acontecer através do que ele escrevia, e até foi. Só que ao invés de narradas por ele, elas apenas seguiram a projeção de seus pensamentos nas atitudes dele depois do "acidente".
Talvez pelas pessoas esperarem uma comédia romântica, ou algo do tipo, tenham se decepcionado. Mas o filme tem seu mérito pelas doses de verdade, como aquela cena em que os casais voltam do jantar e no carro começam a criticar os amigos. Não é um filme muito forte, mas tem seu mérito. Todas elas estão em algum ponto da vida onde não se sentem exatamente confortáveis, mas ao mesmo tempo não sabem o que fazer para resolver isso. Também dá pra perceber o quanto o dinheiro acaba influenciado na forma como nos relacionamos e vivemos nossa vida. Não só nos aspectos práticos, mas na forma que deixamos nos influenciar pelo que ele representa em nossas vidas. Enfim, se alguém estiver em dúvida sobre assistir, vá em frente, não é um filme emocionalmente pesado, mas ele dá algo pra pensar durante o processo.
O filme parece uma fábula. Mas à medida que o enredo vai se desenvolvendo dá pra se perceber suas diversas camadas. Algumas cenas são muito simbólicas.
Como a que a família se senta à mesa para receber os assassinos da filha. É um quadro muito forte. De novo ele é formado quando o pai resolve matá-los e novamente senta numa cadeira e os observa dessa vez já ciente de quem são. Não dá pra esquecer a beleza no final, que fecha de forma muito sutil a simplicidade e reverência como é encarada a fé e a honra.
Eu adoro Janes Austen então achei uma delícia os livros serem discutidos no filme e serem usados para contar mais sobre as personagens. Geralmente as pessoas atribuem os livros dela a uma "literatura de mulherzinha" mas seus personagens são muito envolventes e é fácil se identificar pelo menos com um deles. Achei que poderiam ter explorado mais os livros porque ao passar dos meses parece que foi ficando meio corrido e se falou menos. Mas no geral o filme é uma delícia de se ver e os personagens são bem cativantes.
O que mais gostei é que o filme é bem sincero, fala com todas as letras da sexualidade das duas. Adorei as interpretações, até as crianças estão ótimas. O triste é ver que até hoje pessoas são punidas por serem homossexuais. Seja quando não tem todos so direitos garantidos ou quando o Estado nega proteção contra crimes de ódio.
Às vezes é isso: o amor não é como planejamos. Não podemos controlar totalmente o que sentimos e nem como sentimos. Adorei o elenco, não gostei de todas as músicas e achei que algumas cenas poderiam ser melhor aproveitadas. Mas no geral achei o filme bem bonito. Honoré sempre trata do amor de um jeito melancólico, mas nos dando uma pontinha de esperança no fim.
Achei o nível do filme muito bom pra um diretor tão jovem e com tão pouca experiência ainda. A fotografia, a trilha sonora os cortes tudo muito bom. Achei que o roteiro poderia ser mais aprofundado, muitas vezes parecia muio drama pra pouca coisa. Mas foi no geral o filme é coerente com as relações de mãe e filho, ainda mais quando a gente vai crescendo e as coisas já não funcionam da mesma forma. Enfim, vale a pena e Dolan já é muito bom, e espero ver ele crescer muito ainda.
O que foi aquela resposta da mãe ao diretor do internato? Vibrei com aquilo. Na verdade ela pouco dá explicações pro filho. Mas ser mãe praticamente sozinha como ela era não é fácil. E muitas mulheres conseguem sim isso, e merecem toda a admiração e respeito.
Podia ser qualquer coisa, mas é tão bem feitinho que dá gosto de ver. Quando ouvi Velvet Undergound logo da abertura já adorei, a trilha sonora concerteza é a melhor sacada do filme.
O filme é bem sutil. Consegue abordar com delicadesa o tema da opressão do patriarco em relação as meninas. Sem grandes julgamentos ou lições de moral. Apenas de forma doce observando o mundo delas.
Eu adoro esse filme. Eu sei que é uma comédia romântica estrategicamente feita pra você se derreter. Como o fato dele ser alguém "normal" com uma vidinha chata e ela uma estrela de cinema. E mesmo assim os dois se apaixonarem.Mas po, ele é o Hugh Grant né?! Quem não se apaixonaria com aquele sotaque inglês. Se repararem em muitas cenas a Julia tá com pouca maquiagem, como que pra mostrar que ela também é só uma mulher. Mas adoro tudo no filme, é uma das minhas comédias românticas preferias. E não tenho vergonha de admitir que gosto do gênero. E ver dois atores consagrados justamente por esse tipo de filme juntos é uma delícia. Acho ambos adoráveis, e o resto do elenco também não se deixa apagar. A trilha sonora é ótima. E todo o clima do filme é muito bom. Sempre fico feliz depois que assisto.
Eu não sabia muito o que esperar desse filme. Li a sinopse várias vezes e adiava. Vi as críticas, e adiava... E finalmente vi. Acho que foi no momento certo. Porque ele necessita que você pare, e por quase três horas. Pare e preste atenção. É cru, direto e sem volta. A falta de cenários faz você focar ainda mais nos personagens.
Eu ficava então vendo o que eles estavam fazendo enquanto a Grace estava sendo estuprada. Era ali do lado.
Mas eles não pareciam seres tão abomináveis assim quando distraídos. Pessoas, só pessoas. E as pessoas a nossa volta fariam a mesma coisa? Não consigo achar tão impossível. Senti a raiva por eles, vontade de sacudir a Grace e pedir alguma reação. Depois só apatia. Como se você se "acostumasse" com as injustiças sofridas por ela. Como o próprio povoado se acostumou, como ela se acostumou. Não sei se sou capaz de dar o veredicto, de dizer se ela reagiu da melhor forma. Mas sou grata pela reflexão. O filme conta uma história da degradação humana bem ali em qualquer vizinhança. De uma forma lindamente cruel.
Gente ok que ela foi mega ingênua. Mas ela tem 14 anos, e o cara 40. Quem vcs acham que tem mais capacidade de exergar certo/errado, perigoso/seguro? Ela é uma adolescente que se deixou levar. E o mais louco é que a maioria dos comentários estão condenando ELA, uma adolescente que mal descobriu a vida e que foi violentada. Porque quando se diz NÃO, é estupro. Mas praticamente ninguém está condenando o cara de meia idade que seduziu uma adolescente. Como se fosse a coisa mais natural do mundo ele querer fazer sexo com uma menina da idade dela. Mesmo se ela tivesse escolhido e não tivesse manifestado que não queria, ainda seria no mínimo estranho um adulto fazendo sexo com uma garota tão jovem. Vamos parar com essa cultura de justificar os agressores.
Achei lindo a forma que o filme pareceu não querer pregar nada. É como se você estivesse lá, acompanhando seu dia. Você não sabe como realmente são os personagens, como na vida real. Você não vê mais do que se pode ver, todo o resto se supoe. Sem exageros ou melodrama. O que o torna ainda mais real e, e é essa realidade que é assutadora. O fato de eles simplesmente estarem lá, serem mortos, atirarem. Sem aviso ou justificativa, exatamente como aconteceu.
Um Dia Perfeito para Casar
2.6 32 Assista AgoraAdorei a direção de arte, deixa o filme agradável e com um ar requintado. Gostei das pequenas ironias e da sutileza do roteiro.
PressPausePlay
4.3 5Acabei assistindo por acaso e gostei bastante. Principalmente do fato de contar com opiniões bem diversificadas, é um assunto tão de agora que talvez nós só iremos perceber o peso disso no futuro. Já dá pra olhar para algumas coisas do começo da década passada de uma forma diferente.
Os Famosos e os Duendes da Morte
3.7 670 Assista AgoraA tal poesia do filme é bem adolescente, e digo da forma mais gentil possível. É sensível e às vezes até pretensioso justamente por ser visto através de um garoto.
A lentidão e o silêncio começam a funcionar principalmente a partir da metade do filme. Me desculpem, mas as cenas dos videoclipes só me fizeram ficar com preguiça e revirar os olhos com tamanha pseudo qualquer coisa. O que realmente te puxa pra narrativa e consegue criar uma ligação são os ótimos diálogos com o amigo e a mãe, além de cenas como as que os garotos voltam de bicicleta pra casa. O cotidiano e a cidade dizem muito mais sobre o personagem do que qualquer video ou poesia que ele tenha publicado ou assistido nas outras cenas.
A sensação de vazio e de não pertencer são tão fortes e ao mesmo tempo tão únicas que tornam o filme íntimo.
Dentro da Casa
4.1 554 Assista AgoraÉ fantástica a forma sensível como é explorada a relação entre autor e sua obra em comparação a seu objeto de observação e a realidade. A carência do artista, seus desejos e sua relação íntima e ao mesmo tempo distante com sua arte. Claude e Germain se provocam e instigam mutuamente para seguir com os textos mesmo sabendo o quanto isso pode afetar as pessoas a sua volta. Durante vários momentos, no começo do filme, Germain repete para a mulher que aquilo é ficção. Assim se protegendo de qualquer conflito moral.
Mas na cena em que lê sobre o suicídio de Rapha ele deixa claro que sabe que pelo menos a maioria daquilo realmente aconteceu. No fundo é o que mais lhe instiga.
"O leitor precisa pensar: 'Não esperava por isso e ao mesmo tempo é o único modo de terminar."
Os Homens que não Amavam as Mulheres
4.1 1,5KAdorei o fato do ritmo do filme ser lento como o do livro. Meu maior medo era ver o enredo ser transformado em um simples triler. Afinal a trilogia é extremamente política e cheia de críticas sociais. É um filme feminista, de esquerda que critica grandes corporações e a busca desenfreada pelo poder, inclusive pelo governo. Por isso tenho preguiça de ver a versão americana, pois embora acredite que ela pode ser mais bem produzida tenho medo quanto a forma que irão tratar desses assuntos.
Não entendo o pessoal aí em baixo falando que quem leu o livro não vai gostar do filme. Eu li a trilogia há alguns anos atrás e sou apaixonada por ela, e adorei o filme. Não tem como colocar tudo de um livro extenso como aquele em um filme, e nem é interessante que isso aconteça, pois são formatos diferentes e funcionam através de outros dispositivos. Também achei que poderiam se focar um pouco mais nos personagens, mas como ainda existem dois filmes pela frente acredito que isso ainda pode ser corrigido, ainda vou assistir. Mas de agora já gostei da forma que retrataram a Lisbeth, o foco não é exatamente o relacionamento dela com o Mikael, e fiquei feliz que não reduziram ela a isso. Até porque a relação deles é bem mais complexa que um encontro amoroso.
Violência Gratuita
3.4 1,3KEntendo as pessoas assistirem esperando um banho de sangue. Mas o filme não foca na glorificação da violência como outros que seguem o gênero. Ele muda o foco para como a violência afeta as pessoas, e provoca o espectador que vê essa violência como entretenimento. Por isso os diálogos com a câmera são geniais. A câmera muda o foco quando algum personagem leva um tiro ou algo do tipo, você apenas sabe o que aconteceu mas não vê, só enxerga pela dor do outro. É aterrorizante porque poderia ser real, as vítimas poderiam ser qualquer pessoa. Mas inova ao nos levar a refletir sobre nossa própria relação consumista diante da violência gratuita que ao mesmo tempo em que é temida é é aclamada.
Portanto para quem assistiu esperando ver apenas banho de sangue ou achou que as falas direcionadas tiraram o melhor do filme sugiro que tente ver além disso, porque o filme tem mais de uma camada e se perde ao ficar só na sua superfície.
Sybil
4.3 115São três horas de imersão na mente confusa da Sybil. É sufocante, ao mesmo tempo terno. Gostei do tom o qual a enredo foi conduzido, nos levando pelas ações dela e sua evolução. Nos descobrimos o que está acontecendo junto com ela, em um processo confuso e doloroso.
Mexeu muito comigo, e acredito que com todos, a cena em que ela descobre o que acontece. Senti muito por ela, e foi difícil ver até o fim.
Fatos Estranhos
1.7 74 Assista AgoraNão achei tão ruim não. A câmera ás vezes até consegue dar alguma sensação de realidade, mas os atores não são tão bons. Ele varia entre muit lento e muito apressado.
Se um psicopata tem o trabalho de perseguir e filmer tudo que que suas vitimas fazem, porque apagar justamente o assassinato e a perseguição? Esse não seria o climax? Tudo parece muito apareçado nessa parte.
Paranoid Park
3.6 325A forma como o diretor conduz a narrativa pelas lembranças do Alex atavés das imagens é incrível. No começo achei que a narrativa iria acontecer através do que ele escrevia, e até foi. Só que ao invés de narradas por ele, elas apenas seguiram a projeção de seus pensamentos nas atitudes dele depois do "acidente".
Amigas com Dinheiro
2.5 277 Assista AgoraTalvez pelas pessoas esperarem uma comédia romântica, ou algo do tipo, tenham se decepcionado. Mas o filme tem seu mérito pelas doses de verdade, como aquela cena em que os casais voltam do jantar e no carro começam a criticar os amigos. Não é um filme muito forte, mas tem seu mérito. Todas elas estão em algum ponto da vida onde não se sentem exatamente confortáveis, mas ao mesmo tempo não sabem o que fazer para resolver isso. Também dá pra perceber o quanto o dinheiro acaba influenciado na forma como nos relacionamos e vivemos nossa vida. Não só nos aspectos práticos, mas na forma que deixamos nos influenciar pelo que ele representa em nossas vidas. Enfim, se alguém estiver em dúvida sobre assistir, vá em frente, não é um filme emocionalmente pesado, mas ele dá algo pra pensar durante o processo.
A Fonte da Donzela
4.3 219 Assista AgoraO filme parece uma fábula. Mas à medida que o enredo vai se desenvolvendo dá pra se perceber suas diversas camadas. Algumas cenas são muito simbólicas.
Como a que a família se senta à mesa para receber os assassinos da filha. É um quadro muito forte. De novo ele é formado quando o pai resolve matá-los e novamente senta numa cadeira e os observa dessa vez já ciente de quem são. Não dá pra esquecer a beleza no final, que fecha de forma muito sutil a simplicidade e reverência como é encarada a fé e a honra.
O Clube de Leitura de Jane Austen
3.7 331 Assista AgoraEu adoro Janes Austen então achei uma delícia os livros serem discutidos no filme e serem usados para contar mais sobre as personagens. Geralmente as pessoas atribuem os livros dela a uma "literatura de mulherzinha" mas seus personagens são muito envolventes e é fácil se identificar pelo menos com um deles. Achei que poderiam ter explorado mais os livros porque ao passar dos meses parece que foi ficando meio corrido e se falou menos. Mas no geral o filme é uma delícia de se ver e os personagens são bem cativantes.
Infâmia
4.4 300O que mais gostei é que o filme é bem sincero, fala com todas as letras da sexualidade das duas. Adorei as interpretações, até as crianças estão ótimas. O triste é ver que até hoje pessoas são punidas por serem homossexuais. Seja quando não tem todos so direitos garantidos ou quando o Estado nega proteção contra crimes de ódio.
Bem Amadas
3.5 254Às vezes é isso: o amor não é como planejamos. Não podemos controlar totalmente o que sentimos e nem como sentimos. Adorei o elenco, não gostei de todas as músicas e achei que algumas cenas poderiam ser melhor aproveitadas. Mas no geral achei o filme bem bonito. Honoré sempre trata do amor de um jeito melancólico, mas nos dando uma pontinha de esperança no fim.
Eu Matei Minha Mãe
3.9 1,3KAchei o nível do filme muito bom pra um diretor tão jovem e com tão pouca experiência ainda. A fotografia, a trilha sonora os cortes tudo muito bom. Achei que o roteiro poderia ser mais aprofundado, muitas vezes parecia muio drama pra pouca coisa. Mas foi no geral o filme é coerente com as relações de mãe e filho, ainda mais quando a gente vai crescendo e as coisas já não funcionam da mesma forma. Enfim, vale a pena e Dolan já é muito bom, e espero ver ele crescer muito ainda.
O que foi aquela resposta da mãe ao diretor do internato? Vibrei com aquilo. Na verdade ela pouco dá explicações pro filho. Mas ser mãe praticamente sozinha como ela era não é fácil. E muitas mulheres conseguem sim isso, e merecem toda a admiração e respeito.
Férias Frustradas de Verão
3.2 715 Assista AgoraPodia ser qualquer coisa, mas é tão bem feitinho que dá gosto de ver. Quando ouvi Velvet Undergound logo da abertura já adorei, a trilha sonora concerteza é a melhor sacada do filme.
Garota Fantástica
3.7 729 Assista AgoraDrew Barrymore <3 Ellen page <3 Essa trilha Sonora <3
Adorável, o elenco todo tá muito bem, uma delícia de ver.
Inverno da Alma
3.5 938Mesmo sendo dramático ele é bem cru, porém bonito. Boas atuações, cenas bem feitas e uma fotografia linda.
Morangos Silvestres
4.4 658Filme belíssimo. As lembranças são realmente tesouros pesados.
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista AgoraO filme é bem sutil. Consegue abordar com delicadesa o tema da opressão do patriarco em relação as meninas. Sem grandes julgamentos ou lições de moral. Apenas de forma doce observando o mundo delas.
Um Lugar Chamado Notting Hill
3.6 1,3K Assista AgoraEu adoro esse filme. Eu sei que é uma comédia romântica estrategicamente feita pra você se derreter. Como o fato dele ser alguém "normal" com uma vidinha chata e ela uma estrela de cinema. E mesmo assim os dois se apaixonarem.Mas po, ele é o Hugh Grant né?! Quem não se apaixonaria com aquele sotaque inglês. Se repararem em muitas cenas a Julia tá com pouca maquiagem, como que pra mostrar que ela também é só uma mulher. Mas adoro tudo no filme, é uma das minhas comédias românticas preferias. E não tenho vergonha de admitir que gosto do gênero. E ver dois atores consagrados justamente por esse tipo de filme juntos é uma delícia. Acho ambos adoráveis, e o resto do elenco também não se deixa apagar. A trilha sonora é ótima. E todo o clima do filme é muito bom. Sempre fico feliz depois que assisto.
Dogville
4.3 2,0K Assista AgoraEu não sabia muito o que esperar desse filme. Li a sinopse várias vezes e adiava. Vi as críticas, e adiava... E finalmente vi. Acho que foi no momento certo. Porque ele necessita que você pare, e por quase três horas. Pare e preste atenção. É cru, direto e sem volta. A falta de cenários faz você focar ainda mais nos personagens.
Eu ficava então vendo o que eles estavam fazendo enquanto a Grace estava sendo estuprada. Era ali do lado.
Confiar
3.4 1,8K Assista grátisGente ok que ela foi mega ingênua. Mas ela tem 14 anos, e o cara 40. Quem vcs acham que tem mais capacidade de exergar certo/errado, perigoso/seguro? Ela é uma adolescente que se deixou levar. E o mais louco é que a maioria dos comentários estão condenando ELA, uma adolescente que mal descobriu a vida e que foi violentada. Porque quando se diz NÃO, é estupro. Mas praticamente ninguém está condenando o cara de meia idade que seduziu uma adolescente. Como se fosse a coisa mais natural do mundo ele querer fazer sexo com uma menina da idade dela. Mesmo se ela tivesse escolhido e não tivesse manifestado que não queria, ainda seria no mínimo estranho um adulto fazendo sexo com uma garota tão jovem. Vamos parar com essa cultura de justificar os agressores.
Elefante
3.6 1,2K Assista AgoraAchei lindo a forma que o filme pareceu não querer pregar nada. É como se você estivesse lá, acompanhando seu dia. Você não sabe como realmente são os personagens, como na vida real. Você não vê mais do que se pode ver, todo o resto se supoe. Sem exageros ou melodrama. O que o torna ainda mais real e, e é essa realidade que é assutadora. O fato de eles simplesmente estarem lá, serem mortos, atirarem. Sem aviso ou justificativa, exatamente como aconteceu.