Roman Coppola escreveu o roteiro e mandou pro Wes Anderson fazer umas melhorias. Anderson disse que o roteiro não tinha jeito. Roman decidiu deixar como estava e ele mesmo dirigir. Deu nisso.
Selton Mello dá um show, mas gostaria de comentar também que a Direção artística desse filme tá de parabéns! Cenografia, figurino, tudo seguindo a mais perfeita breguice. Nada é relevado, nos mínimos detalhes o ambiente faz parte do filme.
Um não só excelente retrato do sertão nordestino, como também -uma vez que muito bem contextualizado no período da segunda guerra- uma ótima reflexão sobre diversos atores desse momento histórico (Brasil, brasileiros, alemães).
Pode ser bem produzido, atolado de efeitos (alguns até muito bem feitos) e etc, mas não muda o fato de que o roteiro é furado como um queijo suíço, certas atuações são bizonhas (aquele advogado é uma piada) e o diretor não sabe aproveitar uma boa trilha sonora (se você tem "Exit Music (for a film)" você pode fazer muito mais que aquilo).
Não fui esperando muita coisa e ainda assim me decepcionei. Os já tão criticados diálogos são realmente horríveis (não é possível que alguém tenha sido pago pra fazer isso) e o roteiro como um todo é muito auto-explicativo, numa presunção de inferioridade intelectual da audiência. Contudo, há de se dizer que é muito bem contextualizado, numa Brasília que ainda cresceria como fonte exportadora de rock, sendo aqueles jovens bombardeados por influências a todo momento (Bowie, Joy Division, The Clash, Sex Pistols..). O filme volta a desapontar ao não mostrar um Renato por detrás dos palcos, mas sim, um Renato que a população já conhece, só que em situações cotidianas e, supostamente, de sua juventude.
Um clássico instantâneo! A violência, o suspense, a frieza do personagem do personagem principal, tudo funcionou muito bem na direção do Winding Refn. Os furos existem, mas quem consegue parar pra pensar neles quando uma câmera lenta foca na cara de um Ryan Goslin querendo vingança com uma fantástica trilha sonora de fundo?
A psicologia diz que quando amamos alguém esse sentimento vem atrelado a um sentimento de ódio que é várias vezes menor, porém que existe, ou seja, quando amamos alguém, também a odiamos. O personagem Hubert, contudo, parece trilhar o caminho inverso, odiando a mãe e a amando em proporções menores. Esse amor que é demonstrado em algumas partes do filme é muitas vezes demonstrado apenas para satisfação dele mesmo, sendo ele o tempo todo, até quando ama, egoísta. A mãe tem sua parcela de culpa, uma vez que não exerce como deveria seu papel de amiga e conciliadora. Descobrimos que em algum ponto do passado eles foram amigos, porém, algo se perdeu no caminho. Assim como na filmografia do Xavier Dolan. Surpreendentemente, depois de eu ter experienciado o conjunto de exageros e prepotência que foi "Amores Imaginários", gostei desse seu filme de estreia. Aqui as excentricidades estéticas de Dolan funcionam, fazendo sentido com o bom roteiro. Nesse seu primeiro trabalho, o diretor parece ter conseguido aliar a estética com a estória, vindo a se perder no filme seguinte.
Gostei e fiquei feliz por isso. Já não fui com tantas expectativas (graças ao trauma da frustração do segundo) e sai satisfeito. Não é tão sombrio como se vendeu e os alívios cômicos são constantes e bem pontuados. Talvez tenha o melhor combate "corpo a corpo" da trilogia, um dos pontos altos do filme do lado da já conhecida cena em que a casa é atacada.
O único contra do filme foi o que fizeram com o Mandarin. Não que eu não esteja aberto a releituras e coisa e tal, mas escolheram o personagem errado (e que vinha muito bem no filme) pra desconfigurar completamente das HQs.
No mais, não consigo entender como Downey Jr. consegue ficar cada vez mais foda.
Diferente da crítica em geral e das pessoas aqui, eu curti. Gostei exatamente dos que muito aparentam não ter gostado, do iminente que nunca acontece, das insinuações que não se concluem.
(Apesar de existir um corte depois do Space Oddity onde, não sei, pode ter acontecido algo)
Falar da excelente trilha sonora é cair em ponto comum, mas vale a pena por ser algo diferente nas trilhas do Bertolucci. A homenagem a Os Incompreendidos no final só justifica e reforça todas as entrelinhas que fomos levados a ler durante o filme.
O roteiro até tem lá suas reviravoltas interessantes, mas tem umas coisas mal-explicadas que não consegui engolir. Fui com expectativas altas demais, não foi pra tanto.
Não chega a ser bom enquanto trata da vida de Mário, contudo, é um excelente e único retrato do golpe de estado de Pinochet, dada as circunstâncias de se passar num necrotério.
Talvez o mais biográfico trabalho de Woody, se tornou meu mais novo favorito dele. Tudo que ele mais odeia no fato de ser Woody Allen foi aqui passado no melhor jeito Woody Allen, o que é de uma ironia incrível. Graças as referências a Fellini eu arrisco a dizer que esse é o Oito e Meio de Woody Allen.
Bill Murray de sunga e roupão expulsando um bando de piratas filipinos de seu barco portando nada além de uma pistola. É, eu quero ser Wes Anderson quando eu crescer.
As Loucuras de Charlie
2.2 34Roman Coppola escreveu o roteiro e mandou pro Wes Anderson fazer umas melhorias. Anderson disse que o roteiro não tinha jeito. Roman decidiu deixar como estava e ele mesmo dirigir. Deu nisso.
David Holzman's Diary
3.0 3A linha entre realidade e ficção começa a ser apagada.
The Rutles: All You Need Is Cash
3.7 17Hold your hand, YEAH, YEAH, YEAH
Amor a Toda Prova
3.8 2,1K Assista AgoraVer esse Ryan Gosling abaixa muito minha moral, sério. Principalmente quando o puto tira a camisa. Que porra.
These Things Take Time: The Story of The Smiths
4.2 1Smiths>>Beatles. Doa a quem doer.
Nick & Norah: Uma Noite de Amor e Música
3.5 847Blergh
O Cheiro do Ralo
3.7 1,1K Assista AgoraSelton Mello dá um show, mas gostaria de comentar também que a Direção artística desse filme tá de parabéns! Cenografia, figurino, tudo seguindo a mais perfeita breguice. Nada é relevado, nos mínimos detalhes o ambiente faz parte do filme.
Cinema, Aspirinas e Urubus
3.9 364 Assista AgoraUm não só excelente retrato do sertão nordestino, como também -uma vez que muito bem contextualizado no período da segunda guerra- uma ótima reflexão sobre diversos atores desse momento histórico (Brasil, brasileiros, alemães).
2 Coelhos
4.0 2,7K Assista AgoraPode ser bem produzido, atolado de efeitos (alguns até muito bem feitos) e etc, mas não muda o fato de que o roteiro é furado como um queijo suíço, certas atuações são bizonhas (aquele advogado é uma piada) e o diretor não sabe aproveitar uma boa trilha sonora (se você tem "Exit Music (for a film)" você pode fazer muito mais que aquilo).
Amor Profundo
3.2 180 Assista AgoraQue diálogos! Que atuações! Que trilha! Que filmaço!
A Outra
3.8 146Gosto de quando Woody brinca de Bergman.
Melinda e Melinda
3.5 230 Assista Agora"Na cama sou um liberal de esquerda"
Em Transe
3.6 738Melhor que Inception.
Somos Tão Jovens
3.3 2,0KNão fui esperando muita coisa e ainda assim me decepcionei. Os já tão criticados diálogos são realmente horríveis (não é possível que alguém tenha sido pago pra fazer isso) e o roteiro como um todo é muito auto-explicativo, numa presunção de inferioridade intelectual da audiência. Contudo, há de se dizer que é muito bem contextualizado, numa Brasília que ainda cresceria como fonte exportadora de rock, sendo aqueles jovens bombardeados por influências a todo momento (Bowie, Joy Division, The Clash, Sex Pistols..). O filme volta a desapontar ao não mostrar um Renato por detrás dos palcos, mas sim, um Renato que a população já conhece, só que em situações cotidianas e, supostamente, de sua juventude.
Ele morre no final
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraUm clássico instantâneo! A violência, o suspense, a frieza do personagem do personagem principal, tudo funcionou muito bem na direção do Winding Refn. Os furos existem, mas quem consegue parar pra pensar neles quando uma câmera lenta foca na cara de um Ryan Goslin querendo vingança com uma fantástica trilha sonora de fundo?
Eu Matei Minha Mãe
3.9 1,3KA psicologia diz que quando amamos alguém esse sentimento vem atrelado a um sentimento de ódio que é várias vezes menor, porém que existe, ou seja, quando amamos alguém, também a odiamos. O personagem Hubert, contudo, parece trilhar o caminho inverso, odiando a mãe e a amando em proporções menores. Esse amor que é demonstrado em algumas partes do filme é muitas vezes demonstrado apenas para satisfação dele mesmo, sendo ele o tempo todo, até quando ama, egoísta. A mãe tem sua parcela de culpa, uma vez que não exerce como deveria seu papel de amiga e conciliadora. Descobrimos que em algum ponto do passado eles foram amigos, porém, algo se perdeu no caminho. Assim como na filmografia do Xavier Dolan. Surpreendentemente, depois de eu ter experienciado o conjunto de exageros e prepotência que foi "Amores Imaginários", gostei desse seu filme de estreia. Aqui as excentricidades estéticas de Dolan funcionam, fazendo sentido com o bom roteiro. Nesse seu primeiro trabalho, o diretor parece ter conseguido aliar a estética com a estória, vindo a se perder no filme seguinte.
Homem de Ferro 3
3.5 3,4K Assista AgoraGostei e fiquei feliz por isso. Já não fui com tantas expectativas (graças ao trauma da frustração do segundo) e sai satisfeito. Não é tão sombrio como se vendeu e os alívios cômicos são constantes e bem pontuados. Talvez tenha o melhor combate "corpo a corpo" da trilogia, um dos pontos altos do filme do lado da já conhecida cena em que a casa é atacada.
O único contra do filme foi o que fizeram com o Mandarin. Não que eu não esteja aberto a releituras e coisa e tal, mas escolheram o personagem errado (e que vinha muito bem no filme) pra desconfigurar completamente das HQs.
Eu e Você
3.5 190Diferente da crítica em geral e das pessoas aqui, eu curti. Gostei exatamente dos que muito aparentam não ter gostado, do iminente que nunca acontece, das insinuações que não se concluem.
(Apesar de existir um corte depois do Space Oddity onde, não sei, pode ter acontecido algo)
Sonata de Outono
4.5 491Talvez a mais pesada e introspectiva lavagem de roupa suja da história do cinema. Agora sinto que preciso ir a fundo na filmografia de Bergman.
O Segredo dos Seus Olhos
4.3 2,1K Assista AgoraO roteiro até tem lá suas reviravoltas interessantes, mas tem umas coisas mal-explicadas que não consegui engolir. Fui com expectativas altas demais, não foi pra tanto.
Oblivion
3.2 1,7K Assista AgoraEstou em dúvida quanto a briga mais interessante do filme:
Tom Cruise contra Tom Cruise
Pós Morte
3.4 9 Assista AgoraNão chega a ser bom enquanto trata da vida de Mário, contudo, é um excelente e único retrato do golpe de estado de Pinochet, dada as circunstâncias de se passar num necrotério.
A cena da autópsia onde no final descobrimos se tratar de Salvador Allende foi muito bem bolada.
Memórias
4.0 168 Assista AgoraTalvez o mais biográfico trabalho de Woody, se tornou meu mais novo favorito dele. Tudo que ele mais odeia no fato de ser Woody Allen foi aqui passado no melhor jeito Woody Allen, o que é de uma ironia incrível. Graças as referências a Fellini eu arrisco a dizer que esse é o Oito e Meio de Woody Allen.
A Vida Marinha com Steve Zissou
3.8 454 Assista AgoraBill Murray de sunga e roupão expulsando um bando de piratas filipinos de seu barco portando nada além de uma pistola. É, eu quero ser Wes Anderson quando eu crescer.