bem interessante perceber que a maioria das pessoas que não suportaram o filme por ele não apresentar explicações provavelmente levaria o mesmo fim da Jenai caso estivessem em uma situação semelhante à do longa
nossa que lindo realmente todos os caras babacas do planeta terra deveriam esperar que uma supermodelo caia do céu e jure submissão absoluta a eles algum dia
antes a tentativa de suicídio dele no início não fosse só tentativa, lixo completo
Diferente da esmagadora maioria comentando, eu achei o filme super interessante. Talvez ele tenha sido "mal vendido" no sentido de flertar com alguns gêneros do terror que são impopulares para alguns.
O negócio é que não dá para entender como o pessoal ficou tão surpreendido negativamente com o final, sendo que fica ÓBVIO desde o início do filme que o assassino simplesmente não é humano. Como bem pontuado nesta seção, em menos de meia hora de filme, no primeiro ataque mostrado, a gente percebe que a história vai caminhar para um mistério sobrenatural, e é assim que ela se comporta com o desenrolar no filme. Tudo coerente. A questão de ter um final trash, com efeito tosco e roteirinho clichê são outros 500, mas essa coisa de o filme ter "tirado o monstro da cartola" simplesmente não procede, ou eu vi um filme diferente, que envolvia braços-galho, gosmas pretas estranhas e um velhinho que arranca órgãos do corpo humano com as mãos.
Dito isso, preciso dizer que achei bem interessante o modo como os protagonistas se conectam em suas personalidades (ambos tem uns instinto assassino, que vêm de suas "naturezas") mas como eles são completos opostos nas suas motivações. Para o John, o constante receio em perder o controle está ligado à sua ausência de emoções em relação aos outros; como sociopata, ele não se importa com ninguém além de si mesmo e é incapaz de sentir remorso. Por outro lado, o Sr. Crowley mata em nome da maior emoção que supostamente existe, o amor. O próprio personagem admite isso revelando que permaneceu humano por tanto tempo por causa do seu amor pela esposa e ironicamente, ele é quem faz o grande vilão da história (ainda que tenha sua parte, que particularmente não me agradou, de heroísmo no fim) e o sociopata diagnosticado o salvador da pátria. Nesse sentido, existe a obsessão do protagonista com o velho e ao mesmo tempo um mútuo reconhecimento de personalidades diferentes das outras. Necessário pontuar que a atuação da dupla é muito boa.
Para encerrar gostaria de agradecer ao diretor que não colocou cena protótipo de romance entre o John e a mocinha que tem crush nele, porque eu tinha quase certeza de que ia rolar. Valeu mesmo, cara.
Assista se não estiver esperando um drama psicológico sobre sociopatas e não se importar com um pouquinho de trash na vida. Paz.
Lamento que talvez o filme tenha sido encaixado em um gênero a que não pertence (ou que talvez mete expectativas precipitadas na cabeça dos telespectadores), porque na realidade esse filme é um drama pesado e bem construído. Toda essa "falta de objetivo" que frustou algumas pessoas que viram não poderia ser mais real, mais adequada a um filme como esse. A sobrevivência não tem caminhos pré-definidos, bem delineados ou auto-explicativos. A vida real diante de situações extremas não respeita atitudes lineares ou condizentes com o que esperamos, é algo que simplesmente vai acontecendo. Aliás, é muito interessante ver como os personagens se atém às tais "regras" que eles pactuaram no início do filme, como se fosse uma "lei da sobrevivência", que deve ser respeitada por um bem maior (será que ninguém lembra de uns camaradas contratualistas a esse ponto?), e quando o filme acaba, a pergunta que fica é justamente essa: o que é o bem maior? O que vale realmente a pena em uma situação limite como essa?
O vazio que o filme deixa é terrível e angustiante e por isso, maravilhoso. Os personagens não respeitam uma lógica maniqueísta (ninguém é 100% bom ou 100% mau, ninguém toma atitudes que podem ser justificadas a todo tempo, nem somente atitudes injustificáveis) e talvez o maior mérito de tudo isso é que o filme não precisa apelar para ação demais, efeito especial, sangue desnecessário (ainda que eu seja amante da violência no cinema) ou zumbis sedentos por cérebro para nos incomodar e querer desejar um mundo apocalíptico bem longe da gente.
Para evitar mais notas baixas por aqui, porque seria injusto: esse filme NÃO é sobre zumbis.
Apesar dos pesares já valeu a pena só por não ser irritantemente previsível sobre qual dos personagens vai sobreviver. TODOS os filmes que eu vi nesse estilo costumam deixar um protagonista bem claro, que é óbvio desde o início. Esse quase engana a gente, mas revela um final diferente do esperado. Curti.
Você espera pela cena em que os pais da garota bonita morrem. Você espera pela cena em que os irmãos serão separados. Você espera pela cena em que o possível namorado surge. Você espera que ele, naturalmente, saiba fazer tudo (o boy é enfermeiro, inteligente, lindo e ninja, minha gente). Você espera pela cena em que a mocinha vê o galã cortando lenha de forma viril. Você espera pela cena em que um dos personagens vê o outro em um momento íntimo (dessa vez no maior estilo lagoa azul). Você espera pelo beijo. Você espera pelo "eu não acreditava em amor, ATÉ CONHECER VOCÊ!!!11". Você espera pela cena em que a heroína mate pessoas que, em teoria, são muito mais fortes que ela. Você espera pelo retorno triunfal do amor perdido, quebrando tudo, na hora EXATA em que a protagonista seria morta. Você espera pelos desvios matrix de bala, espera pela cena em que caras armados experientes atiram vinte vezes na grama ao tentar mirar em crianças correndo e, obviamente espera pelo final feliz (a única coisa que faltou foi o Evan chegando para rolar abraço de despedida no aeroporto no fim, tô esperando até agora).
Afinal, você espera que o filme em algum momento se salve, mas ele resolve te surpreender dessa vez.
É engraçado em ver como as opiniões vão de um extremo para o outro sobre esse filme haha é oito ou oitenta, amar ou odiar, talvez algo que afinal combine com os dois únicos personagens da trama. Confesso que sou suspeita para opinar sobre filmes de terror, principalmente o estilo found footage, porque sou viciada nessa indústria de "filmes ruins". Meu guilty pleasure realmente me faz perder tempo algumas vezes, mas quando algo como "Creep" surge... ah, faz valer a pena.
Porque esse filme é como todo found footage deve ser: simples e cru. E além disso, ainda é bizarro, cômico (SEM estragar o climão tenso, acredite, pois se trata sempre de riso nervoso no maior wtf haha) e te deixa desconfortável para caramba. O tempo todo! Adoro quando um filme consegue incomodar sem precisar de muita maquiagem, muito efeito, muita ideia mirabolante. Porque é desse jeito que eu consigo enxergar, da melhor forma, a arte de interpretar. Cara, não poderia haver outra palavra melhor do que o próprio título do filme para resumir o que foi a interpretação do Mark. Tudo parece mais íntimo, mais perto, mais creep haha (vide cena da dança do acasalamento na porta, bebê imaginário, combo porta de vidro e cabelo). O pior de tudo foi saber que provavelmente eu agiria de forma parecida com o Aaron, porque naquele vídeo eu achei, ao menos por um momento, que ele era só um cara solitário e fracassado mesmo.
Eu gostei muito, mas entendo o motivo de um filme assim não agradar a maioria das pessoas que assistem. Com tanta tecnologia e fantasia na indústria cinematográfica, o real pode não parecer tão interessante.
Cara, eu não sei o que eu achei. É estranho, porque eu li o clássico do Kerouac há uns dias e eu imaginava o Sal do jeitinho que ele está no filme, e a voz do Dean (e que voz) como ela aparece na tela. Não achei uma adaptação ruim, mas faltou alguma coisa. Como já disseram ali embaixo, faltou AQUILO. Estava esperando ver mais das caronas do Sal para o oeste, mais exagero no Dean (muuuito mais!), mais conversas frenéticas regadas a drogas e alcool, mais entradas e saídas de bares sujos em cidades aleatórias e principalmente sentir o que eu senti quando terminei de ler o livro - uma vontade irremediável de cair na estrada sem pensar nas consequências. Perdoo o diretor, seria mesmo impossível retratar com fidelidade um livro tão louco, caótico e intenso como ele é no cinema. Mas eu continuo sem saber o que eu achei.
Gente, que adaptação linda! Esse cenário, esse figurino, esse Grenouille, essa narração, essa poesia. Absolutamente apaixonante. Quem leu o livro vai entender minha euforia, ficou muito boa mesmo. Acredito que o final pareça completamente sem noção na obra cinematográfica, mas quando você está lendo o livro ele não parece tão absurdo (juro). A questão é que não dá para exteriorizar tão bem os sentimentos e pensamentos do protagonista no cinema, como é possível na literatura. Recomendo a leitura e o filme. Estou muito feliz por esse filme, não costumo ter muitas expectativas em relação a essas coisas, mas dessa vez fui surpreendida!
A proposta do filme é interessantíssima. O modo como ele joga em cima da gente a nossa própria indecisão diante das escolhas que temos fazer o tempo todo, o velho "e se..." e como faríamos qualquer coisa para saber o que nos espera também é bem executada.
Gostei do modo como eles aplicam os prós e contras em duas das vidas dele. Com Anna, ele encontrou o amor, mas teve de enfrentar solidão e miséria por algum tempo. Ele também amou Elise, mas nunca foi correspondido. E com Jeanne (confesso que senti MUITA falta de um aprofundamento nessa história) todas as conquistas materiais mas sem nenhum amor. Estava achando muito bom, até que o final chegou e ele diz sua última palavra. "Anna". NÃO! Deram uma identidade, deram uma vida à Mr Nobody! O que na minha interpretação era como a dúvida diante das possibilidades que todos temos á todo momento. Mas não se tratava disso. A fascinação que eu estava tendo sobre o filme sofreu um duro golpe. Ela cambaleou um pouco, e ficou machucada, mas ainda assim recomenda que você assista às diversas histórias de (Jared Leto sendo lindo em qualquer visual imaginável) Nemo Nobody.
Posso dizer que "Her" traz um tema que eu esperava no cinema há muito tempo, com uma abordagem que eu desejava há mais tempo ainda. É trágico e cômico o fato de que a era das comunicações acabou tornando a sua geração cada vez mais individualista e carente. O egoísmo dessa população que não aceita mais defeitos faz com que fique mais difícil lidar com relacionamentos e traz uma ânsia de encontrar a pessoa perfeita, alguém que nos entenda completamente (quase como uma versão alternativa de si mesmo, porém com a mesma essência). E "Her" faz isso com a criação da Samantha e com a história de romance mais melosa que eu vi sem perder a paciência, porque o filme é leve, é bonito e apesar de toda essa artificialidade que a tecnologia tem, ele é realmente sensível.
Demorei um tempão para assistir esse filme por achar que fosse chato. Um filme que se sustenta em um cenário e uma discussão por uma hora e meia? Deve ser cansativo. Qual não foi minha surpresa quando percebi que o filme estava em seus últimos minutos e o tempo nem parecia ter passado. É engraçado porque você mesmo vai mudando sua opinião aos poucos e muitas vezes fica confuso, se perguntando o que faria se estivesse lá. Afinal, é a vida de um homem. Um filme atemporal, muito bom mesmo. É impressionante o que certas pessoas conseguem fazer com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça.
Complicado de avaliar. Realmente te deixa pensando muito depois que termina. Confesso que não gostei da não-linearidade, que deixa um pouco confuso. Também esperava mais da cena na escola. Mas tudo isso fica ofuscado com pelo olhar do Kevin, pela sua atitude quando ainda era uma criança, e pela confusão que ele tem dentro de si. Apresenta todo esse questionamento acerca do comportamento humano e de como o mesmo pode ser influenciado, até onde vai o amor de uma mãe e o julgamento que a sociedade faz contra a família em casos como esses. É um filme que incomoda, exatamente porque não parece um filme.
Ainda. Estou. Sem. Palavras. Sério. O filme é revoltante, sufocante e muito dramático. Mas é um drama que funciona tão, mas tão bem que a gente se põe no lugar de todos os personagens. Fica pensando em como olharia a situação de todos os ângulos possíveis. Fica pensando nas atitudes que o Lucas toma, no sofrimento dele, mas também pensa como agiria se não tivesse certeza da inocência dele. E depois de muita, mas muita indignação com toda a situação, você fica com raiva.
Mas com raiva de quem? Não há um culpado. Pelo menos não direto. Não consigo entender como alguém ficou com raiva da garotinha. Gente, cinco anos, um lar desestabilizado, um irmão que não se importava do contato dela com pornografia e finalmente ser "rejeitada" pelo professor. Aí ela ficou chateada e falou bobagem. A culpa é da Grethe, por levar a público, tão rápido? Não. O que você faria se ouvisse uma menininha dizer aquilo? O que nos leva a pensar na proporção que uma "pequena" mentira, um comentário ingênuo (era inocente para Klara, que não entendia o que aquilo poderia causar) e que um mal entendido pode tomar. Uma situação simplesmente irreversível. A criação de fantasmas que jamais abandonarão Lucas. Impactante, realista e extremamente humano.
Sinceramente, não sei muito bem o que escrever depois de assistir a esse filme. Eu sinto que o Henry Barthes age como um retrato muito realista do que todos nós acabamos nos tornando um dia, e talvez seja por isso que mesmo com esse olhar tão indiferente ele consiga nos cativar de forma tão profunda. No início toda aquela melancolia que é a vida dele e os seus sentimentos, que parecem tão reclusos podem nos entristecer, até percebemos a similaridade entre nossas ações e pensamentos com os do professor substituto. E ao fim de tudo isso, desse misto de frieza e extrema emoção, só resta o silêncio e a solidão.
Interessantíssima a ideia do filme! É uma ótica completamente nova do tema e a atuação de Kevin Bacon é realmente sufocante. Você se aproxima do personagem e sente a angústia e culpa dele, mas ao tempo é intolerável pensar nos atos e pensamentos que ele tem. Muito bom.
Gostei bastante. Apesar do nó na cabeça ele não é cansativo e tem uma trilha sonora muito boa. É aquele filme que você sente vontade de ver mais vezes porque sabe que deixou alguma coisa importante passar, mesmo depois de ter pensado em várias explicações e tentado lembrar dos diálogos, você sabe que existe mais coisa ali. E o bom é que realmente existe.
Quando terminei de assistir a esse filme eu simplesmente não sabia o que pensar. Um misto de tristeza misturado com uma reflexão profunda sobre a vida e a sociedade. Você fica encantado com o modo do Chris de ver a vida e da naturalidade com que ele se aventura sem pensar no amanhã ou nas consequências.
Quando percebi que ele ia morrer naquele trailer, eu fiquei tão angustiada que nem queria mais ver o desfecho. Porém, as palavras finais foram tão lindas e a mensagem de liberdade que o filme passa é tão intensa, que vale a pena se apaixonar e se despedir do personagem no mesmo dia.
A vontade que fica é a de ter encontrado o Alex Supertramp andando por aí e poder absorver um pouco da energia e desapego apaixonantes que ele manifesta. Um dos meus favoritos, sem dúvida.
A comemoração na cena em que ele finalmente consegue fazer fogo e a tristeza após perder Wilson para o mar são de uma humanidade impressionante. Eu sinto que, fosse quem fosse, iria simplesmente reagir daquela forma, e principalmente, tentar continuar respirando.
Gostei muito. Quem sabe o que a maré poderá trazer amanhã?
Quase surtei quando percebi que o filme tinha acabado e eles não mostraram o que havia naquele bendito pacote, haha. Apesar disso, a sacada de deixá-lo fechado como um compromisso para voltar vivo foi linda.
Esse tipo de drama está tão presente e cada vez mais perto de nós que é impossível não sentir na pele. Claramente, as boas atuações ajudam e aquelas cena frenéticas quase me deram uma sensação extasiada, haha.
O que mata mesmo é a cena final, com os quatro em posição fetal. Como já disseram, o ápice do filme para mim foi ali, quando os personagens recorrem á última ilusão de conforto.
Excelente filme! Gostei muito da atuação do Edward Norton, que já é um dos meus atores preferidos. É interessante pensar sobre como o consumismo e o apego ás coisas materiais são capazes de nos controlar.
Mangue Negro
3.2 221 Assista Agoraluís da machadinha is the new ash williams
a cena do zumbi sem mandíbula lambendo o rosto da guria é impagável
Bokeh
2.7 153bem interessante perceber que a maioria das pessoas que não suportaram o filme por ele não apresentar explicações provavelmente levaria o mesmo fim da Jenai caso estivessem em uma situação semelhante à do longa
Angel-A
3.7 141 Assista Agoranossa que lindo realmente todos os caras babacas do planeta terra deveriam esperar que uma supermodelo caia do céu e jure submissão absoluta a eles algum dia
antes a tentativa de suicídio dele no início não fosse só tentativa, lixo completo
Festim Diabólico
4.3 882 Assista AgoraCrime e Castigo by Alfred Hitchcock
Eu Não Sou um Serial Killer
3.0 169Diferente da esmagadora maioria comentando, eu achei o filme super interessante. Talvez ele tenha sido "mal vendido" no sentido de flertar com alguns gêneros do terror que são impopulares para alguns.
O negócio é que não dá para entender como o pessoal ficou tão surpreendido negativamente com o final, sendo que fica ÓBVIO desde o início do filme que o assassino simplesmente não é humano. Como bem pontuado nesta seção, em menos de meia hora de filme, no primeiro ataque mostrado, a gente percebe que a história vai caminhar para um mistério sobrenatural, e é assim que ela se comporta com o desenrolar no filme. Tudo coerente. A questão de ter um final trash, com efeito tosco e roteirinho clichê são outros 500, mas essa coisa de o filme ter "tirado o monstro da cartola" simplesmente não procede, ou eu vi um filme diferente, que envolvia braços-galho, gosmas pretas estranhas e um velhinho que arranca órgãos do corpo humano com as mãos.
Dito isso, preciso dizer que achei bem interessante o modo como os protagonistas se conectam em suas personalidades (ambos tem uns instinto assassino, que vêm de suas "naturezas") mas como eles são completos opostos nas suas motivações. Para o John, o constante receio em perder o controle está ligado à sua ausência de emoções em relação aos outros; como sociopata, ele não se importa com ninguém além de si mesmo e é incapaz de sentir remorso. Por outro lado, o Sr. Crowley mata em nome da maior emoção que supostamente existe, o amor. O próprio personagem admite isso revelando que permaneceu humano por tanto tempo por causa do seu amor pela esposa e ironicamente, ele é quem faz o grande vilão da história (ainda que tenha sua parte, que particularmente não me agradou, de heroísmo no fim) e o sociopata diagnosticado o salvador da pátria. Nesse sentido, existe a obsessão do protagonista com o velho e ao mesmo tempo um mútuo reconhecimento de personalidades diferentes das outras. Necessário pontuar que a atuação da dupla é muito boa.
Para encerrar gostaria de agradecer ao diretor que não colocou cena protótipo de romance entre o John e a mocinha que tem crush nele, porque eu tinha quase certeza de que ia rolar. Valeu mesmo, cara.
Assista se não estiver esperando um drama psicológico sobre sociopatas e não se importar com um pouquinho de trash na vida. Paz.
Garotos
3.8 604 Assista AgoraBoys will be boys
Vírus
2.6 695Caramba, que... surpresa. Surpresa muito boa, diga-se de passagem.
Lamento que talvez o filme tenha sido encaixado em um gênero a que não pertence (ou que talvez mete expectativas precipitadas na cabeça dos telespectadores), porque na realidade esse filme é um drama pesado e bem construído. Toda essa "falta de objetivo" que frustou algumas pessoas que viram não poderia ser mais real, mais adequada a um filme como esse. A sobrevivência não tem caminhos pré-definidos, bem delineados ou auto-explicativos. A vida real diante de situações extremas não respeita atitudes lineares ou condizentes com o que esperamos, é algo que simplesmente vai acontecendo. Aliás, é muito interessante ver como os personagens se atém às tais "regras" que eles pactuaram no início do filme, como se fosse uma "lei da sobrevivência", que deve ser respeitada por um bem maior (será que ninguém lembra de uns camaradas contratualistas a esse ponto?), e quando o filme acaba, a pergunta que fica é justamente essa: o que é o bem maior? O que vale realmente a pena em uma situação limite como essa?
O vazio que o filme deixa é terrível e angustiante e por isso, maravilhoso. Os personagens não respeitam uma lógica maniqueísta (ninguém é 100% bom ou 100% mau, ninguém toma atitudes que podem ser justificadas a todo tempo, nem somente atitudes injustificáveis) e talvez o maior mérito de tudo isso é que o filme não precisa apelar para ação demais, efeito especial, sangue desnecessário (ainda que eu seja amante da violência no cinema) ou zumbis sedentos por cérebro para nos incomodar e querer desejar um mundo apocalíptico bem longe da gente.
Para evitar mais notas baixas por aqui, porque seria injusto: esse filme NÃO é sobre zumbis.
Wolf Creek: Viagem ao Inferno
3.1 391Apesar dos pesares já valeu a pena só por não ser irritantemente previsível sobre qual dos personagens vai sobreviver. TODOS os filmes que eu vi nesse estilo costumam deixar um protagonista bem claro, que é óbvio desde o início. Esse quase engana a gente, mas revela um final diferente do esperado. Curti.
A 5ª Onda
2.6 1,4K Assista AgoraEsse é o tipo de filme que te deixa esperando.
Você espera pela cena em que os pais da garota bonita morrem. Você espera pela cena em que os irmãos serão separados. Você espera pela cena em que o possível namorado surge. Você espera que ele, naturalmente, saiba fazer tudo (o boy é enfermeiro, inteligente, lindo e ninja, minha gente). Você espera pela cena em que a mocinha vê o galã cortando lenha de forma viril. Você espera pela cena em que um dos personagens vê o outro em um momento íntimo (dessa vez no maior estilo lagoa azul). Você espera pelo beijo. Você espera pelo "eu não acreditava em amor, ATÉ CONHECER VOCÊ!!!11". Você espera pela cena em que a heroína mate pessoas que, em teoria, são muito mais fortes que ela. Você espera pelo retorno triunfal do amor perdido, quebrando tudo, na hora EXATA em que a protagonista seria morta. Você espera pelos desvios matrix de bala, espera pela cena em que caras armados experientes atiram vinte vezes na grama ao tentar mirar em crianças correndo e, obviamente espera pelo final feliz (a única coisa que faltou foi o Evan chegando para rolar abraço de despedida no aeroporto no fim, tô esperando até agora).
Afinal, você espera que o filme em algum momento se salve, mas ele resolve te surpreender dessa vez.
Creep
3.1 505 Assista AgoraÉ engraçado em ver como as opiniões vão de um extremo para o outro sobre esse filme haha é oito ou oitenta, amar ou odiar, talvez algo que afinal combine com os dois únicos personagens da trama. Confesso que sou suspeita para opinar sobre filmes de terror, principalmente o estilo found footage, porque sou viciada nessa indústria de "filmes ruins". Meu guilty pleasure realmente me faz perder tempo algumas vezes, mas quando algo como "Creep" surge... ah, faz valer a pena.
Porque esse filme é como todo found footage deve ser: simples e cru. E além disso, ainda é bizarro, cômico (SEM estragar o climão tenso, acredite, pois se trata sempre de riso nervoso no maior wtf haha) e te deixa desconfortável para caramba. O tempo todo!
Adoro quando um filme consegue incomodar sem precisar de muita maquiagem, muito efeito, muita ideia mirabolante. Porque é desse jeito que eu consigo enxergar, da melhor forma, a arte de interpretar. Cara, não poderia haver outra palavra melhor do que o próprio título do filme para resumir o que foi a interpretação do Mark. Tudo parece mais íntimo, mais perto, mais creep haha (vide cena da dança do acasalamento na porta, bebê imaginário, combo porta de vidro e cabelo). O pior de tudo foi saber que provavelmente eu agiria de forma parecida com o Aaron, porque naquele vídeo eu achei, ao menos por um momento, que ele era só um cara solitário e fracassado mesmo.
Eu gostei muito, mas entendo o motivo de um filme assim não agradar a maioria das pessoas que assistem. Com tanta tecnologia e fantasia na indústria cinematográfica, o real pode não parecer tão interessante.
Na Estrada
3.3 1,9KCara, eu não sei o que eu achei.
É estranho, porque eu li o clássico do Kerouac há uns dias e eu imaginava o Sal do jeitinho que ele está no filme, e a voz do Dean (e que voz) como ela aparece na tela. Não achei uma adaptação ruim, mas faltou alguma coisa. Como já disseram ali embaixo, faltou AQUILO. Estava esperando ver mais das caronas do Sal para o oeste, mais exagero no Dean (muuuito mais!), mais conversas frenéticas regadas a drogas e alcool, mais entradas e saídas de bares sujos em cidades aleatórias e principalmente sentir o que eu senti quando terminei de ler o livro - uma vontade irremediável de cair na estrada sem pensar nas consequências. Perdoo o diretor, seria mesmo impossível retratar com fidelidade um livro tão louco, caótico e intenso como ele é no cinema.
Mas eu continuo sem saber o que eu achei.
Perfume: A História de um Assassino
4.0 2,2KGente, que adaptação linda! Esse cenário, esse figurino, esse Grenouille, essa narração, essa poesia. Absolutamente apaixonante. Quem leu o livro vai entender minha euforia, ficou muito boa mesmo. Acredito que o final pareça completamente sem noção na obra cinematográfica, mas quando você está lendo o livro ele não parece tão absurdo (juro). A questão é que não dá para exteriorizar tão bem os sentimentos e pensamentos do protagonista no cinema, como é possível na literatura. Recomendo a leitura e o filme. Estou muito feliz por esse filme, não costumo ter muitas expectativas em relação a essas coisas, mas dessa vez fui surpreendida!
Sr. Ninguém
4.3 2,7KA proposta do filme é interessantíssima. O modo como ele joga em cima da gente a nossa própria indecisão diante das escolhas que temos fazer o tempo todo, o velho "e se..." e como faríamos qualquer coisa para saber o que nos espera também é bem executada.
Gostei do modo como eles aplicam os prós e contras em duas das vidas dele. Com Anna, ele encontrou o amor, mas teve de enfrentar solidão e miséria por algum tempo. Ele também amou Elise, mas nunca foi correspondido. E com Jeanne (confesso que senti MUITA falta de um aprofundamento nessa história) todas as conquistas materiais mas sem nenhum amor. Estava achando muito bom, até que o final chegou e ele diz sua última palavra.
"Anna".
NÃO! Deram uma identidade, deram uma vida à Mr Nobody! O que na minha interpretação era como a dúvida diante das possibilidades que todos temos á todo momento. Mas não se tratava disso. A fascinação que eu estava tendo sobre o filme sofreu um duro golpe. Ela cambaleou um pouco, e ficou machucada, mas ainda assim recomenda que você assista às diversas histórias de (Jared Leto sendo lindo em qualquer visual imaginável) Nemo Nobody.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraPosso dizer que "Her" traz um tema que eu esperava no cinema há muito tempo, com uma abordagem que eu desejava há mais tempo ainda. É trágico e cômico o fato de que a era das comunicações acabou tornando a sua geração cada vez mais individualista e carente. O egoísmo dessa população que não aceita mais defeitos faz com que fique mais difícil lidar com relacionamentos e traz uma ânsia de encontrar a pessoa perfeita, alguém que nos entenda completamente (quase como uma versão alternativa de si mesmo, porém com a mesma essência). E "Her" faz isso com a criação da Samantha e com a história de romance mais melosa que eu vi sem perder a paciência, porque o filme é leve, é bonito e apesar de toda essa artificialidade que a tecnologia tem, ele é realmente sensível.
12 Homens e Uma Sentença
4.6 1,2K Assista AgoraDemorei um tempão para assistir esse filme por achar que fosse chato. Um filme que se sustenta em um cenário e uma discussão por uma hora e meia? Deve ser cansativo. Qual não foi minha surpresa quando percebi que o filme estava em seus últimos minutos e o tempo nem parecia ter passado. É engraçado porque você mesmo vai mudando sua opinião aos poucos e muitas vezes fica confuso, se perguntando o que faria se estivesse lá. Afinal, é a vida de um homem. Um filme atemporal, muito bom mesmo. É impressionante o que certas pessoas conseguem fazer com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça.
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraComplicado de avaliar. Realmente te deixa pensando muito depois que termina. Confesso que não gostei da não-linearidade, que deixa um pouco confuso. Também esperava mais da cena na escola. Mas tudo isso fica ofuscado com pelo olhar do Kevin, pela sua atitude quando ainda era uma criança, e pela confusão que ele tem dentro de si. Apresenta todo esse questionamento acerca do comportamento humano e de como o mesmo pode ser influenciado, até onde vai o amor de uma mãe e o julgamento que a sociedade faz contra a família em casos como esses. É um filme que incomoda, exatamente porque não parece um filme.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraAinda. Estou. Sem. Palavras.
Sério.
O filme é revoltante, sufocante e muito dramático. Mas é um drama que funciona tão, mas tão bem que a gente se põe no lugar de todos os personagens. Fica pensando em como olharia a situação de todos os ângulos possíveis. Fica pensando nas atitudes que o Lucas toma, no sofrimento dele, mas também pensa como agiria se não tivesse certeza da inocência dele. E depois de muita, mas muita indignação com toda a situação, você fica com raiva.
Mas com raiva de quem? Não há um culpado. Pelo menos não direto. Não consigo entender como alguém ficou com raiva da garotinha. Gente, cinco anos, um lar desestabilizado, um irmão que não se importava do contato dela com pornografia e finalmente ser "rejeitada" pelo professor. Aí ela ficou chateada e falou bobagem. A culpa é da Grethe, por levar a público, tão rápido? Não. O que você faria se ouvisse uma menininha dizer aquilo? O que nos leva a pensar na proporção que uma "pequena" mentira, um comentário ingênuo (era inocente para Klara, que não entendia o que aquilo poderia causar) e que um mal entendido pode tomar. Uma situação simplesmente irreversível. A criação de fantasmas que jamais abandonarão Lucas. Impactante, realista e extremamente humano.
O Substituto
4.4 1,7K Assista AgoraSinceramente, não sei muito bem o que escrever depois de assistir a esse filme. Eu sinto que o Henry Barthes age como um retrato muito realista do que todos nós acabamos nos tornando um dia, e talvez seja por isso que mesmo com esse olhar tão indiferente ele consiga nos cativar de forma tão profunda.
No início toda aquela melancolia que é a vida dele e os seus sentimentos, que parecem tão reclusos podem nos entristecer, até percebemos a similaridade entre nossas ações e pensamentos com os do professor substituto. E ao fim de tudo isso, desse misto de frieza e extrema emoção, só resta o silêncio e a solidão.
O Lenhador
3.6 291Interessantíssima a ideia do filme! É uma ótica completamente nova do tema e a atuação de Kevin Bacon é realmente sufocante. Você se aproxima do personagem e sente a angústia e culpa dele, mas ao tempo é intolerável pensar nos atos e pensamentos que ele tem. Muito bom.
Donnie Darko
4.2 3,8K Assista AgoraGostei bastante. Apesar do nó na cabeça ele não é cansativo e tem uma trilha sonora muito boa. É aquele filme que você sente vontade de ver mais vezes porque sabe que deixou alguma coisa importante passar, mesmo depois de ter pensado em várias explicações e tentado lembrar dos diálogos, você sabe que existe mais coisa ali. E o bom é que realmente existe.
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraQuando terminei de assistir a esse filme eu simplesmente não sabia o que pensar. Um misto de tristeza misturado com uma reflexão profunda sobre a vida e a sociedade. Você fica encantado com o modo do Chris de ver a vida e da naturalidade com que ele se aventura sem pensar no amanhã ou nas consequências.
Quando percebi que ele ia morrer naquele trailer, eu fiquei tão angustiada que nem queria mais ver o desfecho. Porém, as palavras finais foram tão lindas e a mensagem de liberdade que o filme passa é tão intensa, que vale a pena se apaixonar e se despedir do personagem no mesmo dia.
A vontade que fica é a de ter encontrado o Alex Supertramp andando por aí e poder absorver um pouco da energia e desapego apaixonantes que ele manifesta.
Um dos meus favoritos, sem dúvida.
Náufrago
3.9 1,9K Assista AgoraEu acho que o Tom conseguiu deixar registrado cada pessoa do mundo nesse personagem.
A comemoração na cena em que ele finalmente consegue fazer fogo e a tristeza após perder Wilson para o mar são de uma humanidade impressionante. Eu sinto que, fosse quem fosse, iria simplesmente reagir daquela forma, e principalmente, tentar continuar respirando.
Gostei muito. Quem sabe o que a maré poderá trazer amanhã?
Quase surtei quando percebi que o filme tinha acabado e eles não mostraram o que havia naquele bendito pacote, haha. Apesar disso, a sacada de deixá-lo fechado como um compromisso para voltar vivo foi linda.
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraEsse tipo de drama está tão presente e cada vez mais perto de nós que é impossível não sentir na pele. Claramente, as boas atuações ajudam e aquelas cena frenéticas quase me deram uma sensação extasiada, haha.
O que mata mesmo é a cena final, com os quatro em posição fetal. Como já disseram, o ápice do filme para mim foi ali, quando os personagens recorrem á última ilusão de conforto.
Clube da Luta
4.5 4,9K Assista AgoraExcelente filme! Gostei muito da atuação do Edward Norton, que já é um dos meus atores preferidos. É interessante pensar sobre como o consumismo e o apego ás coisas materiais são capazes de nos controlar.
Afinal, você conseguiria atingir o fundo do poço sem se render à insanidade?