Não só um dos melhores, mas também um dos mais plagiados e parodiados filmes da história. Quem nunca viu em um filme de terror um motel abandonado de beira de estrada, um casarão horripilante e o uso de arma branca? E mesmo quem nunca tenha assistido "Psicose" conhece a famosa cena do chuveiro e sua música tema. Mas mesmo sabendo detalhes sobre o filme, ele ainda consegue prender a atenção do espectador do primeiro ao último minuto. Um roteiro excelente que é conduzido magistralmente por Hitchcock e interpretado de forma competente por todo o elenco. Na metade do filme somos surpreendidos com algo incomum, a troca de protagonistas, executada perfeitamente e gerando o desenvolvimento de um dos personagens mais icônicos da história do cinema, Norman Bates, em grande interpretação de Anthony Perkins. O final brilhante e surpreendente atesta a perfeição da obra. Hoje, mais de 50 anos após seu lançamento, o filme não tem o mesmo impacto que teve na época, mas é impossível negar sua grandeza e não se assustar e surpreender em diversos momentos desta que é a máxima de Alfred Hitchcock.
A paixão de Scorsese pelo cinema o fez mergulhar no universo infantil para homenagear a sua profissão. Visualmente belíssimo e com um primor técnico impressionante, o filme se mostra irregular em sua narrativa, quando Hugo perde importância e o filme se reduz à uma homenagem a Georges Méliès. Mas é uma homenagem tão bela, que se justifica. O resultado é um ótimo filme e uma das mais apaixonantes declarações de amor à sétima arte.
Não conheço outra obra de ficção científica de tamanha complexidade. Tarkovsky encontrou no gênero novas possibilidades para expor suas metáforas e assim criou um filme denso, reflexivo e intrigante. Esteticamente, é incrível, com uma belíssima fotografia que é realçada por longas tomadas. Mas o ritmo imposto pelo diretor não me agradou no começo, tornando a primeira metade do filme cansativa e até prejudicando a fluidez da segunda parte, onde ocorrem as melhores cenas e diálogos. Apesar de ser quase inevitável, é errônea a comparação deste filme com 2001, de Kubrick. São filmes distintos e com abordagens diferentes, mas, assim como Kubrick, Tarkovsky conseguiu criar uma obra de extrema qualidade e importância para o gênero.
Poucos filmes podem ser considerados definitivos para o seu gênero, mas Sergio Leone conseguiu criar um clássico absoluto desse gênero que, infelizmente, foi sendo esquecido com o tempo. O perfeccionismo de Leone em seus enquadramentos faz com que cada cena seja indispensável para o resultado final. O roteiro é excelente, além da busca pelo tesouro, vemos os personagens inseridos no contexto história da época, a Guerra Civil norte-americana. Atuações ótimas dos três protagonistas, cada qual perfeito em seu papel. A trilha sonora é uma das mais conhecidas do cinema, mesmo quem nunca assistiu ao filme já deve ter escutado a composição de Ennio Morricone. O duelo final envolvendo os três personagens é uma das coisas mais brilhantes que vi no cinema: os olhares, o suor, as mãos prontas para puxar o gatilho, mostradas em cortes que ficam cada mais rápidos e nervosos acompanhando a tensão do espectador. São poucos minutos que parecem durar uma eternidade e terminam em um desfecho incrível, que atesta a perfeição desta obra-prima do cinema mundial.
O ótimo roteiro e a excelente direção de Scorsese resultam em um filme divertidíssimo, misturando perfeitamente suspense e humor negro. Não chega a ser um dos melhores filmes da brilhante carreira de Scorsese, mas ainda assim é ótimo, pois mesmo quando o diretor não mostra todo o seu potencial, ainda é muito acima da média.
Depois de 300 e Watchmen com adaptações o máximo possível fieis e tecnicamente impecáveis, já dava para criar altas expectativas com Zack Snyder na direção. Sem falar na produção e participação no roteiro de Christopher Nolan, responsável pelo que é considerado o melhor filme de super-herói já visto. E ao passo que os trailers foram sendo divulgados, a expectativa aumentava ainda mais. Agora, até o dia 12 de julho será uma longa espera e uma árdua batalha para evitar spoilers deste que promete ser o filme definitivo do Superman
Acabei assistindo por acaso e tive uma grata surpresa. Com um roteiro original e uma direção segura, repleto de cenas hilárias onde quase toda situação provoca risadas, humor politicamente incorreto e personagens carismáticos, o filme está muito acima da média das comédias lançadas aos montes por Hollywood e certamente é um dos melhores filmes do gênero da última década.
Visualmente, é unânime, o filme é um espetáculo de imagens, com uma fotografia estonteante. Mas o resultado final é controverso: profundo, pretensioso, reflexivo, cansativo, contemplativo, superficial, poético, sensorial, frustrante e até transcendental; esses são alguns dos adjetivos que se pode atribuir ao filme, dependendo de sua interpretação e identificação com a proposta de Malick. O diretor reflete sobre a existência de deus, a origem do universo, a insignificância do homem diante do desconhecido e as relações familiares. E ao abordar temas de tamanha magnitude, é natural que o resultado seja discutível. Sua estrutura narrativa peculiar também colabora para dividir opiniões. Bem ou mal, muito ainda será falado sobre o filme, não faltarão comparações, de obras de Kubrick e Tarkovsky até a Aronofsky, e independente da empatia que o filme pode gerar, vale a pena assisti-lo, por proporcionar uma grande experiência artística e audiovisual.
Meu primeiro Antonioni e acho que não poderia ter começado melhor. O filme é repleto de momentos contendo um silêncio abrasador, que mostram o poder de suas imagens e estética primorosas. A cena da troca de identidade entre os personagens, mostrando a gravação da conversa e misturando passado e presente através de flashbacks feitos com movimentos de câmera, é brilhante. Brilhante também é o plano-sequência que concluiu o filme, que só mesmo assistindo-o pode-se atestar sua beleza. E de brinde, mais um grande atuação de Jack Nicholson. Ótimo filme e me despertou um grande interesse por outros trabalhos de Antonioni.
A câmera subjetiva de Julian Schnabel consegue transmitir ao espectador da maneira mais real possível a sensação de Jean-Dominique. Nos tornamos tão impotentes quanto o paciente, e, em grande parte do filme, auxiliados apenas por sua narração em off, vemos lenta e angustiantemente o deficiente sair de seu casulo através das únicas coisas que lhe restaram: sua imaginação e sua memória. Além da ótima direção, o excelente roteiro e as atuações mais do que competentes também merecem destaque, formando um grande filme e uma das mais belas histórias de superação retratadas no cinema.
O tipo de filme que não é para todo mundo, quem não está acostumado com o humor atípico dos irmãos Coen provavelmente não vai gostar, o que explica o desgabo aqui nos comentários. Mas o fato é que se trata de mais um excelente trabalho dessa grande dupla de cineastas. Recheado de humor negro e com personagens brilhantes o filme proporciona várias situações hilárias interligando os personagens de forma engenhosa a partir de uma conspiração sobre nada. Todo o elenco está, com atuações impagáveis de Brad Pitt e George Clooney, e os sempre competentes John Malkovich e Frances McDormand. Ótimo filme, provando que o os irmãos Coen dominam o gênero da comédia como poucos.
Grande trabalho de direção e roteiro, mesclando humor e drama para abordar um tema sério de forma sútil e sem exageros. Todo o elenco está ótimo, do personagem profundo de Anjelica Huston ao cômico de Seth Rogen e, claro, o sempre carismático Joseph Gordon-Levitt. O filme diverte e emociona, proporcionando belos momentos e cumprindo perfeitamente a proposta de fazer rir e comover o espectador.
Logo em seu terceiro trabalho os Irmãos Coen usam da metalinguagem para refletir sobre o cinema, o seu processo criativo e a própria arte em si. Tema que costuma ser abordado por grandes cineastas — Fellini e seu 8 ½ não me deixam mentir —, e aqui ganha mais um bom representante. Repleto de simbolismos e humor negro, o filme cumpre bem a proposta de crítica a Hollywood, mas em meio a tantos elementos interpretativos e, mesmo o final dúbio sendo uma característica da dupla, o filme parece confuso em sua conclusão. Dos que assisti, o trabalho mais fraco dos Coen, mas ainda assim um bom filme, pois mesmo quando não mostram todo o seu potencial, a dupla ainda é muito acima da média.
Quem nunca imaginou que sua vida inteira estivesse sendo filmada? Essa é a vida de Truman, um dos personagens mais importantes da carreira de Jim Carrey, que prova poder render grandes atuações quando interpreta um bom roteiro. Ótimo filme, diverte, emociona e faz refletir.
Tão simples quanto encantador. Os ótimos diálogos e a belíssima fotografia em preto e branco se destacam em meio a paixão do casal, que são interpretados com uma química incrível pelos dois protagonistas. E é impossível não falar de Stana Katic, pois esse filme é quase um culto à sua beleza. Ótimo filme e extremamente apaixonante.
Poderia dizer que é o melhor filme de guerra já produzido, mas estaria reduzindo-o demais. O filme vai muito além disso, é um espetáculo audiovisual sobre o terror psicológico da guerra e o limiar da racionalidade humana. Coppola nos proporciona algumas das cenas mais marcantes do cinema: a abertura com helicópteros entrando e saindo de quadro, ao som de The Doors; o ataque aos vietcongs, ao som de "A Cavalgada das Valquírias"; e
o ataque de Willard à Kurtz mostrado simultaneamente ao ataque dos nativos a um animal, também ao som de The Doors
. Nota-se a importância da trilha sonora, que é formada pela famosa composição de Richard Wagner e por sucessos da época retratada, que são ainda melhores nos dias de hoje. Atuações verossímias de todo o elenco, com destaque para Martin Sheen, além de Robert Duvall e Marlon Brando, que brilham no pouco que são requisitados. A fotografia soberba completa a perfeição desta obra-prima. E lembrem-se: "never get out of the boat".
Os efeitos especiais tentam suprir as deficiências de um roteiro péssimo, piadas que não funcionam, um vilão que não empolga, vínculo falho com "Os Vingadores" e soluções fáceis e infantis. Robert Downey Jr. ainda faz bem o seu papel, mas não salva o resultado final, que decepciona, pouco diverte e é descartável.
Absurdamente incrível a beleza deste que é o retrato mais romântico do Velho Oeste. A sequência do homem caminhando em direção ao lago para morrer, enquanto é observado pela mulher aos prantos, ao som de "Knockin on Heaven's Door", é uma das coisas mais belas que já vi no cinema. Grande obra de Sam Peckinpah, que neste filme justifica seu título de poeta da violência.
Trabalho incrível de direção e roteiro de Jonathan Demme e de Ted Tally, criando um filme que prende a atenção do início ao fim e um dos personagens mais icônicos do cinema. Repleto de momentos brilhantes e que chegam a sufocar o espectador com a sua tensão, que vai ficando cada vez mais intensa com o desenrolar do filme. As atuações magníficas de Jodie Foster e Anthony Hopkins completam a grandiosidade desta obra que fez por merecer todos os prêmios que recebeu. Obs.: o título (original) e o poster também merecem destaque, pois são incrivelmente engenhosos.
O tipo de filme que você se arrepende por ter procrastinado tanto para assistir. Emociona pela beleza da estória e evoca diferentes tipos de reflexão – desde reflexões sobre a vida até sobre o sistema carcerário –, além de ser uma das mais belas amizades retratadas no cinema. Um filme perfeito em tudo que se propõe e que faz cada minuto de sua duração valer a pena.
Assisti pela primeira vez e fico até receoso de escrever qualquer comentário, porque percebe-se que se trata de um filme que deve ser assistido mais de uma vez, que a cada assistida é possível captar um pouco mais da sua densidade e, mesmo assim, talvez nunca seja possível entendê-lo por completo. O filme abre um leque de infinitas possibilidades de interpretação e, em meio a isso, a beleza de suas cenas e os diálogos profundos e reflexivos são algo inesquecível. Andrei Tarkovsky deu a vida pelo filme – o diretor, membros do elenco e da equipe, alguns anos depois, foram morrendo de câncer devido a exposição à radiação dos locais de filmagem. Esse foi o preço para que pudesse ser concebida uma obra-prima atemporal, sem precedentes na história do cinema.
O que resta da infância de Ivan são suas lembranças e sonhos, que são tão brilhantemente inseridos na trama que tentar separá-los da realidade pode ser um erro para entender a essência do personagem, que se divide entre os desejos de uma infância feliz e o ódio e desejo de vingança de sua realidade que está entregue à guerra. Tudo construído com uma sensibilidade incrível pelo diretor. A estética do filme também é admirável, a fotografia é belíssima. Repleto de cenas memoráveis, como a das árvores sendo filmadas em negativo durante um dos sonhos de Ivan e a cena do beijo entre o capitão e a enfermeira – apesar dessa cena, achei que foi dada uma importância um tanto desnecessária para a personagem. Vale destacar também a atuação visceral de Nikolai Burlyayev. Estréia primorosa em longas-metragens de Andrei Tarkovsky.
Um filme seco, assim como os personagens, seus sentimentos e a realidade em que habitam. A falta de diálogos e o ritmo monótono retratam perfeitamente essa essência do livro, mas juntamente com a falta de recursos deixam o filme cansativo, ainda mais visto nos dias de hoje, 50 anos após seu lançamento. Contudo, o resultado é uma adaptação competente e um grande clássico do cinema nacional.
Não gosto de comparar o livro com o filme, são dois tipos de arte completamente diferentes, é impossível ser completamente fiel ao livro, ainda mais quando se trata de uma obra de Jorge Amado. Mas nesse caso não vai ter jeito, porque o filme resumiu demais os acontecimentos do livro e jogou tudo de forma muito rápida na tela, então acredito que quem não tenha lido o livro tenha ficado confuso e certamente não conseguiu captar a verdadeira essência dos Capitães da Areia. Uma boa fotografia, mas atuações, roteiro e direção deixam a desejar, assim como o filme como um todo. Aconselho que leiam o livro antes de assistir ao filme, porque este peca muito como adaptação e não consegue transmitir de forma efetiva a ideia da obra de Jorge Amado.
Psicose
4.4 2,5K Assista AgoraNão só um dos melhores, mas também um dos mais plagiados e parodiados filmes da história. Quem nunca viu em um filme de terror um motel abandonado de beira de estrada, um casarão horripilante e o uso de arma branca? E mesmo quem nunca tenha assistido "Psicose" conhece a famosa cena do chuveiro e sua música tema. Mas mesmo sabendo detalhes sobre o filme, ele ainda consegue prender a atenção do espectador do primeiro ao último minuto.
Um roteiro excelente que é conduzido magistralmente por Hitchcock e interpretado de forma competente por todo o elenco. Na metade do filme somos surpreendidos com algo incomum, a troca de protagonistas, executada perfeitamente e gerando o desenvolvimento de um dos personagens mais icônicos da história do cinema, Norman Bates, em grande interpretação de Anthony Perkins. O final brilhante e surpreendente atesta a perfeição da obra.
Hoje, mais de 50 anos após seu lançamento, o filme não tem o mesmo impacto que teve na época, mas é impossível negar sua grandeza e não se assustar e surpreender em diversos momentos desta que é a máxima de Alfred Hitchcock.
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista AgoraA paixão de Scorsese pelo cinema o fez mergulhar no universo infantil para homenagear a sua profissão. Visualmente belíssimo e com um primor técnico impressionante, o filme se mostra irregular em sua narrativa, quando Hugo perde importância e o filme se reduz à uma homenagem a Georges Méliès. Mas é uma homenagem tão bela, que se justifica. O resultado é um ótimo filme e uma das mais apaixonantes declarações de amor à sétima arte.
Solaris
4.2 368 Assista AgoraNão conheço outra obra de ficção científica de tamanha complexidade. Tarkovsky encontrou no gênero novas possibilidades para expor suas metáforas e assim criou um filme denso, reflexivo e intrigante. Esteticamente, é incrível, com uma belíssima fotografia que é realçada por longas tomadas. Mas o ritmo imposto pelo diretor não me agradou no começo, tornando a primeira metade do filme cansativa e até prejudicando a fluidez da segunda parte, onde ocorrem as melhores cenas e diálogos. Apesar de ser quase inevitável, é errônea a comparação deste filme com 2001, de Kubrick. São filmes distintos e com abordagens diferentes, mas, assim como Kubrick, Tarkovsky conseguiu criar uma obra de extrema qualidade e importância para o gênero.
Três Homens em Conflito
4.6 1,2K Assista AgoraPoucos filmes podem ser considerados definitivos para o seu gênero, mas Sergio Leone conseguiu criar um clássico absoluto desse gênero que, infelizmente, foi sendo esquecido com o tempo. O perfeccionismo de Leone em seus enquadramentos faz com que cada cena seja indispensável para o resultado final. O roteiro é excelente, além da busca pelo tesouro, vemos os personagens inseridos no contexto história da época, a Guerra Civil norte-americana. Atuações ótimas dos três protagonistas, cada qual perfeito em seu papel. A trilha sonora é uma das mais conhecidas do cinema, mesmo quem nunca assistiu ao filme já deve ter escutado a composição de Ennio Morricone. O duelo final envolvendo os três personagens é uma das coisas mais brilhantes que vi no cinema: os olhares, o suor, as mãos prontas para puxar o gatilho, mostradas em cortes que ficam cada mais rápidos e nervosos acompanhando a tensão do espectador. São poucos minutos que parecem durar uma eternidade e terminam em um desfecho incrível, que atesta a perfeição desta obra-prima do cinema mundial.
Depois de Horas
4.0 457 Assista AgoraO ótimo roteiro e a excelente direção de Scorsese resultam em um filme divertidíssimo, misturando perfeitamente suspense e humor negro. Não chega a ser um dos melhores filmes da brilhante carreira de Scorsese, mas ainda assim é ótimo, pois mesmo quando o diretor não mostra todo o seu potencial, ainda é muito acima da média.
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraDepois de 300 e Watchmen com adaptações o máximo possível fieis e tecnicamente impecáveis, já dava para criar altas expectativas com Zack Snyder na direção. Sem falar na produção e participação no roteiro de Christopher Nolan, responsável pelo que é considerado o melhor filme de super-herói já visto. E ao passo que os trailers foram sendo divulgados, a expectativa aumentava ainda mais. Agora, até o dia 12 de julho será uma longa espera e uma árdua batalha para evitar spoilers deste que promete ser o filme definitivo do Superman
Se Beber, Não Case!
3.7 2,6K Assista AgoraAcabei assistindo por acaso e tive uma grata surpresa. Com um roteiro original e uma direção segura, repleto de cenas hilárias onde quase toda situação provoca risadas, humor politicamente incorreto e personagens carismáticos, o filme está muito acima da média das comédias lançadas aos montes por Hollywood e certamente é um dos melhores filmes do gênero da última década.
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraVisualmente, é unânime, o filme é um espetáculo de imagens, com uma fotografia estonteante. Mas o resultado final é controverso: profundo, pretensioso, reflexivo, cansativo, contemplativo, superficial, poético, sensorial, frustrante e até transcendental; esses são alguns dos adjetivos que se pode atribuir ao filme, dependendo de sua interpretação e identificação com a proposta de Malick. O diretor reflete sobre a existência de deus, a origem do universo, a insignificância do homem diante do desconhecido e as relações familiares. E ao abordar temas de tamanha magnitude, é natural que o resultado seja discutível. Sua estrutura narrativa peculiar também colabora para dividir opiniões. Bem ou mal, muito ainda será falado sobre o filme, não faltarão comparações, de obras de Kubrick e Tarkovsky até a Aronofsky, e independente da empatia que o filme pode gerar, vale a pena assisti-lo, por proporcionar uma grande experiência artística e audiovisual.
Profissão: Repórter
4.0 90Meu primeiro Antonioni e acho que não poderia ter começado melhor. O filme é repleto de momentos contendo um silêncio abrasador, que mostram o poder de suas imagens e estética primorosas. A cena da troca de identidade entre os personagens, mostrando a gravação da conversa e misturando passado e presente através de flashbacks feitos com movimentos de câmera, é brilhante. Brilhante também é o plano-sequência que concluiu o filme, que só mesmo assistindo-o pode-se atestar sua beleza. E de brinde, mais um grande atuação de Jack Nicholson. Ótimo filme e me despertou um grande interesse por outros trabalhos de Antonioni.
O Escafandro e a Borboleta
4.2 1,2KA câmera subjetiva de Julian Schnabel consegue transmitir ao espectador da maneira mais real possível a sensação de Jean-Dominique. Nos tornamos tão impotentes quanto o paciente, e, em grande parte do filme, auxiliados apenas por sua narração em off, vemos lenta e angustiantemente o deficiente sair de seu casulo através das únicas coisas que lhe restaram: sua imaginação e sua memória. Além da ótima direção, o excelente roteiro e as atuações mais do que competentes também merecem destaque, formando um grande filme e uma das mais belas histórias de superação retratadas no cinema.
Queime Depois de Ler
3.2 1,3K Assista AgoraO tipo de filme que não é para todo mundo, quem não está acostumado com o humor atípico dos irmãos Coen provavelmente não vai gostar, o que explica o desgabo aqui nos comentários. Mas o fato é que se trata de mais um excelente trabalho dessa grande dupla de cineastas. Recheado de humor negro e com personagens brilhantes o filme proporciona várias situações hilárias interligando os personagens de forma engenhosa a partir de uma conspiração sobre nada. Todo o elenco está, com atuações impagáveis de Brad Pitt e George Clooney, e os sempre competentes John Malkovich e Frances McDormand. Ótimo filme, provando que o os irmãos Coen dominam o gênero da comédia como poucos.
50%
3.9 2,2K Assista AgoraGrande trabalho de direção e roteiro, mesclando humor e drama para abordar um tema sério de forma sútil e sem exageros. Todo o elenco está ótimo, do personagem profundo de Anjelica Huston ao cômico de Seth Rogen e, claro, o sempre carismático Joseph Gordon-Levitt. O filme diverte e emociona, proporcionando belos momentos e cumprindo perfeitamente a proposta de fazer rir e comover o espectador.
Barton Fink, Delírios de Hollywood
4.0 174 Assista AgoraLogo em seu terceiro trabalho os Irmãos Coen usam da metalinguagem para refletir sobre o cinema, o seu processo criativo e a própria arte em si. Tema que costuma ser abordado por grandes cineastas — Fellini e seu 8 ½ não me deixam mentir —, e aqui ganha mais um bom representante. Repleto de simbolismos e humor negro, o filme cumpre bem a proposta de crítica a Hollywood, mas em meio a tantos elementos interpretativos e, mesmo o final dúbio sendo uma característica da dupla, o filme parece confuso em sua conclusão. Dos que assisti, o trabalho mais fraco dos Coen, mas ainda assim um bom filme, pois mesmo quando não mostram todo o seu potencial, a dupla ainda é muito acima da média.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraQuem nunca imaginou que sua vida inteira estivesse sendo filmada? Essa é a vida de Truman, um dos personagens mais importantes da carreira de Jim Carrey, que prova poder render grandes atuações quando interpreta um bom roteiro. Ótimo filme, diverte, emociona e faz refletir.
For Lovers Only
4.1 66Tão simples quanto encantador. Os ótimos diálogos e a belíssima fotografia em preto e branco se destacam em meio a paixão do casal, que são interpretados com uma química incrível pelos dois protagonistas. E é impossível não falar de Stana Katic, pois esse filme é quase um culto à sua beleza. Ótimo filme e extremamente apaixonante.
Apocalypse Now
4.3 1,2K Assista AgoraPoderia dizer que é o melhor filme de guerra já produzido, mas estaria reduzindo-o demais. O filme vai muito além disso, é um espetáculo audiovisual sobre o terror psicológico da guerra e o limiar da racionalidade humana. Coppola nos proporciona algumas das cenas mais marcantes do cinema: a abertura com helicópteros entrando e saindo de quadro, ao som de The Doors; o ataque aos vietcongs, ao som de "A Cavalgada das Valquírias"; e
o ataque de Willard à Kurtz mostrado simultaneamente ao ataque dos nativos a um animal, também ao som de The Doors
Homem de Ferro 3
3.5 3,4K Assista AgoraOs efeitos especiais tentam suprir as deficiências de um roteiro péssimo, piadas que não funcionam, um vilão que não empolga, vínculo falho com "Os Vingadores" e soluções fáceis e infantis. Robert Downey Jr. ainda faz bem o seu papel, mas não salva o resultado final, que decepciona, pouco diverte e é descartável.
Pat Garrett e Billy the Kid
4.0 68 Assista AgoraAbsurdamente incrível a beleza deste que é o retrato mais romântico do Velho Oeste. A sequência do homem caminhando em direção ao lago para morrer, enquanto é observado pela mulher aos prantos, ao som de "Knockin on Heaven's Door", é uma das coisas mais belas que já vi no cinema. Grande obra de Sam Peckinpah, que neste filme justifica seu título de poeta da violência.
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraTrabalho incrível de direção e roteiro de Jonathan Demme e de Ted Tally, criando um filme que prende a atenção do início ao fim e um dos personagens mais icônicos do cinema. Repleto de momentos brilhantes e que chegam a sufocar o espectador com a sua tensão, que vai ficando cada vez mais intensa com o desenrolar do filme. As atuações magníficas de Jodie Foster e Anthony Hopkins completam a grandiosidade desta obra que fez por merecer todos os prêmios que recebeu.
Obs.: o título (original) e o poster também merecem destaque, pois são incrivelmente engenhosos.
Um Sonho de Liberdade
4.6 2,4K Assista AgoraO tipo de filme que você se arrepende por ter procrastinado tanto para assistir. Emociona pela beleza da estória e evoca diferentes tipos de reflexão – desde reflexões sobre a vida até sobre o sistema carcerário –, além de ser uma das mais belas amizades retratadas no cinema. Um filme perfeito em tudo que se propõe e que faz cada minuto de sua duração valer a pena.
Stalker
4.3 505 Assista AgoraAssisti pela primeira vez e fico até receoso de escrever qualquer comentário, porque percebe-se que se trata de um filme que deve ser assistido mais de uma vez, que a cada assistida é possível captar um pouco mais da sua densidade e, mesmo assim, talvez nunca seja possível entendê-lo por completo. O filme abre um leque de infinitas possibilidades de interpretação e, em meio a isso, a beleza de suas cenas e os diálogos profundos e reflexivos são algo inesquecível. Andrei Tarkovsky deu a vida pelo filme – o diretor, membros do elenco e da equipe, alguns anos depois, foram morrendo de câncer devido a exposição à radiação dos locais de filmagem. Esse foi o preço para que pudesse ser concebida uma obra-prima atemporal, sem precedentes na história do cinema.
A Infância de Ivan
4.3 156 Assista AgoraO que resta da infância de Ivan são suas lembranças e sonhos, que são tão brilhantemente inseridos na trama que tentar separá-los da realidade pode ser um erro para entender a essência do personagem, que se divide entre os desejos de uma infância feliz e o ódio e desejo de vingança de sua realidade que está entregue à guerra. Tudo construído com uma sensibilidade incrível pelo diretor. A estética do filme também é admirável, a fotografia é belíssima. Repleto de cenas memoráveis, como a das árvores sendo filmadas em negativo durante um dos sonhos de Ivan e a cena do beijo entre o capitão e a enfermeira – apesar dessa cena, achei que foi dada uma importância um tanto desnecessária para a personagem. Vale destacar também a atuação visceral de Nikolai Burlyayev. Estréia primorosa em longas-metragens de Andrei Tarkovsky.
Vidas Secas
3.9 278Um filme seco, assim como os personagens, seus sentimentos e a realidade em que habitam. A falta de diálogos e o ritmo monótono retratam perfeitamente essa essência do livro, mas juntamente com a falta de recursos deixam o filme cansativo, ainda mais visto nos dias de hoje, 50 anos após seu lançamento. Contudo, o resultado é uma adaptação competente e um grande clássico do cinema nacional.
Capitães da Areia
3.3 670 Assista AgoraNão gosto de comparar o livro com o filme, são dois tipos de arte completamente diferentes, é impossível ser completamente fiel ao livro, ainda mais quando se trata de uma obra de Jorge Amado. Mas nesse caso não vai ter jeito, porque o filme resumiu demais os acontecimentos do livro e jogou tudo de forma muito rápida na tela, então acredito que quem não tenha lido o livro tenha ficado confuso e certamente não conseguiu captar a verdadeira essência dos Capitães da Areia. Uma boa fotografia, mas atuações, roteiro e direção deixam a desejar, assim como o filme como um todo. Aconselho que leiam o livro antes de assistir ao filme, porque este peca muito como adaptação e não consegue transmitir de forma efetiva a ideia da obra de Jorge Amado.