O filme deveria terminar quando a família dele morre. Mas como é sessão da tarde, não existem finais tristes. Aquele cara era tão malvado que parecia que chegava a ser extremamente metódica a atuação.
O documentário poderia pretender ser desgastante, mal elaborado e mal feito, mas só de colocar o Tom Zé na frente de uma câmira, o técnico que se foda, a essência tá dentro do homem, e mais que a essência, tá a coragem e com toda a certeza, a genialidade impregnada, um homem de verdade, todo fodido, mulher, marginalizado, poeta, músico, feio, bahiano arretado de Irará. Mas quem dirá quem é Tom Zé. Ele é a própria música dele, e o próprio Tom Zé é aquilo que canta, a pessoa mais verdadeira que eu já vi. Tudo o que canta é tudo o que ele consegue ser naquele corpo pequeno. Ah, Tom Zé, se todo mundo cagesse a meia goma que tu cagas, o mundo estaria bem melhor. Quero falar mais...
Pensei que meu amigo tinha sido uma das poucas pessoas a conseguir dar vazão a rarefação do roteiro, o que ao meu ver não é negativo, embora existam por aqui tantas pessoas dando crédito a isso. Penso desta forma por Verônica não ser polêmica, nem ter contusões físicas maiores que o seu eu dentro da cabeça, como ela mesma diz quando fala do filme que se passa la dentro. Pois bem, ela foi paciente si com tantos traumas, uma paciente crônica, daquelas que ela mesma dizia morrer de pena, doenças degenerativas, daquelas que o caso só piora.
O que aconteceu na vida de Verônica depois do fim não nos faz respeito, nos faz respeito somente conhece-la como pessoa acima de sua profissão e como pedra acima de qualquer coração. A Hermila, em especial, tem a mágica de me fazer parecer tanto com ela; me sinto filme junto às suas interpretações. Sobre aquelas imagens banhadas e os sonhos sonhados, ah, uma maravilha sem precedentes, fiquei indignado com a grandeza da câmera em algumas cenas, tão bem feitas que custou voltar a realidade, abrir os olhos para as paredes do cinema, pareceu real, tão vívido que pensei ter vivido.
P.S: Eu odiava a Karina Buhr antes de ouvi-la cantando a última música deste filme.
Vi pela terceira vez e mesmo não me emocionando tanto quanto a primeira e a segunda vez (onde eu me derreti no choro). A terceira vez foi pra tentar criticar o filme ao invés de só chorar, mas quando eles correm do lado do prédio dela em frente, eu só sei me emocionar. Fim, é um excelente filme.
Não precisamos ser o Karl Marx pra nos indignarmos com essa situação. O filme aqui representado confirma a realidade periférica dos centros urbanos. E o Nordeste como uma região dessas pena ao viver a Garapa como refeição diária. É um filme literalmente reflexivo onde podemos falar de políticas públicas, espaço geográfico, controle de natalidade, falta de conhecimento básico, direitos humanos, dignidade, princípios e muitos outros pontos, que de tão afugentados na miséria, surpreendem. Não é um filme pra agradar, tampouco um algo pra se ter como desnecessário e monocromático. Monocromático e desnecessário é o nosso comodismo político para com essas pessoas, como cidadãos. O Brasil não é miserável por falta de comida, comida tem pra todo mundo. O Brasil é miserável porque se alastra cada vez mais no brasileiro o fungo do "Infelizmente esse é o Brasil."
Não é o melhor pra mim, mas entendo quem o considera. A trilha sonora é boa, mas entendo quem a considera. O brilhantismo tá ofuscante demais, mas entendo quem não considera. É um excelente filme, não entendo quem não considera.
O filme brasileiro mais francês que eu já assisti. As cenas do quarto dele são quase que cópias do caro François Truffaut e sua obra com o personagem Antoine Doinel. Assim como a cena penúltima, o que seria pra mim a regravação quase que incontextual da primeira cena de La Belle De Jour. As atrizes caracterizadas com o figurino altamente europeu. Os cílios encrementadamente franceses, rostos finos e cabelos andulados no chame francês. Parecia na verdade um filme dublado. Se não fosse pela atuação precária de alguns atores, o filme seria bem melhor. Mas em um todo, as críticas do filme são muito recorrentes na minha mente nos dias de hoje. Ele vive como uma cidadão quase incivilizado, não se permite curvar sobre os dogmas fa sociedade brasileira do século XX, a qual é bem parecida com a dos dias atuais. Os Mutantes são a surpresa agradável do filme, no meu caso que o assisti sem saber do que se tratava e que eles estavam lá. Ah, eu achei a atuação da namorada universitária - que lembrava a Nara Leão - horrível. Ela aparecia depois de vários dias sem se verem e perguntava se ele a amava, porque ela queria levar aquele relacionamento a diante, achei desprezível e até gargalhei. Mas tirando isso, o filme dá uma aula de ângulos de câmera e clima angustiante
Por via de curiosidade, eu já fui em uma festa dessas, é horrível, eu fiquei do outro lado da praça, onde se concentra realmente o palanque. Não gostei por não ser algo que me agrade, nem por isso viro os olhos e faço a hipocrisia pseudo religiosa paraense de fingir que aquela festa não existe. Por ser extremamente vulgar e perigoso, não é esse paraíso das almas puras que contam no documentário. Mesmo com o próprio filme se pondo em uma posição, é errado escolher um lado e dizer que este está totalmente correto. Sobre o humor, é inegável dizer o quão engraçado foi o discursso da vencedora drogada. Transtornada, mas ainda sim com um ótimo discursso. Não gosto dessa outra hipocrisia dos homossexuais em fantasiarem demais o lado feliz, como se a vida não passasse de uma grande festa da Chiquita. Já sobre a visão do padre e beata, mesmo com os cortes, algumas partes são evidentemente espantadoras, até pelo tom revoltado com que ele fala do tema da festa, é visivel o preconceito dele para com os realizadores da festa, ele deixa claro isso. Mas eu achei legal eles fazerem esse doc. porque é uma atitude muito hipocrita dizer que ninguém vê aquela festa ali do lado do Círio, é óbvio e evidente que aquilo está ali todo ano e vai continuar estando, seja com ou sem o Elói, as pessoas não deixarão essa tradição morrer.
Sai da sala querendo falar de todos os sentimentos e simbologias magnificos que atuam nesse filme. Cenas longas causando a visão agoniante nos espectadores, a câmera é um personagem desinteressado que aos poucos vai se aproximando dos fatos, mas que tudo sabe, esse é um artifício usado nos filmes do Haneke há algum tempo que venho vendo. Sem contar nas cenas esticadas que originam em nós um vazio gigante que cresce no silêncio se transformando em angústia. Por isso é inevitável falar do filme sem considerar a carga emocional totalmente explorada. A cada cena longa o próprio silêncio do filme parece gemer pelos corredores: "Dói".
Quando o Anne fala para o Georges no começo do filme ainda que aquile prolongamento só traria malefício para os dois, o filme traça o caminho devido o calar como resposta. Ali fica comprovado que o próprio Georges não saberá o destino daquela situação, mas ele se deixa levar, espera para ver até onde ele iria aguentar. Mas o filme além de tratar de temas recorrentes como o tratamento incapacitado para com os idosos, a terceira idade como vida útil, quando a pessoa deixa de ser ela mesmo e passa a vegetar. Anne representa muito bem seu papel, ao vê-la, mal posso acreditar em tanto talento embutido. Meus sentimos foram totalmente explorados na cena do almoço, eles são tão cativantes ali que nos faz parecer que o filme seguirá uma linha romântica, quando na verdade a intenção maior é expô-los como seres ativos emocionalmente.
É bem típico do Haneke os diálogos fortes que atravessam as telas pra te socar o estômago, a cena com a segunda contratada é essa presença mais forte deles.
Tenho mais a dizer, mas isso vai ficar muito grande e o celular não facilita.
Se não fosse pela atuação metódica que eu consigo enxergar nessa cultura oriental, esse filme só seria agrado pra mim, por mas que em certas cenas eu tenha me debatido sobre a cadeira, sem entender o que fazer, outras o filme me tocou em tal ponto, que toda a agonia da guerra me pareceu evaporar e tudo ir se tornando poesia.
Não é só colocar músicas bonitas, tem que colocar músicas deslumbrantes em um contexto ímpar no clima mais bem trabalhado. Porra cinema, vai com calma que eu ainda quero fazer o meu filme. E esse é grande demais!
Por favor, quase chorei, me fez me sentir uma criança sem brinquedos. Esse filme é maravilhoso, tanto quanto o primeiro. Acho difícil uma trilogia ser tão bem feita em todas os 3 filmes. Mas Toy Story é realmente uma particularidade, em infinitos aspectos.
Apesar da simbologia desmitificável desse filme, perguntas no debate como "Vocês acham que eles realmente transaram?" me causou um impacto muito grande, afinal de contas, o entrelaçamento da inocência com o "paganismo" cai no fim das contas em um singela romance, mesmo que seja visto com más olhos, o filme não perde o encanto. Françoise Hardy e Hank Williams ganham com potencial extremo para uma ótima trilha sonora. Uma beleza!
A cena após a morte da mãe e ele se travestindo daquele personagem recentemente abandonado me fez lembrar do final de Psicose. O beleza do Clint - como disse um crítico que se diz apaixonado pela obra do diretor - é que ele consegue mostrar amor nas coisas mais sórdidas, nos planos mais tortuosos, onde parece haver só paganismo e perversidade, ele mostra singelamente o sentimento. Não é um filme vulgar, tão pouco policial e intencionalmente político. Relata apenas um sentimento embutido dentro de um contexto diferente, e entrelaçando características públicas que podem se tornar perigosas.
A flexibilidade das dunas e a inflexibilidade do homem em se manter acomodado, um contraste grandioso, a luta de um homem pela liberdade, uma mulher vezes morta, vezes bifurcada por faíscas de vida que se debatem dentro dela. Um filme genial, que merece sim todos os méritos. Classificado como Drama, mas por mim poderíamos incluir o Suspense. O filme é refinado por uma peneira sem fim, carregado de agonia e recheado de sabedoria cinematográfica. O roteiro casou com a fotografia, e chamaram todos os padrinhos para a celebração. Por isso, devemos celebrar esse filme!
2 horas voaram e quando eu vi, tava quase chorando de tamanha emoção. Um filme pra ser assistido com sorrisos de duas horas que também se surpreendem pelos olhos marejados e pela ação natural dos corpos ao se remexer na cadeira incansavelmente, sem saber de onde vem tamanha magia, a resposta vem de imediado: É o Cinema!
Nem repetir o que todos disseram sobre a atuação da Pitanga com o Machado. Nem repetir o que todos já disseram sobre a fotografia. Nem repetir o que todos já disseram sobre toda a maravilha que é esse filme! Mas se já disseram isso, ainda não li, achei esse filme completo, um filme nacional que nos faz sentir orgulho de fazermos parte desse cinema, de conseguir mostrar com maestria nosso ambiente, hospitaleiro ou hostil(como no filme). Senti vontades repentinas de aplaudir o filme pela beleza e mais verossímil perfeição que quase atinge. Se não aqui ou ali os seus deslizes feitos podem pender o filme para um lado mais negativo, mas por toda a atuação, envolvimento, ficção e direção que sincronizaram perfeitamente nesse filme são grandiosos demais pra serem levados em conta. É lamentável não conseguirmos enxergar a maximização dessa obra. Senti uma vontade absurda de correr atrás do livro.
P.S: A Camila faz a cara do filme como em todos os pôsteres já dizem, o personagem mais marcante e mais enigmático, ela está esplêndida atuando nesse filme, talvez por sentir a liberdade que a televisão não pode lhe oferecer, ela se entrega ao papel, chegou a me dar calafrios o tamanho trabalho de atuação que ela tem aqui.
Não esqueço da cena em que o Fausto e sua amada caem na profundeza da lagoa abandonando as rochas. Até agora, a beleza daquela cena não larga a minha cabeça, foi tão linda, tão linda, que acho que todo o tempo esperando por ela valeu a pena.
Yellow Submarine
4.2 224 Assista AgoraTrilha sonora? Puft. ATIRA A PRIMEIRA PEDRA QUEM NÃO GOSTOU.
Ghost: Do Outro Lado da Vida
3.6 1,6K Assista AgoraNão sei nem o que dizer. Acabei de assistir pela primeira vez. Só posso concordar com todo mundo: Clássico!
A Sombra e a Escuridão
3.7 369 Assista AgoraNão entendi a intenção do professor em passar esse filme na escola. Só sei que o final
sonhado
O filme deveria terminar quando a família dele morre. Mas como é sessão da tarde, não existem finais tristes. Aquele cara era tão malvado que parecia que chegava a ser extremamente metódica a atuação.
Fabricando Tom Zé
4.3 77O documentário poderia pretender ser desgastante, mal elaborado e mal feito, mas só de colocar o Tom Zé na frente de uma câmira, o técnico que se foda, a essência tá dentro do homem, e mais que a essência, tá a coragem e com toda a certeza, a genialidade impregnada, um homem de verdade, todo fodido, mulher, marginalizado, poeta, músico, feio, bahiano arretado de Irará. Mas quem dirá quem é Tom Zé. Ele é a própria música dele, e o próprio Tom Zé é aquilo que canta, a pessoa mais verdadeira que eu já vi. Tudo o que canta é tudo o que ele consegue ser naquele corpo pequeno. Ah, Tom Zé, se todo mundo cagesse a meia goma que tu cagas, o mundo estaria bem melhor. Quero falar mais...
Era Uma Vez Eu, Verônica
3.5 198Pensei que meu amigo tinha sido uma das poucas pessoas a conseguir dar vazão a rarefação do roteiro, o que ao meu ver não é negativo, embora existam por aqui tantas pessoas dando crédito a isso. Penso desta forma por Verônica não ser polêmica, nem ter contusões físicas maiores que o seu eu dentro da cabeça, como ela mesma diz quando fala do filme que se passa la dentro. Pois bem, ela foi paciente si com tantos traumas, uma paciente crônica, daquelas que ela mesma dizia morrer de pena, doenças degenerativas, daquelas que o caso só piora.
O que aconteceu na vida de Verônica depois do fim não nos faz respeito, nos faz respeito somente conhece-la como pessoa acima de sua profissão e como pedra acima de qualquer coração. A Hermila, em especial, tem a mágica de me fazer parecer tanto com ela; me sinto filme junto às suas interpretações. Sobre aquelas imagens banhadas e os sonhos sonhados, ah, uma maravilha sem precedentes, fiquei indignado com a grandeza da câmera em algumas cenas, tão bem feitas que custou voltar a realidade, abrir os olhos para as paredes do cinema, pareceu real, tão vívido que pensei ter vivido.
P.S: Eu odiava a Karina Buhr antes de ouvi-la cantando a última música deste filme.
Era Uma Vez...
3.7 827Vi pela terceira vez e mesmo não me emocionando tanto quanto a primeira e a segunda vez (onde eu me derreti no choro). A terceira vez foi pra tentar criticar o filme ao invés de só chorar, mas quando eles correm do lado do prédio dela em frente, eu só sei me emocionar. Fim, é um excelente filme.
Garapa
4.3 153 Assista AgoraNão precisamos ser o Karl Marx pra nos indignarmos com essa situação. O filme aqui representado confirma a realidade periférica dos centros urbanos. E o Nordeste como uma região dessas pena ao viver a Garapa como refeição diária. É um filme literalmente reflexivo onde podemos falar de políticas públicas, espaço geográfico, controle de natalidade, falta de conhecimento básico, direitos humanos, dignidade, princípios e muitos outros pontos, que de tão afugentados na miséria, surpreendem. Não é um filme pra agradar, tampouco um algo pra se ter como desnecessário e monocromático. Monocromático e desnecessário é o nosso comodismo político para com essas pessoas, como cidadãos. O Brasil não é miserável por falta de comida, comida tem pra todo mundo. O Brasil é miserável porque se alastra cada vez mais no brasileiro o fungo do "Infelizmente esse é o Brasil."
Z
4.4 122Levei um amigo pra assistir porque achei a sinopse super interessante, meu amigo adorou o filme, eu não.
Eu Não Faço a Menor Ideia do que eu Tô …
3.0 803Só pode ser um filme fantasma.
Histórias da Unha do Dedão do Pé do Fim do …
3.8 21Manoel profetiza os poemas, eu já posso transpirar.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraNão é o melhor pra mim, mas entendo quem o considera. A trilha sonora é boa, mas entendo quem a considera. O brilhantismo tá ofuscante demais, mas entendo quem não considera. É um excelente filme, não entendo quem não considera.
As Amorosas
3.9 27O filme brasileiro mais francês que eu já assisti. As cenas do quarto dele são quase que cópias do caro François Truffaut e sua obra com o personagem Antoine Doinel. Assim como a cena penúltima, o que seria pra mim a regravação quase que incontextual da primeira cena de La Belle De Jour. As atrizes caracterizadas com o figurino altamente europeu. Os cílios encrementadamente franceses, rostos finos e cabelos andulados no chame francês. Parecia na verdade um filme dublado. Se não fosse pela atuação precária de alguns atores, o filme seria bem melhor. Mas em um todo, as críticas do filme são muito recorrentes na minha mente nos dias de hoje. Ele vive como uma cidadão quase incivilizado, não se permite curvar sobre os dogmas fa sociedade brasileira do século XX, a qual é bem parecida com a dos dias atuais. Os Mutantes são a surpresa agradável do filme, no meu caso que o assisti sem saber do que se tratava e que eles estavam lá. Ah, eu achei a atuação da namorada universitária - que lembrava a Nara Leão - horrível. Ela aparecia depois de vários dias sem se verem e perguntava se ele a amava, porque ela queria levar aquele relacionamento a diante, achei desprezível e até gargalhei. Mas tirando isso, o filme dá uma aula de ângulos de câmera e clima angustiante
As Filhas da Chiquita
4.0 20Por via de curiosidade, eu já fui em uma festa dessas, é horrível, eu fiquei do outro lado da praça, onde se concentra realmente o palanque. Não gostei por não ser algo que me agrade, nem por isso viro os olhos e faço a hipocrisia pseudo religiosa paraense de fingir que aquela festa não existe. Por ser extremamente vulgar e perigoso, não é esse paraíso das almas puras que contam no documentário. Mesmo com o próprio filme se pondo em uma posição, é errado escolher um lado e dizer que este está totalmente correto.
Sobre o humor, é inegável dizer o quão engraçado foi o discursso da vencedora drogada. Transtornada, mas ainda sim com um ótimo discursso.
Não gosto dessa outra hipocrisia dos homossexuais em fantasiarem demais o lado feliz, como se a vida não passasse de uma grande festa da Chiquita.
Já sobre a visão do padre e beata, mesmo com os cortes, algumas partes são evidentemente espantadoras, até pelo tom revoltado com que ele fala do tema da festa, é visivel o preconceito dele para com os realizadores da festa, ele deixa claro isso.
Mas eu achei legal eles fazerem esse doc. porque é uma atitude muito hipocrita dizer que ninguém vê aquela festa ali do lado do Círio, é óbvio e evidente que aquilo está ali todo ano e vai continuar estando, seja com ou sem o Elói, as pessoas não deixarão essa tradição morrer.
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraSai da sala querendo falar de todos os sentimentos e simbologias magnificos que atuam nesse filme. Cenas longas causando a visão agoniante nos espectadores, a câmera é um personagem desinteressado que aos poucos vai se aproximando dos fatos, mas que tudo sabe, esse é um artifício usado nos filmes do Haneke há algum tempo que venho vendo. Sem contar nas cenas esticadas que originam em nós um vazio gigante que cresce no silêncio se transformando em angústia. Por isso é inevitável falar do filme sem considerar a carga emocional totalmente explorada. A cada cena longa o próprio silêncio do filme parece gemer pelos corredores: "Dói".
Quando o Anne fala para o Georges no começo do filme ainda que aquile prolongamento só traria malefício para os dois, o filme traça o caminho devido o calar como resposta. Ali fica comprovado que o próprio Georges não saberá o destino daquela situação, mas ele se deixa levar, espera para ver até onde ele iria aguentar. Mas o filme além de tratar de temas recorrentes como o tratamento incapacitado para com os idosos, a terceira idade como vida útil, quando a pessoa deixa de ser ela mesmo e passa a vegetar. Anne representa muito bem seu papel, ao vê-la, mal posso acreditar em tanto talento embutido. Meus sentimos foram totalmente explorados na cena do almoço, eles são tão cativantes ali que nos faz parecer que o filme seguirá uma linha romântica, quando na verdade a intenção maior é expô-los como seres ativos emocionalmente.
É bem típico do Haneke os diálogos fortes que atravessam as telas pra te socar o estômago, a cena com a segunda contratada é essa presença mais forte deles.
Tenho mais a dizer, mas isso vai ficar muito grande e o celular não facilita.
A Harpa da Birmânia
4.3 35Se não fosse pela atuação metódica que eu consigo enxergar nessa cultura oriental, esse filme só seria agrado pra mim, por mas que em certas cenas eu tenha me debatido sobre a cadeira, sem entender o que fazer, outras o filme me tocou em tal ponto, que toda a agonia da guerra me pareceu evaporar e tudo ir se tornando poesia.
Watchmen: O Filme
4.0 2,8K Assista AgoraNão é só colocar músicas bonitas, tem que colocar músicas deslumbrantes em um contexto ímpar no clima mais bem trabalhado. Porra cinema, vai com calma que eu ainda quero fazer o meu filme. E esse é grande demais!
Toy Story 3
4.4 3,6K Assista AgoraPor favor, quase chorei, me fez me sentir uma criança sem brinquedos. Esse filme é maravilhoso, tanto quanto o primeiro. Acho difícil uma trilogia ser tão bem feita em todas os 3 filmes. Mas Toy Story é realmente uma particularidade, em infinitos aspectos.
Amarcord
4.2 177Só eu não devo ter gostado pelo visto.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraApesar da simbologia desmitificável desse filme, perguntas no debate como "Vocês acham que eles realmente transaram?" me causou um impacto muito grande, afinal de contas, o entrelaçamento da inocência com o "paganismo" cai no fim das contas em um singela romance, mesmo que seja visto com más olhos, o filme não perde o encanto. Françoise Hardy e Hank Williams ganham com potencial extremo para uma ótima trilha sonora. Uma beleza!
J. Edgar
3.5 646 Assista AgoraA cena após a morte da mãe e ele se travestindo daquele personagem recentemente abandonado me fez lembrar do final de Psicose.
O beleza do Clint - como disse um crítico que se diz apaixonado pela obra do diretor - é que ele consegue mostrar amor nas coisas mais sórdidas, nos planos mais tortuosos, onde parece haver só paganismo e perversidade, ele mostra singelamente o sentimento. Não é um filme vulgar, tão pouco policial e intencionalmente político. Relata apenas um sentimento embutido dentro de um contexto diferente, e entrelaçando características públicas que podem se tornar perigosas.
A Mulher da Areia
4.5 96A flexibilidade das dunas e a inflexibilidade do homem em se manter acomodado, um contraste grandioso, a luta de um homem pela liberdade, uma mulher vezes morta, vezes bifurcada por faíscas de vida que se debatem dentro dela.
Um filme genial, que merece sim todos os méritos. Classificado como Drama, mas por mim poderíamos incluir o Suspense. O filme é refinado por uma peneira sem fim, carregado de agonia e recheado de sabedoria cinematográfica.
O roteiro casou com a fotografia, e chamaram todos os padrinhos para a celebração. Por isso, devemos celebrar esse filme!
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista Agora2 horas voaram e quando eu vi, tava quase chorando de tamanha emoção. Um filme pra ser assistido com sorrisos de duas horas que também se surpreendem pelos olhos marejados e pela ação natural dos corpos ao se remexer na cadeira incansavelmente, sem saber de onde vem tamanha magia, a resposta vem de imediado: É o Cinema!
Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios
3.5 554 Assista AgoraNem repetir o que todos disseram sobre a atuação da Pitanga com o Machado.
Nem repetir o que todos já disseram sobre a fotografia.
Nem repetir o que todos já disseram sobre toda a maravilha que é esse filme!
Mas se já disseram isso, ainda não li, achei esse filme completo, um filme nacional que nos faz sentir orgulho de fazermos parte desse cinema, de conseguir mostrar com maestria nosso ambiente, hospitaleiro ou hostil(como no filme).
Senti vontades repentinas de aplaudir o filme pela beleza e mais verossímil perfeição que quase atinge. Se não aqui ou ali os seus deslizes feitos podem pender o filme para um lado mais negativo, mas por toda a atuação, envolvimento, ficção e direção que sincronizaram perfeitamente nesse filme são grandiosos demais pra serem levados em conta. É lamentável não conseguirmos enxergar a maximização dessa obra. Senti uma vontade absurda de correr atrás do livro.
P.S: A Camila faz a cara do filme como em todos os pôsteres já dizem, o personagem mais marcante e mais enigmático, ela está esplêndida atuando nesse filme, talvez por sentir a liberdade que a televisão não pode lhe oferecer, ela se entrega ao papel, chegou a me dar calafrios o tamanho trabalho de atuação que ela tem aqui.
Fausto
3.4 220 Assista AgoraNão esqueço da cena em que o Fausto e sua amada caem na profundeza da lagoa abandonando as rochas. Até agora, a beleza daquela cena não larga a minha cabeça, foi tão linda, tão linda, que acho que todo o tempo esperando por ela valeu a pena.