O filme aparentemente perdido e bobo conclui sem ápice pra muitos, mas ao visto de outros é um filme complexo e reflexivo. Mas como poderemos refletir sem ter conteúdo algum? É um daqueles filmes dos quais precisamos de estudo pra entender, poucos se encantarão com a história, afinal, o encanto tá escondido na complexidade, que se desvendada, transforma o filme em um dos melhores do ano, digo, foi isso que a APJCC fez, colocou ele na lista do 10 melhores pra serem exibidos, mas não acho que tem patamar pra tal classificação, mesmo que o gosto de alguns seja apurado pra esse tipo de "obra de arte restrita", acho desleal remar contra a maré fazendo o público suportar por educação um filme que não agradará à massa. No meu caso, fiquei neutro, preferi a crítica que me abriu os olhos após a exibição, do que o filme em si. E sobre minha própria visão do filme, foi divertido em algumas partes, mas sem nenhum crédito pra ser melhor do ano, com toda certeza não.
O filme arranca risadas bobas demais, mesmo sendo irônico com o cinema e "desvendando" os clichês o filme foi mal produzido, mal dirigido e mal preparado, a qualidade é de Tele Curso, pensei que fosse um filme da década de noventa.
Não é um filme que eu consigo falar sobre, não pude manter relações com os personagens, nem me identifiquei, mas não foi o tipo de filme que me deu raiva de ter perdido tempo assistindo.
A Monica Bellucci nos faz entender que ela é uma ótima atriz porque acima daquele visual estrogênico, ela ainda consegue ser uma boa atriz. Garrel faz o papel de Garrel machista, mas tão expressivo quanto nos outros filmes. E sobre o filme em si, absorvi que em dias atuais, ainda podemos encontramos homens que acham que mulheres devem se submeter à eles, que iludidos vivem achando que elas nunca o deixarão, Monica representou a mulher moderna, que apesar de tudo, vai embora quando não está bem. A visão machista fica explícita no filme. Mas nada demais, nada que dê motivos pro Philippe Garrel fazer esse filme, embora, segundo o amigo à baixo disse, ele faz tudo sem motivos, então tá certo, não devemos mais esperar algo surpreendente dele.
Um filme brasileiro vulgar, sem palavrões, expelindo poesia e gozando a beleza natural. Uma semente familiar mal germinada, anomalias, loucura, paixão, dor com suor, cargas emocionais ativas. Ousadia junto de atuações excelentes, não só o roteiro é uma poesia, mas a própria câmera.
É um espetáculo de palavras e músicas, o carisma a acompanhava à cada segundo de Elis em vida. Era a divindade da música, e será! Quando ela fala que trás do pai aquele carma com pessoas caladas, e que este continua quando conhece o Chico e posteriormente o Milton (que se tornou idolatrado por Elis). Isso me fez pensar que se Elis existisse hoje e eu tivesse a oportunidade de conhecê-la, ela diria que o carma se estendeu até os seus próprios fãs. A verdade é que Elis deixa as pessoas mudas, como um colega à baixo disse.
Não comentarei o espasmo que esse filme causa na minha vida. O único assunto que tenho pra me admirar é - com todo o meu respeito à todos - a visão negativa que muitas pessoas tem sobre o Christopher, sobre a iniciativa que ele teve de largar o que vivia, sobra a coragem embutida naquele ser de desistir do seu futuro, de esquecer dos paradigmas sociais, de saciar todo o prazer da vida, de todas as experiências naturais que uma pessoa só, em uma vida só, pode viver. Ele se deixou ser animal, perdeu a cidadania pra virar gente, até mais humano no meio mato do que na cidade. Um filme que inspira minha vida, com certeza, não é um filme qualquer pra mim, mas sim, uma lição de vida. Trato o Christopher como se fosse um irmão, como se fosse um ser vigente na minha vida, quase que o alter ego da minha alma.
Isabelle é Eva Green pra mim, como alguém pode se entregar ao personagem se não se confundindo com o próprio? Theo é Garrel mostrando toda sua forma máscula e aventureira, delineando a vida atrás daquele olhar cortante. E Matthew é Pitt perdido entre duas pessoas que são realmente uma só.
Quê pais mais educados! Quê discussões cinematográficas maravilhosas! Quê elenco absurdamente ligado em um elo perfeito! Quê filme!
Esse filme me assustou demais, tinha tudo pra ser um besteirol, sem pé nem cabimento, falando de tudo que todos os outros filmes de comédia falaram em suas mil versões. Mulheres, depravação, molecagem e lição de moral batida. Quando de repente o filme começa com umas cenas bonitas, falando em um linguajar simples de filmes de comédia, algo muito interessante. Juro que achei empolgante a forma que eles fizeram o remake de todos aqueles filmes. Cenas muito boas, uma ideia quase genial pra um filme bobo. Sem contar que só de focar em uma locadora de VHS que não consegue mais se reerguer o filme já tem história, marca uma época onde os filmes eram encontradas em santuários espalhados nos bairros das cidades, etapa que já foi passa há tempos, depois dos DVDs, veio a pirataria e a divulgação online dos filmes. Hoje toda essa tradição de ir para as locadoras e locar seus filmes, e discutir de filmes com seus clientes, tudo isso se perdeu. Sou feliz por ter nascido dentro de uma e ter ao menos na minha infância podido acompanhar aqueles velhos e bons tempos de celebração ao cinema da forma mais simples.
"Precisamos nos adaptar ao mercado. Danem-se os documentários, filmes antigos, filmes "cult". Precisamos simplificar duas seções. Ação e aventura - Comédias. Só isso!"
Um dos melhores roteiros que já vi em toda minha vida, a atuação precária do cinema brasileiro na década de 1960 foi até apaziguada aqui, as atuações do Zeca da Curva, do Engenheiro e da Hospitaleira foram boas. Mas o roteiro em si, nossa, de uma sensibilidade tremenda. Quando o filme cai na isca da fantasia, poucos conseguem tragar a ideia do filme sem malícia. O filme é como um jogo de ilusão ótica, te faz pensar em algo perverso e tremendamente cruel como todos os inescrupulosos moradores da cidadela, quando a verdade está oculta em uma poesia incrível. Essa coisa de menino, vento, prazer e interior me lembram as poesias do Manoel.
Como já disseram à baixo, Robert Downey Jr. atua com os olhos durante todo o filme. E eu juro que percebi que era ele nas primeiras filmagens, a seleção para o papel teria poucos outros atores tão capacitados quanto ele. Os olhos dele falam demais, não só aqui em A Pele, mas em muitos outros filmes, embora seja nesse que os olhos falam mais. Nicole Kidman está deslumbrante, naqueles vestidinhos antigos e atuando como moça comportada, que no entanto não suporta viver naquele meio social que é inclusa. A forma como Diane teve que segregar seu papel de mulher realizada por tanto tempo dentro do papel familiar que ela vivia. Ela tinha tudo, mas estava sempre em busca de algo misterioso, ela gostava dos segredos das pessoas, do mistério, de nada claro, acho que cheguei à me identificar com ela nesse pedaço, as coisas totalmente expostas pra ela não eram agradáveis, ela precisava de mais mistério, de mais silêncio pra pensar. Não conheço o trabalho de Diane, mas aposto que deve ser de uma sensibilidade tremenda, até porque o filme não mostra esse trabalho, mas mostra Diane se relacionando com o ambiente, com o momento, mostra ela em sintonia com as coisas, consigo mesmo quando segura a câmera.
Se as coreografias de Pina não falarem contigo, ou ao menos não te tocarem, o filme será incompreensível. Caso contrário, é só sentir. Esse filme é um amontoado de sentimentos, como bem disseram, sentimentos de dor, solidão e força. Nada menos do que Pina parecia ser. Nunca ouvi falar dela, nem de seu trabalho, mas chegando ao meu ver com toda essa obra, fica inevitável não se contagiar. É lindo, todo o trabalho, tive vontade de dançar junto, desaparecer no meio de todos como mais alguém que precisa dançar quando as palavras não expõem o que temos por dentro.
"O nosso amor que eu não esqueço e que teve o seu começo numa festa de São João, morre hoje sem foguete, sem retrato, sem bilhete, sem o luar, sem o violão. Perto de você me calo, tudo penso, nada falo, tenho medo de chorar. Nunca mais quero seu beijo, mas meu último desejo você não poder negar. Se alguma pessoa amiga pedir que você diga se você me quer ou não, diga que você me adora, que você lamenta, que você chora a nossa separação. E às pessoas que eu detesto, sempre diga que eu não presto, que meu lar é o botequim, e que eu arruinei a tua vida, que eu não mereço nem a comida que você pagou pra mim."
"Galega... Joana... amor da minha vida, faltam vinte e três dias e oito horas pra minha volta, e volto porque te amo. Tô cruzando uma estrada inteira, n'um pôr-do-sol romântico, lembro do nosso último pôr-do-sol juntos, lá na Praia do Futuro. A única coisa que me faz feliz nessa viagem são as lembranças que tenho de ti. Não... não Galega, isso é mentira, não sei escrever carta de amor, não aguento a ideia de ficar só. Sabia que a única coisa que me deixa triste nessa viagem são as lembranças que tenho de ti?
O Karim fez essa obra com os retalhos do Céu de Suely, sem contar nas cenas sem falas, o final é libertador, aquela cena dos mulatos pulando os penhascos, eles atravessam a tela em milésimos, com zoom, sem zoom. Incrível!
Palavras mais ditas aqui nessa página: Alucinógeno, drogas, viagem, psicodélico, monótono e inovador. Não é a toa que são adjetivos dirigidos ao filme do Gaspar Noé, é um trejeito dele ser inovador e extremamente impactante, torna as coisas mais difíceis quase intragáveis, faz o cinema ter poder não só emocional, mas físico sobre o espectador, aquela relance de filmagens aéreas que corriam de um lado ao outro da cidade mantinham aquilo tão manuseável, é um filme que propõe ao espectador uma viagem realmente, onde dentro dela envolve a história de duas pessoas em foco, unidas naquela vida pelo sangue.
Gosto do jeito que a repetição de movimentos no vagar por ai da câmera faz ser proposital o aparecimento do cansaço, a platéia sente suas almas exaustas, assim como a alma do filme se sente. É um filme que interage com a platéia, todos se mexem e remexem na cadeira, agonianos, angustiados, é isso que o Noé consegue atingir muito bem. Contei de onde estava 5 pessoas saindo da sala de cinema.
Ouvi falar no debate após o filme, que segundo a religião budista, eles acreditam que a pior parte de todo esse ciclo espiritual onde se começa e termina a vida, esse intervalo entre uma vida e a outra é a pior parte, a parte onde o espírito procura onde irá nascer, em qual mulher, em qual lugar. É realmente desesperador, ficamos incomodados com aquela câmera vagando desesperada em busca de um lugar pra invadir, durante os últimos 30 minutos do filme, ela não para em um lugar só, fica viajando por vários quartos, no meio de tantas transas, enfim encontra o lugar ideal, e quando aquele bebê grita vendo o cordão umbilical se romper, é não só a representação da liberdade daquele ser que (re)nascia ali, mas também do espectador que vê a meta alcançada.
Sobre a capacidade técnica do filme, é surpreendente como o Gaspar reuniu tantos efeitos especiais, tanta cor ofuscante, tantos artigos de outro mundo em um filme só. É uma viagem ao espaço imaginário de um dependente químico, o filme tem um astral tão imaginário, tão dilacerador, aquelas cenas tão bem feitas. Tenho uma certa repulsa com efeitos especiais usados em excesso, esse filme extrapola nesse sentido, mas não posso negar que aqui, é mais que necessário.
A garotinha (Emily Alyn Lind) fez uma atuação excelente, fico imaginando como preparam crianças para fazerem cenas tão fortes como as que ela fez. E como ela assiste ao seu próprio filme sendo esse repleto de cenas demasiadamente fortes. O Oscar (Nathaniel Brown) jogado no banheiro após ser baleado, com aquela brancura ofuscando pela luz, aquela camisa curta verde musgo, aquela privada suja, me lembrou demais Transpotting. Não gostei da atuação da Linda maior. Esse filme tem muitos aspectos inovadores, vanguardistas em aspectos de filmagem, que dividem essa coisa pessoal, como se quem estiver vendo o filme, está dentro dele, naquele momento, naquele lugar, vivendo todas aquelas sensações. A câmera que incorpora os personagens.
Filme absurdamente chocante, cansativo, ilustrativo e experimental. Sensacional, um dos melhores trabalhos do Noé que vi até hoje.
A história desse filme começou pra mim quando ouvi a Brigitte e o Serge cantando Bonnie and Clyde, e achei aquilo com cara de filme, fui pesquisar e era mesmo. Me pedarei ontem a noite com a existência dele na internet online. Vi, que maravilha! É cativante, emocionante, bem humorado e muito, muito, muito divertido. É o estilo de filme viciante e conservado, que aos dias de hoje pode causar sentimentos aflorando. Uma obra marcante pra Hollywood como vi uns amigos à baixo comentando, mas acima disso, uma obra marcante para o cinema. Todos aspectos que compõem um filme foram correspondidos nesse filme.
A única cena que me desmotivou foi a atuação da mãe de Bonnie, mas só e somente, que passa despercebida no meio de tantas atuações excelentes.
Se eu tivesse participado da produção desse filme, seria uma das pessoas mais satisfeitas do mundo. Bonnie Parker and Clyde Barrow talvez sejam meus anti-heróis favoritos.
Vi na página da Faye Dunaway e esse é considerado o primeiro trabalho dela. Se for isso mesmo, pelo amor de Deus. Ela já chega ensaiando toda essa experiência, que adoração de atriz!
P.S: Desculpem a empolgação, acabei de ver o filme e nesse momento não posso controlá-la.
Não deveriam exaltar o filme tão superficialmente, dizem que os pilares fortes são a trilha sonora do Alex, a fotografia e a típica rotina escolar. Com esses comentários não ficaria nem um pouco motivado a assistir à esse filme. Vendo do ponto sensivelmente cômico e juvenil que o drama percorre, o filme é muito mais bonito, os diálogos e desespero de alguém que todo dia descobre uma palavra no dicionário e não sabe o que dizer pra sua namorada. O desespero de um garoto que ao tentar adaptar-se ao seu convívio social encontra acidentalmente uma namorada e ao juntar-se à ela, descobre o risco da separação de seus pais. São incríveis a trilha sonora e fotografia sim, mas não somente isso. O filme vai além.
Gallo não é sensacional. Mas não me venham dizer que ele é só um bom ator. De tão horrível que é o personagem dele, acabamos odiando e amando sua pessoa. Pra no fim nos entregarmos como Billy fez.
Cosmópolis
2.7 1,0K Assista Agora- Minha próstata é assimétrica.
- A minha também!
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraIa, agora eu já não sei mais o que dizer.
Caminho para o Nada
3.1 24O filme aparentemente perdido e bobo conclui sem ápice pra muitos, mas ao visto de outros é um filme complexo e reflexivo. Mas como poderemos refletir sem ter conteúdo algum? É um daqueles filmes dos quais precisamos de estudo pra entender, poucos se encantarão com a história, afinal, o encanto tá escondido na complexidade, que se desvendada, transforma o filme em um dos melhores do ano, digo, foi isso que a APJCC fez, colocou ele na lista do 10 melhores pra serem exibidos, mas não acho que tem patamar pra tal classificação, mesmo que o gosto de alguns seja apurado pra esse tipo de "obra de arte restrita", acho desleal remar contra a maré fazendo o público suportar por educação um filme que não agradará à massa. No meu caso, fiquei neutro, preferi a crítica que me abriu os olhos após a exibição, do que o filme em si. E sobre minha própria visão do filme, foi divertido em algumas partes, mas sem nenhum crédito pra ser melhor do ano, com toda certeza não.
Como Fazer um Filme de Amor
2.9 56O filme arranca risadas bobas demais, mesmo sendo irônico com o cinema e "desvendando" os clichês o filme foi mal produzido, mal dirigido e mal preparado, a qualidade é de Tele Curso, pensei que fosse um filme da década de noventa.
A melhor parte foi quando eles me pegaram fazendo um falsete de final. E a casa da moça me lembrou demais os cenários do Almodóvar.
Um Vazio no Meu Coração
2.8 70Não é um filme que eu consigo falar sobre, não pude manter relações com os personagens, nem me identifiquei, mas não foi o tipo de filme que me deu raiva de ter perdido tempo assistindo.
Um Verão Escaldante
3.0 121A Monica Bellucci nos faz entender que ela é uma ótima atriz porque acima daquele visual estrogênico, ela ainda consegue ser uma boa atriz. Garrel faz o papel de Garrel machista, mas tão expressivo quanto nos outros filmes. E sobre o filme em si, absorvi que em dias atuais, ainda podemos encontramos homens que acham que mulheres devem se submeter à eles, que iludidos vivem achando que elas nunca o deixarão, Monica representou a mulher moderna, que apesar de tudo, vai embora quando não está bem. A visão machista fica explícita no filme. Mas nada demais, nada que dê motivos pro Philippe Garrel fazer esse filme, embora, segundo o amigo à baixo disse, ele faz tudo sem motivos, então tá certo, não devemos mais esperar algo surpreendente dele.
Lavoura Arcaica
4.2 381 Assista AgoraUm filme brasileiro vulgar, sem palavrões, expelindo poesia e gozando a beleza natural. Uma semente familiar mal germinada, anomalias, loucura, paixão, dor com suor, cargas emocionais ativas. Ousadia junto de atuações excelentes, não só o roteiro é uma poesia, mas a própria câmera.
Programa Ensaio: Elis Regina
4.7 19É um espetáculo de palavras e músicas, o carisma a acompanhava à cada segundo de Elis em vida. Era a divindade da música, e será!
Quando ela fala que trás do pai aquele carma com pessoas caladas, e que este continua quando conhece o Chico e posteriormente o Milton (que se tornou idolatrado por Elis). Isso me fez pensar que se Elis existisse hoje e eu tivesse a oportunidade de conhecê-la, ela diria que o carma se estendeu até os seus próprios fãs.
A verdade é que Elis deixa as pessoas mudas, como um colega à baixo disse.
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraNão comentarei o espasmo que esse filme causa na minha vida. O único assunto que tenho pra me admirar é - com todo o meu respeito à todos - a visão negativa que muitas pessoas tem sobre o Christopher, sobre a iniciativa que ele teve de largar o que vivia, sobra a coragem embutida naquele ser de desistir do seu futuro, de esquecer dos paradigmas sociais, de saciar todo o prazer da vida, de todas as experiências naturais que uma pessoa só, em uma vida só, pode viver. Ele se deixou ser animal, perdeu a cidadania pra virar gente, até mais humano no meio mato do que na cidade.
Um filme que inspira minha vida, com certeza, não é um filme qualquer pra mim, mas sim, uma lição de vida. Trato o Christopher como se fosse um irmão, como se fosse um ser vigente na minha vida, quase que o alter ego da minha alma.
Os Sonhadores
4.1 2,0K Assista AgoraMe dá um aperto no peito por não ser realidade.
Isabelle é Eva Green pra mim, como alguém pode se entregar ao personagem se não se confundindo com o próprio? Theo é Garrel mostrando toda sua forma máscula e aventureira, delineando a vida atrás daquele olhar cortante. E Matthew é Pitt perdido entre duas pessoas que são realmente uma só.
Quê pais mais educados!
Quê discussões cinematográficas maravilhosas!
Quê elenco absurdamente ligado em um elo perfeito!
Quê filme!
Rebobine, Por Favor
3.4 518Esse filme me assustou demais, tinha tudo pra ser um besteirol, sem pé nem cabimento, falando de tudo que todos os outros filmes de comédia falaram em suas mil versões. Mulheres, depravação, molecagem e lição de moral batida. Quando de repente o filme começa com umas cenas bonitas, falando em um linguajar simples de filmes de comédia, algo muito interessante. Juro que achei empolgante a forma que eles fizeram o remake de todos aqueles filmes. Cenas muito boas, uma ideia quase genial pra um filme bobo. Sem contar que só de focar em uma locadora de VHS que não consegue mais se reerguer o filme já tem história, marca uma época onde os filmes eram encontradas em santuários espalhados nos bairros das cidades, etapa que já foi passa há tempos, depois dos DVDs, veio a pirataria e a divulgação online dos filmes. Hoje toda essa tradição de ir para as locadoras e locar seus filmes, e discutir de filmes com seus clientes, tudo isso se perdeu. Sou feliz por ter nascido dentro de uma e ter ao menos na minha infância podido acompanhar aqueles velhos e bons tempos de celebração ao cinema da forma mais simples.
"Precisamos nos adaptar ao mercado. Danem-se os documentários, filmes antigos, filmes "cult". Precisamos simplificar duas seções. Ação e aventura - Comédias. Só isso!"
O Menino e o Vento
4.3 62Égua do roteiro!
Um dos melhores roteiros que já vi em toda minha vida, a atuação precária do cinema brasileiro na década de 1960 foi até apaziguada aqui, as atuações do Zeca da Curva, do Engenheiro e da Hospitaleira foram boas. Mas o roteiro em si, nossa, de uma sensibilidade tremenda. Quando o filme cai na isca da fantasia, poucos conseguem tragar a ideia do filme sem malícia. O filme é como um jogo de ilusão ótica, te faz pensar em algo perverso e tremendamente cruel como todos os inescrupulosos moradores da cidadela, quando a verdade está oculta em uma poesia incrível. Essa coisa de menino, vento, prazer e interior me lembram as poesias do Manoel.
A Pele
3.6 264Como já disseram à baixo, Robert Downey Jr. atua com os olhos durante todo o filme. E eu juro que percebi que era ele nas primeiras filmagens, a seleção para o papel teria poucos outros atores tão capacitados quanto ele. Os olhos dele falam demais, não só aqui em A Pele, mas em muitos outros filmes, embora seja nesse que os olhos falam mais.
Nicole Kidman está deslumbrante, naqueles vestidinhos antigos e atuando como moça comportada, que no entanto não suporta viver naquele meio social que é inclusa. A forma como Diane teve que segregar seu papel de mulher realizada por tanto tempo dentro do papel familiar que ela vivia. Ela tinha tudo, mas estava sempre em busca de algo misterioso, ela gostava dos segredos das pessoas, do mistério, de nada claro, acho que cheguei à me identificar com ela nesse pedaço, as coisas totalmente expostas pra ela não eram agradáveis, ela precisava de mais mistério, de mais silêncio pra pensar.
Não conheço o trabalho de Diane, mas aposto que deve ser de uma sensibilidade tremenda, até porque o filme não mostra esse trabalho, mas mostra Diane se relacionando com o ambiente, com o momento, mostra ela em sintonia com as coisas, consigo mesmo quando segura a câmera.
Juventude Transviada
3.9 546 Assista AgoraEssa jaqueta vermelha é tão marcante.
Segunda
3.6 7Sou todo empolgações para com os dois. A gente vê pouco, já vê muito, pelo pouco que conhece, pelo muito que sente. Mallu e Marcelo.
O Espelho
4.3 264 Assista Agora"A obrigação do poeta é causar emoções espirituais, não educar idólatras."
Pina
4.4 408Se as coreografias de Pina não falarem contigo, ou ao menos não te tocarem, o filme será incompreensível. Caso contrário, é só sentir. Esse filme é um amontoado de sentimentos, como bem disseram, sentimentos de dor, solidão e força. Nada menos do que Pina parecia ser. Nunca ouvi falar dela, nem de seu trabalho, mas chegando ao meu ver com toda essa obra, fica inevitável não se contagiar. É lindo, todo o trabalho, tive vontade de dançar junto, desaparecer no meio de todos como mais alguém que precisa dançar quando as palavras não expõem o que temos por dentro.
Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo
3.9 501 Assista Agora"O nosso amor que eu não esqueço e que teve o seu começo numa festa de São João, morre hoje sem foguete, sem retrato, sem bilhete, sem o luar, sem o violão. Perto de você me calo, tudo penso, nada falo, tenho medo de chorar. Nunca mais quero seu beijo, mas meu último desejo você não poder negar. Se alguma pessoa amiga pedir que você diga se você me quer ou não, diga que você me adora, que você lamenta, que você chora a nossa separação. E às pessoas que eu detesto, sempre diga que eu não presto, que meu lar é o botequim, e que eu arruinei a tua vida, que eu não mereço nem a comida que você pagou pra mim."
"Galega... Joana... amor da minha vida, faltam vinte e três dias e oito horas pra minha volta, e volto porque te amo. Tô cruzando uma estrada inteira, n'um pôr-do-sol romântico, lembro do nosso último pôr-do-sol juntos, lá na Praia do Futuro. A única coisa que me faz feliz nessa viagem são as lembranças que tenho de ti. Não... não Galega, isso é mentira, não sei escrever carta de amor, não aguento a ideia de ficar só. Sabia que a única coisa que me deixa triste nessa viagem são as lembranças que tenho de ti?
O Karim fez essa obra com os retalhos do Céu de Suely, sem contar nas cenas sem falas, o final é libertador, aquela cena dos mulatos pulando os penhascos, eles atravessam a tela em milésimos, com zoom, sem zoom. Incrível!
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraTanta expectativa.
Enter The Void: Viagem Alucinante
4.0 870Palavras mais ditas aqui nessa página: Alucinógeno, drogas, viagem, psicodélico, monótono e inovador. Não é a toa que são adjetivos dirigidos ao filme do Gaspar Noé, é um trejeito dele ser inovador e extremamente impactante, torna as coisas mais difíceis quase intragáveis, faz o cinema ter poder não só emocional, mas físico sobre o espectador, aquela relance de filmagens aéreas que corriam de um lado ao outro da cidade mantinham aquilo tão manuseável, é um filme que propõe ao espectador uma viagem realmente, onde dentro dela envolve a história de duas pessoas em foco, unidas naquela vida pelo sangue.
Gosto do jeito que a repetição de movimentos no vagar por ai da câmera faz ser proposital o aparecimento do cansaço, a platéia sente suas almas exaustas, assim como a alma do filme se sente. É um filme que interage com a platéia, todos se mexem e remexem na cadeira, agonianos, angustiados, é isso que o Noé consegue atingir muito bem. Contei de onde estava 5 pessoas saindo da sala de cinema.
Ouvi falar no debate após o filme, que segundo a religião budista, eles acreditam que a pior parte de todo esse ciclo espiritual onde se começa e termina a vida, esse intervalo entre uma vida e a outra é a pior parte, a parte onde o espírito procura onde irá nascer, em qual mulher, em qual lugar. É realmente desesperador, ficamos incomodados com aquela câmera vagando desesperada em busca de um lugar pra invadir, durante os últimos 30 minutos do filme, ela não para em um lugar só, fica viajando por vários quartos, no meio de tantas transas, enfim encontra o lugar ideal, e quando aquele bebê grita vendo o cordão umbilical se romper, é não só a representação da liberdade daquele ser que (re)nascia ali, mas também do espectador que vê a meta alcançada.
Sobre a capacidade técnica do filme, é surpreendente como o Gaspar reuniu tantos efeitos especiais, tanta cor ofuscante, tantos artigos de outro mundo em um filme só. É uma viagem ao espaço imaginário de um dependente químico, o filme tem um astral tão imaginário, tão dilacerador, aquelas cenas tão bem feitas. Tenho uma certa repulsa com efeitos especiais usados em excesso, esse filme extrapola nesse sentido, mas não posso negar que aqui, é mais que necessário.
A garotinha (Emily Alyn Lind) fez uma atuação excelente, fico imaginando como preparam crianças para fazerem cenas tão fortes como as que ela fez. E como ela assiste ao seu próprio filme sendo esse repleto de cenas demasiadamente fortes.
O Oscar (Nathaniel Brown) jogado no banheiro após ser baleado, com aquela brancura ofuscando pela luz, aquela camisa curta verde musgo, aquela privada suja, me lembrou demais Transpotting.
Não gostei da atuação da Linda maior.
Esse filme tem muitos aspectos inovadores, vanguardistas em aspectos de filmagem, que dividem essa coisa pessoal, como se quem estiver vendo o filme, está dentro dele, naquele momento, naquele lugar, vivendo todas aquelas sensações. A câmera que incorpora os personagens.
Filme absurdamente chocante, cansativo, ilustrativo e experimental. Sensacional, um dos melhores trabalhos do Noé que vi até hoje.
Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas
4.0 399 Assista AgoraA história desse filme começou pra mim quando ouvi a Brigitte e o Serge cantando Bonnie and Clyde, e achei aquilo com cara de filme, fui pesquisar e era mesmo. Me pedarei ontem a noite com a existência dele na internet online. Vi, que maravilha! É cativante, emocionante, bem humorado e muito, muito, muito divertido. É o estilo de filme viciante e conservado, que aos dias de hoje pode causar sentimentos aflorando. Uma obra marcante pra Hollywood como vi uns amigos à baixo comentando, mas acima disso, uma obra marcante para o cinema. Todos aspectos que compõem um filme foram correspondidos nesse filme.
A única cena que me desmotivou foi a atuação da mãe de Bonnie, mas só e somente, que passa despercebida no meio de tantas atuações excelentes.
Se eu tivesse participado da produção desse filme, seria uma das pessoas mais satisfeitas do mundo. Bonnie Parker and Clyde Barrow talvez sejam meus anti-heróis favoritos.
Vi na página da Faye Dunaway e esse é considerado o primeiro trabalho dela. Se for isso mesmo, pelo amor de Deus. Ela já chega ensaiando toda essa experiência, que adoração de atriz!
P.S: Desculpem a empolgação, acabei de ver o filme e nesse momento não posso controlá-la.
Submarine
4.0 1,6KNão deveriam exaltar o filme tão superficialmente, dizem que os pilares fortes são a trilha sonora do Alex, a fotografia e a típica rotina escolar. Com esses comentários não ficaria nem um pouco motivado a assistir à esse filme. Vendo do ponto sensivelmente cômico e juvenil que o drama percorre, o filme é muito mais bonito, os diálogos e desespero de alguém que todo dia descobre uma palavra no dicionário e não sabe o que dizer pra sua namorada. O desespero de um garoto que ao tentar adaptar-se ao seu convívio social encontra acidentalmente uma namorada e ao juntar-se à ela, descobre o risco da separação de seus pais. São incríveis a trilha sonora e fotografia sim, mas não somente isso. O filme vai além.
Buffalo '66
4.1 302Gallo não é sensacional. Mas não me venham dizer que ele é só um bom ator. De tão horrível que é o personagem dele, acabamos odiando e amando sua pessoa. Pra no fim nos entregarmos como Billy fez.
Metropia
3.4 109Achei essa sinopse Matrix.