A Alegria lembra muito os filmes do Apichatpong Weerasethakul, não sei explicar exatamente, mas foi uma sensação que tive durante toda a sessão. O filme tem o pior uso da Nona Sinfonia de Beethoven que eu já pude ver (com exceção daqueles que usam tal música para causar clichês); e mesmo assim a melhor obra músicas da história da humanidade consegue climatizar por conta própria e fazer as melhores cenas do filme. O mérito, sem dúvidas, é todo de Beethoven. Uma pena para o maior gênio que a música já teve, pois já teve sua obra tão bem utilizada por cineatras como Kubrick e Tarkovsky. De resto, devo dizer que o filme é desinteressante, com temas muito específicos, mas pouco aprofundados. Não gosto de filmes que tendem a ser pretenciosos ao mesmo tempo em que tentam simplesmente marcar um momento simples, pois eles acabam se tornando medíocres.
Serge Gainsbourg era muito talentos, mas certamente não sabia fazer um filme. Paixão Selvagem (porque prefiro não me referir ao filme com seu nome original por respeito à música homônima) é ruim do começo ao fim, tem algumas cenas boas e só. Se não fosse os nomes que ele carrega, nem teria assistido.
A insanidade vai invadindo aquelas pessoas cada vez mais. O filme é instável, podendo acontecer qualquer coisa e mudando as relações das pessoas a cada segundo, sejam por fatos que estão ocorrendo ou porque simplesmente o espectador não havia sido avisado daquilo antes. Primeiramente o que mais chama atenção são as metáforas da alienação e do conformismo. Mas o filme tem um forte contexto existencial também.
PS: Sobre o filme ter sido “banido para sempre” no seu país de origem, fiquei curioso. Ele foi realmente banido para sempre, ou na época foi assim declarado, mas hoje já é possível encontrar cópias na República Tcheca? Procurei na internet, mas não achei nada.
Plein Soleil fez eu me lembrar de outros dois filmes: Morte Em Veneza (1971) e Profissão: Repórter (1975). O que ocorreu é óbvio. Delon é tão belo que poderia facilmente ser um Tadzio, representando a beleza eterna nas praias da Itália, embora seu comportamento seja distinto do personagem criado por Thomas Mann e levado ao cinema por Luchino Visconti. A troca de identidades, as mentiras que fazem o protagonista realmente ser Tom e Philippe ao mesmo tempo, não sabendo exatamente quem é, levando essa ambiguidade ao espectador também. O final trágico, porém em aberto, também é semelhante aos outros filmes citados. Não que essa comparação tenha algum sentido fora da minha mente, mas foi algo que me chamou atenção.
Em alguma tarde perdida, em algum feriado em 2011, eu assisti esse filme em algum canal do HBO. Lembro-me muito vagamente da história, algumas cenas estão na minha mente, talvez desfiguradas. Nem lembro o porquê, mas estava muito triste quando assisti esse filme.
Esse filme marcou minha infância! Eu pegava ele todo mês na locadora, ainda era em VHS. Infelizmente, hoje não me lembro muito bem dele, apenas algumas cenas, mas vagamente. Gostaria muito de rever.
Comentários do tipo "típico filme francês" e "realista, como todo filme francês" só demonstram que muitas pessoas não estão nem um pouco acostumadas com o cinema realizado na França e generalizam um ou outro comentário que já ouviram sobre este. Pior ainda são aqueles que criticam o "grande erro do filme", que foi não dar ênfase ao preconceito contra as escolhas sexuais de Adèle e que o filme tem muitas cenas desnecessárias que mostram vulgaridades do cotidiano da protagonista. Antes de tudo, vocês precisam ler o título do filme. La Vie d'Adèle, ou seja, A Vida De Adele; é proposital, é a intenção do diretor mostrar a vida da protagonista, fazer um estudo detalhado sobre seus sentimentos e pensamentos. Não há forte abordagem do preconceito, porque não é necessário, porque esse não é um "filme gay", quem procura meramente por isso, não vai encontrar aqui. Esse é um filme sobre as descobertas, sobre a paixão, sobre a vida.
Algo que só percebi há alguns dias: esse é o primeiro filme do Malick que se passa no mundo contemporâneo. Todos os seus outros filmes mostram histórias de tempos já passados, como na Segunda Guerra Mundial, nos anos 50, no século XVII.
Subestimado. O filme é muito bom, tendo poucos momentos mais fracos. É exatamente o que diz a frase no final, o que importa é querer viver, é mais importante se sentir vivo. E o filme me parece um retrato da indecisão, os personagens nunca sabem o que realmente querem.
O filme tem momentos muito interessantes, principalmente aqueles em que Áurea conta sobre poetas e outros artistas, diversas teorias sobre os tipos de risadas, histórias em geral e sua mãe. Porém não gostei do filme, como um todo. Achei as cenas de dança cansativas e aquela "circuncena" desnecessaria (não é exatamente isso, mas não consegui um termo melhor para o que achei sobre isso).
Tenta ser mistério metafísico, crítica social e drama familiar, acaba não dando certo como nenhum dos três.The Last Wave tem algumas ideias boas, uma abertura interessante e uma sequência final consideravelmente bela, mas não funciona muito bem. Vindo logo após uma das maiores obras primas da história do cinema, Picnic At Hanging Rock, esperava mais desse filme.
Que situação sem saída. Agonia é o nome disso. Muito longe de ser o melhor Hitchcock, ou mesmo meu favorito. Mas, certamente, foi seu filme que mais me envolveu, no sentido em que me senti dentro dos personagens.
Não vou conseguir descrever exatamente o que estou sentindo nesse momento. Achei em I Am Curious (Yellow/Blue) tudo aquilo que estava procurando. A representação da juventude da maneira que eu penso sobre ela; momentos eternos e únicos perdidos na eternidade; lugares nunca antes vistos; a beleza eterna ou a beleza simplesmente vista em qualquer tempo e espaço; uma idealização mais forte do que tudo; a vida e a solidão na cidade e na natureza; o sexo, ao mesmo tempo banalizado e visto como o tudo; a destruição do muro que separa a realidade da arte; o que o cinema deveria ser. A maneira que eu quero viver minha vida e o jeito que eu vejo a arte e o cinema, ambos mudaram agora.
Não vou conseguir descrever exatamente o que estou sentindo nesse momento. Achei em I Am Curious (Yellow/Blue) tudo aquilo que estava procurando. A representação da juventude da maneira que eu penso sobre ela; momentos eternos e únicos perdidos na eternidade; lugares nunca antes vistos; a beleza eterna ou a beleza simplesmente vista em qualquer tempo e espaço; uma idealização mais forte do que tudo; a vida e a solidão na cidade e na natureza; o sexo, ao mesmo tempo banalizado e visto como o tudo; a destruição do muro que separa a realidade da arte; o que o cinema deveria ser. A maneira que eu quero viver minha vida e o jeito que eu vejo a arte e o cinema, ambos mudaram agora.
A Igualdade é Branca
4.0 366 Assista AgoraPor enquanto, não tenho muito a declarar. Desejo rever a trilogia, mas dessa vez na sequência.
Barão Olavo, O Horrível
3.3 10Mais um para a coleção "ruim, mas tem uma cena tão boa que consegue se tornar bom", no caso esta é a cena final.
A Alegria
2.7 43A Alegria lembra muito os filmes do Apichatpong Weerasethakul, não sei explicar exatamente, mas foi uma sensação que tive durante toda a sessão.
O filme tem o pior uso da Nona Sinfonia de Beethoven que eu já pude ver (com exceção daqueles que usam tal música para causar clichês); e mesmo assim a melhor obra músicas da história da humanidade consegue climatizar por conta própria e fazer as melhores cenas do filme. O mérito, sem dúvidas, é todo de Beethoven. Uma pena para o maior gênio que a música já teve, pois já teve sua obra tão bem utilizada por cineatras como Kubrick e Tarkovsky.
De resto, devo dizer que o filme é desinteressante, com temas muito específicos, mas pouco aprofundados. Não gosto de filmes que tendem a ser pretenciosos ao mesmo tempo em que tentam simplesmente marcar um momento simples, pois eles acabam se tornando medíocres.
A Antropóloga
2.6 51O filme é bem fraco, nada consegue chamar atenção ou se destacar. Não é horrível, mas esquecível.
Cara a Cara
3.6 12Pessoas vagando pela cidade, livros e livros e um amor estranho. Viver de amor, matar por amor. Não entendi o filme, mas que filme lindo.
A Princesa e o Plebeu
4.3 417 Assista AgoraClichê, mas gostei bastante.
O Sétimo Continente
4.0 174Haneke sempre me surpreende. Neste caso, porque o filme é horrível.
Paixão Selvagem
3.3 52Serge Gainsbourg era muito talentos, mas certamente não sabia fazer um filme. Paixão Selvagem (porque prefiro não me referir ao filme com seu nome original por respeito à música homônima) é ruim do começo ao fim, tem algumas cenas boas e só. Se não fosse os nomes que ele carrega, nem teria assistido.
A Esquiva
3.4 13Filme mediano, sem graça, mas tem algum potencial. Os personagens são muito chatos, eles me irritaram bastante.
A Festa E Os Convidados
3.9 13 Assista AgoraA insanidade vai invadindo aquelas pessoas cada vez mais. O filme é instável, podendo acontecer qualquer coisa e mudando as relações das pessoas a cada segundo, sejam por fatos que estão ocorrendo ou porque simplesmente o espectador não havia sido avisado daquilo antes.
Primeiramente o que mais chama atenção são as metáforas da alienação e do conformismo. Mas o filme tem um forte contexto existencial também.
PS: Sobre o filme ter sido “banido para sempre” no seu país de origem, fiquei curioso. Ele foi realmente banido para sempre, ou na época foi assim declarado, mas hoje já é possível encontrar cópias na República Tcheca? Procurei na internet, mas não achei nada.
O Sol Por Testemunha
4.2 92 Assista AgoraPlein Soleil fez eu me lembrar de outros dois filmes: Morte Em Veneza (1971) e Profissão: Repórter (1975).
O que ocorreu é óbvio. Delon é tão belo que poderia facilmente ser um Tadzio, representando a beleza eterna nas praias da Itália, embora seu comportamento seja distinto do personagem criado por Thomas Mann e levado ao cinema por Luchino Visconti.
A troca de identidades, as mentiras que fazem o protagonista realmente ser Tom e Philippe ao mesmo tempo, não sabendo exatamente quem é, levando essa ambiguidade ao espectador também.
O final trágico, porém em aberto, também é semelhante aos outros filmes citados. Não que essa comparação tenha algum sentido fora da minha mente, mas foi algo que me chamou atenção.
Pleasantville: A Vida em Preto e Branco
4.1 382 Assista AgoraEm alguma tarde perdida, em algum feriado em 2011, eu assisti esse filme em algum canal do HBO. Lembro-me muito vagamente da história, algumas cenas estão na minha mente, talvez desfiguradas. Nem lembro o porquê, mas estava muito triste quando assisti esse filme.
Alice no País do Espelho
4.1 7Esse filme marcou minha infância! Eu pegava ele todo mês na locadora, ainda era em VHS. Infelizmente, hoje não me lembro muito bem dele, apenas algumas cenas, mas vagamente. Gostaria muito de rever.
Os 39 Degraus
3.7 120 Assista AgoraHitchcock ensaiando para Intriga Internacional.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraComentários do tipo "típico filme francês" e "realista, como todo filme francês" só demonstram que muitas pessoas não estão nem um pouco acostumadas com o cinema realizado na França e generalizam um ou outro comentário que já ouviram sobre este.
Pior ainda são aqueles que criticam o "grande erro do filme", que foi não dar ênfase ao preconceito contra as escolhas sexuais de Adèle e que o filme tem muitas cenas desnecessárias que mostram vulgaridades do cotidiano da protagonista. Antes de tudo, vocês precisam ler o título do filme. La Vie d'Adèle, ou seja, A Vida De Adele; é proposital, é a intenção do diretor mostrar a vida da protagonista, fazer um estudo detalhado sobre seus sentimentos e pensamentos. Não há forte abordagem do preconceito, porque não é necessário, porque esse não é um "filme gay", quem procura meramente por isso, não vai encontrar aqui. Esse é um filme sobre as descobertas, sobre a paixão, sobre a vida.
Amor Pleno
3.0 558Algo que só percebi há alguns dias: esse é o primeiro filme do Malick que se passa no mundo contemporâneo. Todos os seus outros filmes mostram histórias de tempos já passados, como na Segunda Guerra Mundial, nos anos 50, no século XVII.
Filhos e Amantes
2.8 9Subestimado. O filme é muito bom, tendo poucos momentos mais fracos. É exatamente o que diz a frase no final, o que importa é querer viver, é mais importante se sentir vivo.
E o filme me parece um retrato da indecisão, os personagens nunca sabem o que realmente querem.
Educação Sentimental
3.4 32O filme tem momentos muito interessantes, principalmente aqueles em que Áurea conta sobre poetas e outros artistas, diversas teorias sobre os tipos de risadas, histórias em geral e sua mãe. Porém não gostei do filme, como um todo. Achei as cenas de dança cansativas e aquela "circuncena" desnecessaria (não é exatamente isso, mas não consegui um termo melhor para o que achei sobre isso).
A Ascensão
4.3 61Fez meu coração bater de uma maneira estranha. Causou-me sentimentos indescritíveis.
A Última Onda
3.3 20Tenta ser mistério metafísico, crítica social e drama familiar, acaba não dando certo como nenhum dos três.The Last Wave tem algumas ideias boas, uma abertura interessante e uma sequência final consideravelmente bela, mas não funciona muito bem. Vindo logo após uma das maiores obras primas da história do cinema, Picnic At Hanging Rock, esperava mais desse filme.
Disque M Para Matar
4.4 680 Assista AgoraQue situação sem saída. Agonia é o nome disso.
Muito longe de ser o melhor Hitchcock, ou mesmo meu favorito. Mas, certamente, foi seu filme que mais me envolveu, no sentido em que me senti dentro dos personagens.
I Am Curious (Blue)
3.7 6Não vou conseguir descrever exatamente o que estou sentindo nesse momento. Achei em I Am Curious (Yellow/Blue) tudo aquilo que estava procurando. A representação da juventude da maneira que eu penso sobre ela; momentos eternos e únicos perdidos na eternidade; lugares nunca antes vistos; a beleza eterna ou a beleza simplesmente vista em qualquer tempo e espaço; uma idealização mais forte do que tudo; a vida e a solidão na cidade e na natureza; o sexo, ao mesmo tempo banalizado e visto como o tudo; a destruição do muro que separa a realidade da arte; o que o cinema deveria ser.
A maneira que eu quero viver minha vida e o jeito que eu vejo a arte e o cinema, ambos mudaram agora.
I Am Curious (Yellow)
3.7 20Não vou conseguir descrever exatamente o que estou sentindo nesse momento. Achei em I Am Curious (Yellow/Blue) tudo aquilo que estava procurando. A representação da juventude da maneira que eu penso sobre ela; momentos eternos e únicos perdidos na eternidade; lugares nunca antes vistos; a beleza eterna ou a beleza simplesmente vista em qualquer tempo e espaço; uma idealização mais forte do que tudo; a vida e a solidão na cidade e na natureza; o sexo, ao mesmo tempo banalizado e visto como o tudo; a destruição do muro que separa a realidade da arte; o que o cinema deveria ser.
A maneira que eu quero viver minha vida e o jeito que eu vejo a arte e o cinema, ambos mudaram agora.
O Anjo Azul
4.2 86 Assista AgoraQue triste decadência... Uma vergonha.
Não consegui deixar de detestar todos os personagens do filme na segunda metade.