Chega a dar pena de tão ruinzinho. Qualidade da animação é estilo PS2, simples de tudo, e a história extremamente infantil e chata. Acredito que nem se eu assistisse isso quando criança iria gostar, kkkk.
Agora que os gatos tomaram conta da internet, cujos vídeos fofinhos se tornaram omnipresentes nas redes sociais, é apenas uma questão de tempo até O Reino dos Gatos ser redescoberto e se tornar em fenómeno viral. Quer dizer, se até Gatos conseguiu ganhar distribuição comercial internacional no grande ecrã, o que dizer deste filme do estúdio Ghibli?
O Reino dos Gatos é uma espécie de spin-off não assumido de O Sussurro do Coração, um dos grandes filmes da produtora de Hayao Miyazaki. É certo que é um dos seus títulos menores, mas nem por isso O Reino dos Gatos merece menos atenção. Tal como os filmes da Pixar, que quando é bom é bom e quando é mau, é bom na mesma, os desenhos-animados da Ghibli são sempre acima da média.
Nunca um filme de Miyazaki esteve tão perto de Walt Disney. Depois de salvar um gato de morrer atropelado, Haru é transportada para um reino de gatos, onde estes estão totalmente antropomorfizados, falando e tudo. O gato que Haru salvou é o príncipe daquele reino paralelo e, por isso, o seu pai, o rei, decide casa-la com o filho. A sua única escapatória daquele casamento real, que a levarão a transformar-se também ela num gato, é o chamado Gabinete de Assuntos dos Gatos, liderado por uma espécie de Arsene Lupin felino, o Barão Humbert von Gikkingen, e o seu ajudante com os ossos largos (eufemismo para gordo), Muta.
O Reino dos Gatos é uma espécie de Alice no País das Maravilhas com gatos, em que esse universo alternativo felino com aquele realismo mágico nipónico muito particular serve de metáfora para a auto-determinação de Haru, para o aumento da sua auto-estima e dos seus níveis de confiança. É, portanto, uma história sobre crescimento, com uma mensagem moral à espera de se soltar no final. E com a animação perfeita do estúdio Ghibli, que torna todos aqueles gatos verdadeiramente adoráveis.
Visualmente falando é fantástico, a estética da animação é deslumbrante. As paisagens, as cores, os detalhes... Todo efeito visual é impecável, o que não é novidade nos filmes de Hayao Miyazaki, mas a história é bem sem graça e não me cativou.
É uma boa animação de fato, mas não achei essa obra-prima que dizem. Pra falar a verdade, nem entendi o propósito do Totoro no filme, na real, eu nem senti que ele tinha uma história... É basicamente duas garotas eufóricas que descobriram a existência de um bicho na floresta que fazia plantas crescerem e acharam isso o máximo, tirando a Satsuki a outra menina é bem chata e irritante, os pais das meninas eram uns bananas que não achavam estranho os papos estranho das meninas, e o Kanta também é outro personagem que ficou largado na obra.
O filme Rubber não é sobre um pneu assassino, e sim uma crítica à indústria hollywoodiana, em especial, de filmes de terror. Tal crítica é expressa através do retrato de uma típica produção de um filme do gênero: gananciosa e sem noção do ridículo. Afinal, todos já assistimos filmes com bonecos assassinos, casas assassinas, pesadelos assassinos, elevadores assassinos, mortos assassinos etc.
Rubber falha ao escolher o objeto inanimado utilizado como protagonista do filme dentro do filme: Um pneu não é absurdo o suficiente para que o espectador distraído compreenda que trata-se de uma paródia. Mas tal falha não é culpa de ninguém: não existem objetos que sejam muito mais absurdos do que aqueles que têm sido utilizados em Hollywood. Para contornar qualquer dúvida, Rubber "quebra a quarta parede" logo na primeira cena.
Em Rubber, nós, espectadores, também somos analisados ao sermos transportados para dentro do filme, representados pelo grupo de pessoas que observam as filmagens através de binóculos. O garoto impaciente que se diz entediado enquanto o filme mal começou, as amigas barulhentas que soltam um "os incomodados que se retirem", o cinéfilo que procura sentido em tudo, até mesmo em um filme de um pneu assassino. Estamos todos lá. Somos roubados enquanto dormimos e nos deixamos envenenar ao engolir qualquer porcaria que os cineastas nos dão.
Segundo longa do bizarro diretor francês Quentin Dupieux, Rubber, apesar de sua origem no Velho Mundo, é integralmente falado em inglês e passado nos EUA, em algum lugar desértico da Califórnia. E, diferente do que sua premissa nonsense deixa entrever, a obra consegue ser mais do que aparenta. Sim, a besteirada toda prometida pela sinopse está lá intacta, da maneira que se imagina (ou não), mas há algo além para ser apreciado em outras e intrigantes camadas.
O filme começa com a câmera focando umas 10 ou 12 cadeiras pretas colocadas em pleno deserto. Um contador (Jack Plotnick) segura vários binóculos nas mãos. Ao longe, um carro se aproxima vagarosamente, e começa a derrubar cadeira por cadeira, desmanchando-as ao mais leve toque. Depois desse ritual, o carro para e, do porta malas, sai um xerife (Stephen Spinella) todo paramentado, inclusive com os essenciais óculos escuros. Ele entrega os óculos escuros ao motorista que dá para ele um copo d’água. Em seguida, o xerife (seu nome é Chad) olha para a câmera e faz a pergunta: “Por que o E.T. de Spielberg é marrom?” Ele mesmo responde: “Não tem nenhuma razão” (no reason)”. E continua: “Por que em JFK, de Oliver Stone, JFK é assassinado?” E responde novamente: “Não tem nenhuma razão”. Faz mais umas cinco perguntas, até mesmo sobre a vida real (“Por que não enxergamos o ar que respiramos?”), respondendo a todas as perguntas com no reason. Termina seu discurso derramando o copo d’água no chão e a câmera se afasta para revelar que, na verdade, ele não estava falando conosco, mas sim com um platéia de 10 a 12 pessoas a quem são finalmente entregues os binóculos que estavam no contador que, ato contínuo, aponta na direção em que eles têm que assistir ao espetáculo, ao filme que nós então também passamos a assistir.
Ao estabelecer esse enquadramento – que não é rígido, valeu destacar – Quentin Dupieux fez mais do que ele poderia fazer com a sinopse que começa esta crítica. Ele transforma a proposta bizarra de Rubber em um filme metalinguístico, ou um filme dentro de um filme. E a razão para isso? Ora, talvez no reason seja a resposta certa. É a mesma resposta que se dá para as perguntas “por que um pneu?” e “por que telepático?”. Isso separa o filme da vala comum das idiotices completas que inundam o cinema mundo afora. Os espectadores dentro do filme estão cientes do que está acontecendo e acompanham o sanguinolento caminho do pneu assassino da mesma maneira que nós, espectadores fora do filme, acompanhamos o que acontece com nossas contrapartidas fílmicas.
E, com isso, Dupieux estabelece uma forte crítica sobre o Cinema como arte. Mais do que isso, ele desafia a nossa compreensão da Sétima Arte e brinca com nosso ímpeto natural de querermos explicações para tudo. No reason é uma bofetada em nossa ânsia por detalhes, é uma sacudida para deixar claro que nem sempre as coisas precisam ser destrinchadas para serem apreciadas. É uma frase que liberta, que nos deixa atravessar o batente da porta que nos deixa preso a literalidades.
Em termos narrativos diretos, ou seja, sobre o pneu telepático assassino em si, não há muito mais o que falar. O baixo orçamento da obra é um de seus charmes e um pneu velho como protagonista é curioso demais para desviar o olhar por um segundo sequer, ainda que a ação seja esparsa. Mas Dupieux não é bobo e sabe que sua premissa não ocuparia um longa completo. Por vezes o diretor surpreende, por outras é repetitivo quando o foco fica mesmo no borrachudo. Quando a novidade começa a perder seu frescor e quando as mortes “telepneumáticas” começam a perder a graça, o que não demora muito para acontecer, devo ser honesto, Dupieux trata de acabar o filme. Novamente, ele mostra inteligência em sua arte.
Rubber é mais do que sua sinopse ou premissa. Trata-se de uma surpresa que diverte, mas, ainda mais importante, faz pensar. Algo improvável quando o protagonista é um pneu telepata assassino, não é mesmo?
É um bom filme de terror e só, poderia ser melhor. O longa tem um problema de ritmo, as atuações são boas, mas cenas de horror são poucas. Não passa medo e aflição em momento algum. Mais um remake do passado que Hollywood desenterra, mas ao menos é assistível.
A vida é realmente uma festa e a forma como o roteiro do filme nos remete a um céu ou uma Terra dos Mortos, muito peculiar e festiva. A história é atraente e as músicas são incríveis, e a ênfase criativa sobre os animais de estimação foi uma grande sacada. Vale a pena assistir e se divertir.
Cada vez menos, as tradições e os antepassados são valorizados pelas pessoas. Pouco importa quem foram os nossos bisavós e tataravós: preocupamo-nos com o hoje e o agora. Em “Viva – A Vida é uma Festa”, podemos ver o quanto isso é importante com base em uma festa típica mexicana: o Dia dos Mortos.
Acompanhamos a história de Miguel Rivera, um menino que sonha em ser músico, mas vive em uma família onde a música é proibida. O motivo? O tataravô de Miguel deixou sua família para viver de música, e a amargura da tataravó foi passada de geração em geração. O garoto, entristecido com a família e sem acreditar na celebração de respeito aos antepassados, acaba indo parar no próprio mundo dos mortos, onde deverá encontrar seu tataravô para que sua família viva uma redenção do passado – e assim ele possa retornar ao mundo dos vivos.
A Pixar é conhecida por acertar de forma certeira em ideias novas, ao contrário das continuações, que dificilmente superam ou se igualam aos filmes originais (Toy Story é exceção, claro). “Viva – A Vida é uma Festa” é a prova de como o estúdio não apenas sabe explorar novas ideias, como desenvolve suas histórias de forma incrivelmente bem estruturada, e com qualidade técnica primorosa.
É fácil de reparar, por exemplo, como uma animação voltada às crianças poderia se perder para explicar uma linhagem familiar de quatro gerações. Ou então, poderia tornar-se enfadonha nesta explicação. Ela não apenas vence essa dificuldade, como ainda nos apresenta traços físicos e personalidades muito diferentes em cada um deles. E por falar em traços: que traços! Cada expressão de felicidade de Miguel e cada ruga de sua avó e sua bisavó carregam em si uma história. Aliás, tecnicamente o filme é impecável: as mudanças no corpo de Miguel, a fotografia dos ambientes, especialmente aqueles cheios de velas, o design de produção do mundo dos mortos, e as cores que alegram o cemitério no dia da celebração são apenas alguns dos pontos altos.
É belo perceber, também, como o arco dramático do protagonista ocorre de forma gradativa. Logo após se dar conta de que o mundo dos mortos realmente existe, ele continua vendo esses personagens apenas como pessoas no seu caminho, para somente mais tarde compreender a importância da família e, em respeito à memória perdida do tataravô, aceita até mesmo a condição dada no início para que ele volte do mundo dos mortos.
Entre tudo o que se pode analisar do filme, quero destacar os elementos que mostram as mensagens que a animação traz sobre família, passado e futuro. O protagonista, Miguel, é apenas uma criança (ou seja, representante do futuro), mas carrega o drama de um preconceito que existe em sua família com relação à música. A mensagem do filme, portanto, tem relação com o fato de que deve-se valorizar o passado e a História, mas rompendo com preconceitos antigos. É óbvio para qualquer um que não é nada bacana ter preconceito contra música… mas tire esse elemento e coloque os preconceitos que os seus avós carregam com eles, e você terá uma mensagem um pouco mais clara.
Uma animação que conquistou a todos sem sombra de dúvidas é “Carros” um dos filmes de maiores sucessos da Pixar. Velocidade, personagens carismáticos e uma história envolvente de superação e amizade. Tendo a pixar alçado um voo tão grande com uma temática, era questão de tempo até surgir algo similar. É ai que entra o longa animado “Turbo” da DreamWorks que chegou recentemente na Netflix.
Um caracol que só tinha seu sonho na mente e um monte de nitro no corpo. Depois de se envolver em um acidente, Turbo consegue agora correr mais rápido que um carro de F1, contudo, para um pequeno caramujo, qualquer coisa é um everest, mas ele não desiste.
Não tem muito o que falar, Turbo com certeza é um dos filmes que marcou muita gente, não atoa está no top 10 da Netflix com sua aparição nos streaming. Uma proposta um tanto quanto inovadora e fantasiosa, que faz parte da memória afetiva de muitos, principalmente dos fãs de Relâmpago Marquinhos.
Turbo tem algumas problemáticas, mas nada que tire o envolto do filme. O protagonista, ao meu ver, tem pouco carisma, não consegue envolver o público com seu sonho. Até mesmo o coadjuvante, Taco Man, tem pouco carisma, é uma soma de pouco em pouco, que faz o filme ficar minimamente envolvente. Os caracóis secundários que ele conhecem, conseguem ser mais chamativos e engraçados que o prota, creio que isso é um tanto problemático. Contudo, você consegue aproveitar tranquilo uma hora e meia de animação.
Outro ponto chave é sempre a necessidade de ter um vilão encarnado, não somente um rival, etc. Gui Champion, estava fazendo perfeitamente esse papel de rival, até quererem colocar ele como vilão, invés de só um rival que enlouquece no final da corrida, me deixou meio “nheee”.
Enfim, Turbo chega na Netflix para nos relembrar que qualquer sonho é possível, desde que tenhamos um apoio ideal e que meritocracia não existe, afinal, só com esforço Turbo nunca correria.
Continuação direta para vídeo deplorável. Absolutamente NADA funciona aqui. História sem pé e sem cabeça, atores de esquina, fotografia horrorosa e direção lamentável. Só o primeiro filme dessa saga que prestou mesmo, depois foi só ladeira abaixo.
Terceiro filme da franquia assemelha-se apenas no nome. O filme Eu sempre vou saber o que vocês fizeram no verão passado (2006) é tão longo e maçante quanto o título. O longa teve a direção de Sylvain White e não foi lançado no cinema, indo direto para versão em DVD, o que já diz muito sobre a obra.
Eu Sempre Vou Saber o Que Vocês Fizeram no Verão Passado conta a estória de uma turma de adolescentes que, após uma brincadeira de 4 de julho, baseada em uma lenda assustadora, resulta na morte de um amigo. Os quatro jovens envolvidos na brincadeira fazem um pacto de silêncio em torno do ocorrido. Porém, em uma pequena cidade do Colorado onde eles vivem as coisas não permanecem tão silenciosas por muito tempo. Os jovens ficam afastados uns dos outros até o próximo Dia da Independência, momento esse no qual eles começam a receber mensagens ameaçadoras, sugerindo que alguém sabe o que eles fizeram no último verão. Agora, eles terão que procurar conhecer a verdade e ainda escapar de uma armadilha mortal que está sendo montada para pegá-los.
Com o mesmo “gancho” (trocadilho bem empregado) dos filmes anteriores, um segredo foi guardado, mas “ele” sempre vai saber o que aconteceu, o que tornar o filme nada inovador e extremamente entediante. O longa aborda a mesma fórmula com novos atores, com rostinhos bonitos, mas que não garantem o sucesso como aconteceu em Eu sei o que vocês fizeram no verão passado (1997), sem falar de um roteiro tão falho que dá até uma dor no coração.
Analisar esse filme é um teste de paciência. Não há nada de suspense e não chega nem perto de ser um terror. Esse longa tem um roteiro ruim, direção ruim e atuação tão trash que chega a ser engraçado. E sem falar no assassino, que some e aparece como se fosse uma assombração, e chega a tal ponto que podemos confundir com uma entidade do capeta.
Afirmar que essa sequência não deveria existir é pouco. Se dói para quem é fã da franquia, imagina para quem não é!
Não é péssimo, mas também não é bom. Sequência extremamente inferior ao clássico de 97. Se no primeiro já tinha absurdos e furos de roteiro, nesse aqui tem em dobro.
Desde o lançamento do primeiro filme, que rendeu seis vezes mais o que custou em 1997, não era preciso ser crítico ou especialista em linguagem e história cinematográfica para saber que os produtores iriam arranjar alguma forma de apresentar uma sequência ao público. O problema é que nem todos tinham capacidade de Wes Craven em produzir continuações. Se Pânico 2 consegue ser ainda melhor que o seu primeiro filme, Eu Ainda Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado segue o caminho contrário, pois para tentar impressionar, recorre à todos os clichês possíveis do gênero, o que não é um problema, se fosse bem estruturado e plausível.
No final do primeiro filme, o roteiro segue à risca um dos tópicos da cartilha do terror: se você não viu o corpo do algoz, significa que ele ainda pode estar vivo. Um ano após os terríveis acontecimentos que ceifaram a vida de seus amigos Helen e Barry, Julie (Jennifer Love Hewit) muda-se para Boston e volta para a faculdade. A relação com Ray (Freddie Prinze Jr) está por um fio, pois a distância esfriou os sentimentos.
Como era de se esperar, a produção não iria apenas dedicar todo o roteiro na perseguição do casal por parte de um suposto morto-vivo. É aí que entra a amiga Karla, uma corajosa companheira de quarto. Há ainda o namorado da nova amiga e um sorridente rapaz que insiste em paquerar Julie. Certo dia as moças recebem uma ligação. É de um apresentador de programa de rádio local. Se elas acertarem uma pergunta, ganham passagens para um final de semana (chuvoso) nas Bahamas. A pergunta é sobre geografia: qual a capital do Brasil?
Após alguns segundos para pensar, elas respondem que é o Rio de Janeiro, o que causa uma inquietação inicial, mas que se explica ao longo do filme. O programa era uma cilada para levar Julie ao encontro com o pescador vingativo. Excêntrico, não? Pois este é o mote do filme. Toda uma parafernália narrativa que não convence nem os espectadores mais despreocupados com o desenvolvimento de um roteiro de cinema.
Apelativa, esta continuação aposta na violência dos assassinatos e em desculpas absurdas e insustentáveis para condução do roteiro, uma colcha de retalhos mal conduzida pela direção de Danny Cannon, inexpressiva diante do material ruim que recebera para guiar. O roteiro de Trey Callaway demonstra que ele entende de filmes de terror, mas fica preso apenas à histeria e as perseguições que parecem não ter fim. Como não há muito que contar, a única escolha era aumentar a lista de corpos. Há até alguns momentos interessantes, como a irônica canção I Will Survive, cantada por Julie num caraoquê, mas nada mais que isso.
Com filmagens no México e na Califórnia, a produção foi um sucesso de bilheteria, mas fracasso total de crítica. Ao longo dos seus 101 minutos de duração, Eu Ainda Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado é enérgico e eficiente como filme de ação, principalmente do meio para o final, mas os furos e a fragilidade do roteiro não deixam qualquer fagulha que nos faça aceitar a produção como algo interessante, principalmente por conta do seu final que deixa a entender uma continuação. Se esse não tinha o que contar, imagina uma próxima investida no pescador vingativo? De fato houve um absurdo Eu Sempre Saberei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado, mas o filme não segue os dois primeiros e possui como ligação apenas o título oportunista.
Em Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado quatro jovens atropelam um homem por acidente e decidem dar cabo do corpo, pois tem medo das consequências que aquele acontecimento pode trazer para a vida de todos os envolvidos. Um ano após o fatídico acidente, alguém parece saber da história e decide atormentar a vida dos jovens, inicialmente com uma correspondência que traz em seu interior um bilhete que repete o título da trama. Alguém sabe o que eles fizeram no último verão, mas quem seria?
A história se aprofunda muito bem no psicológico de cada personagem e mostra como cada um tem reagido com o segredo que juraram carregar. É uma boa história, com ótimos personagens, mas creio que ficaria bem melhor se fosse um thriller psicológico, com certeza iria prender mais atenção do espectador, já que em um momento do filme comentaram ser uma lenda urbana. Na minha opinião ficaria bem mais intenso, mas tá valendo. Assim como pânico cumpriu bem o seu papel de um bom scary movie.
Destaque para a cena de perseguição da Helen Shivers. Bem longa e tensa.
É a partir deste acontecimento que todo o panorama é modificado. Eles precisam descobrir quem está por trás da possível brincadeira. Alguém viu o acidente e o abandono do corpo? O estranho conseguiu sobreviver ao acidente e retornou para se vingar? Eis o mote do filme. Os personagens não são muito carismáticos, mas conseguem dar conta do roteiro. O desejo de abandonar o corpo para se livrar das consequências não vai adiante. Se eles estão fora do eixo judiciário, fora do encarceramento físico, os seus planos foram alterados e a claustrofobia social torna-se um pouco abstrata e tão medíocre quanto estar num presídio, tendo em mira as audaciosas medidas posteriores ao término do colegial: ser atriz, estudar Direito, etc. As coisas, infelizmente, não seguem esse rumo.
Helen (Sarah Michelle Gellar) tinha planos de viajar e abandonar a vida interiorana, mas acaba como uma das funcionárias do negócio da família, numa lojinha local. Julie (Jennifer Love Hewit) vai para a faculdade, mas não consegue se livrar do sentimento de culpa, o que a deixa desconcentrada e com péssimo desempenho estudantil. Ray (Freddie Prinze Jr) torna-se um dos pescadores do local, uma cidade costeira, e Barry (Ryan Phillipe) não muda muita coisa, pois continua sendo um “playboy” arrogante e que se esconde por detrás da riqueza da família.
A produção, baseada no livro homônimo de Louis Ducan, lançado em 1973, nos lembra filmes como Sepultado Vivo e Eu Vi O que Você Fez, Eu Sei Quem Você É. Supostos mortos que retornam para infernizar a vida de quem os prejudicou. Eis uma história de vingança convincente. Não é um primor narrativo, mas funciona como filme de terror e suspense.
Os personagens são básicos, fogem dos irritantes clichês de moças extremamente sexuais e rapazes descerebrados, além de possuir um ritmo que segura o espectador até o final, graças à eficiente montagem, ao equilibrado e bom trabalho de som, aliados aos aspectos sombrios da direção de fotografia.
O bilhete recebido é apenas o prelúdio para uma perseguição implacável. O perseguidor utiliza uma indumentária de pescador, numa espécie de capa de chuva que lhe esconde o rosto quase totalmente. Não é uma sexta-feira 13, sequer Halloween, mas a data é emblemática: 04 de Julho, dia da Independência dos Estados Unidos. Um dia representado pelo heroísmo da sociedade americana, postura que vai ser transferida para os jovens, caso queiram sobreviver.
Orçado em U$17 milhões, rendeu seis vezes mais o valor de custo e alçou a carreira de muitos dos envolvidos na produção. Mais que merecido. O filme trata com agilidade e destreza temas já banais como a culpa e a vingança. O argumento simplório é bem explorado, sem deixar pistas fáceis e ficar preso aos assassinatos em demasia.
Em 2013, em pleno século XXI, a DreamWorks investiu numa animação que se passava no período Paleolítico – e deu super certo. Oito anos depois chega aos cinemas a continuação: ‘Os Croods 2: Uma Nova Era’, uma mirabolante aventura super colorida com um plot bem louco que deve agradar crianças de todas as idades.
Depois que a família Crood concordou em “adotar” Guy (Ryan Reynolds, dublado no Brasil por Raphael Rossatto), Grug (Nicolas Cage, dublado por Hércules Franco) tem se sentido meio excluído, pois toda a família gosta das ideias de Guy, especialmente sua filha mais velha, Eep (Emma Stone, dublada por Luísa Palomanes), que parece estar gamadinha pelo jovem. Até que um dia, nas andanças atrás de comida, os Croods acabam encontrando um oásis no meio do deserto, onde vive a família de Bem (Peter Dinklage, dublado por Rodrigo Lombardi) e Esperança Bemelhor (Leslie Mann, dublada por Juliana Paes), pais de Aurora. O paraíso rapidamente se revela não ser tão perfeito assim quando a convivência entre os patriarcas das duas famílias mostra seus verdadeiros planos.
Baseado na história de Kirk DeMicco e Chris Sanders, o roteiro de ‘Os Croods 2’ é uma grande viagem – em todos os sentidos. Escrito por Kevin Hageman, Dan Hageman, Paul Fisher e Bob Logan, a história parte do ciúme paternal para chegar ao cerne do seu argumento: o embate entre o moderno e o antigo, que não necessariamente precisa ser excludente e podem conviver em harmonia.
Para chegar no ápice de ‘Os Croods 2’, o roteiro literalmente inventa um monte de aventuras non-sense que certamente encantará a criançada e arrancará risadas do público mais adulto – afinal, são tantos os absurdos, que diverte. Rola até uma cena inteira inspirada no clássico passeio de Aladdin e Jasmine (além do visual das personagens Aurora e Esperança), só que aqui em vez de um passeio romântico é um rolê aventuresco entre duas amigas. Pensando no conceito de “filme para toda a família”, a continuação do sucesso da DreamWorks se concentrou bastante em agradar principalmente os pequenos, inserindo diversas piadas e elementos que remetem a outros sucessos do grupo NBC/Universal, como as bananas e ‘Os Minions’ – ainda que seu plot seja embasado num universo mais jovem adulto.
O que mais chama a atenção nesse filme é a evolução da técnica de animação do estúdio entre o primeiro e o segundo longa. Humanos e animais ganham texturas impressionantes nos detalhes dos cabelos e dos pelos – é quase como se conseguíssemos senti-los, e tem cena que dá para ver a veia exaltada no pescoço de Grug, como se ele nem fosse um desenho; a paleta de cores é bem demarcada nos três arcos, entre tons solares no início, para um mundo colorido no meio, culminando com a vibração neon que o final do longa pede, tudo sob a batuta da direção de arte de Richard Daskas.
‘Os Croods 2: Uma Nova Era’ abre um leque de possibilidades para essa franquia que ninguém deu nada por ela, mas que conquistou seu espaço. Apesar de demorar um pouco para mostrar a que veio, é uma continuação animada e que deixa um gostinho de quero mais.
História bacana e criativa recheada com um cenário muito original. Tem momentos de drama familiar, tensão e humor. Animação meio "sessão da tarde" mas não chega a causar arrependimento ou perda de tempo para quem vê.
É uma animação simples, mas consegue render uma ótima diversão. Ela se baseou em uma fórmula já conhecida do público, porém com uma roupagem diferente. Assim como em outras animações, temos os heróis, que vivem dentro de uma rotina e acabam tendo de mudar tudo após um vilão, que no caso é a própria Terra, chegar e modificar tudo. Sendo assim temos uma quebra de rotina que gera uma história extraordinária.
Vamos nos aprofundar um pouco na história. “Os Croods” são uma família pré-histórica, escondidos na maior parte do tempo dentro de uma caverna. A família é composta por: Grug, a esposa Ugga, a vovó, o garoto Thunk, a pequena e feroz Sandy e a jovem Eep. O problema é que Grug, o patriarca, é rígido com as regras que fizeram a família sobreviver durante tanto tempo no mundo, ele morre de medo do mundo exterior. Um dia o mundo começa a mudar literalmente, pois os continentes começam a se separar, agora em perigo, a família tem que aprender a viver fora da caverna e Grug ainda tem que lidar com a filha adolescente Eep que acaba conhecendo o também jovem Guy, que está cheio de ideias e invenções!
Uma das coisas que achei mais inovadoras nesta animação, foi justamente uma releitura de um mundo pré-histórico que já estava meio batido por conta de “A Era do Gelo” e seus 4 filmes. Aqui, os diretores Kirk De Micco e Chris Sanders realmente souberam criar um mundo muito particular. Gostei muito das criaturas que habitam o planeta. São misturas de dinossauros com animais que já conhecemos, porém, mesmo os mais agressivos, tem um tempero de humor que os deixa muito divertidos. O cenário aqui também merece um destaque, com uma ambientação muito bem feita toda a trajetória que acompanhamos dos personagens, ganha um ar muito bonito, mesmo estando imersos em problemas tão grandes.
Os personagens são ótimos. Cada membro da família tem uma característica única. O filme em si, foca em Eep e Grup, pois são os dois com personalidades mais fortes e mais característicos. Eep é curiosa e esta querendo sempre o novo, Grup é o pai conservador e antigo, que quer que nada mude. Ainda tem a entrada de Guy, o jovem que vem com todo o ar “tecnologico”, ele é um personagem interessante por ser o responsável por levar as soluções a família.
A história como um todo é muito bem feita, e esta bem amarradinha. Como disse anteriormente é simples e serve sim para toda a família. Não estamos aqui falando de um filme com uma pegada mais filosófica, como “UP”, por exemplo, mas estamos falando de um filme que deixa uma mensagem positiva, porém tem uma narrativa muito clichê. Ou seja, não vá assistir “Os Croods” esperando grandes arcos misteriosos, ele é bem batido e não proporciona surpresa alguma.
Acredito que o grande ponto forte desta animação é sim a Direção de Arte, que juntarei aqui com a Fotografia. O filme tem passagens belíssimas, como por exemplo, quando os “Pássaros Piranha” atacam Eep e Guy vai salva-la. É uma cena até clichê, mas muito bem bolada. O mundo de “Os Croods” é o que mais me encantou, tem um brilho muito mais especial que “A Era do Gelo”, por exemplo.
Em termos de roteiro, já comentei que não há surpresas, mas gostaria de deixar um adendo para as piadas. São piadas muito bem colocadas e muito sutis. Como, por exemplo quando Eep coloca os sapatos pela primeira vez, ou quando Grup quer provar que é inovador também. Umas tiradas sutis e muito bem feitas.
Enfim, “Os Croods” é uma animação que merece ser assistida, não só simplesmente por ser uma animação, mas por trazer uma leitura nova e muito bem acabado desse mundo pré-histórico.
Como filme de ação o resultado é mais ou menos, não é grande coisa, mas dá pra assistir sem grandes expectativas ou exigências. O grande problema é que esse formato de filme de assaltos mirabolantes já tá saturado, dando uma sensação de que aquele tipo de história que já foi contada mais vezes do que deveria.
E as coisas pioram quando o roteiro não ajuda e neste caso a trama é tão genérica, artificial e esquecível que parece ter sido gerado pelo ChatGPT, onde simplesmente pediram para gerar um filme no estilo "Missão Impossível", mas com uma pitada de NFT pra diferenciar...
Enfim, recheados de clichês e absurdos de roteiro, personagens sem química entre si e extremamente previsível, produção decepcionante.
Apesar de ter um começo interessante, de metade até o final se torna uma animação bem chata e arrastada. Pelo menos a qualidade técnica juntamente com a dublagem não é das piores.
Diria que o melhor momento do filme é quando chegam na Hogwarts do Paraguai.
No geral, se torna um entretenimento mediano e 100% esquecível.
Um filme que com certeza vale muito a pena ser assistido. Apesar de ter uma temática meio adolescente, não cai muito nesse clichê. A ideia da obra é extremamente interessante e consegue prender a atenção até no final.
E claro, além da excelente reflexão, também dou destaque a Emma Roberts e Dave Franco, pois formaram uma dupla com uma ótima química.
Vivemos hoje em um mundo cercado de tecnologia, onde é muito raro andar pelas ruas sem encontrar alguém sem um celular na mão. Passamos horas e horas fazendo várias atividades simultaneamente pela tela de nossos aparelhos eletrônicos ou computadores, e isso só se amplifica quando alguns ‘fenômenos’ aparecem. Diante deste cenário (onde as pessoas buscam visibilidade na internet todos os dias e estão fascinadas pelo game Pokemon Go), o filme Nerve definitivamente não poderia ser lançado em uma época melhor.
Dirigido por Ariel Schulman e Henry Joost e baseado no livro homônimo de Jeanne Ryan, Nerve tem como protagonista a jovem Vee (Emma Roberts), uma estudante prestes a entrar na faculdade – e que nunca fez algo ousado em sua vida. O ponto de virada é quando sua amiga Sydney (Emily Meade) lhe apresenta a febre do momento: o jogo online Nerve, que fica 24h em uma determinada cidade e no qual a pessoa pode ser jogador ou observador. Motivada a se aventurar, Vee surpreende seu círculo de amizades quando aceita participar como jogadora e fica maravilhada quando, a cada desafio completo, recebe uma certa quantia em sua conta bancária.
O que ela não sabe é que Nerve foi criado por um grupo de hackers que usam vários servidores e é impossível de ser descoberto. A partir do momento em que ela colocou sua impressão digital no jogo, sua vida já começou a ser controlada. Multiplique essa situação por alguns milhares, e agora sim dá para se ter uma ideia do poder que Nerve construiu apenas com a divulgação entre jovens. Quanto mais fãs o jogador tiver, os desafios se tornam mais complicados, mas o maior problema do jogo não são os desafios em si – na verdade, sair dele é o que exige ‘nerve’ (que significa ousadia em português). Se a pessoa desiste de um desafio, é expulsa, mas a situação fica ainda pior para quem tenta dedurar o jogo para algum adulto ou para a polícia, já que o jogador é observado a todo momento e tem todos os seus dados nas mãos de hackers.
Quando Vee começa a enxergar a verdadeira face do jogo, percebe que ele não é uma atividade inofensiva. Junto com seu parceiro Ian (Dave Franco), que fez parte de seu primeiro desafio, ela busca encerrar a manipulação que estão fazendo com milhares de jovens em várias cidades, e a dupla fará isso em uma noite cheia de adrenalina no melhor cenário possível: nas ruas iluminadas de Nova York.
Nerve é um filme de imersão imediata. Logo na primeira cena, com Vee usando seu computador e a câmera acompanhando a ‘rotina cibernética’ (que vai desde conversas no Skype até likes no Facebook) pelo olhar da personagem, é fácil se identificar com a atmosfera moderna do longa, pois essa rotina é a realidade de muitas pessoas. A história é bem construída e seus personagens são tão cativantes que torna-se impossível não torcer para que dê tudo certo no final; isso é muito importante em qualquer filme, ainda mais quando se trata de um filme de aventura como este. A realização dos desafios trazem cenas muito bem feitas, de fazer o espectador sentar na ponta da cadeira (ainda mais se você tem medo de altura!). Além disso, a dupla de protagonistas Vee e Ian possui uma conexão inegável e o elenco de apoio só adiciona a trama, com os atores Juliette Lewis (mãe de Vee), Miles Heizer (Tommy), Kimiko Glenn (Liv) e Samira Wiley (Hacker Kween).
O filme também propõe uma reflexão interessante: a de que todas as pessoas, mesmo aqueles que usam o artifício do anonimato (como os observadores), são responsáveis pelo o que dizem ou fazem na internet. Todos os atos têm uma consequência, e cabe a cada um se responsabilizar por isso. A exploração dessa mensagem é, de longe, um dos pontos altos do filme.
Os diretores sabem a que o filme veio: agradar a geração de adolescentes. Mas eles conseguem ir além com uma boa direção e uma fotografia hipnotizante na companhia de uma trilha sonora muito bem escolhida. Todos esses elementos fazem de Nerve um pacote completo: há romance, comédia, drama e ação. Sua temática atual e, sobretudo, realística, é muito inteligente e atinge tanto adolescentes como adultos, pois a maneira como foi abordada é um acerto em cheio para ambos os públicos.
A história do filme é bem inteligente, consegue misturar humor, ficção e emoções típicas dos filmes Disney. A história de Lewis é legal, mas, como sendo um filme voltado ao público infantil, não faltam algumas bizarrices, como as loucuras da família Robinson e as trapalhadas do aspirante a vilão, o cara do chapéu coco.
Mas de qualquer forma é uma animação bem bacana e bonita, além de claro das ótimas reflexões que traz, nos mostra que nunca devemos desistir, que aprendemos com os erros e não com os acertos, para haver evolução. Traz uma lição incrível que é nada acontece por acaso, e por mais que as coisas não estejam boas elas podem melhorar.
Nada de muito novo, mas prende a atenção. O destaque são as mortes bem bizarras. É um pânico mais sanguinolento com personagens menos carismáticos misturado com Terrifier só que com efeitos muito superiores. É a mesma narrativa de assassino, porém traz aquela reflexão sobre como os jovens gostam de filmar e expor tudo na internet.
Esse filme é bem mais escrachado que o primeiro, mas é o objetivo mesmo, não é pra ser levado a sério. É uma sequência divertido pra passar o tempo e lembrar dos personagens do primeiro filme. Se você curte uma comédia besteirol com um pouco de suspense e trash, ou gostou do primeiro, vale muito a pena conferir.
O primeiro A Babá (2017) era uma comédia de terror que brincava com alguns clichês do gênero, mas nunca embarcava completamente no exagero e absurdo que sua premissa sugeria. Esses problemas desaparecem neste A Babá: Rainha da Morte que enfia tanto o pé no acelerador do absurdo que em muitos momentos a trama sequer faz muito sentido. O que não me incomodou o tanto que imaginei que incomodaria, já que tudo é realmente divertido.
Na trama, Cole (Judah Lewis) ainda está traumatizado pelos eventos que ocorreram no primeiro filme. Pior, ninguém acredita na versão dele e todos acham que ele está louco, dos pais aos colegas de escola que constantemente zoam o garoto. Melanie (Emily Alyn Lind) é a única que acredita nele, então quando Melanie chama Cole para a casa no lago de sua família, o jovem prontamente aceita. O que ele não imaginava é que teria de enfrentar mais um ritual satânico.
A natureza hiperbólica e absurda dos personagens já se faz sentir nos primeiros minutos quando Cole conversa com o conselheiro da escola sobre os eventos do primeiro filme e ouve do terapeuta que a solução para os problemas dele é transar. É uma fala inacreditável, que jamais seria dita por um conselheiro escolar do mundo real (ainda mais do jeito que o personagem fala no filme), mas que funciona aqui por conta do regime de absurdo no qual o filme se inscreve.
Ninguém está aqui para criar indivíduos e situações críveis ou realistas, a lógica é mais da caricatura, do cartunesco e até as cenas de morte remetem a uma versão mais sanguinolenta de coisas que veríamos em um desenho animado. A reviravolta final inclusive, soa um pouco forçada, sem que o filme tenha devidamente construído a transformação de atitude de uma personagem específica e como esse é o raro momento em que a trama decide levar algo minimamente a sério, acaba não funcionando.
Esse senso de um universo exagerado, no qual tudo parece ser acelerado, hiperestimulado, também é transmitido pela montagem, que constantemente insere letreiros, números musicais ou imagens que comentam de maneira cômica os eventos da trama (como as imagens de um trem entrando num túnel e uma salsicha colocada em um cachorro quente quando Cole e Phoebe começam a se beijar) sem se preocupar muito com coesão narrativa.
Um exemplo é a luta entre Phoebe (Jenna Ortega) com Melanie, na qual um letreiro enorme escrito “Fight!” aparece na tela, como se fosse um game de luta. De repente barras de vida para as duas surgem nos cantos superiores da imagem e elas começam a lutar disparando bolas de fogo e dando cambalhotas apesar de nada antes ou depois disso dar qualquer evidência de que essas personagens tinham superpoderes. Não faz o menor sentido, não tem qualquer explicação dentro da trama (era real? Era a imaginação de alguém?), é feito simplesmente porque o filme achou quer seria divertido. E é.
É esse senso de exagero desmedido e desavergonhado que torna tudo tão divertido, personagens que retornam do primeiro Max (Robbie Amell) e Allison (Bella Thorne) parecem ainda mais conscientes de suas próprias naturezas caricaturais e ridículas. Isso é visto também nas mortes, ainda mais criativas absurdas e sangrentas, com qualquer membro decepado explodindo em um chafariz de sangue.
Talvez nem todo mundo consiga embarcar na viagem aloprada e sem noção que é esse filme, mas para quem estiver disposto a abraçar o exagero A Babá: Rainha da Morte é uma comédia de terror que diverte pela sua criatividade hiperbólica e gore exagerado.
Uma pegada bem juvenil, surpreende em uma medida boa, segue um caminho que apesar de seguir o besteirol acaba se diferenciando dos demais filmes e faz algumas tiradas muito interessantes!
Mesmo com uma atmosfera de comédia, conseguiu ter mais terror do que muitos do gênero.
Porém, a lógica dos acontecimentos é risível, como a parte que
O policial vê seu parceiro ser atacado com uma "lança" no olho, mas não atira, poxa vida hein, até o pior policial do mundo teria disparado kkkkkkkkkkkkk.
A Escola de Susto do Gasparzinho
2.5 20Chega a dar pena de tão ruinzinho. Qualidade da animação é estilo PS2, simples de tudo, e a história extremamente infantil e chata. Acredito que nem se eu assistisse isso quando criança iria gostar, kkkk.
O Reino dos Gatos
3.9 403 Assista AgoraAnimação muito bonitinha e simpática! Recomendo! :)
Agora que os gatos tomaram conta da internet, cujos vídeos fofinhos se tornaram omnipresentes nas redes sociais, é apenas uma questão de tempo até O Reino dos Gatos ser redescoberto e se tornar em fenómeno viral. Quer dizer, se até Gatos conseguiu ganhar distribuição comercial internacional no grande ecrã, o que dizer deste filme do estúdio Ghibli?
O Reino dos Gatos é uma espécie de spin-off não assumido de O Sussurro do Coração, um dos grandes filmes da produtora de Hayao Miyazaki. É certo que é um dos seus títulos menores, mas nem por isso O Reino dos Gatos merece menos atenção. Tal como os filmes da Pixar, que quando é bom é bom e quando é mau, é bom na mesma, os desenhos-animados da Ghibli são sempre acima da média.
Nunca um filme de Miyazaki esteve tão perto de Walt Disney. Depois de salvar um gato de morrer atropelado, Haru é transportada para um reino de gatos, onde estes estão totalmente antropomorfizados, falando e tudo. O gato que Haru salvou é o príncipe daquele reino paralelo e, por isso, o seu pai, o rei, decide casa-la com o filho. A sua única escapatória daquele casamento real, que a levarão a transformar-se também ela num gato, é o chamado Gabinete de Assuntos dos Gatos, liderado por uma espécie de Arsene Lupin felino, o Barão Humbert von Gikkingen, e o seu ajudante com os ossos largos (eufemismo para gordo), Muta.
O Reino dos Gatos é uma espécie de Alice no País das Maravilhas com gatos, em que esse universo alternativo felino com aquele realismo mágico nipónico muito particular serve de metáfora para a auto-determinação de Haru, para o aumento da sua auto-estima e dos seus níveis de confiança. É, portanto, uma história sobre crescimento, com uma mensagem moral à espera de se soltar no final. E com a animação perfeita do estúdio Ghibli, que torna todos aqueles gatos verdadeiramente adoráveis.
Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar
4.2 993 Assista AgoraVisualmente falando é fantástico, a estética da animação é deslumbrante. As paisagens, as cores, os detalhes... Todo efeito visual é impecável, o que não é novidade nos filmes de Hayao Miyazaki, mas a história é bem sem graça e não me cativou.
Meu Amigo Totoro
4.3 1,3K Assista AgoraÉ uma boa animação de fato, mas não achei essa obra-prima que dizem. Pra falar a verdade, nem entendi o propósito do Totoro no filme, na real, eu nem senti que ele tinha uma história... É basicamente duas garotas eufóricas que descobriram a existência de um bicho na floresta que fazia plantas crescerem e acharam isso o máximo, tirando a Satsuki a outra menina é bem chata e irritante, os pais das meninas eram uns bananas que não achavam estranho os papos estranho das meninas, e o Kanta também é outro personagem que ficou largado na obra.
Enfim, animação bonita e é isso, nada de mais.
Rubber
3.2 307O filme Rubber não é sobre um pneu assassino, e sim uma crítica à indústria hollywoodiana, em especial, de filmes de terror. Tal crítica é expressa através do retrato de uma típica produção de um filme do gênero: gananciosa e sem noção do ridículo. Afinal, todos já assistimos filmes com bonecos assassinos, casas assassinas, pesadelos assassinos, elevadores assassinos, mortos assassinos etc.
Rubber falha ao escolher o objeto inanimado utilizado como protagonista do filme dentro do filme: Um pneu não é absurdo o suficiente para que o espectador distraído compreenda que trata-se de uma paródia. Mas tal falha não é culpa de ninguém: não existem objetos que sejam muito mais absurdos do que aqueles que têm sido utilizados em Hollywood. Para contornar qualquer dúvida, Rubber "quebra a quarta parede" logo na primeira cena.
Em Rubber, nós, espectadores, também somos analisados ao sermos transportados para dentro do filme, representados pelo grupo de pessoas que observam as filmagens através de binóculos. O garoto impaciente que se diz entediado enquanto o filme mal começou, as amigas barulhentas que soltam um "os incomodados que se retirem", o cinéfilo que procura sentido em tudo, até mesmo em um filme de um pneu assassino. Estamos todos lá. Somos roubados enquanto dormimos e nos deixamos envenenar ao engolir qualquer porcaria que os cineastas nos dão.
Segundo longa do bizarro diretor francês Quentin Dupieux, Rubber, apesar de sua origem no Velho Mundo, é integralmente falado em inglês e passado nos EUA, em algum lugar desértico da Califórnia. E, diferente do que sua premissa nonsense deixa entrever, a obra consegue ser mais do que aparenta. Sim, a besteirada toda prometida pela sinopse está lá intacta, da maneira que se imagina (ou não), mas há algo além para ser apreciado em outras e intrigantes camadas.
O filme começa com a câmera focando umas 10 ou 12 cadeiras pretas colocadas em pleno deserto. Um contador (Jack Plotnick) segura vários binóculos nas mãos. Ao longe, um carro se aproxima vagarosamente, e começa a derrubar cadeira por cadeira, desmanchando-as ao mais leve toque. Depois desse ritual, o carro para e, do porta malas, sai um xerife (Stephen Spinella) todo paramentado, inclusive com os essenciais óculos escuros. Ele entrega os óculos escuros ao motorista que dá para ele um copo d’água. Em seguida, o xerife (seu nome é Chad) olha para a câmera e faz a pergunta: “Por que o E.T. de Spielberg é marrom?” Ele mesmo responde: “Não tem nenhuma razão” (no reason)”. E continua: “Por que em JFK, de Oliver Stone, JFK é assassinado?” E responde novamente: “Não tem nenhuma razão”. Faz mais umas cinco perguntas, até mesmo sobre a vida real (“Por que não enxergamos o ar que respiramos?”), respondendo a todas as perguntas com no reason. Termina seu discurso derramando o copo d’água no chão e a câmera se afasta para revelar que, na verdade, ele não estava falando conosco, mas sim com um platéia de 10 a 12 pessoas a quem são finalmente entregues os binóculos que estavam no contador que, ato contínuo, aponta na direção em que eles têm que assistir ao espetáculo, ao filme que nós então também passamos a assistir.
Ao estabelecer esse enquadramento – que não é rígido, valeu destacar – Quentin Dupieux fez mais do que ele poderia fazer com a sinopse que começa esta crítica. Ele transforma a proposta bizarra de Rubber em um filme metalinguístico, ou um filme dentro de um filme. E a razão para isso? Ora, talvez no reason seja a resposta certa. É a mesma resposta que se dá para as perguntas “por que um pneu?” e “por que telepático?”. Isso separa o filme da vala comum das idiotices completas que inundam o cinema mundo afora. Os espectadores dentro do filme estão cientes do que está acontecendo e acompanham o sanguinolento caminho do pneu assassino da mesma maneira que nós, espectadores fora do filme, acompanhamos o que acontece com nossas contrapartidas fílmicas.
E, com isso, Dupieux estabelece uma forte crítica sobre o Cinema como arte. Mais do que isso, ele desafia a nossa compreensão da Sétima Arte e brinca com nosso ímpeto natural de querermos explicações para tudo. No reason é uma bofetada em nossa ânsia por detalhes, é uma sacudida para deixar claro que nem sempre as coisas precisam ser destrinchadas para serem apreciadas. É uma frase que liberta, que nos deixa atravessar o batente da porta que nos deixa preso a literalidades.
Em termos narrativos diretos, ou seja, sobre o pneu telepático assassino em si, não há muito mais o que falar. O baixo orçamento da obra é um de seus charmes e um pneu velho como protagonista é curioso demais para desviar o olhar por um segundo sequer, ainda que a ação seja esparsa. Mas Dupieux não é bobo e sabe que sua premissa não ocuparia um longa completo. Por vezes o diretor surpreende, por outras é repetitivo quando o foco fica mesmo no borrachudo. Quando a novidade começa a perder seu frescor e quando as mortes “telepneumáticas” começam a perder a graça, o que não demora muito para acontecer, devo ser honesto, Dupieux trata de acabar o filme. Novamente, ele mostra inteligência em sua arte.
Rubber é mais do que sua sinopse ou premissa. Trata-se de uma surpresa que diverte, mas, ainda mais importante, faz pensar. Algo improvável quando o protagonista é um pneu telepata assassino, não é mesmo?
A Lenda de Candyman
3.3 508 Assista AgoraÉ um bom filme de terror e só, poderia ser melhor. O longa tem um problema de ritmo, as atuações são boas, mas cenas de horror são poucas. Não passa medo e aflição em momento algum. Mais um remake do passado que Hollywood desenterra, mas ao menos é assistível.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraA vida é realmente uma festa e a forma como o roteiro do filme nos remete a um céu ou uma Terra dos Mortos, muito peculiar e festiva. A história é atraente e as músicas são incríveis, e a ênfase criativa sobre os animais de estimação foi uma grande sacada. Vale a pena assistir e se divertir.
Cada vez menos, as tradições e os antepassados são valorizados pelas pessoas. Pouco importa quem foram os nossos bisavós e tataravós: preocupamo-nos com o hoje e o agora. Em “Viva – A Vida é uma Festa”, podemos ver o quanto isso é importante com base em uma festa típica mexicana: o Dia dos Mortos.
Acompanhamos a história de Miguel Rivera, um menino que sonha em ser músico, mas vive em uma família onde a música é proibida. O motivo? O tataravô de Miguel deixou sua família para viver de música, e a amargura da tataravó foi passada de geração em geração. O garoto, entristecido com a família e sem acreditar na celebração de respeito aos antepassados, acaba indo parar no próprio mundo dos mortos, onde deverá encontrar seu tataravô para que sua família viva uma redenção do passado – e assim ele possa retornar ao mundo dos vivos.
A Pixar é conhecida por acertar de forma certeira em ideias novas, ao contrário das continuações, que dificilmente superam ou se igualam aos filmes originais (Toy Story é exceção, claro). “Viva – A Vida é uma Festa” é a prova de como o estúdio não apenas sabe explorar novas ideias, como desenvolve suas histórias de forma incrivelmente bem estruturada, e com qualidade técnica primorosa.
É fácil de reparar, por exemplo, como uma animação voltada às crianças poderia se perder para explicar uma linhagem familiar de quatro gerações. Ou então, poderia tornar-se enfadonha nesta explicação. Ela não apenas vence essa dificuldade, como ainda nos apresenta traços físicos e personalidades muito diferentes em cada um deles. E por falar em traços: que traços! Cada expressão de felicidade de Miguel e cada ruga de sua avó e sua bisavó carregam em si uma história. Aliás, tecnicamente o filme é impecável: as mudanças no corpo de Miguel, a fotografia dos ambientes, especialmente aqueles cheios de velas, o design de produção do mundo dos mortos, e as cores que alegram o cemitério no dia da celebração são apenas alguns dos pontos altos.
É belo perceber, também, como o arco dramático do protagonista ocorre de forma gradativa. Logo após se dar conta de que o mundo dos mortos realmente existe, ele continua vendo esses personagens apenas como pessoas no seu caminho, para somente mais tarde compreender a importância da família e, em respeito à memória perdida do tataravô, aceita até mesmo a condição dada no início para que ele volte do mundo dos mortos.
Entre tudo o que se pode analisar do filme, quero destacar os elementos que mostram as mensagens que a animação traz sobre família, passado e futuro. O protagonista, Miguel, é apenas uma criança (ou seja, representante do futuro), mas carrega o drama de um preconceito que existe em sua família com relação à música. A mensagem do filme, portanto, tem relação com o fato de que deve-se valorizar o passado e a História, mas rompendo com preconceitos antigos. É óbvio para qualquer um que não é nada bacana ter preconceito contra música… mas tire esse elemento e coloque os preconceitos que os seus avós carregam com eles, e você terá uma mensagem um pouco mais clara.
Red: Crescer é uma Fera
3.9 554 Assista AgoraAnimação bacana que tem seus momentos divertidos e bons ensinamentos, mas nada do que já não tenhamos visto antes.
De qualquer forma, é uma boa distração, e dou destaque para a parte técnica, o visual tão vivo e colorido do longa combinou perfeitamente com a obra.
Turbo
3.2 322 Assista AgoraApesar de ter uma premissa ousada e diferente com alguns problemas, é uma animação bem agradável que transmite uma bela reflexão.
Uma animação que conquistou a todos sem sombra de dúvidas é “Carros” um dos filmes de maiores sucessos da Pixar. Velocidade, personagens carismáticos e uma história envolvente de superação e amizade. Tendo a pixar alçado um voo tão grande com uma temática, era questão de tempo até surgir algo similar. É ai que entra o longa animado “Turbo” da DreamWorks que chegou recentemente na Netflix.
Um caracol que só tinha seu sonho na mente e um monte de nitro no corpo. Depois de se envolver em um acidente, Turbo consegue agora correr mais rápido que um carro de F1, contudo, para um pequeno caramujo, qualquer coisa é um everest, mas ele não desiste.
Não tem muito o que falar, Turbo com certeza é um dos filmes que marcou muita gente, não atoa está no top 10 da Netflix com sua aparição nos streaming. Uma proposta um tanto quanto inovadora e fantasiosa, que faz parte da memória afetiva de muitos, principalmente dos fãs de Relâmpago Marquinhos.
Turbo tem algumas problemáticas, mas nada que tire o envolto do filme. O protagonista, ao meu ver, tem pouco carisma, não consegue envolver o público com seu sonho. Até mesmo o coadjuvante, Taco Man, tem pouco carisma, é uma soma de pouco em pouco, que faz o filme ficar minimamente envolvente. Os caracóis secundários que ele conhecem, conseguem ser mais chamativos e engraçados que o prota, creio que isso é um tanto problemático. Contudo, você consegue aproveitar tranquilo uma hora e meia de animação.
Outro ponto chave é sempre a necessidade de ter um vilão encarnado, não somente um rival, etc. Gui Champion, estava fazendo perfeitamente esse papel de rival, até quererem colocar ele como vilão, invés de só um rival que enlouquece no final da corrida, me deixou meio “nheee”.
Enfim, Turbo chega na Netflix para nos relembrar que qualquer sonho é possível, desde que tenhamos um apoio ideal e que meritocracia não existe, afinal, só com esforço Turbo nunca correria.
Eu Sempre Vou Saber O Que Vocês Fizeram No Verão …
1.9 325 Assista AgoraContinuação direta para vídeo deplorável. Absolutamente NADA funciona aqui. História sem pé e sem cabeça, atores de esquina, fotografia horrorosa e direção lamentável. Só o primeiro filme dessa saga que prestou mesmo, depois foi só ladeira abaixo.
Terceiro filme da franquia assemelha-se apenas no nome. O filme Eu sempre vou saber o que vocês fizeram no verão passado (2006) é tão longo e maçante quanto o título. O longa teve a direção de Sylvain White e não foi lançado no cinema, indo direto para versão em DVD, o que já diz muito sobre a obra.
Eu Sempre Vou Saber o Que Vocês Fizeram no Verão Passado conta a estória de uma turma de adolescentes que, após uma brincadeira de 4 de julho, baseada em uma lenda assustadora, resulta na morte de um amigo. Os quatro jovens envolvidos na brincadeira fazem um pacto de silêncio em torno do ocorrido. Porém, em uma pequena cidade do Colorado onde eles vivem as coisas não permanecem tão silenciosas por muito tempo. Os jovens ficam afastados uns dos outros até o próximo Dia da Independência, momento esse no qual eles começam a receber mensagens ameaçadoras, sugerindo que alguém sabe o que eles fizeram no último verão. Agora, eles terão que procurar conhecer a verdade e ainda escapar de uma armadilha mortal que está sendo montada para pegá-los.
Com o mesmo “gancho” (trocadilho bem empregado) dos filmes anteriores, um segredo foi guardado, mas “ele” sempre vai saber o que aconteceu, o que tornar o filme nada inovador e extremamente entediante. O longa aborda a mesma fórmula com novos atores, com rostinhos bonitos, mas que não garantem o sucesso como aconteceu em Eu sei o que vocês fizeram no verão passado (1997), sem falar de um roteiro tão falho que dá até uma dor no coração.
Analisar esse filme é um teste de paciência. Não há nada de suspense e não chega nem perto de ser um terror. Esse longa tem um roteiro ruim, direção ruim e atuação tão trash que chega a ser engraçado. E sem falar no assassino, que some e aparece como se fosse uma assombração, e chega a tal ponto que podemos confundir com uma entidade do capeta.
Afirmar que essa sequência não deveria existir é pouco. Se dói para quem é fã da franquia, imagina para quem não é!
Eu Ainda Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado
2.6 610 Assista AgoraNão é péssimo, mas também não é bom. Sequência extremamente inferior ao clássico de 97. Se no primeiro já tinha absurdos e furos de roteiro, nesse aqui tem em dobro.
Desde o lançamento do primeiro filme, que rendeu seis vezes mais o que custou em 1997, não era preciso ser crítico ou especialista em linguagem e história cinematográfica para saber que os produtores iriam arranjar alguma forma de apresentar uma sequência ao público. O problema é que nem todos tinham capacidade de Wes Craven em produzir continuações. Se Pânico 2 consegue ser ainda melhor que o seu primeiro filme, Eu Ainda Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado segue o caminho contrário, pois para tentar impressionar, recorre à todos os clichês possíveis do gênero, o que não é um problema, se fosse bem estruturado e plausível.
No final do primeiro filme, o roteiro segue à risca um dos tópicos da cartilha do terror: se você não viu o corpo do algoz, significa que ele ainda pode estar vivo. Um ano após os terríveis acontecimentos que ceifaram a vida de seus amigos Helen e Barry, Julie (Jennifer Love Hewit) muda-se para Boston e volta para a faculdade. A relação com Ray (Freddie Prinze Jr) está por um fio, pois a distância esfriou os sentimentos.
Como era de se esperar, a produção não iria apenas dedicar todo o roteiro na perseguição do casal por parte de um suposto morto-vivo. É aí que entra a amiga Karla, uma corajosa companheira de quarto. Há ainda o namorado da nova amiga e um sorridente rapaz que insiste em paquerar Julie. Certo dia as moças recebem uma ligação. É de um apresentador de programa de rádio local. Se elas acertarem uma pergunta, ganham passagens para um final de semana (chuvoso) nas Bahamas. A pergunta é sobre geografia: qual a capital do Brasil?
Após alguns segundos para pensar, elas respondem que é o Rio de Janeiro, o que causa uma inquietação inicial, mas que se explica ao longo do filme. O programa era uma cilada para levar Julie ao encontro com o pescador vingativo. Excêntrico, não? Pois este é o mote do filme. Toda uma parafernália narrativa que não convence nem os espectadores mais despreocupados com o desenvolvimento de um roteiro de cinema.
Apelativa, esta continuação aposta na violência dos assassinatos e em desculpas absurdas e insustentáveis para condução do roteiro, uma colcha de retalhos mal conduzida pela direção de Danny Cannon, inexpressiva diante do material ruim que recebera para guiar. O roteiro de Trey Callaway demonstra que ele entende de filmes de terror, mas fica preso apenas à histeria e as perseguições que parecem não ter fim. Como não há muito que contar, a única escolha era aumentar a lista de corpos. Há até alguns momentos interessantes, como a irônica canção I Will Survive, cantada por Julie num caraoquê, mas nada mais que isso.
Com filmagens no México e na Califórnia, a produção foi um sucesso de bilheteria, mas fracasso total de crítica. Ao longo dos seus 101 minutos de duração, Eu Ainda Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado é enérgico e eficiente como filme de ação, principalmente do meio para o final, mas os furos e a fragilidade do roteiro não deixam qualquer fagulha que nos faça aceitar a produção como algo interessante, principalmente por conta do seu final que deixa a entender uma continuação. Se esse não tinha o que contar, imagina uma próxima investida no pescador vingativo? De fato houve um absurdo Eu Sempre Saberei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado, mas o filme não segue os dois primeiros e possui como ligação apenas o título oportunista.
Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado
2.9 1,1K Assista AgoraEm Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado quatro jovens atropelam um homem por acidente e decidem dar cabo do corpo, pois tem medo das consequências que aquele acontecimento pode trazer para a vida de todos os envolvidos. Um ano após o fatídico acidente, alguém parece saber da história e decide atormentar a vida dos jovens, inicialmente com uma correspondência que traz em seu interior um bilhete que repete o título da trama. Alguém sabe o que eles fizeram no último verão, mas quem seria?
A história se aprofunda muito bem no psicológico de cada personagem e mostra como cada um tem reagido com o segredo que juraram carregar. É uma boa história, com ótimos personagens, mas creio que ficaria bem melhor se fosse um thriller psicológico, com certeza iria prender mais atenção do espectador, já que em um momento do filme comentaram ser uma lenda urbana. Na minha opinião ficaria bem mais intenso, mas tá valendo. Assim como pânico cumpriu bem o seu papel de um bom scary movie.
Destaque para a cena de perseguição da Helen Shivers. Bem longa e tensa.
É a partir deste acontecimento que todo o panorama é modificado. Eles precisam descobrir quem está por trás da possível brincadeira. Alguém viu o acidente e o abandono do corpo? O estranho conseguiu sobreviver ao acidente e retornou para se vingar? Eis o mote do filme. Os personagens não são muito carismáticos, mas conseguem dar conta do roteiro. O desejo de abandonar o corpo para se livrar das consequências não vai adiante. Se eles estão fora do eixo judiciário, fora do encarceramento físico, os seus planos foram alterados e a claustrofobia social torna-se um pouco abstrata e tão medíocre quanto estar num presídio, tendo em mira as audaciosas medidas posteriores ao término do colegial: ser atriz, estudar Direito, etc. As coisas, infelizmente, não seguem esse rumo.
Helen (Sarah Michelle Gellar) tinha planos de viajar e abandonar a vida interiorana, mas acaba como uma das funcionárias do negócio da família, numa lojinha local. Julie (Jennifer Love Hewit) vai para a faculdade, mas não consegue se livrar do sentimento de culpa, o que a deixa desconcentrada e com péssimo desempenho estudantil. Ray (Freddie Prinze Jr) torna-se um dos pescadores do local, uma cidade costeira, e Barry (Ryan Phillipe) não muda muita coisa, pois continua sendo um “playboy” arrogante e que se esconde por detrás da riqueza da família.
A produção, baseada no livro homônimo de Louis Ducan, lançado em 1973, nos lembra filmes como Sepultado Vivo e Eu Vi O que Você Fez, Eu Sei Quem Você É. Supostos mortos que retornam para infernizar a vida de quem os prejudicou. Eis uma história de vingança convincente. Não é um primor narrativo, mas funciona como filme de terror e suspense.
Os personagens são básicos, fogem dos irritantes clichês de moças extremamente sexuais e rapazes descerebrados, além de possuir um ritmo que segura o espectador até o final, graças à eficiente montagem, ao equilibrado e bom trabalho de som, aliados aos aspectos sombrios da direção de fotografia.
O bilhete recebido é apenas o prelúdio para uma perseguição implacável. O perseguidor utiliza uma indumentária de pescador, numa espécie de capa de chuva que lhe esconde o rosto quase totalmente. Não é uma sexta-feira 13, sequer Halloween, mas a data é emblemática: 04 de Julho, dia da Independência dos Estados Unidos. Um dia representado pelo heroísmo da sociedade americana, postura que vai ser transferida para os jovens, caso queiram sobreviver.
Orçado em U$17 milhões, rendeu seis vezes mais o valor de custo e alçou a carreira de muitos dos envolvidos na produção. Mais que merecido. O filme trata com agilidade e destreza temas já banais como a culpa e a vingança. O argumento simplório é bem explorado, sem deixar pistas fáceis e ficar preso aos assassinatos em demasia.
Morte Morte Morte
3.1 638 Assista AgoraDigo com tranquilidade que essa é a pior porcaria que já assisti em toda a minha vida.
As Apimentadas: Torça ou Morra
1.8 26Essa porcaria tá mais pra filme de comédia do que terror, lamentável kkkkkkkkkkkkkkk.
Os Croods 2: Uma Nova Era
3.5 150 Assista AgoraÓtima continuação que mantém a mesma qualidade de seu antecessor.
Em 2013, em pleno século XXI, a DreamWorks investiu numa animação que se passava no período Paleolítico – e deu super certo. Oito anos depois chega aos cinemas a continuação: ‘Os Croods 2: Uma Nova Era’, uma mirabolante aventura super colorida com um plot bem louco que deve agradar crianças de todas as idades.
Depois que a família Crood concordou em “adotar” Guy (Ryan Reynolds, dublado no Brasil por Raphael Rossatto), Grug (Nicolas Cage, dublado por Hércules Franco) tem se sentido meio excluído, pois toda a família gosta das ideias de Guy, especialmente sua filha mais velha, Eep (Emma Stone, dublada por Luísa Palomanes), que parece estar gamadinha pelo jovem. Até que um dia, nas andanças atrás de comida, os Croods acabam encontrando um oásis no meio do deserto, onde vive a família de Bem (Peter Dinklage, dublado por Rodrigo Lombardi) e Esperança Bemelhor (Leslie Mann, dublada por Juliana Paes), pais de Aurora. O paraíso rapidamente se revela não ser tão perfeito assim quando a convivência entre os patriarcas das duas famílias mostra seus verdadeiros planos.
Baseado na história de Kirk DeMicco e Chris Sanders, o roteiro de ‘Os Croods 2’ é uma grande viagem – em todos os sentidos. Escrito por Kevin Hageman, Dan Hageman, Paul Fisher e Bob Logan, a história parte do ciúme paternal para chegar ao cerne do seu argumento: o embate entre o moderno e o antigo, que não necessariamente precisa ser excludente e podem conviver em harmonia.
Para chegar no ápice de ‘Os Croods 2’, o roteiro literalmente inventa um monte de aventuras non-sense que certamente encantará a criançada e arrancará risadas do público mais adulto – afinal, são tantos os absurdos, que diverte. Rola até uma cena inteira inspirada no clássico passeio de Aladdin e Jasmine (além do visual das personagens Aurora e Esperança), só que aqui em vez de um passeio romântico é um rolê aventuresco entre duas amigas. Pensando no conceito de “filme para toda a família”, a continuação do sucesso da DreamWorks se concentrou bastante em agradar principalmente os pequenos, inserindo diversas piadas e elementos que remetem a outros sucessos do grupo NBC/Universal, como as bananas e ‘Os Minions’ – ainda que seu plot seja embasado num universo mais jovem adulto.
O que mais chama a atenção nesse filme é a evolução da técnica de animação do estúdio entre o primeiro e o segundo longa. Humanos e animais ganham texturas impressionantes nos detalhes dos cabelos e dos pelos – é quase como se conseguíssemos senti-los, e tem cena que dá para ver a veia exaltada no pescoço de Grug, como se ele nem fosse um desenho; a paleta de cores é bem demarcada nos três arcos, entre tons solares no início, para um mundo colorido no meio, culminando com a vibração neon que o final do longa pede, tudo sob a batuta da direção de arte de Richard Daskas.
‘Os Croods 2: Uma Nova Era’ abre um leque de possibilidades para essa franquia que ninguém deu nada por ela, mas que conquistou seu espaço. Apesar de demorar um pouco para mostrar a que veio, é uma continuação animada e que deixa um gostinho de quero mais.
Os Croods
3.7 1,1K Assista AgoraHistória bacana e criativa recheada com um cenário muito original. Tem momentos de drama familiar, tensão e humor. Animação meio "sessão da tarde" mas não chega a causar arrependimento ou perda de tempo para quem vê.
É uma animação simples, mas consegue render uma ótima diversão. Ela se baseou em uma fórmula já conhecida do público, porém com uma roupagem diferente. Assim como em outras animações, temos os heróis, que vivem dentro de uma rotina e acabam tendo de mudar tudo após um vilão, que no caso é a própria Terra, chegar e modificar tudo. Sendo assim temos uma quebra de rotina que gera uma história extraordinária.
Vamos nos aprofundar um pouco na história. “Os Croods” são uma família pré-histórica, escondidos na maior parte do tempo dentro de uma caverna. A família é composta por: Grug, a esposa Ugga, a vovó, o garoto Thunk, a pequena e feroz Sandy e a jovem Eep. O problema é que Grug, o patriarca, é rígido com as regras que fizeram a família sobreviver durante tanto tempo no mundo, ele morre de medo do mundo exterior. Um dia o mundo começa a mudar literalmente, pois os continentes começam a se separar, agora em perigo, a família tem que aprender a viver fora da caverna e Grug ainda tem que lidar com a filha adolescente Eep que acaba conhecendo o também jovem Guy, que está cheio de ideias e invenções!
Uma das coisas que achei mais inovadoras nesta animação, foi justamente uma releitura de um mundo pré-histórico que já estava meio batido por conta de “A Era do Gelo” e seus 4 filmes. Aqui, os diretores Kirk De Micco e Chris Sanders realmente souberam criar um mundo muito particular. Gostei muito das criaturas que habitam o planeta. São misturas de dinossauros com animais que já conhecemos, porém, mesmo os mais agressivos, tem um tempero de humor que os deixa muito divertidos. O cenário aqui também merece um destaque, com uma ambientação muito bem feita toda a trajetória que acompanhamos dos personagens, ganha um ar muito bonito, mesmo estando imersos em problemas tão grandes.
Os personagens são ótimos. Cada membro da família tem uma característica única. O filme em si, foca em Eep e Grup, pois são os dois com personalidades mais fortes e mais característicos. Eep é curiosa e esta querendo sempre o novo, Grup é o pai conservador e antigo, que quer que nada mude. Ainda tem a entrada de Guy, o jovem que vem com todo o ar “tecnologico”, ele é um personagem interessante por ser o responsável por levar as soluções a família.
A história como um todo é muito bem feita, e esta bem amarradinha. Como disse anteriormente é simples e serve sim para toda a família. Não estamos aqui falando de um filme com uma pegada mais filosófica, como “UP”, por exemplo, mas estamos falando de um filme que deixa uma mensagem positiva, porém tem uma narrativa muito clichê. Ou seja, não vá assistir “Os Croods” esperando grandes arcos misteriosos, ele é bem batido e não proporciona surpresa alguma.
Acredito que o grande ponto forte desta animação é sim a Direção de Arte, que juntarei aqui com a Fotografia. O filme tem passagens belíssimas, como por exemplo, quando os “Pássaros Piranha” atacam Eep e Guy vai salva-la. É uma cena até clichê, mas muito bem bolada. O mundo de “Os Croods” é o que mais me encantou, tem um brilho muito mais especial que “A Era do Gelo”, por exemplo.
Em termos de roteiro, já comentei que não há surpresas, mas gostaria de deixar um adendo para as piadas. São piadas muito bem colocadas e muito sutis. Como, por exemplo quando Eep coloca os sapatos pela primeira vez, ou quando Grup quer provar que é inovador também. Umas tiradas sutis e muito bem feitas.
Enfim, “Os Croods” é uma animação que merece ser assistida, não só simplesmente por ser uma animação, mas por trazer uma leitura nova e muito bem acabado desse mundo pré-histórico.
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
3.9 662 Assista AgoraA animação tem um roteiro muito fraco, frases clichês, um protagonista nenhum pouco carismático e um péssimo desfecho. Deixa muito a desejar.
Lift: Roubo nas Alturas
2.8 86 Assista AgoraComo filme de ação o resultado é mais ou menos, não é grande coisa, mas dá pra assistir sem grandes expectativas ou exigências. O grande problema é que esse formato de filme de assaltos mirabolantes já tá saturado, dando uma sensação de que aquele tipo de história que já foi contada mais vezes do que deveria.
E as coisas pioram quando o roteiro não ajuda e neste caso a trama é tão genérica, artificial e esquecível que parece ter sido gerado pelo ChatGPT, onde simplesmente pediram para gerar um filme no estilo "Missão Impossível", mas com uma pitada de NFT pra diferenciar...
Enfim, recheados de clichês e absurdos de roteiro, personagens sem química entre si e extremamente previsível, produção decepcionante.
Lino: Uma Aventura de Sete Vidas
3.0 56Apesar de ter um começo interessante, de metade até o final se torna uma animação bem chata e arrastada. Pelo menos a qualidade técnica juntamente com a dublagem não é das piores.
Diria que o melhor momento do filme é quando chegam na Hogwarts do Paraguai.
No geral, se torna um entretenimento mediano e 100% esquecível.
Nerve: Um Jogo Sem Regras
3.3 1,2K Assista AgoraUm filme que com certeza vale muito a pena ser assistido. Apesar de ter uma temática meio adolescente, não cai muito nesse clichê. A ideia da obra é extremamente interessante e consegue prender a atenção até no final.
E claro, além da excelente reflexão, também dou destaque a Emma Roberts e Dave Franco, pois formaram uma dupla com uma ótima química.
Vivemos hoje em um mundo cercado de tecnologia, onde é muito raro andar pelas ruas sem encontrar alguém sem um celular na mão. Passamos horas e horas fazendo várias atividades simultaneamente pela tela de nossos aparelhos eletrônicos ou computadores, e isso só se amplifica quando alguns ‘fenômenos’ aparecem. Diante deste cenário (onde as pessoas buscam visibilidade na internet todos os dias e estão fascinadas pelo game Pokemon Go), o filme Nerve definitivamente não poderia ser lançado em uma época melhor.
Dirigido por Ariel Schulman e Henry Joost e baseado no livro homônimo de Jeanne Ryan, Nerve tem como protagonista a jovem Vee (Emma Roberts), uma estudante prestes a entrar na faculdade – e que nunca fez algo ousado em sua vida. O ponto de virada é quando sua amiga Sydney (Emily Meade) lhe apresenta a febre do momento: o jogo online Nerve, que fica 24h em uma determinada cidade e no qual a pessoa pode ser jogador ou observador. Motivada a se aventurar, Vee surpreende seu círculo de amizades quando aceita participar como jogadora e fica maravilhada quando, a cada desafio completo, recebe uma certa quantia em sua conta bancária.
O que ela não sabe é que Nerve foi criado por um grupo de hackers que usam vários servidores e é impossível de ser descoberto. A partir do momento em que ela colocou sua impressão digital no jogo, sua vida já começou a ser controlada. Multiplique essa situação por alguns milhares, e agora sim dá para se ter uma ideia do poder que Nerve construiu apenas com a divulgação entre jovens. Quanto mais fãs o jogador tiver, os desafios se tornam mais complicados, mas o maior problema do jogo não são os desafios em si – na verdade, sair dele é o que exige ‘nerve’ (que significa ousadia em português). Se a pessoa desiste de um desafio, é expulsa, mas a situação fica ainda pior para quem tenta dedurar o jogo para algum adulto ou para a polícia, já que o jogador é observado a todo momento e tem todos os seus dados nas mãos de hackers.
Quando Vee começa a enxergar a verdadeira face do jogo, percebe que ele não é uma atividade inofensiva. Junto com seu parceiro Ian (Dave Franco), que fez parte de seu primeiro desafio, ela busca encerrar a manipulação que estão fazendo com milhares de jovens em várias cidades, e a dupla fará isso em uma noite cheia de adrenalina no melhor cenário possível: nas ruas iluminadas de Nova York.
Nerve é um filme de imersão imediata. Logo na primeira cena, com Vee usando seu computador e a câmera acompanhando a ‘rotina cibernética’ (que vai desde conversas no Skype até likes no Facebook) pelo olhar da personagem, é fácil se identificar com a atmosfera moderna do longa, pois essa rotina é a realidade de muitas pessoas. A história é bem construída e seus personagens são tão cativantes que torna-se impossível não torcer para que dê tudo certo no final; isso é muito importante em qualquer filme, ainda mais quando se trata de um filme de aventura como este. A realização dos desafios trazem cenas muito bem feitas, de fazer o espectador sentar na ponta da cadeira (ainda mais se você tem medo de altura!). Além disso, a dupla de protagonistas Vee e Ian possui uma conexão inegável e o elenco de apoio só adiciona a trama, com os atores Juliette Lewis (mãe de Vee), Miles Heizer (Tommy), Kimiko Glenn (Liv) e Samira Wiley (Hacker Kween).
O filme também propõe uma reflexão interessante: a de que todas as pessoas, mesmo aqueles que usam o artifício do anonimato (como os observadores), são responsáveis pelo o que dizem ou fazem na internet. Todos os atos têm uma consequência, e cabe a cada um se responsabilizar por isso. A exploração dessa mensagem é, de longe, um dos pontos altos do filme.
Os diretores sabem a que o filme veio: agradar a geração de adolescentes. Mas eles conseguem ir além com uma boa direção e uma fotografia hipnotizante na companhia de uma trilha sonora muito bem escolhida. Todos esses elementos fazem de Nerve um pacote completo: há romance, comédia, drama e ação. Sua temática atual e, sobretudo, realística, é muito inteligente e atinge tanto adolescentes como adultos, pois a maneira como foi abordada é um acerto em cheio para ambos os públicos.
A Família do Futuro
3.5 349 Assista AgoraA história do filme é bem inteligente, consegue misturar humor, ficção e emoções típicas dos filmes Disney. A história de Lewis é legal, mas, como sendo um filme voltado ao público infantil, não faltam algumas bizarrices, como as loucuras da família Robinson e as trapalhadas do aspirante a vilão, o cara do chapéu coco.
Mas de qualquer forma é uma animação bem bacana e bonita, além de claro das ótimas reflexões que traz, nos mostra que nunca devemos desistir, que aprendemos com os erros e não com os acertos, para haver evolução. Traz uma lição incrível que é nada acontece por acaso, e por mais que as coisas não estejam boas elas podem melhorar.
Feriado Sangrento
3.1 402Nada de muito novo, mas prende a atenção. O destaque são as mortes bem bizarras. É um pânico mais sanguinolento com personagens menos carismáticos misturado com Terrifier só que com efeitos muito superiores. É a mesma narrativa de assassino, porém traz aquela reflexão sobre como os jovens gostam de filmar e expor tudo na internet.
A Babá: Rainha da Morte
2.8 377 Assista AgoraEsse filme é bem mais escrachado que o primeiro, mas é o objetivo mesmo, não é pra ser levado a sério. É uma sequência divertido pra passar o tempo e lembrar dos personagens do primeiro filme. Se você curte uma comédia besteirol com um pouco de suspense e trash, ou gostou do primeiro, vale muito a pena conferir.
O primeiro A Babá (2017) era uma comédia de terror que brincava com alguns clichês do gênero, mas nunca embarcava completamente no exagero e absurdo que sua premissa sugeria. Esses problemas desaparecem neste A Babá: Rainha da Morte que enfia tanto o pé no acelerador do absurdo que em muitos momentos a trama sequer faz muito sentido. O que não me incomodou o tanto que imaginei que incomodaria, já que tudo é realmente divertido.
Na trama, Cole (Judah Lewis) ainda está traumatizado pelos eventos que ocorreram no primeiro filme. Pior, ninguém acredita na versão dele e todos acham que ele está louco, dos pais aos colegas de escola que constantemente zoam o garoto. Melanie (Emily Alyn Lind) é a única que acredita nele, então quando Melanie chama Cole para a casa no lago de sua família, o jovem prontamente aceita. O que ele não imaginava é que teria de enfrentar mais um ritual satânico.
A natureza hiperbólica e absurda dos personagens já se faz sentir nos primeiros minutos quando Cole conversa com o conselheiro da escola sobre os eventos do primeiro filme e ouve do terapeuta que a solução para os problemas dele é transar. É uma fala inacreditável, que jamais seria dita por um conselheiro escolar do mundo real (ainda mais do jeito que o personagem fala no filme), mas que funciona aqui por conta do regime de absurdo no qual o filme se inscreve.
Ninguém está aqui para criar indivíduos e situações críveis ou realistas, a lógica é mais da caricatura, do cartunesco e até as cenas de morte remetem a uma versão mais sanguinolenta de coisas que veríamos em um desenho animado. A reviravolta final inclusive, soa um pouco forçada, sem que o filme tenha devidamente construído a transformação de atitude de uma personagem específica e como esse é o raro momento em que a trama decide levar algo minimamente a sério, acaba não funcionando.
Esse senso de um universo exagerado, no qual tudo parece ser acelerado, hiperestimulado, também é transmitido pela montagem, que constantemente insere letreiros, números musicais ou imagens que comentam de maneira cômica os eventos da trama (como as imagens de um trem entrando num túnel e uma salsicha colocada em um cachorro quente quando Cole e Phoebe começam a se beijar) sem se preocupar muito com coesão narrativa.
Um exemplo é a luta entre Phoebe (Jenna Ortega) com Melanie, na qual um letreiro enorme escrito “Fight!” aparece na tela, como se fosse um game de luta. De repente barras de vida para as duas surgem nos cantos superiores da imagem e elas começam a lutar disparando bolas de fogo e dando cambalhotas apesar de nada antes ou depois disso dar qualquer evidência de que essas personagens tinham superpoderes. Não faz o menor sentido, não tem qualquer explicação dentro da trama (era real? Era a imaginação de alguém?), é feito simplesmente porque o filme achou quer seria divertido. E é.
É esse senso de exagero desmedido e desavergonhado que torna tudo tão divertido, personagens que retornam do primeiro Max (Robbie Amell) e Allison (Bella Thorne) parecem ainda mais conscientes de suas próprias naturezas caricaturais e ridículas. Isso é visto também nas mortes, ainda mais criativas absurdas e sangrentas, com qualquer membro decepado explodindo em um chafariz de sangue.
Talvez nem todo mundo consiga embarcar na viagem aloprada e sem noção que é esse filme, mas para quem estiver disposto a abraçar o exagero A Babá: Rainha da Morte é uma comédia de terror que diverte pela sua criatividade hiperbólica e gore exagerado.
A Babá
3.1 960 Assista AgoraUma pegada bem juvenil, surpreende em uma medida boa, segue um caminho que apesar de seguir o besteirol acaba se diferenciando dos demais filmes e faz algumas tiradas muito interessantes!
Mesmo com uma atmosfera de comédia, conseguiu ter mais terror do que muitos do gênero.
Porém, a lógica dos acontecimentos é risível, como a parte que
O policial vê seu parceiro ser atacado com uma "lança" no olho, mas não atira, poxa vida hein, até o pior policial do mundo teria disparado kkkkkkkkkkkkk.