Comédia besteirol bem fraquinha e pífia. Os primeiros 30 minutos até que não são ruins, mas depois se transforma numa chatice cafona sem fim. E o final é extremamente patético e sem lógica.
Chega no final e a Bardot simplesmente vai embora pra Alemanha, mas a questão é, como e pq????????? Sem nenhum documento? Passaporte? Visto? Dinheiro? Vai fazer o que lá e "viver" como? Isso que nem humana a bicha é, ESTAMOS FALANDO DE UMA MÁQUINA, UMA ROBÔ, CACETE MAS QUE LOUCURA É ESSA????
Não basta isso, a menina que terminou com o maloqueiro lá aparece com o carrão dela na lanchonete, chama o Limus pra entrar e é isso, simplesmente de uma hora pra outra ela ficou apaixonada por ele, PORQUE?????
O filme todo no geral é toscão e nonsense, mas esse final foi ordinário de tão lamentável, kkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Ótima animação, visualmente linda e história bem agradável. Ela inverte a tradicional lenda do Pé-Grande para dar lições sobre como o medo pode paralisar sociedades diante daquilo que é diferente.
A cada porção de anos temos uma animação que retrata uma complexa sociedade de monstros que têm medo dos humanos e uma parte desse medo é o resultado de péssima comunicação entre os dois grupos. Nessas ocasiões, os roteiros exploram o mal-entendido entre as partes (e claro, possivelmente a crueldade, ataques e destruição por parte dos humanos ou geralmente não-intencional do outro lado), sendo as diferenças, ao fim, parcialmente resolvidas quando um humano entra em contato com a “civilização perigosa” e dá início a uma fase de mudanças. Em safras do novo século, assim foi com Monstros S.A. (2001), depois com Hotel Transilvânia (2012) e aqui, com PéPequeno (2018).
A premissa de PéPequeno é muito boa: uma vila de "pés-grandes", também conhecidos como Yetis, funciona em total harmonia. Eles têm comida, neve, transporte em teleféricos, neve e, além de mais neve, um monte de regras e verdades, que ficam expostas em forma de um casacão de pedras no corpo do seu líder, o Guardião das Pedras. O número musical do começo é quase um “Tudo é Incrível”, mas trocando o mundo de LEGO pelo nada-abominável mundo das neves.
Porém, em mais um dia de muita… (acertou!) neve, uma “ave de metal” (que nós humanos conhecemos como avião) surge no céu pegando fogo e cospe uma coisa… um PéPequeno! E o que era apenas uma lenda para o protagonista Migo (voz original de Chaning Tatum), vira um pesadelo, quando seu mundo, suas crenças, suas verdades todas são colocas em xeque. Ele descobre, então, que existe uma sociedade secreta que também questiona não apenas a existência dos PésPequenos, mas também as outras regras escritas nas pedras. Banido da sua vila, Migo usa a ajuda de seus novos companheiros para partir em uma viagem em busca da sua redenção, provando que ele não está mentindo, nem é louco.
Toda a apresentação do espaço geográfico e dos personagens tem um belo ar convidativo aqui. A fotografia tem aquele contraste de luz solar sobre o gelo que sempre dá um efeito visualmente chamativo e a predominância do braco mais um pouco de filtro de azul marcam fortemente essas cenas. A sensação de frio e ao mesmo tempo de aconchego são conseguidas através da simples, mas bem escolhida paleta de cores já na sequência que abre o filme. No último ato, esse mesmo bom trabalho fotográfico volta a aparecer, aí também com inteligentes escolhas da direção para mostrar a fuga dos Yetis e o show de luzes da pequena cidade no pé de uma das montanhas do Himalaia.
Em tempos de adoração religiosa sendo adotada para fazer política, questionar o que está escrito em pedras sagradas pode ser bastante útil.
E sendo assim, considero essa a MELHOR e MAIOR crítica dessa obra, no caso quando voltamos a vida real podemos perceber a tamanha lavagem cerebral que seitas e religiões fazem na vida do ser humano. Um excelente exemplo é;
Antes de Jesus, Moisés foi orar sozinho na montanha, voltou dizendo que bateu um papinho com Deus e, mesmo sem testemunhas, conseguiu seguidores (judeus).
Depois Maomé foi orar sozinho em uma caverna, voltou dizendo que bateu um papinho com o anjo Gabriel e, mesmo sem testemunhas, conseguiu seguidores (muçulmanos).
Joseph Smith Jr. foi orar sozinho na floresta, voltou dizendo que bateu um papinho com Jesus e, mesmo sem testemunhas, conseguiu seguidores (mórmons).
Como vocês podem perceber, o ser humano comum aceita qualquer bobagem sem questionar.
Essa narrativa é exatamente a mesma que os yetis vivem, não podem questionar absolutamente nada e acham isso completamente normal.
Viver pelos pensamentos de homens primitivos pode ser tudo, menos genial.
De vez em quando surge um filme que, mesmo sabendo que é mau, nos diverte por essa exata razão. Em alguns casos nem sabemos explicar porquê. Sabemos apenas que aquilo está mal feito ao ponto de nos divertirmos como não devíamos. "The Amazing Bulk" insere-se noutra categoria dos bons maus filmes por razões que já passarei a explicar.
A história é a de Henry Howard, um cientista que anda a fazer experiências em ratos para desenvolver uma fórmula que prolongue a vida aos seres humanos. O seu chefe é o General, que é também o pai da sua namorada Hannah, a quem ele pretende pedir em casamento. No entanto, durante as suas experiências, algo corre mal e Henry acaba por se transformar num ser monstruoso capaz de destruir tudo e todos no seu caminho.
Caso ainda não tenham notado, este filme é um plágio descarado à história da personagem "Hulk". Porém, há uma diferença entre isto e outros filmes de plágio: "The Amazing Bulk" nunca se leva a sério. É impossível que um filme destes se leve a sério. Nunca na minha vida vi um filme tão virado para o lado da galhofa, da implausibilidade e da preguiça como isto. No entanto, é magnifico. Ao passo que a maioria dos filmes maus que divertem, não resultem mesmo com intenções de o fazer, nunca me poderão dizer que isto foi feito com esse intuito. É que nem sequer parece querer ser uma comédia, nem um drama, nem uma história de super-heróis. A arranjar um género para isto, eu digo "Que raio?". Ninguém no seu perfeito juízo levaria a idiotice a extremos tão grandes se não fosse propositado.
Só para terem a noção do que falo: "The Amazing Bulk" não tem um único cenário. Todo o filme é gravado em ecrã verde com cenários irrealistas por trás. E, parecendo que não, dá muita vontade de rir ver cenas de pessoas a correr nestas circunstâncias. Como já disse, nada se leva a sério. As personagens parecem caricaturas de caricaturas e não existe autenticidade. Mas resulta porque essa falta de realismo é intencional.
Não é fácil falar deste filme. É, realmente, uma experiência única de cinema. Não por ser bom, não por ser mau, mas por ser ele próprio. Desde a ridícula premissa até aos efeitos visuais mais ranhosos que possam imaginar, "The Amazing Bulk" é uma espécie de obra que após você terminar de assistir, pergunta a si mesmo o que está fazendo da sua vida.
Os enredos sobrenaturais levam uma pequena vantagem em relação a outros subgêneros do suspense. Afinal, fica mais fácil provocar sustos com cenas bizarras, fantasmas e situações pouco verossímeis. Repleto de estrelas, em aparições que variam do amplo destaque às pontas inexpressivas, O Dom da Premonição (The Gift, 2000) utiliza como mote exatamente esses aspectos que fogem da compreensão humana. E recebe o gerenciamento de um expert do horror, o cineasta norte-americano Sam Raimi.
Depois de um começo surpreendente, com o terror escrachado de A Morte do Demônio (The Evil Dead, 1982) e A Morte do Demônio 2 (Evil Dead 2, 1987), Raimi ganhou respeito como um criativo comandante de cenas e câmeras. Nos anos noventa, dirigiu os médios Darkman (1990) e Rápida e Mortal (The Quick and the Dead, 1995). Atingiu então o ponto máximo da notoriedade. Foi convidado a comandar o grandioso longa-metragem do Homem-Aranha, lançado em 2002. Antes disso, Raimi já havia trabalhado com o ator Billy Bob Thornton em Um Plano Simples (A Simple Plan, 1998). Também um roteirista, Thornton - famoso por ser o marido de Angelina Jolie - presenteou o diretor com um roteiro cheio de mistério e intrigas. E daí surgiu a idéia de O Dom da Premonição.
O poder da vidência, a capacidade de visualizar acontecimentos futuros, ajuda a jovem viúva Annie Wilson (Cate Blanchett) a cuidar dos três filhos pequenos. Em troca de algum dinheiro, ela utiliza as cartas para desvendar o destino de seus clientes. Um deles, o mecânico Buddy Cole (Giovanni Ribisi), procura ajuda para se livrar dos pesadelos de infância, a influência maligna do pai. Outra visitante, Valerie Barksdale (a vencedora do Oscar Hilary Swank) busca uma solução contra as agressões do marido, o destemperado Donnie Barksdale (Keanu Reeves). Até agora, a prática se mostrou realmente um dom especial. Depois que Annie começa a ter visões estranhas e a sofrer com a perseguição paralela de Cole e Donnie, o dom vira maldição.
Em meio ao seu terror pessoal, a vidente recebe um pedido desesperado do professor Wayne Collins (Greg Kinnear). Dias antes de seu casamento, Collins assistiu ao desaparecimento de sua noiva, Jessica King (a gracinha Katie Holmes, do seriado Dawsons Creek). As investigações não alcançam resultado. Assim, Annie acaba envolvida em uma terceira trama, graças aos seus poderes especiais. Cabe a ela auxiliar Collins na busca de Jessica. As aparições sombrias e os sonhos de Annie exibem uma conexão sinistra entre os casos distintos. E o suspense se mantém do início ao fim.
Com um bom roteiro e um elenco acima da média, O Dom da Premonição traz personagens que parecem escritos pelos irmãos Coen (amigos de longa data do diretor) em uma trama de suspense com um que de sobrenatural – boa mistura!
O papel principal é de Cate Blanchett, que já mostrava que era uma grande atriz antes de ganhar seus Oscars (por O Aviador em 2005 e Blue Jasmine em 2014). Claro que Cate é um dos destaques, mas quem chama a atenção é Giovanni Ribisi, num papel menor, mas que impressiona sempre que aparece. Também no elenco, Keanu Reeves, Hillary Swank, Greg Kinnear, J.K. Simmons, e Katie Holmes, em sua única cena de nudez na carreira (se não me engano).
Na minha humilde opinião, O Dom da Premonição pode ser colocado facilmente entre os melhores filmes de Sam Raimi!
História extremamente mal aproveitada num roteiro completamente absurdo de tosco e forçado, fora o "vilão" que é praticamente um x-men imortal todo poderoso. Patético.
Não tem tensão, terror e muito menos suspense, é tudo uma comédia de muito mal gosto.
Depois do velório de um amigo, um grupo se reúne na cafeteria e lembra o passado no colégio, e conversam sobre o futuro, ambos querem um negócio que lucre muita grana, a partir de uma ideia, resolvem investir na bolsa de valores e Noah (Dan Stevens) o que sofria bulling na época de colégio anima o grupo dizendo que consegue os $200.000 para o investimento, Zach (Michael Pitt) o cara mais descolado, com a namorada linda e muitos sonhos, topa o risco na hora e resolve investir também os benefícios de cada funcionário da empresa onde trabalha, passa se um mês e a multinacional em que o grupo investiu caí com suspeitas de lavagem de dinheiro e todos perdem o dinheiro, que Noah pegou emprestado do chefão da máfia italiana, Eddie (John Travolta) que como prejuízo cobra juros de 100%, impossibilitados de pagarem essa quantia aceitam um serviço sujo de mafioso, quatro amigos totalmente sem noção alguma de crime e sequestro se arriscam para se livrarem de uma dívida, mas que, na verdade acabam se complicando mais ainda ao sequestrar um sobrinho de outro mafioso do bairro.
Este filme é dirigido pelo Jackie Earle Haley, que também atua no filme como um dos capangas de John Travolta, e esta obra me surpreendeu, as interpretações são ótimas, os segredos e reviravoltas são praticamente inimagináveis, me prendeu muito e no final fechou com chave de ouro, muito bom.
Puta que pariu, que filmeco mais lamentável. Basicamente a metade dessa porcaria consiste em mostrar o quão esquisito e maniaco é o fotografo perante as mulheres e a outra metade mostra as mesmas "lutando" até a morte, tem coisa mais tosca e patética que isso? Horrível do começo ao fim.
Muitas pessoas acham esse o pior filme de toda a saga, e de tanto ver esse massacre em cima dele fui assistir meio receoso, mas por incrível que pareca não achei tão ruim não. Diria que está no mesmo padrão do O Mestre dos Desejos 1 e 2, sendo medianos e assistíveis, já o 3 na minha opinião é o pior, mas esse aqui dá pra ver numa boa. Claro que tem muita coisa patética e caiu muito o nível, mas mostrar um lado alternativo do Djinn e sua "paixão" foi uma premissa que achei bem interessante.
Tem algumas cenas de ação legais, bons atores e uma fotografia razoável, mas o problema mesmo é a história, além de ser extremamente clichê não empolga em momento algum. Típico filme que passaria na sessão da tarde, e que após assistir o mesmo nem se lembrará mais de tão esquecível.
Bem fraco, uma coisa ou outra é legal, mas no geral deixa a desejar. Enredo tosco e cansativo, efeitos visuais horríveis e nem o Djinn consegue dar algum impacto. Atores ruins, canastrões, personagens não carismáticos, e, pra piorar mudaram a história do filme. E quando chegou a parte do anjo foi lamentável de ruim, ver o personagem mudar a voz para falar como anjo (kkkk) chega a dar vergonha.
Com a realização de O Mestre dos Desejos 2, duas continuações foram encomendas pelas produtoras, incluindo a Artisan Entertainment. A ideia era realizá-las concomitantemente, aproveitando ambientações e maquiagens, mais uma vez com excelente Andrew Divoff atuando como o maligno Djinn. O ator chegou a ler os roteiros, mas se recusou a assumir a vestimenta, principalmente depois que seu roteiro para uma terceira parte fora recusado. Intitulado Wishmaster: The Third Millennium, o enredo iria abordar o medo que as pessoas tinham na época com a virada do milênio, e começaria com um navio de guerra americano sendo atingido por um míssil na Ásia, enquanto uma reunião na ONU é interrompida por criaturas que ganham vida e destroem a multidão. Como o conceito era muito ambicioso para os orçamentos dispostos, o roteiro foi engavetado, e Divoff desistiu do papel.
Podia até sair algo bom deste O Mestre dos Desejos 3: Além da Porta do Inferno. Pelo menos, tinha no elenco alguns rostos conhecidos, como o de A.J. Cook (Ameaça Alienígena, As Virgens Suicidas e Ripper – Mensageiro do Inferno) e Emmanuelle Vaugier (Fear 2 – Uma Noite de Halloween e também Ripper), além de Jason Connery, filho do eterno 007 Sean Connery, com mais créditos no cinema e TV. Apesar dos nomes envolvidos e a proposta de roteiro de terror teen, aproveitando a onda do momento, o resultado se mostrou absurdamente ruim, apelativo, e com um Djinn pouco carismático. Foi filmado juntamente com a quarta parte, em 16 dias, ambos com a direção problemática de Chris Angel (de Fear 2), a partir de roteiros escritos por Alex Wright e John Benjamin Martin, respectivamente.
Sem referência à estátua de Ahura Mazda e absolutamente nada sobre o passado na Pérsia da criatura demoníaca, o Djinn (desta vez interpretado por John Novak) concede o desejo do professor de ter duas belas mulheres, na primeira cena de exposição de corpos femininos (algo que se tornaria frequente nos dois últimos filmes), e ele é morto por elas. Seu rosto é utilizado pelo demônio que assume sua aparência, precisando apenas encontrar Diana para que ela realize seus três desejos – nada de 1001 almas, como sugerido em O Mestre dos Desejos 2. Para isso, ele precisa entrar em seu universo estudantil e conhecer alguns amigos da garota, como Katie (Louisette Geiss) e seu namorado Billy (Aaron Smolinski), além de Anne (Daniella Evangelista) e Elinor (Vaugier).
A partir de então, há uma sequência Looney Tunes. Diana corre de um lado para outro na faculdade, acompanhada algumas vezes de Greg. Sobe escada, desce escada, vai para um e para outro, dificilmente encontrando o Djinn – é incrível como um professor não consegue simplesmente encontrar uma aluna residente na faculdade em que leciona. Quando tudo já parece chato demais, o enredo apresenta uma ideia absurda: em uma igreja, Diana usa como desejo que o arcanjo Miguel venha para ajudá-la; com um efeito terrível, com uns raios e brilhos excessivos, o ser celestial possui Greg, que passa a continuar correndo com Diana, mas desta vez segurando uma espada imensa.
Luta para cá, confrontos para lá e mais correria. Quando não há essas fugas constantes, o enredo apela para corpos como a desnecessária cena de sexo entre Katie e Billy, dois personagens sem muita importância. Diana não se mostra tão esperta como as demais “wakers“, de O Mestre dos Desejos e O Mestre dos Desejos 2, partindo mais para o combate do que para uma ação inteligente. O Djinn aqui, além de aparentar um demônio bobalhão – e que poderia fazer parte do Super Xuxa contra o Baixo Astral -, praticamente não realiza desejos, e quando o faz, não traz as cenas sangrentas que marcaram os filmes anteriores. Por diversos momentos, personagens se esquecem e dizem coisas como “quero que você….“, “gostaria que…“, sem que o monstro atenda como se fossem pedidos.
Apesar de ter alguns problemas, achei um filme bem bacana, com uma história original, boa ação e um excelente elenco. A mistura da ação, terror e ficção científica do longa são melhores que várias obras do mesmo gênero.
Na trama num mundo alternativo após séculos de guerras entre humanos e vampiros, a igreja assume a luta e cria um grupo de Padres especializados em matar vampiro, que no filme são criaturas sem olhos e agressivas. Após acreditarem que as criaturas foram dizimadas, a igreja manda que os Padres caçadores retornem a sua rotina normal, algo que não conseguem já que a própria população conhece suas habilidades assassinas e por sua vez tem medo deles. Paul Bettany vive um dos padres que desobedece às leis da Igreja ao caçar o bando de vampiros que sequestrou sua sobrinha Lucy. Ele terá ajuda de Hicks, o xerife da cidade onde a garota foi sequestrada e que nutre uma paixão pela garota, além de outra pregadora que também se rebela contra a igreja.
O roteiro de Cory Goodman é quase uma nova versão da HQ coreana, a história foi muito alterada e suas principais qualidades foram deixados de lado, um ultraje ao trabalho de Min-Woo Hyung. Com um roteiro limitadíssimo, o diretor Scott Charles Stewart tentou fez um filme curto e rápido demais, com apenas 87 minutos que são mal utilizados e que acabam com qualquer possibilidade criar uma ligação entre o público e a história.
Essa curta duração prejudica o filme totalmente faz com que a história seja contada de forma apressada e sem ritmo, a trama principal não é desenvolvida direito, os personagens secundários entram e saem da tela sem muitas explicações e o grande clímax com uma revelação importante não é encaixado da maneira certa e não causa o efeito que deveria.
Com tão pouco tempo não é possível apreciar o bom trabalho da equipe técnica do filme teve tanto trabalho para criar cenários criativos que impressionam visualmente sejam pelos seus detalhes, principalmente nos figurinos nos personagens.
Em alguns casos o elenco poderia ser capaz de superar essas limitações técnicas do diretor e do roteiro com boas atuações, o que também não acontece em Padre. Paul Bettany é sim um bom ator, ele até se saí bem com o padre introspectivo que esconde segredos do passado, porém já tinha mostrado em Legião (também dirigido por Charles Stewart) que não funciona no papel de o herói da trama. As cenas de ação que já não são lá grande coisa, ficam ainda mais sem graça com atuação de Bettany que parece desconfortável nelas e está longe de ter o porte físico necessário para este tipo de cena.
Cam Gigandet faz mais uma atuação pífia, é mais um rosto bonito e inexpressivo de Hollywood, ele deveria funcionar como o parceiro de Padre só que o roteiro não consegue deixar isso claro e só serve no final como um péssimo par romântico com Lucy. Maggie Q. não atrapalha só que parece interpretar o mesmo papel que faz na série Nikita, com a diferença de ser uma pregadora e por esconder suas curvas com muita roupa.
O maior prejudicado no elenco é o ator Karl Urban que interpreta o vilão principal. Seu personagem aparece inicialmente sempre atrás das sombras na tentativa de criar um mistério, só que na realidade esconde somente o óbvio. A história do personagem e a atuação de Urban fazem com que o vilão seja o mais interessante na trama, só que em mais uma escolha errada do diretor, o personagem é mal aproveitado tendo destaque somente no fraco clímax do filme.
O final deixa um gancho para uma continuação que nunca vai acontecer, já que o filme teve uma péssima bilheteria não obtendo o resultado esperado. Uma pena, já que Padre poderia se tornar facilmente uma franquia de sucesso se fosse mais fiel à fantástica história original criada por Min-Woo Hyung.
Mas de qualquer forma, mesmo com essas ressalvas continua sendo uma produção legal.
Continuação mediana, igual o primeiro filme, mas mesmo assim vale muito a pena ver. Apesar de ter muitos furos de roteiro, a história achei um pouco mais legal, e as cenas de gore estão sensacionais, principalmente quando o Djinn está na cadeia, sem dúvida é o ponto alto da obra.
Mas o melhor de tudo mesmo é o próprio Andrew Divoff, cê é louco! Mandou bem demais, que atuação foda, seu jeito, postura, sorriso e olhar são demais, sempre que aparecia roubava a cena.
Apesar de ter uma premissa bem interessante, certos momentos são meio arrastados. Mas no geral, vale a conferida, com destaque para ótimas maquiagens e cenas de gore.
O Mestre dos Desejos é um filme um tanto quanto ambíguo. Ele funciona muito bem como homenagem ao cinema de terror, tem em seus créditos uma porrada de gente importante para o gênero, criou mais um movie maniac, mesmo que sem o charme ou sucesso de outras criaturas da lista, tem uma história até que interessante e efeitos especiais e de maquiagem bem bacanas. Mas…
Sempre tem um mas, né? E aqui no caso é que apesar de tudo isso, é um filme mediano, que fica meio em um limbo daquelas produções sem muito brilho dos anos 90, apesar do esforço de todos os envolvidos, começando aí por Wes Craven, o nome com mais destaque – inclusive em toda a campanha de marketing – produtor executivo do longa, e que em matéria de criar personagens icônicos do cinema de terror, já havia nos brindado com o Freddy Krueger e o Ghostface.
A direção ficou por conta de Robert Kurtzman, especialista em efeitos especiais e de maquiagem, mais precisamente, o K da KNB EFX Group, empresa em que é sócio junto de Greg Nicotero e Howard Berger, experts no assunto (para você saber, são os responsáveis pela série The Walking Dead), e que também assinam os efeitos visuais em pareceria com a Image Animation International. Por isso volto a frisar que os efeitos especiais, a maquiagem (e o gore, por conseguinte) e o visual do vilão, são de primeira.
A trama, escrita por Peter Atkins explora a figura do Djinn, o gênio das lendas árabes, que ao invés de ser aquele sujeito azul que sai da lâmpada e ajuda o Alladin é uma criatura demoníaca, devassa, que distorce o desejo do humano cheio de cobiça que o liberta. É sua obrigação conceder três desejos àquele que o tirar do sono eterno, e quando esse último desejo é atendido, o Djinn transformará toda nossa realidade em um inferno e acabará com a humanidade. Bem assim…
Pois bem, um sacerdote persa consegue aprisionar a malévola criatura em uma gema opalina e milênios depois, é libertado acidentalmente por uma jovem pesquisadora, Alexandra Amberson. O Djinn parte em busca da moça, assumindo uma forma humana de nome Nathaniel Demerest, deixando um rastro de morte concedendo desejos adulterados para aqueles que encontra pelo caminho, tocando o terror para que a moça faça seus três desejos e assim, o monstro megalomaníaco domine o mundo.
A realização dos desejos por parte do Djinn é das mais espetaculosas, e remete aos mais pirados momentos do pesadelos do Freddy Krueger, tipo transformando uma garota em manequim, fundindo um segurança com uma porta de vidro ou metendo outro leão de chácara amarrado em uma camisa de força dentro de um tanque de água, à lá Houdini. Isso sem contar a orgia de sangue e mortes escalafobéticas quando o vilão resolve dar de penetra em uma festa organizada pelo museólogo Raymond Beaumont, papel do Robert Englund, o Titio Freddy em pessoa.
Aliás, falando em Robert Englund, O Mestre dos Desejos tem uma pá de participações especiais de vários atores do cinema de terror, entre eles Angus Scrimm, o Tallman de Fantasma; Tony Todd, o Candyman; Kane Hodder, o Jason Voorhees a partir de ; e Ted Raimi, irmão de Sam Raimi, fake shemp em A Morte do Demônio e a velha Henrietta possuída em Uma Noite Alucinante, entre outros.. E os sobrenomes dos personagens: Finney, Beaumont, Derleth e Demerest são todos referências aos escritores de terror, suspense e ficção-científica dos anos 50.
É um daqueles filmes que tem uma proposta bem simples, que cria um cenário, um monstro e algumas vítimas, não estando preocupado em desenvolver criticas nem nada relacionado, contudo, mesmo usando o contexto apenas como desculpa para matar personagens, o filme brinca com a questão do desejo e o quão perigosos eles podem ser.
Fui ver sem expectativa nenhuma e me surpreendi positivamente. A história é simples, mas consegue garantir um bom entretenimento, ainda mais pra quem é fã de lobisomens.
Com roteiro do próprio Stephen King, o filme é mais um clássico oitentista com direito a muito sangue e figuras marcantes de cidade do interior. Segue o arquétipo da criança desmedida, mas com personalidade.
Como de costume, Stephen King aborda novamente uma história ambientada no Maine, agora na pequena Tarker’s Mills. O longa é uma adaptação do romance “Cycle of the Werewolf”, que no Brasil ganhou posteriormente o título de “Bala de Prata”, mas que originalmente foi traduzido como “A Hora do Lobisomem”. Se tem uma coisa que o autor sabe fazer com esmero é dar um pano de fundo convincente aos personagens principais, e nesse caso, um garoto paraplégico de dez anos chamado Marty Coslaw (Corey Haim) conduz nossos olhos por toda a trama. Porém, apesar da curiosidade de quem deve ser o temido lobisomem, o filme carece de um prévio contexto do motivo que a fera apareceu na tranquila cidade.
Somos introduzidos ao filme quando um senhor é violentamente morto perto dos trilhos da estação e em seguida presenciamos uma jovem grávida sendo brutalmente dilacerada em casa. Esta cena é filmada sem nenhum pudor e abusa do gore. Logo, alguns terríveis assassinatos começam a acontecer. Os habitantes locais acreditam que o responsável pelas mortes seja um psicopata. Com isso, os moradores se retiram das ruas ao anoitecer. É apropriado observar que a fotografia utiliza bem a perspectiva e planos fechados das garras e pés da criatura para criar o suspense, isso torna as cenas mais desconfortantes. Até então a trama aparenta ser mais um filme trash, com ataques repentinos acontecendo à noite pela cidade.
A atmosfera toma um novo rumo quando entra em cena o carismático Marty e sua cadeira de rodas motorizada construída pelo tio Red (Gary Busey), intitulada de Bala de Prata. Ambos adicionam bastante humor à trama com Red bancando o tiozão bacana, afinal, o garoto é criado somente pela mãe e a irmã Jane (Megan Follows). Em dado momento, Red dá a Marty alguns fogos de artifício e o garoto protagoniza a burrice típica de filmes de terror: sair à noite sozinho para soltá-los. Não há dúvidas que o roteiro poderia evitar tal insensibilidade! O intuito da cena era para que Marty encontrasse o lobisomem e lhe ferisse um olho com os fogos para fugir.
O segundo ato é o ponto alto do filme, quando o garoto conta para a irmã o que de fato está causando as mortes enquanto os moradores se organizam para caçar o suposto psicopata. Cética, ela concorda em procurar pela cidade alguém que tenha o olho ferido para assim identificar quem está amaldiçoado como lobisomem.
Há no filme alguns elementos que não ajudam na condução da história, como uma narração inoportuna e a falta de abordagem do lobisomem. Talvez seja a economia de cenas da criatura que deixou o longa tão marcante ao longo dos anos. Pois, quando explorados com excesso, é comum em filmes de terror a banalização da ameaça. E se “A Hora do Lobisomem” tem uma certeza é de sua autenticidade, tanto em se assumir como filme de terror para jovens quanto em honrar a lenda dos licantropos. No final, é justo dizer que essa é mais uma obra anticlímax de Stephen King. Pelo menos vale pelo carisma de Corey Haim.
Apesar disso, quem quer um pequeno nível de gore e muita emoção não tem do que reclamar, já que o ritmo é bastante acelerado. Personagens morrem a todo momento e nem crianças são poupadas. E, com mortes isoladas que demoram a acontecer e são precedidas da clássica câmera do ponto de vista do assassino, o lobisomem age como um serial killer. Por isso, o filme acaba ganhando um clima totalmente slasher: para quem gosta, é um prato-cheio.
A Mulher de Preto não chega a ser um filme de terror, mas inteiramente de suspense, e por sinal, um bom suspense. Digamos que seja um terror clássico. Um filme que tem um belo visual e com um bom roteiro, mas o suspense costuma perder o ritmo em várias cenas, que não acrescentam muito. O protagonista Daniel Radcliffe se saiu muito bem, mostrando que tem vida após Harry Potter.
Incrível na direção de arte, a obra tem elementos assustadores muito bem colocados, como brinquedos muito bem feitos, cenários medonhos e janelas que revelam reflexos amedrontadores. A casa mal assombrada e seus arredores, juntamente com a fotografia saturada e cinzenta são elementos que aumentam a tensão.
Baseado no livro homônimo de Susan Hill e adaptado por Jane Goldman, o filme se passa na Inglaterra do século XIX, se utiliza levemente de alguns elementos espíritas e apresenta o jovem advogado Arthur Kibbs (Daniel Radcliffe), cuja vida está sem rumo após a perda de sua esposa.
Tentando salvar sua carreira e o futuro de seu filho, Arthur recebe a missão de cuidar do espólio de uma velha cliente de seu escritório, cujos bens incluem uma mansão isolada em um lugarejo inglês. No entanto, Arthur encontra uma inesperada resistência local à venda do imóvel e, com a ajuda de seu amigo Samuel Daily (Ciarán Hinds), tenta desvendar o terrível segredo que cerca aquela cidade.
Sem sombra de dúvidas, o maior chamariz para o público jovem é a presença no elenco de Daniel Radcliffe, astro da franquia “Harry Potter”. Aqui, Radcliffe lida com sentimentos que lhe cercaram na já encerrada saga, como perda, morte e luto. Obviamente, o lado psicológico de seu personagem ganha mais destaque, com o ator jamais decepcionando. Sentimos a todo instante o peso que Arthur carrega em suas costas e a dúvida (e esperança) que carrega em relação à possibilidade de vida após a morte.
Radcliffe surge com uma expressão constantemente carregada e somente encontra algum alento quando está na presença de seu filho, o que acontece durante pouco tempo durante a projeção. O ator parece ser um tanto jovem hoje em dia para ter um filho de quatro anos, mas tal fato, para a época na qual a história se passa, era absolutamente normal.
O protagonista também possui uma ótima química com o competente Ciarán Hinds, seu racional amigo e único aliado em sua tarefa em descobrir qual o mistério daquela mansão cercada por pântanos. É interessante notar como a relação quase paternal entre os dois evolui, sendo este um dos elementos mais curiosos em cena.
O imóvel é um personagem à parte na película, graças a uma bem cuidada direção de arte e de uma fotografia que investe em tons escuros, mas que jamais torna impossível a exploração dos quadros pelo espectador. Destarte, o casarão ganha uma personalidade sinistra bastante peculiar. A sensação de isolamento que Arthur sente toda vez que se aventura por lá é ressaltada por ótimos travellings que ilustram muito bem como o lugar é praticamente uma ilha.
Em seu segundo trabalho como realizador, a grata surpresa vem do diretor James Watkins. A despeito de eventualmente ceder à tentação de acentuar uma cena mais assustadora com a trilha sonora, o cineasta percebeu que a fita requer um trabalho mais atmosférico. Notem como a névoa que vemos em dados pontos da projeção dão um bastante apropriado ar etéreo às figuras que surgem na tela.
Além disso, o diretor demonstra inteligência e alguma sutileza ao não colocar como destaques óbvios certos elementos-chave de determinados quadros, sabendo conduzir bem a audiência ao estado de tensão sem esfregar o perigo em seus rostos. Afinal, o maior medo que uma pessoa pode ter é daquilo que não sabemos exatamente se está lá ou não.
Mesmo com um desfecho um tanto quanto abrupto, mas na melhor tradição da Hammer, “A Dama de Preto” é um filme de terror que honra o seu DNA, contando com atuações competentes e uma estética perfeita para o que se propõe.
Uma bomba! Absolutamente nada se salva aqui. É tão ruim, mas tão ruim, que o primeiro filme que já era zoado se torna uma obra de arte comparado a esse.
Depois de aparecerem no divertido Morcegos, na virada do século, estes mamíferos voadores ganharam notoriedade no circuito do cinema de terror independente na década de 2000, com produções abaixo da média, voltadas exclusivamente para um caminho de entretenimento questionável. Sem críticas sociais, discurso científico ou qualquer outro debate que não seja a exposição de corpos ceifados por tal fúria da natureza, haja vista a mutação genética dos animais em questão, a aventura bélica com traços de terror intitulada Morcegos – Colheita Humana, saiu em 2007 como spin-off da produção de 1999 citada na abertura desta reflexão. O leitor deve se perguntar os motivos que me levaram a chamar o filme de “bélico”, algo aparentemente fora de propósito num filme do segmento horror ecológico, não é mesmo? Pois lhe explico em detalhes: aqui, os morcegos fazem a festa da carnificina, impondo toda a sua ira na humanidade que vez e outra, mexe em sua estrutura genética como meio de manipulação de possíveis projetos farmacêuticos ou armas de guerra. No entanto, não chegam aos pés da violência humana.
Com diálogos ruins e personagens rasos, sem alguma expressão para nos permitir a catarse, as figuras racionais em Morcegos – Colheita Humana matam umas as outras como se as armas de fogo fossem brinquedos. Tudo bem que eles estão dentro de uma zona de guerra, mas para um filme de morcegos assassinos, os seres humanos se apresentam muito mais como mortais que os sugadores de sangue conhecidos por transmitir diversas doenças. E para piorar, o sangue em CGI. Que coisa mais bizarra! Custava investir nalguns litros de groselha ou xarope? Parece que a cada morte, contemplamos uma vítima de um videogame de baixa qualidade. Sob a direção de Jamie Dixon, cineasta embasado pelo roteiro de Chris Denk e Brett Herryman para desenvolver a história, acompanhamos um grupo de soldados do exército americano numa floresta nas imediações do extremo oriente, tendo que lidar com rebeldes locais e morcegos alterados geneticamente. A missão é capturar Fazul, um terrorista árabe que se esconde em uma caverna labiríntica.
Ninguém esperava o ataque da natureza, mas diante da surpresa, a missão dos soldados deixa de ser exclusivamente a captura do “fanático oriental” e passa a ser uma luta pela salvação de suas vidas. É claro que alguns vão querer bancar o herói/heroína e salvar todo mundo, além de mostrar ao terrorista o poder do exército da América, postura que permite o desdobramento da ação, tediosa, por sinal, pois o filme tinha tudo para ser um entretenimento sem fagulha alguma de conteúdo relevante, mas ao menos, serviria para diversão, algo que não acontece, pois a direção, os efeitos e os personagens não atraem em nada. Não há um ponto que possamos dizer “que legal”. É, de maneira geral, um amontado de cenas fracas, com elenco mal trabalhado, morcegos bizarros e diálogos chatos. A Força Delta, capitaneada, dentre tantas pessoas, pela firmeza da inteligente Katya Zemanova, precisa lidar com tudo mencionado e com a estupidez dos comandados.
Mais um típico filme B de animais assassinos que até consegue divertir se não esperar muita coisa. O enredo é simples, os personagens são genéricos e sem muito desenvolvimento, além de diversas situações forçadas.
O enredo é ruim e clichê, mas também tem seus pontos positivos, sendo um dos principais deles o visual dos morcegos, que são legais por serem efeitos práticos, o uso de animatrônicos é sempre bem vindos e funcionam até hoje. Já em relação aos efeitos digitais, não se pode dizer o mesmo, são fracos e envelheceram muito mal.
Sob a direção de Louis Morneau, cineasta que teve como direcionamento, o roteiro escrito por John Logan, acompanhamos uma curiosa narrativa de 91 minutos sobre o interesse das forças armadas em detonar uma cidade inteira, tornando-a pó. O leitor deve se perguntar: o que isso tem a ver com os morcegos, criaturas conhecidas por beber o sangue de outros animais? Já respondo: na tal cidade, Gallup, no Texas, uma experiência científica não dá certo e o resultado é a transformação destas figuras noturnas em monstros aberrantes, loucamente irritados com as manipulações genéticas e com algo muito além do apetite voraz. Eles tiveram mecanismos modificados em suas estruturas interiores e tornaram-se, digamos, “inteligentes”, algo semelhante aos tubarões do frenético Do Fundo do Mar, lançado no mesmo ano. Para resolução do problema, temos a zoóloga Sheila Casper, especialista que trabalhará junto ao seu assistente Jimmy. Com ajuda do xerife Emmett Kimsey, eles litam pata resolver a crise antes que seja tarde demais. A sociedade civil e o poder, no entanto, dificultam tudo, haja vista a cartilha básica do horror ecológico. Ninguém quer acreditar na ameaça.
Como sabemos, será preciso ver para crer. E o que será apresentado não é nada agradável. A ferocidade dos morcegos é absurda e as suas estratégias de ataque cada vez mais astutas. É por isso que, tal como mencionado no parágrafo anterior, as forças armadas querem detonar a cidade, afinal, os experimentos possuem conexões secretas, motivo a mais para colocar fogo em tudo que for comprometedor enquanto registro documental. O Dr. Alexander McCabe faz a linha do cientista maluco aqui, sem muito poder de convencimento. É um personagem fraco, sem o perfil esférico que esperamos para teme-lo. Ele sucumbe a todos os estereótipos possíveis, mas a sorte é que possui pouca importância no desdobramento da ação. A dupla zoóloga e xerife, milagrosamente, não adere ao clichê do desejo sexual pulsante, responsável por promover tórridas cenas de amor nos filmes deste segmento. Profissionais e dedicados, eles acreditam que o problema maior é a incidência cada vez mais violenta e incontrolável dos morcegos. Enquanto a situação não é controlada, a pilha de corpos cresce cada vez mais.
Lançado numa era de popularização dos efeitos visuais, reconfigurados com os novos padrões de softwares e possibilidades de manipulação da imagem na cultura virtual, Morcegos convence na seara da visualidade. A cena da mina, por exemplo, é realista e agonizante. Tais criaturas são pomposos monstros que acionam o nosso imaginário desde as representações cristãs destas criaturas na história da arte, quando ganharam associação com os demônios bíblicos que também tinham asas. Agressivos, dormem de cabeça para baixo, algumas espécies, como a apresentada pelo filme, isto é, o morcego-vampiro, tem na alimentação o sangue como predileção, além de toda a sua construção cultural voltada ao noturno, associação que o transformou, desde a Idade Média, numa criatura perigosa e sombria.
É um filme com uma premissa bem interessante, ainda mais por se basear em uma caso real. Não é nada de mais, e pra falar a verdade tem muito coisa ridícula por aqui, mas de qualquer forma serve pra passar o tempo.
Para quem não sabe, Assassino Invisível foi anunciado como remake do filme com mesmo título lançado em 1976. A versão de 2014, no entanto, pode ser encarada como remake, sequência, filme independente, e funciona em qualquer uma dessas situações.
A obra original, lançada aqui no Brasil como Pânico ao Anoitecer, é um produto típico dos anos de 1970 e um dos filmes sobre serial killer que considero mais “sinistros”. Boa parte disso, obviamente, por se tratar de uma história real – uma série de assassinatos que aconteceram na cidade de Texarkana em 1946. Os crimes ficaram sem solução, o que levou o criminoso a ficar conhecido como “o assassino invisível” (the phantom killer).
Nesta sequência (vou chamar assim), o diretor Alfonso Gomez-Rejon nos apresenta Texarkana como uma cidade “marcada pelo crime e assombrada pelo passado”, 65 anos após os crimes do assassino invisível original. Este se tornou uma mistura de lenda local e celebridade garantida pela repercussão do filme The Town That Dreaded Sundown de 1976. No entanto, uma nova onda de crimes volta a acontecer, com óbvias referências aos originais cometidos pela celebridade local.
Estabelecida a trama, Assassino Invisível segue como muitos slashers. Uma das sobreviventes da nova onda de assassinatos se torna fundamental na investigação de sua identidade. Ele se comunica com o assassino. E ela, de mera mensageira, se envolve de tal forma na investigação que se torna constantemente um alvo.
Assim como no primeiro filme, um tom sério e de luto atravessa toda a sequência. Enquanto no original o diretor Charles B. Pierce caprichou no tom documental (o que talvez tenha deixado o filme meio maçante para alguns) para passar mais seriedade à narrativa, aqui, o Alfonso Gomez-Rejon nos coloca em um retorno intenso ao passado de Texarkana na busca por memórias, registros, e até pessoas que possam ajudar a juntar as peças desse quebra-cabeças. E é nesse cenário que surgem novos elementos que podem ajudar a elucidar os crimes de antes e de agora.
Apesar disso, a narrativa e escolhas do roteiro pecam demais em grande parte da história, por exemplo:
O filme começa contando a história de um serial killer que aterrorizou uma pequena cidade no Texas. Vamos direto para os problemas, o primeiro de todos, o filme inteiro repete que esse assassino conhecido como Fantasma nunca teve sua identidade revelada, mas quando a personagem principal começa a pesquisar sobre o caso nos arquivos policiais descobre que um cara havia sido preso na época, considerado por todos o assassino de fato.
A personagem passa pelo trauma de no primeiro encontro com o garoto que ela gostava, quando estavam em meio a amassos mais intensos, vê-lo ser morto à facadas por um cara que assim como o Fantasma escondia o rosto numa sacola, deixando visível apenas seus olhos azuis. Depois disso o acompanhamento médico dela não passa de uma consulta com uma psiquiatra que mesmo sabendo do histórico médico dela (que passou 7 anos tomando remédios desde a perda de seus pais na infância) não insistiu nem um pouco para que ela voltasse a tomar remédios para ajudar a superar esse momento, simplesmente porque ela disse que não queria.
Isso sem considerar que quase todas as pessoas na cidade possuem os tais olhos azuis que ela, como vítima de um assassino que a encarou fundo nos olhos e a deixou viva “para que se lembrassem de Mary”, em nenhum momento demonstrou qualquer medo, aversão ou desconfiança, ao ponto de começar a namorar um garoto estranho que dizia ter estudado com ela e a contou sobre seu pai alcoólatra que se suicidou e sua mãe que estava internada num hospício desde então. Como se não bastasse, ela ainda vai pra cama com ele a despeito do trauma que ela deveria ter sobre tudo que remetesse ao assassinato, assim como a todos os outros que ainda vinham acontecendo na cidade, sempre com casais que estavam transando ou prestes a isso.
E logo após esse momento terrível que ela passou, a polícia informa que deixariam alguém vigiando sua casa por precaução, no mesmo instante um dos policiais diz “Eu posso vigiar”, deixando muito óbvia a ideia de que ele seria um dos assassinos por trás de tudo mais tarde.
Numa das primeiras noites em casa, após conversar com a sua avó sobre o tal Fantasma e o que aconteceu com a cidade na época, ela acorda de madrugada com uma ligação no seu celular, indicando o número do rapaz que ela viu morrer, o qual ela nem mesmo hesita em atender e receber o recado do assassino. O pior de tudo é que ela não se desfaz do aparelho e quase é pega mais tarde por uma ligação do próprio assassino, da mesma forma, enquanto a procurava num galpão.
Toda a polícia e sua provável investigação foi inútil e precisaram de uma garota prestes a entrar pra faculdade para ser capaz de não só fazer uma investigação profunda sobre o caso como para aponta-los o possível assassino.
E no fim, só pra citar a coisa mais absurda, a personagem se salva de uma picaretada no crânio fazendo a proeza de se virar de frente e dar um tiro no assassino que em momento algum saiu de cima das suas costas ou vacilou com seu movimento, até porque não houve nenhum. Para depois ir viver sozinha numa cidade desconhecida, com gente que nunca viu e sem jamais apresentar sinais de síndrome do pânico ou fobia social.
O plot twist do filme é completamente inútil porque não faz nenhuma diferença e a burrice de todos os personagens é bem característica dos filmes escrachados, não dá medo, não cria direito a história e os personagens estão basicamente pra morrer ou passar em branco.
No fim, se torna apenas mais uma obra completamente esquecível.
Na boa, digo tranquilamente que o filme é bom, e obviamente não é de terror. É um filme de herói com drama adolescente e uma pegada de monstros, mas que em nenhum momento tenta ser terror, ele é uma aventura na pegada dos X-Men dos quadrinhos com uma história decente, achei melhor que muitos filmes horríveis dessa saga.
Nossa! Nem sei por onde começar, só sei que está tudo errado. Reciclando a mesma história de X-Men: O Confronto Final, colocaram muuuuito feminismo em cima, sem nenhum carisma nos personagens, sem sal, personalidade ou qualquer trama paralela.
Nada nesse lixo de filme funciona, e para finalizar, ninguém respeita o Charles Xavier, o culpam por qualquer coisa, Mística consegue ser a mais irritante e insuportável do filme, e o Fera completamente irracional e pateta, agindo por causa dos seus sentimentos, sendo que ele sempre foi um dos mais inteligentes do grupo... UMA DECEPÇÃO!!!
Melhor filme da série Wolverine, um drama com algumas risadas e ação do começo ao fim, sensacional!
Logan é uma bela despedida a personagens que acompanhamos desde o ano 2000, uma homenagem a Hugh Jackman e seu personagem, que nos cativou ao longo dos anos e apresentou claros sinais de evolução.
Ao dispensar fórmulas e nos entregar um filme mais autoral, ainda que um blockbuster, James Mangold nos oferece uma obra que funciona perfeitamente por conta própria, sem precisar estar inclusa em um extenso universo, recheado de referências e cenas desconexas.
Temos aqui um filme dramático com personagens de quadrinhos e não um longa-metragem de personagens de quadrinhos.
Definitivamente uma das melhores adaptações das páginas ilustradas, que abandona o clichê a favor de algo que realmente consegue nos envolver.
X-Men: Apocalipse é apenas mais um filme mediano dessa saga tão bagunçada, que pra falar a verdade nunca teve um filme decente de verdade, tirando os primeiros.
O roteiro não é grande coisa, é genérico, é inchado, é longo demais, abusa de coincidências, não consegue desenvolver nem dar um bom aproveitamento para a maioria dos seus personagens além de não entregar nada de muito novo.
Apesar da sequência inicial ser memorável, o mesmo não pode ser dito do restante do filme, e o elenco cheio de nomes novos é bom mas os personagens são problemáticos. O Magneto possui um pouco mais de desenvolvimento aqui, passando por um drama pessoal que não é muita novidade pro personagem mas que é interessante, só que a forma como tudo isso se resolve é muito forçada, e acaba que o personagem mal registra no filme, e o mesmo pode ser dito da Psylocke e da Tempestade, a participação de ambas se resume a uma sequência de ação e só, foram desperdiçadas pelo roteiro. Já outros personagens possuem uma participação mais ativa só que seu desenvolvimento é precário, como o Noturno por exemplo, e a Mística ganha um protagonismo desnecessário só porque a Jennifer Lawrence é a queridinha de Hollywood, já o vilão Apocalipse é genérico demais pra ser memorável e a essa altura as suas motivações já ficaram batidas.
Por outro lado, o Scott Summers e a Jean Grey formam uma dupla muito boa e possuem um desenvolvimento mais eficiente, assim como o Professor Xavier. Há um uso excessivo de computação gráfica aqui e a maior parte do filme ela funciona exceto no final onde ela fica pesada demais. Aliás o filme aborda coisas demais e não dá pra digerir tudo, a montagem transita o tempo inteiro entre as diferentes subtramas de cada personagem e não dá pra sentir o mínimo senso de passagem de tempo, e a batalha final é uma bagunça generalizada, com um excesso de CGI mal renderizado e uma montagem frenética demais que se alterna loucamente entre diferentes lutas.
Por outro lado, há muitas coisas aproveitáveis aqui como a participação do Wolverine, que não acrescenta muita coisa é verdade mas que não deixa de ser legal ver o personagem em ação, além do Mercúrio que novamente possui uma sequência divertidíssima. X-Men Apocalipse é isso, um filme desorganizado, genérico e que poderia ter uns 20 minutos a menos, mas de certa forma, mesmo com tantas ressalvas, é bom no que propõe.
Um filme que foi feito para responder perguntas, mas, acabou criando outras.
Bom, mais uma vez o Wolverine é o centro das atrações em um filme dos X-Men, e ele acaba mudando o futuro, a grande pergunta que se faz sobre o filme é "o que aconteceu e o que não aconteceu na franquia X-Men?". Isso o filme deixa muito confuso, por que não dá tempo pra você pensar em nada enquanto você assiste, aquele final que ninguém sabe o que aconteceu e o que não aconteceu, como o Wolverine conseguiu as garras de Adamantium, e também ninguém sabe o desfecho de certos personagens como o Magneto, que ninguém sabe pra onde foi, fazer o que.
A grande ameaça do passado, era o Bolívar Trask, que não se mostrou um bom vilão em nenhum momento, e os sentinelas do passado também tem pouco tempo em cena (pouco tempo, levando em consideração que eles são um dos maiores vilões dos mutantes). Outro problema do filme são os personagens secundários, não que eles sejam inúteis, mas sim alguns personagens muito importantes da trilogia passada, como a Tempestade, que está lá unicamente para falar duas frases. E inúmeros furos e erros de roteiro.
A saga X Men é sensacional, tem ótimos personagens e um universo espetacular, mas o que é decepcionante é essa tamanha salada de frutas que os produtos fazem. Nunca na minha vida vi uma série de filmes ter uma linha temporal / ordem cronológica mais fudida de confusa e bagunçada do que essa. É simplesmente lamentável.
Mas no geral, voltando a falar de Dias de um Futuro Esquecido, mesmo com inúmeros problemas continua sendo uma boa obra.
Hot Bot: Uma Robô em minha Vida
1.6 31Comédia besteirol bem fraquinha e pífia. Os primeiros 30 minutos até que não são ruins, mas depois se transforma numa chatice cafona sem fim. E o final é extremamente patético e sem lógica.
Chega no final e a Bardot simplesmente vai embora pra Alemanha, mas a questão é, como e pq????????? Sem nenhum documento? Passaporte? Visto? Dinheiro? Vai fazer o que lá e "viver" como? Isso que nem humana a bicha é, ESTAMOS FALANDO DE UMA MÁQUINA, UMA ROBÔ, CACETE MAS QUE LOUCURA É ESSA????
Não basta isso, a menina que terminou com o maloqueiro lá aparece com o carrão dela na lanchonete, chama o Limus pra entrar e é isso, simplesmente de uma hora pra outra ela ficou apaixonada por ele, PORQUE?????
O filme todo no geral é toscão e nonsense, mas esse final foi ordinário de tão lamentável, kkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Pé Pequeno
3.6 164 Assista AgoraÓtima animação, visualmente linda e história bem agradável. Ela inverte a tradicional lenda do Pé-Grande para dar lições sobre como o medo pode paralisar sociedades diante daquilo que é diferente.
A cada porção de anos temos uma animação que retrata uma complexa sociedade de monstros que têm medo dos humanos e uma parte desse medo é o resultado de péssima comunicação entre os dois grupos. Nessas ocasiões, os roteiros exploram o mal-entendido entre as partes (e claro, possivelmente a crueldade, ataques e destruição por parte dos humanos ou geralmente não-intencional do outro lado), sendo as diferenças, ao fim, parcialmente resolvidas quando um humano entra em contato com a “civilização perigosa” e dá início a uma fase de mudanças. Em safras do novo século, assim foi com Monstros S.A. (2001), depois com Hotel Transilvânia (2012) e aqui, com PéPequeno (2018).
A premissa de PéPequeno é muito boa: uma vila de "pés-grandes", também conhecidos como Yetis, funciona em total harmonia. Eles têm comida, neve, transporte em teleféricos, neve e, além de mais neve, um monte de regras e verdades, que ficam expostas em forma de um casacão de pedras no corpo do seu líder, o Guardião das Pedras. O número musical do começo é quase um “Tudo é Incrível”, mas trocando o mundo de LEGO pelo nada-abominável mundo das neves.
Porém, em mais um dia de muita… (acertou!) neve, uma “ave de metal” (que nós humanos conhecemos como avião) surge no céu pegando fogo e cospe uma coisa… um PéPequeno! E o que era apenas uma lenda para o protagonista Migo (voz original de Chaning Tatum), vira um pesadelo, quando seu mundo, suas crenças, suas verdades todas são colocas em xeque. Ele descobre, então, que existe uma sociedade secreta que também questiona não apenas a existência dos PésPequenos, mas também as outras regras escritas nas pedras. Banido da sua vila, Migo usa a ajuda de seus novos companheiros para partir em uma viagem em busca da sua redenção, provando que ele não está mentindo, nem é louco.
Toda a apresentação do espaço geográfico e dos personagens tem um belo ar convidativo aqui. A fotografia tem aquele contraste de luz solar sobre o gelo que sempre dá um efeito visualmente chamativo e a predominância do braco mais um pouco de filtro de azul marcam fortemente essas cenas. A sensação de frio e ao mesmo tempo de aconchego são conseguidas através da simples, mas bem escolhida paleta de cores já na sequência que abre o filme. No último ato, esse mesmo bom trabalho fotográfico volta a aparecer, aí também com inteligentes escolhas da direção para mostrar a fuga dos Yetis e o show de luzes da pequena cidade no pé de uma das montanhas do Himalaia.
Em tempos de adoração religiosa sendo adotada para fazer política, questionar o que está escrito em pedras sagradas pode ser bastante útil.
E sendo assim, considero essa a MELHOR e MAIOR crítica dessa obra, no caso quando voltamos a vida real podemos perceber a tamanha lavagem cerebral que seitas e religiões fazem na vida do ser humano. Um excelente exemplo é;
Antes de Jesus, Moisés foi orar sozinho na montanha, voltou dizendo que bateu um papinho com Deus e, mesmo sem testemunhas, conseguiu seguidores (judeus).
Depois Maomé foi orar sozinho em uma caverna, voltou dizendo que bateu um papinho com o anjo Gabriel e, mesmo sem testemunhas, conseguiu seguidores (muçulmanos).
Joseph Smith Jr. foi orar sozinho na floresta, voltou dizendo que bateu um papinho com Jesus e, mesmo sem testemunhas, conseguiu seguidores (mórmons).
Como vocês podem perceber, o ser humano comum aceita qualquer bobagem sem questionar.
Essa narrativa é exatamente a mesma que os yetis vivem, não podem questionar absolutamente nada e acham isso completamente normal.
Viver pelos pensamentos de homens primitivos pode ser tudo, menos genial.
The Amazing Bulk
1.5 8 Assista AgoraLavagem de dinheiro, não tem outra explicação pra alguém fazer um "filme" desses! 🤣
Sério, o cachê dos "atores" deve ter sido no máximo um copo de café e um pão com presunto.
De vez em quando surge um filme que, mesmo sabendo que é mau, nos diverte por essa exata razão. Em alguns casos nem sabemos explicar porquê. Sabemos apenas que aquilo está mal feito ao ponto de nos divertirmos como não devíamos. "The Amazing Bulk" insere-se noutra categoria dos bons maus filmes por razões que já passarei a explicar.
A história é a de Henry Howard, um cientista que anda a fazer experiências em ratos para desenvolver uma fórmula que prolongue a vida aos seres humanos. O seu chefe é o General, que é também o pai da sua namorada Hannah, a quem ele pretende pedir em casamento. No entanto, durante as suas experiências, algo corre mal e Henry acaba por se transformar num ser monstruoso capaz de destruir tudo e todos no seu caminho.
Caso ainda não tenham notado, este filme é um plágio descarado à história da personagem "Hulk". Porém, há uma diferença entre isto e outros filmes de plágio: "The Amazing Bulk" nunca se leva a sério. É impossível que um filme destes se leve a sério. Nunca na minha vida vi um filme tão virado para o lado da galhofa, da implausibilidade e da preguiça como isto. No entanto, é magnifico. Ao passo que a maioria dos filmes maus que divertem, não resultem mesmo com intenções de o fazer, nunca me poderão dizer que isto foi feito com esse intuito. É que nem sequer parece querer ser uma comédia, nem um drama, nem uma história de super-heróis. A arranjar um género para isto, eu digo "Que raio?". Ninguém no seu perfeito juízo levaria a idiotice a extremos tão grandes se não fosse propositado.
Só para terem a noção do que falo: "The Amazing Bulk" não tem um único cenário. Todo o filme é gravado em ecrã verde com cenários irrealistas por trás. E, parecendo que não, dá muita vontade de rir ver cenas de pessoas a correr nestas circunstâncias. Como já disse, nada se leva a sério. As personagens parecem caricaturas de caricaturas e não existe autenticidade. Mas resulta porque essa falta de realismo é intencional.
Não é fácil falar deste filme. É, realmente, uma experiência única de cinema. Não por ser bom, não por ser mau, mas por ser ele próprio. Desde a ridícula premissa até aos efeitos visuais mais ranhosos que possam imaginar, "The Amazing Bulk" é uma espécie de obra que após você terminar de assistir, pergunta a si mesmo o que está fazendo da sua vida.
O Dom da Premonição
3.3 231 Assista AgoraFilme sensacional! Tem uma excelente história com muitas reviravoltas juntamente com um final surpreendente.
Os enredos sobrenaturais levam uma pequena vantagem em relação a outros subgêneros do suspense. Afinal, fica mais fácil provocar sustos com cenas bizarras, fantasmas e situações pouco verossímeis. Repleto de estrelas, em aparições que variam do amplo destaque às pontas inexpressivas, O Dom da Premonição (The Gift, 2000) utiliza como mote exatamente esses aspectos que fogem da compreensão humana. E recebe o gerenciamento de um expert do horror, o cineasta norte-americano Sam Raimi.
Depois de um começo surpreendente, com o terror escrachado de A Morte do Demônio (The Evil Dead, 1982) e A Morte do Demônio 2 (Evil Dead 2, 1987), Raimi ganhou respeito como um criativo comandante de cenas e câmeras. Nos anos noventa, dirigiu os médios Darkman (1990) e Rápida e Mortal (The Quick and the Dead, 1995). Atingiu então o ponto máximo da notoriedade. Foi convidado a comandar o grandioso longa-metragem do Homem-Aranha, lançado em 2002. Antes disso, Raimi já havia trabalhado com o ator Billy Bob Thornton em Um Plano Simples (A Simple Plan, 1998). Também um roteirista, Thornton - famoso por ser o marido de Angelina Jolie - presenteou o diretor com um roteiro cheio de mistério e intrigas. E daí surgiu a idéia de O Dom da Premonição.
O poder da vidência, a capacidade de visualizar acontecimentos futuros, ajuda a jovem viúva Annie Wilson (Cate Blanchett) a cuidar dos três filhos pequenos. Em troca de algum dinheiro, ela utiliza as cartas para desvendar o destino de seus clientes. Um deles, o mecânico Buddy Cole (Giovanni Ribisi), procura ajuda para se livrar dos pesadelos de infância, a influência maligna do pai. Outra visitante, Valerie Barksdale (a vencedora do Oscar Hilary Swank) busca uma solução contra as agressões do marido, o destemperado Donnie Barksdale (Keanu Reeves). Até agora, a prática se mostrou realmente um dom especial. Depois que Annie começa a ter visões estranhas e a sofrer com a perseguição paralela de Cole e Donnie, o dom vira maldição.
Em meio ao seu terror pessoal, a vidente recebe um pedido desesperado do professor Wayne Collins (Greg Kinnear). Dias antes de seu casamento, Collins assistiu ao desaparecimento de sua noiva, Jessica King (a gracinha Katie Holmes, do seriado Dawsons Creek). As investigações não alcançam resultado. Assim, Annie acaba envolvida em uma terceira trama, graças aos seus poderes especiais. Cabe a ela auxiliar Collins na busca de Jessica. As aparições sombrias e os sonhos de Annie exibem uma conexão sinistra entre os casos distintos. E o suspense se mantém do início ao fim.
Com um bom roteiro e um elenco acima da média, O Dom da Premonição traz personagens que parecem escritos pelos irmãos Coen (amigos de longa data do diretor) em uma trama de suspense com um que de sobrenatural – boa mistura!
O papel principal é de Cate Blanchett, que já mostrava que era uma grande atriz antes de ganhar seus Oscars (por O Aviador em 2005 e Blue Jasmine em 2014). Claro que Cate é um dos destaques, mas quem chama a atenção é Giovanni Ribisi, num papel menor, mas que impressiona sempre que aparece. Também no elenco, Keanu Reeves, Hillary Swank, Greg Kinnear, J.K. Simmons, e Katie Holmes, em sua única cena de nudez na carreira (se não me engano).
Na minha humilde opinião, O Dom da Premonição pode ser colocado facilmente entre os melhores filmes de Sam Raimi!
Hospício Maldito
2.1 24 Assista AgoraFrancamente, que filme ruim....
História extremamente mal aproveitada num roteiro completamente absurdo de tosco e forçado, fora o "vilão" que é praticamente um x-men imortal todo poderoso. Patético.
Não tem tensão, terror e muito menos suspense, é tudo uma comédia de muito mal gosto.
Um Negócio de Risco
3.0 37 Assista grátisDepois do velório de um amigo, um grupo se reúne na cafeteria e lembra o passado no colégio, e conversam sobre o futuro, ambos querem um negócio que lucre muita grana, a partir de uma ideia, resolvem investir na bolsa de valores e Noah (Dan Stevens) o que sofria bulling na época de colégio anima o grupo dizendo que consegue os $200.000 para o investimento, Zach (Michael Pitt) o cara mais descolado, com a namorada linda e muitos sonhos, topa o risco na hora e resolve investir também os benefícios de cada funcionário da empresa onde trabalha, passa se um mês e a multinacional em que o grupo investiu caí com suspeitas de lavagem de dinheiro e todos perdem o dinheiro, que Noah pegou emprestado do chefão da máfia italiana, Eddie (John Travolta) que como prejuízo cobra juros de 100%, impossibilitados de pagarem essa quantia aceitam um serviço sujo de mafioso, quatro amigos totalmente sem noção alguma de crime e sequestro se arriscam para se livrarem de uma dívida, mas que, na verdade acabam se complicando mais ainda ao sequestrar um sobrinho de outro mafioso do bairro.
Este filme é dirigido pelo Jackie Earle Haley, que também atua no filme como um dos capangas de John Travolta, e esta obra me surpreendeu, as interpretações são ótimas, os segredos e reviravoltas são praticamente inimagináveis, me prendeu muito e no final fechou com chave de ouro, muito bom.
Minimalismo Já
3.2 47 Assista AgoraÓtimo documentário que proporciona grandes reflexões de como o consumismo afeta a nossa vida.
"A mensagem do minimalismo é poderosa porque estamos nos fartando das coisas erradas, e morrendo por falta do que realmente importa".
Seis Gostosas num Galpão
0.7 4 Assista AgoraPuta que pariu, que filmeco mais lamentável. Basicamente a metade dessa porcaria consiste em mostrar o quão esquisito e maniaco é o fotografo perante as mulheres e a outra metade mostra as mesmas "lutando" até a morte, tem coisa mais tosca e patética que isso? Horrível do começo ao fim.
O Mestre dos Desejos 4
2.2 90Muitas pessoas acham esse o pior filme de toda a saga, e de tanto ver esse massacre em cima dele fui assistir meio receoso, mas por incrível que pareca não achei tão ruim não. Diria que está no mesmo padrão do O Mestre dos Desejos 1 e 2, sendo medianos e assistíveis, já o 3 na minha opinião é o pior, mas esse aqui dá pra ver numa boa. Claro que tem muita coisa patética e caiu muito o nível, mas mostrar um lado alternativo do Djinn e sua "paixão" foi uma premissa que achei bem interessante.
Fuga Implacável
2.6 200 Assista AgoraTem algumas cenas de ação legais, bons atores e uma fotografia razoável, mas o problema mesmo é a história, além de ser extremamente clichê não empolga em momento algum. Típico filme que passaria na sessão da tarde, e que após assistir o mesmo nem se lembrará mais de tão esquecível.
O Mestre dos Desejos 3: Além da Porta do Inferno
2.2 78Bem fraco, uma coisa ou outra é legal, mas no geral deixa a desejar. Enredo tosco e cansativo, efeitos visuais horríveis e nem o Djinn consegue dar algum impacto. Atores ruins, canastrões, personagens não carismáticos, e, pra piorar mudaram a história do filme. E quando chegou a parte do anjo foi lamentável de ruim, ver o personagem mudar a voz para falar como anjo (kkkk) chega a dar vergonha.
Com a realização de O Mestre dos Desejos 2, duas continuações foram encomendas pelas produtoras, incluindo a Artisan Entertainment. A ideia era realizá-las concomitantemente, aproveitando ambientações e maquiagens, mais uma vez com excelente Andrew Divoff atuando como o maligno Djinn. O ator chegou a ler os roteiros, mas se recusou a assumir a vestimenta, principalmente depois que seu roteiro para uma terceira parte fora recusado. Intitulado Wishmaster: The Third Millennium, o enredo iria abordar o medo que as pessoas tinham na época com a virada do milênio, e começaria com um navio de guerra americano sendo atingido por um míssil na Ásia, enquanto uma reunião na ONU é interrompida por criaturas que ganham vida e destroem a multidão. Como o conceito era muito ambicioso para os orçamentos dispostos, o roteiro foi engavetado, e Divoff desistiu do papel.
Podia até sair algo bom deste O Mestre dos Desejos 3: Além da Porta do Inferno. Pelo menos, tinha no elenco alguns rostos conhecidos, como o de A.J. Cook (Ameaça Alienígena, As Virgens Suicidas e Ripper – Mensageiro do Inferno) e Emmanuelle Vaugier (Fear 2 – Uma Noite de Halloween e também Ripper), além de Jason Connery, filho do eterno 007 Sean Connery, com mais créditos no cinema e TV. Apesar dos nomes envolvidos e a proposta de roteiro de terror teen, aproveitando a onda do momento, o resultado se mostrou absurdamente ruim, apelativo, e com um Djinn pouco carismático. Foi filmado juntamente com a quarta parte, em 16 dias, ambos com a direção problemática de Chris Angel (de Fear 2), a partir de roteiros escritos por Alex Wright e John Benjamin Martin, respectivamente.
Sem referência à estátua de Ahura Mazda e absolutamente nada sobre o passado na Pérsia da criatura demoníaca, o Djinn (desta vez interpretado por John Novak) concede o desejo do professor de ter duas belas mulheres, na primeira cena de exposição de corpos femininos (algo que se tornaria frequente nos dois últimos filmes), e ele é morto por elas. Seu rosto é utilizado pelo demônio que assume sua aparência, precisando apenas encontrar Diana para que ela realize seus três desejos – nada de 1001 almas, como sugerido em O Mestre dos Desejos 2. Para isso, ele precisa entrar em seu universo estudantil e conhecer alguns amigos da garota, como Katie (Louisette Geiss) e seu namorado Billy (Aaron Smolinski), além de Anne (Daniella Evangelista) e Elinor (Vaugier).
A partir de então, há uma sequência Looney Tunes. Diana corre de um lado para outro na faculdade, acompanhada algumas vezes de Greg. Sobe escada, desce escada, vai para um e para outro, dificilmente encontrando o Djinn – é incrível como um professor não consegue simplesmente encontrar uma aluna residente na faculdade em que leciona. Quando tudo já parece chato demais, o enredo apresenta uma ideia absurda: em uma igreja, Diana usa como desejo que o arcanjo Miguel venha para ajudá-la; com um efeito terrível, com uns raios e brilhos excessivos, o ser celestial possui Greg, que passa a continuar correndo com Diana, mas desta vez segurando uma espada imensa.
Luta para cá, confrontos para lá e mais correria. Quando não há essas fugas constantes, o enredo apela para corpos como a desnecessária cena de sexo entre Katie e Billy, dois personagens sem muita importância. Diana não se mostra tão esperta como as demais “wakers“, de O Mestre dos Desejos e O Mestre dos Desejos 2, partindo mais para o combate do que para uma ação inteligente. O Djinn aqui, além de aparentar um demônio bobalhão – e que poderia fazer parte do Super Xuxa contra o Baixo Astral -, praticamente não realiza desejos, e quando o faz, não traz as cenas sangrentas que marcaram os filmes anteriores. Por diversos momentos, personagens se esquecem e dizem coisas como “quero que você….“, “gostaria que…“, sem que o monstro atenda como se fossem pedidos.
Padre
2.8 1,5K Assista AgoraApesar de ter alguns problemas, achei um filme bem bacana, com uma história original, boa ação e um excelente elenco. A mistura da ação, terror e ficção científica do longa são melhores que várias obras do mesmo gênero.
Na trama num mundo alternativo após séculos de guerras entre humanos e vampiros, a igreja assume a luta e cria um grupo de Padres especializados em matar vampiro, que no filme são criaturas sem olhos e agressivas. Após acreditarem que as criaturas foram dizimadas, a igreja manda que os Padres caçadores retornem a sua rotina normal, algo que não conseguem já que a própria população conhece suas habilidades assassinas e por sua vez tem medo deles. Paul Bettany vive um dos padres que desobedece às leis da Igreja ao caçar o bando de vampiros que sequestrou sua sobrinha Lucy. Ele terá ajuda de Hicks, o xerife da cidade onde a garota foi sequestrada e que nutre uma paixão pela garota, além de outra pregadora que também se rebela contra a igreja.
O roteiro de Cory Goodman é quase uma nova versão da HQ coreana, a história foi muito alterada e suas principais qualidades foram deixados de lado, um ultraje ao trabalho de Min-Woo Hyung. Com um roteiro limitadíssimo, o diretor Scott Charles Stewart tentou fez um filme curto e rápido demais, com apenas 87 minutos que são mal utilizados e que acabam com qualquer possibilidade criar uma ligação entre o público e a história.
Essa curta duração prejudica o filme totalmente faz com que a história seja contada de forma apressada e sem ritmo, a trama principal não é desenvolvida direito, os personagens secundários entram e saem da tela sem muitas explicações e o grande clímax com uma revelação importante não é encaixado da maneira certa e não causa o efeito que deveria.
Com tão pouco tempo não é possível apreciar o bom trabalho da equipe técnica do filme teve tanto trabalho para criar cenários criativos que impressionam visualmente sejam pelos seus detalhes, principalmente nos figurinos nos personagens.
Em alguns casos o elenco poderia ser capaz de superar essas limitações técnicas do diretor e do roteiro com boas atuações, o que também não acontece em Padre. Paul Bettany é sim um bom ator, ele até se saí bem com o padre introspectivo que esconde segredos do passado, porém já tinha mostrado em Legião (também dirigido por Charles Stewart) que não funciona no papel de o herói da trama. As cenas de ação que já não são lá grande coisa, ficam ainda mais sem graça com atuação de Bettany que parece desconfortável nelas e está longe de ter o porte físico necessário para este tipo de cena.
Cam Gigandet faz mais uma atuação pífia, é mais um rosto bonito e inexpressivo de Hollywood, ele deveria funcionar como o parceiro de Padre só que o roteiro não consegue deixar isso claro e só serve no final como um péssimo par romântico com Lucy. Maggie Q. não atrapalha só que parece interpretar o mesmo papel que faz na série Nikita, com a diferença de ser uma pregadora e por esconder suas curvas com muita roupa.
O maior prejudicado no elenco é o ator Karl Urban que interpreta o vilão principal. Seu personagem aparece inicialmente sempre atrás das sombras na tentativa de criar um mistério, só que na realidade esconde somente o óbvio. A história do personagem e a atuação de Urban fazem com que o vilão seja o mais interessante na trama, só que em mais uma escolha errada do diretor, o personagem é mal aproveitado tendo destaque somente no fraco clímax do filme.
O final deixa um gancho para uma continuação que nunca vai acontecer, já que o filme teve uma péssima bilheteria não obtendo o resultado esperado. Uma pena, já que Padre poderia se tornar facilmente uma franquia de sucesso se fosse mais fiel à fantástica história original criada por Min-Woo Hyung.
Mas de qualquer forma, mesmo com essas ressalvas continua sendo uma produção legal.
O Mestre dos Desejos 2
2.7 84 Assista AgoraContinuação mediana, igual o primeiro filme, mas mesmo assim vale muito a pena ver. Apesar de ter muitos furos de roteiro, a história achei um pouco mais legal, e as cenas de gore estão sensacionais, principalmente quando o Djinn está na cadeia, sem dúvida é o ponto alto da obra.
Mas o melhor de tudo mesmo é o próprio Andrew Divoff, cê é louco! Mandou bem demais, que atuação foda, seu jeito, postura, sorriso e olhar são demais, sempre que aparecia roubava a cena.
O Mestre dos Desejos
3.1 249 Assista AgoraApesar de ter uma premissa bem interessante, certos momentos são meio arrastados. Mas no geral, vale a conferida, com destaque para ótimas maquiagens e cenas de gore.
O Mestre dos Desejos é um filme um tanto quanto ambíguo. Ele funciona muito bem como homenagem ao cinema de terror, tem em seus créditos uma porrada de gente importante para o gênero, criou mais um movie maniac, mesmo que sem o charme ou sucesso de outras criaturas da lista, tem uma história até que interessante e efeitos especiais e de maquiagem bem bacanas. Mas…
Sempre tem um mas, né? E aqui no caso é que apesar de tudo isso, é um filme mediano, que fica meio em um limbo daquelas produções sem muito brilho dos anos 90, apesar do esforço de todos os envolvidos, começando aí por Wes Craven, o nome com mais destaque – inclusive em toda a campanha de marketing – produtor executivo do longa, e que em matéria de criar personagens icônicos do cinema de terror, já havia nos brindado com o Freddy Krueger e o Ghostface.
A direção ficou por conta de Robert Kurtzman, especialista em efeitos especiais e de maquiagem, mais precisamente, o K da KNB EFX Group, empresa em que é sócio junto de Greg Nicotero e Howard Berger, experts no assunto (para você saber, são os responsáveis pela série The Walking Dead), e que também assinam os efeitos visuais em pareceria com a Image Animation International. Por isso volto a frisar que os efeitos especiais, a maquiagem (e o gore, por conseguinte) e o visual do vilão, são de primeira.
A trama, escrita por Peter Atkins explora a figura do Djinn, o gênio das lendas árabes, que ao invés de ser aquele sujeito azul que sai da lâmpada e ajuda o Alladin é uma criatura demoníaca, devassa, que distorce o desejo do humano cheio de cobiça que o liberta. É sua obrigação conceder três desejos àquele que o tirar do sono eterno, e quando esse último desejo é atendido, o Djinn transformará toda nossa realidade em um inferno e acabará com a humanidade. Bem assim…
Pois bem, um sacerdote persa consegue aprisionar a malévola criatura em uma gema opalina e milênios depois, é libertado acidentalmente por uma jovem pesquisadora, Alexandra Amberson. O Djinn parte em busca da moça, assumindo uma forma humana de nome Nathaniel Demerest, deixando um rastro de morte concedendo desejos adulterados para aqueles que encontra pelo caminho, tocando o terror para que a moça faça seus três desejos e assim, o monstro megalomaníaco domine o mundo.
A realização dos desejos por parte do Djinn é das mais espetaculosas, e remete aos mais pirados momentos do pesadelos do Freddy Krueger, tipo transformando uma garota em manequim, fundindo um segurança com uma porta de vidro ou metendo outro leão de chácara amarrado em uma camisa de força dentro de um tanque de água, à lá Houdini. Isso sem contar a orgia de sangue e mortes escalafobéticas quando o vilão resolve dar de penetra em uma festa organizada pelo museólogo Raymond Beaumont, papel do Robert Englund, o Titio Freddy em pessoa.
Aliás, falando em Robert Englund, O Mestre dos Desejos tem uma pá de participações especiais de vários atores do cinema de terror, entre eles Angus Scrimm, o Tallman de Fantasma; Tony Todd, o Candyman; Kane Hodder, o Jason Voorhees a partir de ; e Ted Raimi, irmão de Sam Raimi, fake shemp em A Morte do Demônio e a velha Henrietta possuída em Uma Noite Alucinante, entre outros.. E os sobrenomes dos personagens: Finney, Beaumont, Derleth e Demerest são todos referências aos escritores de terror, suspense e ficção-científica dos anos 50.
É um daqueles filmes que tem uma proposta bem simples, que cria um cenário, um monstro e algumas vítimas, não estando preocupado em desenvolver criticas nem nada relacionado, contudo, mesmo usando o contexto apenas como desculpa para matar personagens, o filme brinca com a questão do desejo e o quão perigosos eles podem ser.
A Hora do Lobisomem
3.5 321 Assista AgoraFui ver sem expectativa nenhuma e me surpreendi positivamente. A história é simples, mas consegue garantir um bom entretenimento, ainda mais pra quem é fã de lobisomens.
Com roteiro do próprio Stephen King, o filme é mais um clássico oitentista com direito a muito sangue e figuras marcantes de cidade do interior. Segue o arquétipo da criança desmedida, mas com personalidade.
Como de costume, Stephen King aborda novamente uma história ambientada no Maine, agora na pequena Tarker’s Mills. O longa é uma adaptação do romance “Cycle of the Werewolf”, que no Brasil ganhou posteriormente o título de “Bala de Prata”, mas que originalmente foi traduzido como “A Hora do Lobisomem”. Se tem uma coisa que o autor sabe fazer com esmero é dar um pano de fundo convincente aos personagens principais, e nesse caso, um garoto paraplégico de dez anos chamado Marty Coslaw (Corey Haim) conduz nossos olhos por toda a trama. Porém, apesar da curiosidade de quem deve ser o temido lobisomem, o filme carece de um prévio contexto do motivo que a fera apareceu na tranquila cidade.
Somos introduzidos ao filme quando um senhor é violentamente morto perto dos trilhos da estação e em seguida presenciamos uma jovem grávida sendo brutalmente dilacerada em casa. Esta cena é filmada sem nenhum pudor e abusa do gore. Logo, alguns terríveis assassinatos começam a acontecer. Os habitantes locais acreditam que o responsável pelas mortes seja um psicopata. Com isso, os moradores se retiram das ruas ao anoitecer. É apropriado observar que a fotografia utiliza bem a perspectiva e planos fechados das garras e pés da criatura para criar o suspense, isso torna as cenas mais desconfortantes. Até então a trama aparenta ser mais um filme trash, com ataques repentinos acontecendo à noite pela cidade.
A atmosfera toma um novo rumo quando entra em cena o carismático Marty e sua cadeira de rodas motorizada construída pelo tio Red (Gary Busey), intitulada de Bala de Prata. Ambos adicionam bastante humor à trama com Red bancando o tiozão bacana, afinal, o garoto é criado somente pela mãe e a irmã Jane (Megan Follows). Em dado momento, Red dá a Marty alguns fogos de artifício e o garoto protagoniza a burrice típica de filmes de terror: sair à noite sozinho para soltá-los. Não há dúvidas que o roteiro poderia evitar tal insensibilidade! O intuito da cena era para que Marty encontrasse o lobisomem e lhe ferisse um olho com os fogos para fugir.
O segundo ato é o ponto alto do filme, quando o garoto conta para a irmã o que de fato está causando as mortes enquanto os moradores se organizam para caçar o suposto psicopata. Cética, ela concorda em procurar pela cidade alguém que tenha o olho ferido para assim identificar quem está amaldiçoado como lobisomem.
Há no filme alguns elementos que não ajudam na condução da história, como uma narração inoportuna e a falta de abordagem do lobisomem. Talvez seja a economia de cenas da criatura que deixou o longa tão marcante ao longo dos anos. Pois, quando explorados com excesso, é comum em filmes de terror a banalização da ameaça. E se “A Hora do Lobisomem” tem uma certeza é de sua autenticidade, tanto em se assumir como filme de terror para jovens quanto em honrar a lenda dos licantropos. No final, é justo dizer que essa é mais uma obra anticlímax de Stephen King. Pelo menos vale pelo carisma de Corey Haim.
Apesar disso, quem quer um pequeno nível de gore e muita emoção não tem do que reclamar, já que o ritmo é bastante acelerado. Personagens morrem a todo momento e nem crianças são poupadas. E, com mortes isoladas que demoram a acontecer e são precedidas da clássica câmera do ponto de vista do assassino, o lobisomem age como um serial killer. Por isso, o filme acaba ganhando um clima totalmente slasher: para quem gosta, é um prato-cheio.
A Mulher de Preto
3.0 2,9KA Mulher de Preto não chega a ser um filme de terror, mas inteiramente de suspense, e por sinal, um bom suspense. Digamos que seja um terror clássico. Um filme que tem um belo visual e com um bom roteiro, mas o suspense costuma perder o ritmo em várias cenas, que não acrescentam muito. O protagonista Daniel Radcliffe se saiu muito bem, mostrando que tem vida após Harry Potter.
Incrível na direção de arte, a obra tem elementos assustadores muito bem colocados, como brinquedos muito bem feitos, cenários medonhos e janelas que revelam reflexos amedrontadores. A casa mal assombrada e seus arredores, juntamente com a fotografia saturada e cinzenta são elementos que aumentam a tensão.
Baseado no livro homônimo de Susan Hill e adaptado por Jane Goldman, o filme se passa na Inglaterra do século XIX, se utiliza levemente de alguns elementos espíritas e apresenta o jovem advogado Arthur Kibbs (Daniel Radcliffe), cuja vida está sem rumo após a perda de sua esposa.
Tentando salvar sua carreira e o futuro de seu filho, Arthur recebe a missão de cuidar do espólio de uma velha cliente de seu escritório, cujos bens incluem uma mansão isolada em um lugarejo inglês. No entanto, Arthur encontra uma inesperada resistência local à venda do imóvel e, com a ajuda de seu amigo Samuel Daily (Ciarán Hinds), tenta desvendar o terrível segredo que cerca aquela cidade.
Sem sombra de dúvidas, o maior chamariz para o público jovem é a presença no elenco de Daniel Radcliffe, astro da franquia “Harry Potter”. Aqui, Radcliffe lida com sentimentos que lhe cercaram na já encerrada saga, como perda, morte e luto. Obviamente, o lado psicológico de seu personagem ganha mais destaque, com o ator jamais decepcionando. Sentimos a todo instante o peso que Arthur carrega em suas costas e a dúvida (e esperança) que carrega em relação à possibilidade de vida após a morte.
Radcliffe surge com uma expressão constantemente carregada e somente encontra algum alento quando está na presença de seu filho, o que acontece durante pouco tempo durante a projeção. O ator parece ser um tanto jovem hoje em dia para ter um filho de quatro anos, mas tal fato, para a época na qual a história se passa, era absolutamente normal.
O protagonista também possui uma ótima química com o competente Ciarán Hinds, seu racional amigo e único aliado em sua tarefa em descobrir qual o mistério daquela mansão cercada por pântanos. É interessante notar como a relação quase paternal entre os dois evolui, sendo este um dos elementos mais curiosos em cena.
O imóvel é um personagem à parte na película, graças a uma bem cuidada direção de arte e de uma fotografia que investe em tons escuros, mas que jamais torna impossível a exploração dos quadros pelo espectador. Destarte, o casarão ganha uma personalidade sinistra bastante peculiar. A sensação de isolamento que Arthur sente toda vez que se aventura por lá é ressaltada por ótimos travellings que ilustram muito bem como o lugar é praticamente uma ilha.
Em seu segundo trabalho como realizador, a grata surpresa vem do diretor James Watkins. A despeito de eventualmente ceder à tentação de acentuar uma cena mais assustadora com a trilha sonora, o cineasta percebeu que a fita requer um trabalho mais atmosférico. Notem como a névoa que vemos em dados pontos da projeção dão um bastante apropriado ar etéreo às figuras que surgem na tela.
Além disso, o diretor demonstra inteligência e alguma sutileza ao não colocar como destaques óbvios certos elementos-chave de determinados quadros, sabendo conduzir bem a audiência ao estado de tensão sem esfregar o perigo em seus rostos. Afinal, o maior medo que uma pessoa pode ter é daquilo que não sabemos exatamente se está lá ou não.
Mesmo com um desfecho um tanto quanto abrupto, mas na melhor tradição da Hammer, “A Dama de Preto” é um filme de terror que honra o seu DNA, contando com atuações competentes e uma estética perfeita para o que se propõe.
Morcegos: Colheita Humana
1.8 15 Assista AgoraUma bomba! Absolutamente nada se salva aqui. É tão ruim, mas tão ruim, que o primeiro filme que já era zoado se torna uma obra de arte comparado a esse.
Depois de aparecerem no divertido Morcegos, na virada do século, estes mamíferos voadores ganharam notoriedade no circuito do cinema de terror independente na década de 2000, com produções abaixo da média, voltadas exclusivamente para um caminho de entretenimento questionável. Sem críticas sociais, discurso científico ou qualquer outro debate que não seja a exposição de corpos ceifados por tal fúria da natureza, haja vista a mutação genética dos animais em questão, a aventura bélica com traços de terror intitulada Morcegos – Colheita Humana, saiu em 2007 como spin-off da produção de 1999 citada na abertura desta reflexão. O leitor deve se perguntar os motivos que me levaram a chamar o filme de “bélico”, algo aparentemente fora de propósito num filme do segmento horror ecológico, não é mesmo? Pois lhe explico em detalhes: aqui, os morcegos fazem a festa da carnificina, impondo toda a sua ira na humanidade que vez e outra, mexe em sua estrutura genética como meio de manipulação de possíveis projetos farmacêuticos ou armas de guerra. No entanto, não chegam aos pés da violência humana.
Com diálogos ruins e personagens rasos, sem alguma expressão para nos permitir a catarse, as figuras racionais em Morcegos – Colheita Humana matam umas as outras como se as armas de fogo fossem brinquedos. Tudo bem que eles estão dentro de uma zona de guerra, mas para um filme de morcegos assassinos, os seres humanos se apresentam muito mais como mortais que os sugadores de sangue conhecidos por transmitir diversas doenças. E para piorar, o sangue em CGI. Que coisa mais bizarra! Custava investir nalguns litros de groselha ou xarope? Parece que a cada morte, contemplamos uma vítima de um videogame de baixa qualidade. Sob a direção de Jamie Dixon, cineasta embasado pelo roteiro de Chris Denk e Brett Herryman para desenvolver a história, acompanhamos um grupo de soldados do exército americano numa floresta nas imediações do extremo oriente, tendo que lidar com rebeldes locais e morcegos alterados geneticamente. A missão é capturar Fazul, um terrorista árabe que se esconde em uma caverna labiríntica.
Ninguém esperava o ataque da natureza, mas diante da surpresa, a missão dos soldados deixa de ser exclusivamente a captura do “fanático oriental” e passa a ser uma luta pela salvação de suas vidas. É claro que alguns vão querer bancar o herói/heroína e salvar todo mundo, além de mostrar ao terrorista o poder do exército da América, postura que permite o desdobramento da ação, tediosa, por sinal, pois o filme tinha tudo para ser um entretenimento sem fagulha alguma de conteúdo relevante, mas ao menos, serviria para diversão, algo que não acontece, pois a direção, os efeitos e os personagens não atraem em nada. Não há um ponto que possamos dizer “que legal”. É, de maneira geral, um amontado de cenas fracas, com elenco mal trabalhado, morcegos bizarros e diálogos chatos. A Força Delta, capitaneada, dentre tantas pessoas, pela firmeza da inteligente Katya Zemanova, precisa lidar com tudo mencionado e com a estupidez dos comandados.
Morcegos
2.1 66 Assista AgoraMais um típico filme B de animais assassinos que até consegue divertir se não esperar muita coisa. O enredo é simples, os personagens são genéricos e sem muito desenvolvimento, além de diversas situações forçadas.
O enredo é ruim e clichê, mas também tem seus pontos positivos, sendo um dos principais deles o visual dos morcegos, que são legais por serem efeitos práticos, o uso de animatrônicos é sempre bem vindos e funcionam até hoje. Já em relação aos efeitos digitais, não se pode dizer o mesmo, são fracos e envelheceram muito mal.
Sob a direção de Louis Morneau, cineasta que teve como direcionamento, o roteiro escrito por John Logan, acompanhamos uma curiosa narrativa de 91 minutos sobre o interesse das forças armadas em detonar uma cidade inteira, tornando-a pó. O leitor deve se perguntar: o que isso tem a ver com os morcegos, criaturas conhecidas por beber o sangue de outros animais? Já respondo: na tal cidade, Gallup, no Texas, uma experiência científica não dá certo e o resultado é a transformação destas figuras noturnas em monstros aberrantes, loucamente irritados com as manipulações genéticas e com algo muito além do apetite voraz. Eles tiveram mecanismos modificados em suas estruturas interiores e tornaram-se, digamos, “inteligentes”, algo semelhante aos tubarões do frenético Do Fundo do Mar, lançado no mesmo ano. Para resolução do problema, temos a zoóloga Sheila Casper, especialista que trabalhará junto ao seu assistente Jimmy. Com ajuda do xerife Emmett Kimsey, eles litam pata resolver a crise antes que seja tarde demais. A sociedade civil e o poder, no entanto, dificultam tudo, haja vista a cartilha básica do horror ecológico. Ninguém quer acreditar na ameaça.
Como sabemos, será preciso ver para crer. E o que será apresentado não é nada agradável. A ferocidade dos morcegos é absurda e as suas estratégias de ataque cada vez mais astutas. É por isso que, tal como mencionado no parágrafo anterior, as forças armadas querem detonar a cidade, afinal, os experimentos possuem conexões secretas, motivo a mais para colocar fogo em tudo que for comprometedor enquanto registro documental. O Dr. Alexander McCabe faz a linha do cientista maluco aqui, sem muito poder de convencimento. É um personagem fraco, sem o perfil esférico que esperamos para teme-lo. Ele sucumbe a todos os estereótipos possíveis, mas a sorte é que possui pouca importância no desdobramento da ação. A dupla zoóloga e xerife, milagrosamente, não adere ao clichê do desejo sexual pulsante, responsável por promover tórridas cenas de amor nos filmes deste segmento. Profissionais e dedicados, eles acreditam que o problema maior é a incidência cada vez mais violenta e incontrolável dos morcegos. Enquanto a situação não é controlada, a pilha de corpos cresce cada vez mais.
Lançado numa era de popularização dos efeitos visuais, reconfigurados com os novos padrões de softwares e possibilidades de manipulação da imagem na cultura virtual, Morcegos convence na seara da visualidade. A cena da mina, por exemplo, é realista e agonizante. Tais criaturas são pomposos monstros que acionam o nosso imaginário desde as representações cristãs destas criaturas na história da arte, quando ganharam associação com os demônios bíblicos que também tinham asas. Agressivos, dormem de cabeça para baixo, algumas espécies, como a apresentada pelo filme, isto é, o morcego-vampiro, tem na alimentação o sangue como predileção, além de toda a sua construção cultural voltada ao noturno, associação que o transformou, desde a Idade Média, numa criatura perigosa e sombria.
Assassino Invisível
2.7 161 Assista AgoraÉ um filme com uma premissa bem interessante, ainda mais por se basear em uma caso real. Não é nada de mais, e pra falar a verdade tem muito coisa ridícula por aqui, mas de qualquer forma serve pra passar o tempo.
Para quem não sabe, Assassino Invisível foi anunciado como remake do filme com mesmo título lançado em 1976. A versão de 2014, no entanto, pode ser encarada como remake, sequência, filme independente, e funciona em qualquer uma dessas situações.
A obra original, lançada aqui no Brasil como Pânico ao Anoitecer, é um produto típico dos anos de 1970 e um dos filmes sobre serial killer que considero mais “sinistros”. Boa parte disso, obviamente, por se tratar de uma história real – uma série de assassinatos que aconteceram na cidade de Texarkana em 1946. Os crimes ficaram sem solução, o que levou o criminoso a ficar conhecido como “o assassino invisível” (the phantom killer).
Nesta sequência (vou chamar assim), o diretor Alfonso Gomez-Rejon nos apresenta Texarkana como uma cidade “marcada pelo crime e assombrada pelo passado”, 65 anos após os crimes do assassino invisível original. Este se tornou uma mistura de lenda local e celebridade garantida pela repercussão do filme The Town That Dreaded Sundown de 1976. No entanto, uma nova onda de crimes volta a acontecer, com óbvias referências aos originais cometidos pela celebridade local.
Estabelecida a trama, Assassino Invisível segue como muitos slashers. Uma das sobreviventes da nova onda de assassinatos se torna fundamental na investigação de sua identidade. Ele se comunica com o assassino. E ela, de mera mensageira, se envolve de tal forma na investigação que se torna constantemente um alvo.
Assim como no primeiro filme, um tom sério e de luto atravessa toda a sequência. Enquanto no original o diretor Charles B. Pierce caprichou no tom documental (o que talvez tenha deixado o filme meio maçante para alguns) para passar mais seriedade à narrativa, aqui, o Alfonso Gomez-Rejon nos coloca em um retorno intenso ao passado de Texarkana na busca por memórias, registros, e até pessoas que possam ajudar a juntar as peças desse quebra-cabeças. E é nesse cenário que surgem novos elementos que podem ajudar a elucidar os crimes de antes e de agora.
Apesar disso, a narrativa e escolhas do roteiro pecam demais em grande parte da história, por exemplo:
O filme começa contando a história de um serial killer que aterrorizou uma pequena cidade no Texas. Vamos direto para os problemas, o primeiro de todos, o filme inteiro repete que esse assassino conhecido como Fantasma nunca teve sua identidade revelada, mas quando a personagem principal começa a pesquisar sobre o caso nos arquivos policiais descobre que um cara havia sido preso na época, considerado por todos o assassino de fato.
A personagem passa pelo trauma de no primeiro encontro com o garoto que ela gostava, quando estavam em meio a amassos mais intensos, vê-lo ser morto à facadas por um cara que assim como o Fantasma escondia o rosto numa sacola, deixando visível apenas seus olhos azuis. Depois disso o acompanhamento médico dela não passa de uma consulta com uma psiquiatra que mesmo sabendo do histórico médico dela (que passou 7 anos tomando remédios desde a perda de seus pais na infância) não insistiu nem um pouco para que ela voltasse a tomar remédios para ajudar a superar esse momento, simplesmente porque ela disse que não queria.
Isso sem considerar que quase todas as pessoas na cidade possuem os tais olhos azuis que ela, como vítima de um assassino que a encarou fundo nos olhos e a deixou viva “para que se lembrassem de Mary”, em nenhum momento demonstrou qualquer medo, aversão ou desconfiança, ao ponto de começar a namorar um garoto estranho que dizia ter estudado com ela e a contou sobre seu pai alcoólatra que se suicidou e sua mãe que estava internada num hospício desde então. Como se não bastasse, ela ainda vai pra cama com ele a despeito do trauma que ela deveria ter sobre tudo que remetesse ao assassinato, assim como a todos os outros que ainda vinham acontecendo na cidade, sempre com casais que estavam transando ou prestes a isso.
E logo após esse momento terrível que ela passou, a polícia informa que deixariam alguém vigiando sua casa por precaução, no mesmo instante um dos policiais diz “Eu posso vigiar”, deixando muito óbvia a ideia de que ele seria um dos assassinos por trás de tudo mais tarde.
Numa das primeiras noites em casa, após conversar com a sua avó sobre o tal Fantasma e o que aconteceu com a cidade na época, ela acorda de madrugada com uma ligação no seu celular, indicando o número do rapaz que ela viu morrer, o qual ela nem mesmo hesita em atender e receber o recado do assassino. O pior de tudo é que ela não se desfaz do aparelho e quase é pega mais tarde por uma ligação do próprio assassino, da mesma forma, enquanto a procurava num galpão.
Toda a polícia e sua provável investigação foi inútil e precisaram de uma garota prestes a entrar pra faculdade para ser capaz de não só fazer uma investigação profunda sobre o caso como para aponta-los o possível assassino.
E no fim, só pra citar a coisa mais absurda, a personagem se salva de uma picaretada no crânio fazendo a proeza de se virar de frente e dar um tiro no assassino que em momento algum saiu de cima das suas costas ou vacilou com seu movimento, até porque não houve nenhum. Para depois ir viver sozinha numa cidade desconhecida, com gente que nunca viu e sem jamais apresentar sinais de síndrome do pânico ou fobia social.
O plot twist do filme é completamente inútil porque não faz nenhuma diferença e a burrice de todos os personagens é bem característica dos filmes escrachados, não dá medo, não cria direito a história e os personagens estão basicamente pra morrer ou passar em branco.
No fim, se torna apenas mais uma obra completamente esquecível.
Os Novos Mutantes
2.6 719 Assista AgoraNa boa, digo tranquilamente que o filme é bom, e obviamente não é de terror. É um filme de herói com drama adolescente e uma pegada de monstros, mas que em nenhum momento tenta ser terror, ele é uma aventura na pegada dos X-Men dos quadrinhos com uma história decente, achei melhor que muitos filmes horríveis dessa saga.
X-Men: Fênix Negra
2.6 1,1K Assista AgoraNossa! Nem sei por onde começar, só sei que está tudo errado. Reciclando a mesma história de X-Men: O Confronto Final, colocaram muuuuito feminismo em cima, sem nenhum carisma nos personagens, sem sal, personalidade ou qualquer trama paralela.
Nada nesse lixo de filme funciona, e para finalizar, ninguém respeita o Charles Xavier, o culpam por qualquer coisa, Mística consegue ser a mais irritante e insuportável do filme, e o Fera completamente irracional e pateta, agindo por causa dos seus sentimentos, sendo que ele sempre foi um dos mais inteligentes do grupo... UMA DECEPÇÃO!!!
Logan
4.3 2,6K Assista AgoraMelhor filme da série Wolverine, um drama com algumas risadas e ação do começo ao fim, sensacional!
Logan é uma bela despedida a personagens que acompanhamos desde o ano 2000, uma homenagem a Hugh Jackman e seu personagem, que nos cativou ao longo dos anos e apresentou claros sinais de evolução.
Ao dispensar fórmulas e nos entregar um filme mais autoral, ainda que um blockbuster, James Mangold nos oferece uma obra que funciona perfeitamente por conta própria, sem precisar estar inclusa em um extenso universo, recheado de referências e cenas desconexas.
Temos aqui um filme dramático com personagens de quadrinhos e não um longa-metragem de personagens de quadrinhos.
Definitivamente uma das melhores adaptações das páginas ilustradas, que abandona o clichê a favor de algo que realmente consegue nos envolver.
X-Men: Apocalipse
3.5 2,1K Assista AgoraX-Men: Apocalipse é apenas mais um filme mediano dessa saga tão bagunçada, que pra falar a verdade nunca teve um filme decente de verdade, tirando os primeiros.
O roteiro não é grande coisa, é genérico, é inchado, é longo demais, abusa de coincidências, não consegue desenvolver nem dar um bom aproveitamento para a maioria dos seus personagens além de não entregar nada de muito novo.
Apesar da sequência inicial ser memorável, o mesmo não pode ser dito do restante do filme, e o elenco cheio de nomes novos é bom mas os personagens são problemáticos. O Magneto possui um pouco mais de desenvolvimento aqui, passando por um drama pessoal que não é muita novidade pro personagem mas que é interessante, só que a forma como tudo isso se resolve é muito forçada, e acaba que o personagem mal registra no filme, e o mesmo pode ser dito da Psylocke e da Tempestade, a participação de ambas se resume a uma sequência de ação e só, foram desperdiçadas pelo roteiro. Já outros personagens possuem uma participação mais ativa só que seu desenvolvimento é precário, como o Noturno por exemplo, e a Mística ganha um protagonismo desnecessário só porque a Jennifer Lawrence é a queridinha de Hollywood, já o vilão Apocalipse é genérico demais pra ser memorável e a essa altura as suas motivações já ficaram batidas.
Por outro lado, o Scott Summers e a Jean Grey formam uma dupla muito boa e possuem um desenvolvimento mais eficiente, assim como o Professor Xavier. Há um uso excessivo de computação gráfica aqui e a maior parte do filme ela funciona exceto no final onde ela fica pesada demais. Aliás o filme aborda coisas demais e não dá pra digerir tudo, a montagem transita o tempo inteiro entre as diferentes subtramas de cada personagem e não dá pra sentir o mínimo senso de passagem de tempo, e a batalha final é uma bagunça generalizada, com um excesso de CGI mal renderizado e uma montagem frenética demais que se alterna loucamente entre diferentes lutas.
Por outro lado, há muitas coisas aproveitáveis aqui como a participação do Wolverine, que não acrescenta muita coisa é verdade mas que não deixa de ser legal ver o personagem em ação, além do Mercúrio que novamente possui uma sequência divertidíssima. X-Men Apocalipse é isso, um filme desorganizado, genérico e que poderia ter uns 20 minutos a menos, mas de certa forma, mesmo com tantas ressalvas, é bom no que propõe.
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
4.0 3,7K Assista AgoraUm filme que foi feito para responder perguntas, mas, acabou criando outras.
Bom, mais uma vez o Wolverine é o centro das atrações em um filme dos X-Men, e ele acaba mudando o futuro, a grande pergunta que se faz sobre o filme é "o que aconteceu e o que não aconteceu na franquia X-Men?". Isso o filme deixa muito confuso, por que não dá tempo pra você pensar em nada enquanto você assiste, aquele final que ninguém sabe o que aconteceu e o que não aconteceu, como o Wolverine conseguiu as garras de Adamantium, e também ninguém sabe o desfecho de certos personagens como o Magneto, que ninguém sabe pra onde foi, fazer o que.
A grande ameaça do passado, era o Bolívar Trask, que não se mostrou um bom vilão em nenhum momento, e os sentinelas do passado também tem pouco tempo em cena (pouco tempo, levando em consideração que eles são um dos maiores vilões dos mutantes). Outro problema do filme são os personagens secundários, não que eles sejam inúteis, mas sim alguns personagens muito importantes da trilogia passada, como a Tempestade, que está lá unicamente para falar duas frases. E inúmeros furos e erros de roteiro.
A saga X Men é sensacional, tem ótimos personagens e um universo espetacular, mas o que é decepcionante é essa tamanha salada de frutas que os produtos fazem. Nunca na minha vida vi uma série de filmes ter uma linha temporal / ordem cronológica mais fudida de confusa e bagunçada do que essa. É simplesmente lamentável.
Mas no geral, voltando a falar de Dias de um Futuro Esquecido, mesmo com inúmeros problemas continua sendo uma boa obra.