Mermão, que filme mais deprimente de ruim, senti que foi 1 hora e 20 minutos da vida jogados no lixo. Absolutamente nada faz sentido, enredo confuso, tosco, a direção é extremamente esquisita, parece que o diretor não sabia direito pra que lado a história tinha que ir e simplesmente jogou um monte de cena aleatória uma atrás da outra, enfim, é lamentável.
A fotografia é muito estranha também, em certos momentos o ângulo estava tão estranho que não sei se o diretor filmou dessa forma proposital ou se pq a produção é ruim mesmo.
Quando terminou não senti absolutamente nada, pois parece que nem sequer alguma coisa havia começado. Para economizar o tempo, aqui vai um conselho: veja os 5 primeiros minutos do filme e depois os 5 minutos finais, e é isso, não vai ter perdido nada.
Em relação à vilã do longa, cuja é uma espécie de sereia demoníaca, é outra coisa deplorável de tão tosca. Nem sequer tiveram a decência de fazer uma coisa bem trabalhada, uma maquiagem, uma prótese, sei lá, simplesmente a bicha é uma mulher comum que quando fica endiabrada os olhos ficam pretos, KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, não sei se rio ou se choro.
E nessa brincadeira aí se cria diversas lacunas, oras, o que essa ser é? Uma entidade? Um espirito? Um dia já foi uma mulher de verdade? O que faz e pq está justamente ali? E outra, se ela é uma espécie de demônio que vive nas águas, como diabos ela consegue roupas e brincos??????? Puta que pariu... Enfim, como eu disse, que filme esquisito.
E pra não dizer que não tem nada de bom, pelo menos posso dizer que o ator que faz o protagonista é esforçado, realmente convence, ainda mais sendo um personagem mudo.
Mais um típico filme sessão da tarde, mas honestamente, fazia tempo que não via uma produção simples, mas ao mesmo tempo tão divertida e leve como essa! Além de ser um ótimo entretenimento garante boas risadas, gostei mesmo.
A fotografia é lindíssima, os atores estão bons, com destaque para o Brendan Fraser, sem dúvida ele é quem rende mais cenas hilárias em todo o longa. E claro, não podemos nos esquecer da belíssima mensagem e reflexão que a obra nos passa.
A história parece um clichê, mas não é, surpreende em muitos momentos!
O que ocorreria se um homem que busca levar uma outra vida fosse perseguido por seu passado? Tom vive em uma cidade tranquila e bucólica com sua esposa Edie e seus filhos Jack e Sarah, porém quando dois bandidos entram em seu restaurante e Tom surpreendentemente consegue impedir o assalto. Com isso ele ganha fama na pequena cidade e vira um herói local, mas ele não contava que a notoriedade ganha lhe traria antigos fantasmas do passado que ele queria tanto esquecer. É aí que ele tem que enfrentar pela última vez o seu passado e colocará à prova seu casamento e sua relação com a família já que ela não seria mais a mesma.
O filme possui um roteiro sensacional de John Olson em que ele soube expressar em palavras o drama e suspense necessários, além de criar cenas memoráveis e originais neste longa. A obra ainda possui uma fotografia fantástica, uma direção precisa, sensível e habilidosa de Cronenberg, em especial para a cena de abertura com os bandidos em um bar e a última cena quando Tom chega em casa onde somente com gestos os protagonistas conseguem expressar uma dor incrível e o início de uma nova vida para a família baseada na verdade e na confiança. São cenas marcantes do cinema atual e que não deixam dúvidas de que o filme foi dirigido por Cronenberg. Destaco aqui também a trilha sonora perfeita de Howard Shore, e evidentemente o elenco incrível encabeçado pelo sempre ótimo Viggo Mortensen, pela ótima Maria Bello, pela boa revelação Ashton Holmes e pelas não tão extensas, mas marcantes presenças na tela de William Hurt e Ed Harris, que conseguiram em poucas cenas colocar sarcasmo, inteligência e impor um clima de suspense impressionante ao filme.
Sem dúvida um dos melhores dramas/suspenses dos últimos anos e com a marca Cronenberg. Imperdível para quem diz que gosta de cinema, realmente sensacional!
Tanto o CGI dos tubarões quando o das ondas são uma piada, os atores bem medianos e a fotografia é ok. Enfim, já vi muito piores, se desligar a mente até que dá pra assistir, mas é completamente esquecível e descartável.
O problema mais grave de Tubarão de Malibu são, obviamente, os efeitos especiais. Todo criado em computador, mas com orçamento modesto, eles são muito ruins tanto na caracterização dos tubarões quanto em seus ataques sempre iguais, nunca interagindo com os personagens. E o que dizer, então, do tsunami mais tosco já realizado? Uma ondinha ao fundo, com efeito uniforme, que não destrói praticamente nada, muito menos a frágil cabana dos salva-vidas! E chega a ser patética a atuação séria e dramática dos personagens diante de bichos mal-feitos, desenhados em computador.
A direção de David Lister é típica de um filme para a TV, fazendo o básico sem empolgar, deixando o trabalho sujo para o argumento sem sentido, o triângulo amoroso insosso e a morte da única personagem com consciência ecológica. Tudo absolutamente mal construído, como uma peça escolar realizada às vésperas da apresentação.
Mais um clichezão do gênero, mas honestamente, comparado a milhares de atrocidades de filmes de tubarões que existem por aí, Terror na Água até que fica na média.
Basicamente é composto por duas ou três cenas de susto e mais meia dúzia de cenas que levam qualquer um às risadas.
É risível um personagem com dente de tubarão, mais ainda um homem com um braço só que mata um tubarão no raso do lago e, para piorar, tem até um cachorro que se mostra como o grande herói, salvando a pátria quando menos se espera.
Enfim, é o típico filme que deve ser assistido sem compromisso, apenas pelo prazer de ver algo que não exige do telespectador aprofundamento ou análise.
Além disso, achei criativa a reviravolta que teve, os vídeos de pessoas sendo mortas por tubarões serem vendidos foi uma sacada interessante, me lembrou o enredo do filme Vacancy de 2007.
E os efeitos especiais dos tubarões sãos fracos, mas já vi piores.
Não é horrível, mas com certeza poderia ser bem melhor. Cativeiro é um filme que podia dar certo. O fato de contar com Elisha Cuthbert no elenco já seria uma baita ajuda para a produção, tem uma direção de arte competente e que quase sempre consegue transmitir uma ambientação sombria e claustrofóbica do cativeiro bem estilizada e adequada à proposta do longa, entrega um gore bacana, além do mote ser até interessante: uma estrela pop é raptada e acorda em uma cela sem saber onde está, o porquê de estar lá e quem a sequestrou.
Na mão de produtores e diretores competentes, poderíamos ter um belíssimo suspense psicológico, mas o que temos não passa de mais um (sofrível) filme de terror clichezão, com diálogos ruins, algumas interpretações pífias, roteiro falho e desconjuntado.
Mas falemos do longa, onde, no início, mesmo prometendo ser um bom thriller, a obra não escapa de problemas. A maneira como Jennifer Tree é capturada em uma casa noturna é um exemplo disso. Incrível como na hora do rapto ninguém na boate aparece ou vê o que está acontecendo, a não ser a protagonista. O detalhe da câmera no tripé, passando trechos das filmagens do vilão também merece destaque, já que Jennifer está drogada, mal enxerga a tela, e qualquer outra pessoa poderia ir ver do que se tratava a câmera no corredor.
Após ser capturada, Jennifer acorda em uma cela, sem saber o porquê de estar lá ou quem a sequestrou. Logo, passa a sofrer “castigos” do raptor, toda vez que o desafia, negando-se a fazer suas vontades. Entre um castigo e outro, descobre que na cela ao lado está outra vítima, um homem chamado Gary, com quem passa a dividir a esperança da fuga.
O que já era ruim, despenca ladeira abaixo a partir de então, com sequências ridículas como a do “trote” do raptor, que encena um banho de ácido em Jennifer e ainda a deixa na cela com bandagens (detalhe: sujas de sangue para aumentar o drama!) e uma falsa cicatriz no rosto. Qual o objetivo do bandidão com a encenação? Ou a sequência, graficamente interessante, foi apenas para assustar o espectador e não foi encontrada explicação plausível para ela estar no filme? Ah, Cohen… não faça isso, meu caro…
Outra cena que não faz sentido é a da tentativa de afogamento dela na areia, que foi pessimamente filmada, perdendo todo o impacto potencial. Além de mal dirigida, tem um final tosco, já que Gary arrebenta (isso mesmo, arrebenta “na mão”) o teto da caixa de vidro dela e a resgata em cima da hora (e de onde – e por onde – vinha toda aquela areia?!). E assim aquela que deveria ser a melhor cena do filme, que foi inclusive usada para o cartaz do longa, mostrou-se, como todo o resto da obra, totalmente decepcionante.
No fim, depois de “darem umazinha” (sim, você não leu errado… Jenifer e seu companheiro fazem sexo no cárcere, sabendo estarem sendo vigiados por diversas câmeras do raptor…), Gary sai da cela, abre um compartimento secreto e sobe até a casa do sequestrador, que descobrimos ser seu irmão e com quem ele já realizou o mesmo “golpe” várias outras vezes, com outras mulheres igualmente raptadas.
Após gabarem-se por terem “traçado” mais uma vítima, a conversa entre ambos descamba em uns poucos segundos e Gary, facilmente demais, revolta-se contra o irmão e a necessidade de matar Jenifer, acabando por esfaqueá-lo. Pouco depois, atira em dois policiais que muito coincidentemente chegam à casa (e numa forçada de barra poucas vezes vista no cinema, vêem na TV dos irmãos um canal com a câmera focalizando Jennifer), para depois descer ao porão das celas e acordá-la, anunciando uma tentativa de fuga.
Desnecessário dizer que toda a inteligência do Gary, demonstrada na arquitetura do plano, na encenação de vítima e etc., desaparece num piscar de olhos, de maneira que Jennifer descobre que ele era um dos sequestradores. Ela então desanda a fugir pela casa (hermeticamente trancada e lacrada, claro – e a porta por onde entraram os policiais, sumiu?!) sempre escolhendo os piores locais para esconder-se. Destaque para a cena em que ela entra num quarto, tranca a porta e a protege com uma cama, uma cadeira e outros móveis… só que a porta abre para fora do quarto!!! o_O
No final, é evidente, tudo termina bem para a sobrevivente, pois, como dissemos, Gary deve ter atirado seu cérebro juntamente com as balas que mataram os policiais e facilitou como pode para que ela conseguisse fugir, com sequências dignas do Zorra Total.
Acho uma pena ter sido um fracasso tanto de bilheteria quanto de crítica, pois tenho um belo carinho por esse filme! A muitos anos atrás quando assisti já tinha gostado bastante, e reassistindo hoje só acabei de confirmar o que já achava.
Claro, não é nada de mais, é apenas mais um longa com aquela pegada de fantasia infanto-juvenil com uma história bem simples e bobinha, mas acho que cumpre muito bem o seu propósito e é um divertido passatempo! Triste não ter tido uma sequência, pois o final em aberto até hoje me deixa curioso.
Sério, não entendi porcaria nenhuma. Que diabo de plano intermediário é esse? É uma espécie de dimensão que fica entre o mundo dos vivos e dos mortos? Se de fato é isso, como e pq ela foi parar lá? E o tão Adam que trabalha no hotel e depois descobrimos que é o assassino, como ele alterna de uma dimensão pra outra e qual o motivo dos assassinatos? E no final, ela vai viver os ciclos pra sempre ou vai conseguir sair?
Comecei assistir sem expectativa nenhuma, e que surpresa que tive, achei um ótimo filme!
Thriller psicológico extremamente interessante. Seu começo é meio parado, mas depois que a história começar a desenvolver é praticamente impossível tirar o olho da tela e não querer saber qual será o desfecho, e falando em final que conclusão incrível!
Puta reviravolta, gostei mesmo. Além disso, tanto o pai quanto a filha entregam excelentes atuações.
O que muitos filmes não fazem, este curta de 6 minutos que nem diálogos tem consegue fazer, entrega uma ótima história em um arco bizarro e medonho. Destaque para o traço da animação, estranhamente curioso e chamativo.
Mel Dels.... nem sei o que dizer a respeito dessa obra. Tentar explicar o enredo de The Burning Dead seria como tentar explicar trigonometria para um cachorro: em nenhum momento ele tenta fazer o menor sentido.
Danny Trejo, que tem tanto foco na capa do filme, nem se quer aparece no filme direito, é só um índio que serve pra ser o narrador da história que aparece no começo, e depois lá no fim.
O elenco de apoio é um quem é quem de clichês cansados: a adolescente angustiada com o namorado atrevido, o avô 'descolado' que é durão em determinado momento, enfrentando um zumbi de um penhasco e SOBREVIVENDO, e a mãe que apenas geme sem parar até você entender por que a filha dela se ressente dela.
Se você achou que Lori de The Walking Dead era insuportável, espere até experimentar essa bagunça estridente. Há também um personagem xerife que é tão genérico quanto o restante do elenco, mas ainda assim acho que é o que mais convence.
Os próprios zumbis são insuportavelmente burros. Talvez eu estivesse esperando muito de um filme que envolvesse mortos-vivos voando para fora de um vulcão como o Lanterna Verde, mas os zumbis em ação são igualmente atrozes, nunca havia visto uma maquiagem de monstro tão ruim. No início do filme, somos apresentados a zumbis que, para todos os efeitos, parecem exatamente iguais às pessoas normais. Um deles até sorri e usa ferramentas, claramente se apresentando como o Grande Mau, mas depois se revela apenas mais um zumbi. Onde está a continuidade?
Os efeitos especiais, como você pode esperar, são do padrão Paint. A lava parece saliva ameaçadora, os zumbis sobem como se tivessem sido sobrepostos à cena e saem de uma forma completamente hilária – um destaque pessoal é vê-los evaporar como fadas na conclusão absurda do filme.
É difícil pensar em quaisquer qualidades redentoras para este filme. Até mesmo a cena obrigatória de topless (“Sou fotógrafa E blogueira!”…o quê?) parece ter sido introduzida como uma forma de acordar qualquer pessoa que já tenha cochilado, mas parece ridícula. O absurdo não termina aí, pois um suposto especialista em vulcões pega uma pedra quente no início do filme e começa a sangrar. Não é assim que funciona. Quem ensinou ciência a essas pessoas?
Tecnicamente falando não é ruim, mas a história deixa muito a desejar. Chata demais, se tivessem focado apenas nos monstros e seus sustos seria muito melhor, mas a partir do momento que apareceu a Boo desandou de vez.
Filme espetacular! História extremamente divertida, bem desenvolvida e construída, e a qualidade da animação é simplesmente perfeita, riquíssima e cheia de detalhes. O ar que me passou da atmosfera do campus, da variedade de coisas e de monstros, é inexplicável.
Não é de hoje que estúdios exploram uma fonte de sucesso até que ela se esgote, transformando o que uma vez foi um aclamado sucesso de público e crítica em algo descartável. Universidade Monstros, o prelúdio de Monstros S.A. (2001) que chega mais de dez anos depois de seu predecessor, foge completamente desses padrões e prova que é possível cavar mais fundo e ainda encontrar ouro na mina.
A trama mostra as origens da dupla que, em sua fase adulta, é a campeã em sustos da companhia de energia da cidade de Monstrópolis. O pequeno Mike Wazowski é um sonhador e esforçado monstrinho que quer ser um grande assustador. Para isso, ele deve cursar uma das melhores faculdades no quesito sustos: a Universidade Monstros.
Assim como todos os outros filmes da Pixar, Universidade Monstros não é feito só para divertir, mas aprofunda-se em questões sociais e morais. Quando o estudioso Mike topa com popular Jimmy Sullivan, filho de um grande assustador que já chega ao campus com uma certa reputação, fica claro que, para a amizade começar a tomar forma, algo precisa mudar.
Por ser um curso extremamente concorrido, é muito difícil ser bem sucedido no programa de sustos. A severa diretora Hardscrabble exige de seus alunos uma mistura de talento nato e conhecimento técnico, algo que nem Mike nem Sullivan têm por completo. Resta recorrer aos Jogos de Susto, competição anual que premia a fraternidade mais assustadora da Universidade Monstros.
Dentre inúmeras fraternidades, nenhuma das quais aceitará os renegados, eles encontram a Oosma Kappa (OK). Formada somente por deslocados e esquisitos que também foram reprovados no Programa de Sustos, a OK precisa de apenas mais dois integrantes para participar dos jogos. Está formado, então, o grupo que tem de tudo para perder a competição.
💡 O selo de qualidade Pixar 💡
Estabelecida a narrativa de superação, é possível prever que o filme mostrará apenas vitórias para a adorável OK e seus membros. No entanto, enquanto Mike e Sullivan não se entendem e colaboram um com o outro, explorando suas habilidades e expondo suas fraquezas para que essas sejam repostas por algum colega, nada funciona. Está aí a primeira lição de Universidade Monstros, que institui a importância do trabalho em equipe.
Em um momento no qual o avanço tecnológico parece ser mais importante que roteiro e construção de personagens, é acalentador sabe que ainda há uma certa preocupação com o enrendo. A Pixar mantém seu selo de qualidade, dá foco e estabelece uma gratificante meta final, que acerta no desenvolvimento da trama e da narrativa. Abordando temas como bullying, superação de obstáculos e o valor dos estudos sem ser cafona, o estúdio faz de Universidade Monstros um filme convidativo a adultos e crianças de todas as idades, que conseguem se indentificar com os personagens e formar paralelos com suas próprias vidas.
O maior acerto de Universidade Monstros, no entanto, é provar que existem inúmeros finais felizes ao longo de uma vida. Um prelúdio a Monstros S.A. não era esperado. Após os últimos momentos do filme de 2001, que deixa pendente um reencontro entre Sulley e Boo, seria óbvio mostrar uma possível amizade entre o monstro azul e a criança. Mas a Pixar foi sábia ao manter íntimo aquele momento único, nos mostrando que voltar ao passado e apreciar mais a história da amizade entre a bola verde e o grandalhão azul expande de forma inteligente o universo que conhecemos anos atrás.
Filme até que bacana, consegue entregar uma história decente e boas atuações, coisa rara pra produções desconhecidas de baixo orçamento, só o final que acho que deixa a desejar.
Não sei se eu que sou burro mesmo ou o que, mas não entendi muito bem, tipo, o Travis jura de pé junto que os Sasquatchs são os responsáveis por toda a matança, mas o policial não acredita e diz que tudo isso não passa de conversa fiada e é o próprio o responsável por tudo isso, ou seja, ele é um maluco psicopata, fez tudo isso por causa da namoradinha, mas essa é a questão, quem é que está falando a verdade??? Os Sasquatchs existem ou não? O que aconteceu de fato? Ou o diretor deu essa opção de final aberto para que nós decidirmos em quem acreditar? E se o policial estiver certo e realmente é o Travis que matou todo mundo, mas se isso for verdade, o que foi aquele barulho na mata quando ele estava sozinho na floresta nos últimos 10 segundos de filme??? Dando a entender que tinha alguma coisa ali???
Rapaz... Sócrates já dizia, só sei que nada sei.
Além disso, depois tem uma cena pós credito onde aquela policial entra naquela mesma caverna no meio da floresta, mas pq? Tinha alguma coisa lá dentro? Algum Sasquatch? Ela morreu ou sobreviveu? Achei essa cena bem aleatória e sem nexo.
Um filme regular. Se você gosta de ver aqueles filmes com destruição e um suspense apocalíptico, é um bom filme para passar o tempo, mas se você for analisar a mensagem que o filme pretende passar, você verá que não há lógica. A seguir minha opinião com spoiler:
O filme resumidamente trata de uma invasão alienígena, na qual estes pretendem destruir a humanidade para salvar a terra, perceba que eles querem salvar o planeta terra, mas querem destruir as pessoas, isso porque o próprio homem é o causador do caos.
Até aí tudo bem, o raciocínio dos alienígenas é inteligente e se assemelha muito com Metalhead (Black Mirror) e com o de Ultron (Os Vingadores). O problema não é a ideia em si, mas sim os desdobramentos para provar pro Klatu (alienígena que pretende ajudar o mundo) que as pessoas merecem uma segunda chance, e que essa ideia de destruição da humanidade não é válida.
O argumento usado para convencer Klatu é o seguinte: a civilização diante da destruição evolui, e por isso o mundo poderia evoluir já que a destruição estava se aproximando, mas é aí que vem minha crítica: o filme não mostra que a humanidade evoluiu, ou que se quer sabia que uma destruição estava próxima, ou muito menos quem era o Klatu.
Então no final o Klatu se compadece da humanidade porque sente pena ao ver uma mãe com o filho sofrendo, como se ele (alienígena com poderes e inteligência sobre humana) fosse um humano de coração mole. No fim a ameaça alienígena vai embora, e bem provavelmente os humanos vão continuar matando a natureza e uns aos outros. Em suma, a vinda dos et's à terra foi inútil, e Klatu se demonstrou ser tão burro quantos nós, humanos.
O Klaatu de 2008 virou uma vítima burra de sua própria ignorância: não disse ao que veio, não cumpriu seu objetivo e ainda “morreu”, sem ter certeza de que os humanos mudariam sua conduta. Muito ao contrário do original, que em seu desfecho cíclico e memorável, põe um medo justificável a raça humana através de um ultimato que dificilmente será esquecido.
O principal defeito de O Dia em que a Terra Parou: a falta de foco, e não estou falando do trabalho de câmera. O original tinha uma mensagem fortíssima para a época, que ecoa até hoje – nós, humanos, somos ignorantes selvagens, o que há de mais vil no reino animal. Devolvemos com violência tudo aquilo o que não conhecemos ou não compreendemos e colocamos a política mesquinha em detrimento a razão, colocando em cheque nossa própria existência.
Já o remake tenta dar uma de Greenpeace, todavia não sabe exatamente em qual time joga. Na tentativa de atualizar o recado e ainda assim atrair público jovem descerebrado interessado só na barulheira para o cinema, Derrickson faz uma mescla de ação superlativa e mensagem piegas que dificilmente daria certo. Não se sabe se o diretor tentou fazer um sci-fi clássico com cara de blockbuster ou um blockbuster com elementos clássicos da ficção científica e isso acaba se tornando um tremendo engodo para quem esperava uma abordagem semelhante ao longa de 1951.
Falando um pouco mais sobre o roteiro, esta edição tem muitas questões não explicadas – para citar uma – por que cargas d’água o presidente dos Estados Unidos não parece estar nem aí pra crise situada em seu país, mesmo que o planeta todo esteja em risco? – e os diálogos sofrem de um “bairrismo” imenso. Eu não sei se os personagens norte-americanos foram criados arrogantes deste jeito de propósito ou se reflete a arrogância do próprio roteirista. Uma das falas que mais refletem isto é quando os cientistas dizem que a estrutura de DNA de Klaatu é tão complexa que a comunidade mundial ficaria anos para desvendar seus segredos, no que a personagem de Kathy Bates responde que o DNA de Klaatu é “de propriedade do governo dos Estados Unidos”.
Enfim, no geral o que sobra é uma história até que boa, mas muito mal aproveitada e conduzida. O clássico de 51 também não achei grandes coisas, mas pelo menos ele consegue transmitir a mensagem principal com um exito infinitamente melhor e mais prático.
Clássico do cinema. É meio parado, mas claro, tem que dar um desconto por não haver recursos cinematográficos na época. E é louvável a ideia. Mais do que um simples filme de ficção cientifica, um alerta humanista para reflexão política, num contexto de um mundo bipolar onde a autodestruição humana parecia iminente. Uma mensagem extremamente profunda que é válida até os dias de hoje.
Na década de 50, no século passado, o cinema americano sempre mostrava alienígenas como seres monstruosos que vinham à Terra para destruir a raça humana. Era a época da Guerra Fria, bem após a II Guerra Mundial, e os extraterrestres eram sempre associados ao “inimigo externo” que poderiam invadir-nos e dominar a nossa “civilização”.
“O Dia em Que a Terra Parou” (1951), dirigido pelo brilhante Robert Wise, foi talvez o único filme da época a mostrar um ser de outro planeta com um objetivo pacifista.
Numa tranqüila manhã em Washington, capital dos Estados Unidos, uma espaçonave alienígena aterrisa numa de suas praças principais. As pessoas aguardam, então, curiosas e com medo, o que está para acontecer.
A porta da espaçonave se abre e, de seu interior, sai um grande robô, Gort (Lock Martin). Em seguida, sai um ser extraterrestre, que se apresenta como Klaatu (Michael Rennie). Seu gesto de boas-vindas é confundido com um ato de agressão e logo ele é baleado.
Levado ao hospital e, após “milagrosamente” se auto-curar, ele propõe uma reunião com todos os chefes de estado do mundo para um importante comunicado da comunidade do espaço. O representante do governo americano lhe diz, então, que “seria muito difícil juntar todos os líderes mundiais, em função das desavenças políticas em nosso mundo…”
Klaatu então escapa do hospital e aluga um quarto na casa de Helen Benson (Patricia Neal) e, convivendo com sua família, começa a entender aos poucos como pensam os humanos.
Na tentativa de transmitir ao mundo o seu importante comunicado, ele resolve apelar para a comunidade científica mundial, que talvez receba o seu recado sem se preocupar com “pequenas divergências políticas locais”.
Na visita que Klaatu faz ao Prof. Barnhardt (Sam Jaffe), ele lhe diz que, caso os dirigentes da Terra não o escutem, o planeta poderia ser destruído instantaneamente. O professor, então, lhe faz uma pergunta: “O que faria com que todo o mundo ficasse com medo o suficiente para que todos percebessem a magnitude de seu poder e lhe dessem, então, atenção, sem, com isso, fazer mal a ninguém?”
Um filme que vale a pena ver (e rever) pela mensagem pacifista que ele traz, mensagem esta que, infelizmente, continua servindo até os dias de hoje.
Pense rápido. Qual é a premissa da grande maioria dos filmes de terror que começam com um grupo de amigos ou casal dirigindo em alguma estrada estranha e isolada? A resposta mais comum é que o carro vai quebrar, bater, ficar sem gasolina e parar. Desta forma, costuma ser logo após o veículo parar que a ação realmente vai começar. O problema é que tal cena pode demorar para acontecer em alguns filmes, o que obriga o público a aguentar 10, 15, 20 minutos de blá blá blá quando o que se quer ver na verdade é as pessoas que estão dentro do carro serem perseguidas pelo vilão da vez.
Reforçando esta temática dos filmes de terror que “começam” apenas depois que o carro quebra ou bate, até que Espantalho (Husk), de 2011, começa de forma muito satisfatória. A trama norte-americana, dirigida por Brett Simmons, mostra o acidente no tempo de um minuto e quarenta segundos depois do início do filme. Sem demora, sem parada em posto de gasolina, sem dar carona para ninguém. Mal conhecemos os cinco integrantes do veículo e já temos um acidente que dá sinal verde para a ação.
Aos poucos vamos colhendo pistas. A estrada que o grupo está fica no meio de um milharal ao melhor estilo Colheita Maldita. Após a batida, um dos passageiros do carro simplesmente desaparece. Existe uma casa com uma luz acesa em um dos cômodos e um espantalho no meio do plantação. No milharal ainda é possível encontrar outros espantalhos além de carros que parecem ter se envolvido no mesmo tipo de acidente dos personagens principais. A partir destes elementos, os jovens se separam e logo anoitece.
O roteiro de Brett Simmons trabalha de forma muito positiva com o isolamento do grupo sem oferecer em um primeiro momento muita explicação sobre o que está realmente acontecendo. Além da sinistra casa e do próprio milharal, a figura do espantalho também é um ponto positivo dentro da trama uma vez que o boneco feito para espantar corvos já é por si só assustador na vida real. Além disso, os amigos não param de ser surpreendidos seja na casa ou na plantação. E por falar neles, até que os personagens são bens construídos em Espantalho. A única mulher do grupo logo morre e a trama passa a companhar três rapazes que constantemente se alternam entre quem sobrevive e quem morre.
Espantalho é baseado no curta homônimo dirigido e roteirizado pelo próprio Brett em 2005. A trama original segue os principais elementos do longa, porém de forma mais amadora e resumida. A direção de fotografia que é um dos destaques do filme de 2011 deixa muito a desejar no curta, embora a atmosfera aterradora esteja presente. O curta também deixa de lado algumas das questões que acabam por sobrar no longa. Desta forma, apesar dos acertos, Espantalho traz algumas falhas que poderiam ter ficado de fora. Como exemplo, a eterna mania de explicar todos os detalhes do filme, o que faz com que alguns personagens simplesmente passem a ter visões do passado para solucionar o mistério. Além do mais, o final chega e simplesmente não acontece nada para que pudesse encerrá-lo, o que pode causar certa frustração.
No entanto, as falhas são poucas e apesar de não ser considerado o filme mais espetacular do gênero, Brett ao menos consegue apresentar uma história bem conduzida e com fôlego. Além dos elementos tradicionais do estilo, como o carro que quebra, o milharal, a casa abandonada e os amigos que se separam em busca de ajuda, a trama segue de forma segura para manter o interesse do público até o seu final. Fica então a dica para os diretores que forem fazer seus personagens baterem os carros. Além de começar a ação o mais cedo possível, criatividade na hora de escrever o roteiro também conta ponto.
Filme com uma história fantasmagórica e uma trama macabra, temos boas interpretações, cenas de agonia e um roteiro bem produzido.
A obra contém cenários excelentes juntamente com uma ótima fotografia, tem aquela pegada mais escura e sombria, que combina perfeitamente com a história de feitiços, encantamentos e vodu.
Além disso, traz uma bela reflexão, mostra uma realidade que muitas pessoas acreditam na magia negra e em suas superstições assim criando suas seitas e cultos, e assim fazendo-se para conseguir o poder de dominar e abusar de qualquer pessoa para seu uso pessoal.
Mas nem tudo são flores, tem certas coisas que são incomodas, exemplo:
Além da queda do avião e do boneco que fica próximo do rapaz sem necessidade disso, o roteiro ainda traz sequências improváveis. Assim que descobre o que está causando a ferida em sua perna, ele retira o prego gigante e que atrapalhava sua locomoção – em uma sequência difícil de acompanhar – e simplesmente começa a andar normal, como se nada mais impedisse a dor de colocar o pé no chão e até correr. Posteriormente, quando percebe a aproximação de Eloise, com Earl dispondo de um machado, ele coloca novamente o prego no pé e se deita, sem deixar rastros de sangue pela casa. Em outro momento, depois que ele tenta fugir e é novamente capturado, você imagina que a vilã irá cortar a perna dele fora ou dificultar a fuga, mas não: ela sai de carroça com todo mundo, deixando o local vazio e as portas abertas! Além de todos esses furos evidentes, Feitiço ainda reserva uma sequência final que parece o confronto do Mickey em O Aprendiz de Feiticeiro (1940). Aquele rapaz que até então renegava suas origens e não acreditava em magia, torna-se apto para uma briga de bruxos.
Ainda que tenha todas essas falhas, o longa pelo menos garante a diversão. É bem realizado, com um bom elenco, e construção narrativa. Transmite ideias de superação, de resgate de sua natureza, de união familiar e crenças, do embate contra seus fantasmas do passado e a aceitação de sua resistência. Se o internauta conseguir ignorar seus percalços, a falta de originalidade e os clichês, pode ser que se divirta em um exemplar claustrofóbico e repleto de tensão.
É impressionante que quando somos crianças gostamos de absolutamente qualquer coisa que assistimos, e rever essas mesmas obras depois de muitos anos é bizarro, pois você se pergunta "como é que eu gostava disso?", e essa indagação serve perfeitamente pra Sharkboy e Lavagirl, KKKKKKKKKKKKKKK.
Tecnicamente falando, é tosco demais kkkkkkkkk. Efeitos especiais horríveis, história pífia, atuações tenebrosas, única coisa que ajuda é o fator nostalgia que bate forte, pois de resto nada se salva. É pra um público extremamente infantil mesmo.
Robert Rodriguez é um cineasta de sorte. Se olharmos sua filmografia, notaremos muito facilmente que ele basicamente faz o que lhe dá na telha, sem muita preocupação com retornos financeiros ou em entregar obras perfeitamente acabadas, ainda que, aqui e ali, seja possível destacar algumas verdadeiras maravilhas como Sin City: A Cidade do Pecado ou trasheiras muito divertidas como Um Drink no Inferno. Sua veia infantil, iniciada pela série Pequenos Espiões, em 2001, ganhou uma versão super-heróica em 2005 com As Aventuras de Sharkboy e Lavagirl, filme feito para surfar também no renovado interesse no cinema 3D, mesmo que ainda com a ultrapassada tecnologia dos anos 50, algo que só mudaria, mas não necessariamente para melhor, em 2009, com Avatar.
Em poucas palavras, o longa infantil de Rodriguez tendo as então crianças Cayden Boyd, Taylor Lautner e Taylor Dooley, é uma ruindade inegavelmente simpática. A simpatia vem, primeiro, da premissa clichê, mas sempre importante, sobre a contraposição de sonhos e realidade e como fazer para um tornar-se o outro e, em segundo, da imaginação que o cineasta demonstra ter e que ele disse – e é perfeitamente crível que tenha sido assim – que teria vindo de seus filhos em grande parte. A ruindade, por seu turno, vem de praticamente todo o restante.
Se o rápido prelúdio que conta a origem “mogliana” de Sharkboy (Lautner) promete uma narrativa interessante exatamente pela criatividade que demonstra em poucos minutos, o ritmo muito rapidamente degringola quando o foco passa a ser no garoto sonhador Max (Boyd) que, sofrendo bullying na escola, encontra refugio em seus sonhos, tendo que impedir a destruição do Planeta Drool com a ajuda da dupla Sharkboy e Lavagirl (Dooley). A estrutura básica do mundo real ser repetido no mundo dos sonhos é algo que funciona da maneira mais basal possível, com um roteiro que não procura trazer nenhum grau de sofisticação. E, antes que os roladores de olhos de plantão venham dizer que “é um filme feito para crianças” e que, portanto, não há razão para algo complexo, vale lembrar que há uma infinidade de obras criadas para exatamente o mesmo público que não simplificam o roteiro ao ponto de ele ser uma sucessão didática de diálogos ruins acompanhado de sequências aleatórias. A idade baixa do público-alvo não é e nunca foi passe livre para fazer qualquer coisa.
O CGI já nasce ultrapassado e, mesmo para um filme de baixo orçamento (que nem é tão baixo assim, já que custou 50 milhões de dólares), desaponta praticamente do começo ao fim mesmo quando usa tecnologia de décadas como chroma key ou pinturas matte. No entanto, cabe ressaltar que a computação gráfica é o menor dos problemas de As Aventuras de Sharkboy e Lavagirl, pois uma história bem construída, com personagens interessantes e um elenco de qualidade poderiam muito facilmente compensar esse aspecto.
Mas o filme não tem nada disso. Mesmo se conseguirmos ultrapassar, com muita boa vontade (muita mesmo), os problemas de um roteiro mal-ajambrado construído ao redor de jogo de palavras e de situações repetidas ad nauseam, temos que encarar um fato difícil de ser ignorado: o elenco infantil é um dos piores que já singrou as telonas. Não consigo nem colocar a culpa integral na direção de atore de Rodriguez, pois a questão não está somente com um ou outro jovem talento, mas sim cada um deles e, de quebra, também com os adultos. Sei muito claramente que os personagens são, basicamente, caricaturas, mas mesmo em casos assim, quando o ator ou atriz mirim sabe fazer mais do que apenas cara feia, nuanças dramáticas são perfeitamente detectáveis. Aqui, elas simplesmente não existem e o que vemos na tela é o que há, sem mais, nem menos, o que talvez explique o porquê de nenhum dos três principais terem tido carreiras prolíficas (e não, o lobinho da saga Crepúsculo nem de longe faz de Lautner um ator de verdade).
Mesmo com tanto problema, o longa é, como eu disse, simpático. Rodriguez sem dúvida é um cineasta que demonstra muito amor por seu ofício e isso transparece até mesmo em sua piores obras, como é o caso aqui. Há uma camada bem leve de inocência e bobeira que é capaz de esquentar corações. O problema é que, quando enxergamos além dessa camada, o que notamos é um longa que não parece ser muito mais do que uma sucessão dos rabiscos de Max em seu caderno.
Quem procura filmes de fácil interpretação não conseguirá apreciar plenamente a profundidade deste filme. Mais uma vez, Farrell entrega uma performance excepcional, enquanto o diretor habilmente conduz diálogos diretos, em sintonia com a atmosfera distópica do filme.
A obra nos leva a refletir sobre a verdadeira natureza da busca pelo amor, questionando se o encontro de alguém na vida é uma inevitabilidade ou uma imposição social. Além disso, o filme aborda de forma interessante nossa relação com os animais, destacando como, a qualquer momento, podemos estar consumindo membros de nossa própria família.
Durando quase duas horas, O Lagosta prende o espectador do início ao fim através de um mecanismo muito simples, que é a necessidade de explicações para cenas altamente impactantes.
A primeira, por exemplo, com a mulher que sai do carro e mata o burro (e que vai permanecer sem explicação até o fim do filme), nada mais é do que um anzol que nos fisga e nos faz ficar debatendo até o fim da história para entender o que está acontecendo.
Acho que a grande característica desta obra é trabalhar com a inteligência de quem assiste. Muita coisa, o espectador é obrigado a depreender, deduzir, concluir por si só. As pontas soltas são só detalhes que não tiram o sentido da narrativa principal, mas a enriquecem. Eu gosto disso. Me irritaria se o filme tivesse necessidade de explicar pormenorizadamente, através de uma cena muito explícita, ou (no pior dos casos) através de uma fala de personagem, o sentido por trás do seu roteiro.
Mas, afinal, por que The Lobster é um filme magistral na sua proposta? Porque ele argumenta sobre seu tema. E qual é o tema? Nossa necessidade de se adaptar às outras pessoas para se incluir na sociedade, principalmente dentro de relacionamentos afetivos.
Nesta narrativa, as pessoas são obrigadas a se encaixar em uma de duas categorias estanques: casais ou isolados. Escolher um desses grupos tem consequências, que é viver fingindo que combina com o parceiro ou parceira, ou passar o resto dos dias sem poder se envolver afetivamente com qualquer outra pessoa (e sendo caçado pelos que pretendem não ser solitários).
Um filme que usa metáforas com tanta destreza nunca poderá ser classificado como ruim.
Embora a obra não aborde a política, vivemos um mundo muito parecido ao filme, quando o assunto são os espectros políticos (direita e esquerda, que são farinha do mesmo saco), um lado não tolera nem aceita o outro, assim como no filme, onde se vive num mundo onde não é possível viver sozinho e, quem não arruma um par é punido de forma bizarra.
O começo é bem interessante e tem um desenvolvimento bacana, mas quando chega pra metade até o final vira praticamente um drama misturado com comédia romântica, mas não é ruim não, muito pelo contrário, curti a história de tal forma que nem vi a hora passar.
The Rusalka
2.3 4 Assista AgoraMermão, que filme mais deprimente de ruim, senti que foi 1 hora e 20 minutos da vida jogados no lixo. Absolutamente nada faz sentido, enredo confuso, tosco, a direção é extremamente esquisita, parece que o diretor não sabia direito pra que lado a história tinha que ir e simplesmente jogou um monte de cena aleatória uma atrás da outra, enfim, é lamentável.
A fotografia é muito estranha também, em certos momentos o ângulo estava tão estranho que não sei se o diretor filmou dessa forma proposital ou se pq a produção é ruim mesmo.
Quando terminou não senti absolutamente nada, pois parece que nem sequer alguma coisa havia começado. Para economizar o tempo, aqui vai um conselho: veja os 5 primeiros minutos do filme e depois os 5 minutos finais, e é isso, não vai ter perdido nada.
Em relação à vilã do longa, cuja é uma espécie de sereia demoníaca, é outra coisa deplorável de tão tosca. Nem sequer tiveram a decência de fazer uma coisa bem trabalhada, uma maquiagem, uma prótese, sei lá, simplesmente a bicha é uma mulher comum que quando fica endiabrada os olhos ficam pretos, KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, não sei se rio ou se choro.
E nessa brincadeira aí se cria diversas lacunas, oras, o que essa ser é? Uma entidade? Um espirito? Um dia já foi uma mulher de verdade? O que faz e pq está justamente ali? E outra, se ela é uma espécie de demônio que vive nas águas, como diabos ela consegue roupas e brincos??????? Puta que pariu... Enfim, como eu disse, que filme esquisito.
E pra não dizer que não tem nada de bom, pelo menos posso dizer que o ator que faz o protagonista é esforçado, realmente convence, ainda mais sendo um personagem mudo.
Deu a Louca nos Bichos
2.5 206 Assista AgoraMais um típico filme sessão da tarde, mas honestamente, fazia tempo que não via uma produção simples, mas ao mesmo tempo tão divertida e leve como essa! Além de ser um ótimo entretenimento garante boas risadas, gostei mesmo.
A fotografia é lindíssima, os atores estão bons, com destaque para o Brendan Fraser, sem dúvida ele é quem rende mais cenas hilárias em todo o longa. E claro, não podemos nos esquecer da belíssima mensagem e reflexão que a obra nos passa.
Marcas da Violência
3.8 400 Assista AgoraA história parece um clichê, mas não é, surpreende em muitos momentos!
O que ocorreria se um homem que busca levar uma outra vida fosse perseguido por seu passado? Tom vive em uma cidade tranquila e bucólica com sua esposa Edie e seus filhos Jack e Sarah, porém quando dois bandidos entram em seu restaurante e Tom surpreendentemente consegue impedir o assalto. Com isso ele ganha fama na pequena cidade e vira um herói local, mas ele não contava que a notoriedade ganha lhe traria antigos fantasmas do passado que ele queria tanto esquecer. É aí que ele tem que enfrentar pela última vez o seu passado e colocará à prova seu casamento e sua relação com a família já que ela não seria mais a mesma.
O filme possui um roteiro sensacional de John Olson em que ele soube expressar em palavras o drama e suspense necessários, além de criar cenas memoráveis e originais neste longa. A obra ainda possui uma fotografia fantástica, uma direção precisa, sensível e habilidosa de Cronenberg, em especial para a cena de abertura com os bandidos em um bar e a última cena quando Tom chega em casa onde somente com gestos os protagonistas conseguem expressar uma dor incrível e o início de uma nova vida para a família baseada na verdade e na confiança. São cenas marcantes do cinema atual e que não deixam dúvidas de que o filme foi dirigido por Cronenberg. Destaco aqui também a trilha sonora perfeita de Howard Shore, e evidentemente o elenco incrível encabeçado pelo sempre ótimo Viggo Mortensen, pela ótima Maria Bello, pela boa revelação Ashton Holmes e pelas não tão extensas, mas marcantes presenças na tela de William Hurt e Ed Harris, que conseguiram em poucas cenas colocar sarcasmo, inteligência e impor um clima de suspense impressionante ao filme.
Sem dúvida um dos melhores dramas/suspenses dos últimos anos e com a marca Cronenberg. Imperdível para quem diz que gosta de cinema, realmente sensacional!
Tubarão de Malibu
1.6 232 Assista AgoraTanto o CGI dos tubarões quando o das ondas são uma piada, os atores bem medianos e a fotografia é ok. Enfim, já vi muito piores, se desligar a mente até que dá pra assistir, mas é completamente esquecível e descartável.
O problema mais grave de Tubarão de Malibu são, obviamente, os efeitos especiais. Todo criado em computador, mas com orçamento modesto, eles são muito ruins tanto na caracterização dos tubarões quanto em seus ataques sempre iguais, nunca interagindo com os personagens. E o que dizer, então, do tsunami mais tosco já realizado? Uma ondinha ao fundo, com efeito uniforme, que não destrói praticamente nada, muito menos a frágil cabana dos salva-vidas! E chega a ser patética a atuação séria e dramática dos personagens diante de bichos mal-feitos, desenhados em computador.
A direção de David Lister é típica de um filme para a TV, fazendo o básico sem empolgar, deixando o trabalho sujo para o argumento sem sentido, o triângulo amoroso insosso e a morte da única personagem com consciência ecológica. Tudo absolutamente mal construído, como uma peça escolar realizada às vésperas da apresentação.
Terror na Água 3D
2.1 528Mais um clichezão do gênero, mas honestamente, comparado a milhares de atrocidades de filmes de tubarões que existem por aí, Terror na Água até que fica na média.
Basicamente é composto por duas ou três cenas de susto e mais meia dúzia de cenas que levam qualquer um às risadas.
É risível um personagem com dente de tubarão, mais ainda um homem com um braço só que mata um tubarão no raso do lago e, para piorar, tem até um cachorro que se mostra como o grande herói, salvando a pátria quando menos se espera.
Enfim, é o típico filme que deve ser assistido sem compromisso, apenas pelo prazer de ver algo que não exige do telespectador aprofundamento ou análise.
Além disso, achei criativa a reviravolta que teve, os vídeos de pessoas sendo mortas por tubarões serem vendidos foi uma sacada interessante, me lembrou o enredo do filme Vacancy de 2007.
E os efeitos especiais dos tubarões sãos fracos, mas já vi piores.
Cativeiro
2.6 188 Assista AgoraNão é horrível, mas com certeza poderia ser bem melhor. Cativeiro é um filme que podia dar certo. O fato de contar com Elisha Cuthbert no elenco já seria uma baita ajuda para a produção, tem uma direção de arte competente e que quase sempre consegue transmitir uma ambientação sombria e claustrofóbica do cativeiro bem estilizada e adequada à proposta do longa, entrega um gore bacana, além do mote ser até interessante: uma estrela pop é raptada e acorda em uma cela sem saber onde está, o porquê de estar lá e quem a sequestrou.
Na mão de produtores e diretores competentes, poderíamos ter um belíssimo suspense psicológico, mas o que temos não passa de mais um (sofrível) filme de terror clichezão, com diálogos ruins, algumas interpretações pífias, roteiro falho e desconjuntado.
Mas falemos do longa, onde, no início, mesmo prometendo ser um bom thriller, a obra não escapa de problemas. A maneira como Jennifer Tree é capturada em uma casa noturna é um exemplo disso. Incrível como na hora do rapto ninguém na boate aparece ou vê o que está acontecendo, a não ser a protagonista. O detalhe da câmera no tripé, passando trechos das filmagens do vilão também merece destaque, já que Jennifer está drogada, mal enxerga a tela, e qualquer outra pessoa poderia ir ver do que se tratava a câmera no corredor.
Após ser capturada, Jennifer acorda em uma cela, sem saber o porquê de estar lá ou quem a sequestrou. Logo, passa a sofrer “castigos” do raptor, toda vez que o desafia, negando-se a fazer suas vontades. Entre um castigo e outro, descobre que na cela ao lado está outra vítima, um homem chamado Gary, com quem passa a dividir a esperança da fuga.
O que já era ruim, despenca ladeira abaixo a partir de então, com sequências ridículas como a do “trote” do raptor, que encena um banho de ácido em Jennifer e ainda a deixa na cela com bandagens (detalhe: sujas de sangue para aumentar o drama!) e uma falsa cicatriz no rosto. Qual o objetivo do bandidão com a encenação? Ou a sequência, graficamente interessante, foi apenas para assustar o espectador e não foi encontrada explicação plausível para ela estar no filme? Ah, Cohen… não faça isso, meu caro…
Outra cena que não faz sentido é a da tentativa de afogamento dela na areia, que foi pessimamente filmada, perdendo todo o impacto potencial. Além de mal dirigida, tem um final tosco, já que Gary arrebenta (isso mesmo, arrebenta “na mão”) o teto da caixa de vidro dela e a resgata em cima da hora (e de onde – e por onde – vinha toda aquela areia?!). E assim aquela que deveria ser a melhor cena do filme, que foi inclusive usada para o cartaz do longa, mostrou-se, como todo o resto da obra, totalmente decepcionante.
No fim, depois de “darem umazinha” (sim, você não leu errado… Jenifer e seu companheiro fazem sexo no cárcere, sabendo estarem sendo vigiados por diversas câmeras do raptor…), Gary sai da cela, abre um compartimento secreto e sobe até a casa do sequestrador, que descobrimos ser seu irmão e com quem ele já realizou o mesmo “golpe” várias outras vezes, com outras mulheres igualmente raptadas.
Após gabarem-se por terem “traçado” mais uma vítima, a conversa entre ambos descamba em uns poucos segundos e Gary, facilmente demais, revolta-se contra o irmão e a necessidade de matar Jenifer, acabando por esfaqueá-lo. Pouco depois, atira em dois policiais que muito coincidentemente chegam à casa (e numa forçada de barra poucas vezes vista no cinema, vêem na TV dos irmãos um canal com a câmera focalizando Jennifer), para depois descer ao porão das celas e acordá-la, anunciando uma tentativa de fuga.
Desnecessário dizer que toda a inteligência do Gary, demonstrada na arquitetura do plano, na encenação de vítima e etc., desaparece num piscar de olhos, de maneira que Jennifer descobre que ele era um dos sequestradores. Ela então desanda a fugir pela casa (hermeticamente trancada e lacrada, claro – e a porta por onde entraram os policiais, sumiu?!) sempre escolhendo os piores locais para esconder-se. Destaque para a cena em que ela entra num quarto, tranca a porta e a protege com uma cama, uma cadeira e outros móveis… só que a porta abre para fora do quarto!!! o_O
No final, é evidente, tudo termina bem para a sobrevivente, pois, como dissemos, Gary deve ter atirado seu cérebro juntamente com as balas que mataram os policiais e facilitou como pode para que ela conseguisse fugir, com sequências dignas do Zorra Total.
Gatos no Museu
2.2 2 Assista AgoraQue animação mais fraquinha e esquecível hein. Enredo bem chato e não prende a atenção, o 3D dos bichos é bem ruinzinho também, não recomendo.
Circo dos Horrores: Aprendiz de Vampiro
2.8 491 Assista AgoraAcho uma pena ter sido um fracasso tanto de bilheteria quanto de crítica, pois tenho um belo carinho por esse filme! A muitos anos atrás quando assisti já tinha gostado bastante, e reassistindo hoje só acabei de confirmar o que já achava.
Claro, não é nada de mais, é apenas mais um longa com aquela pegada de fantasia infanto-juvenil com uma história bem simples e bobinha, mas acho que cumpre muito bem o seu propósito e é um divertido passatempo! Triste não ter tido uma sequência, pois o final em aberto até hoje me deixa curioso.
Hotel do Medo
2.2 20 Assista AgoraFilminho mais nonsense da porra, absolutamente nada faz sentido. O enredo é tão estúpido que chega a ser esquisito.
Sério, não entendi porcaria nenhuma. Que diabo de plano intermediário é esse? É uma espécie de dimensão que fica entre o mundo dos vivos e dos mortos? Se de fato é isso, como e pq ela foi parar lá? E o tão Adam que trabalha no hotel e depois descobrimos que é o assassino, como ele alterna de uma dimensão pra outra e qual o motivo dos assassinatos? E no final, ela vai viver os ciclos pra sempre ou vai conseguir sair?
Mermão, que filme estranho.
A Canção de Ninar de Katherine
2.6 8 Assista AgoraComecei assistir sem expectativa nenhuma, e que surpresa que tive, achei um ótimo filme!
Thriller psicológico extremamente interessante. Seu começo é meio parado, mas depois que a história começar a desenvolver é praticamente impossível tirar o olho da tela e não querer saber qual será o desfecho, e falando em final que conclusão incrível!
Puta reviravolta, gostei mesmo. Além disso, tanto o pai quanto a filha entregam excelentes atuações.
The Surrogate
3.0 2O que muitos filmes não fazem, este curta de 6 minutos que nem diálogos tem consegue fazer, entrega uma ótima história em um arco bizarro e medonho. Destaque para o traço da animação, estranhamente curioso e chamativo.
A Ilha dos Tubarões
1.5 16 Assista AgoraÚnica palavra que resume esse filme: sofrível.
Também, esperar o que de alguma coisa vindo da The Asylum? 😅
É uma mistura maluca sem pé e sem cabeça de Jogos Mortais com armadilhas de tubarões.
Se dúvidar até um PS2 consegue entregar um tubarão mais bem feito.
Mortos Vivos
1.5 25Mel Dels.... nem sei o que dizer a respeito dessa obra. Tentar explicar o enredo de The Burning Dead seria como tentar explicar trigonometria para um cachorro: em nenhum momento ele tenta fazer o menor sentido.
Danny Trejo, que tem tanto foco na capa do filme, nem se quer aparece no filme direito, é só um índio que serve pra ser o narrador da história que aparece no começo, e depois lá no fim.
O elenco de apoio é um quem é quem de clichês cansados: a adolescente angustiada com o namorado atrevido, o avô 'descolado' que é durão em determinado momento, enfrentando um zumbi de um penhasco e SOBREVIVENDO, e a mãe que apenas geme sem parar até você entender por que a filha dela se ressente dela.
Se você achou que Lori de The Walking Dead era insuportável, espere até experimentar essa bagunça estridente. Há também um personagem xerife que é tão genérico quanto o restante do elenco, mas ainda assim acho que é o que mais convence.
Os próprios zumbis são insuportavelmente burros. Talvez eu estivesse esperando muito de um filme que envolvesse mortos-vivos voando para fora de um vulcão como o Lanterna Verde, mas os zumbis em ação são igualmente atrozes, nunca havia visto uma maquiagem de monstro tão ruim. No início do filme, somos apresentados a zumbis que, para todos os efeitos, parecem exatamente iguais às pessoas normais. Um deles até sorri e usa ferramentas, claramente se apresentando como o Grande Mau, mas depois se revela apenas mais um zumbi. Onde está a continuidade?
Os efeitos especiais, como você pode esperar, são do padrão Paint. A lava parece saliva ameaçadora, os zumbis sobem como se tivessem sido sobrepostos à cena e saem de uma forma completamente hilária – um destaque pessoal é vê-los evaporar como fadas na conclusão absurda do filme.
É difícil pensar em quaisquer qualidades redentoras para este filme. Até mesmo a cena obrigatória de topless (“Sou fotógrafa E blogueira!”…o quê?) parece ter sido introduzida como uma forma de acordar qualquer pessoa que já tenha cochilado, mas parece ridícula. O absurdo não termina aí, pois um suposto especialista em vulcões pega uma pedra quente no início do filme e começa a sangrar. Não é assim que funciona. Quem ensinou ciência a essas pessoas?
Big Legend
2.5 22 Assista AgoraProdução bem bacana. É simples, mas consegue entregar uma experiência satisfatória. Tem boas atuações e uma linda fotografia.
Monstros S.A.
4.2 1,5K Assista AgoraTecnicamente falando não é ruim, mas a história deixa muito a desejar. Chata demais, se tivessem focado apenas nos monstros e seus sustos seria muito melhor, mas a partir do momento que apareceu a Boo desandou de vez.
Universidade Monstros
3.9 1,8K Assista AgoraFilme espetacular! História extremamente divertida, bem desenvolvida e construída, e a qualidade da animação é simplesmente perfeita, riquíssima e cheia de detalhes. O ar que me passou da atmosfera do campus, da variedade de coisas e de monstros, é inexplicável.
Não é de hoje que estúdios exploram uma fonte de sucesso até que ela se esgote, transformando o que uma vez foi um aclamado sucesso de público e crítica em algo descartável. Universidade Monstros, o prelúdio de Monstros S.A. (2001) que chega mais de dez anos depois de seu predecessor, foge completamente desses padrões e prova que é possível cavar mais fundo e ainda encontrar ouro na mina.
A trama mostra as origens da dupla que, em sua fase adulta, é a campeã em sustos da companhia de energia da cidade de Monstrópolis. O pequeno Mike Wazowski é um sonhador e esforçado monstrinho que quer ser um grande assustador. Para isso, ele deve cursar uma das melhores faculdades no quesito sustos: a Universidade Monstros.
Assim como todos os outros filmes da Pixar, Universidade Monstros não é feito só para divertir, mas aprofunda-se em questões sociais e morais. Quando o estudioso Mike topa com popular Jimmy Sullivan, filho de um grande assustador que já chega ao campus com uma certa reputação, fica claro que, para a amizade começar a tomar forma, algo precisa mudar.
Por ser um curso extremamente concorrido, é muito difícil ser bem sucedido no programa de sustos. A severa diretora Hardscrabble exige de seus alunos uma mistura de talento nato e conhecimento técnico, algo que nem Mike nem Sullivan têm por completo. Resta recorrer aos Jogos de Susto, competição anual que premia a fraternidade mais assustadora da Universidade Monstros.
Dentre inúmeras fraternidades, nenhuma das quais aceitará os renegados, eles encontram a Oosma Kappa (OK). Formada somente por deslocados e esquisitos que também foram reprovados no Programa de Sustos, a OK precisa de apenas mais dois integrantes para participar dos jogos. Está formado, então, o grupo que tem de tudo para perder a competição.
💡 O selo de qualidade Pixar 💡
Estabelecida a narrativa de superação, é possível prever que o filme mostrará apenas vitórias para a adorável OK e seus membros. No entanto, enquanto Mike e Sullivan não se entendem e colaboram um com o outro, explorando suas habilidades e expondo suas fraquezas para que essas sejam repostas por algum colega, nada funciona. Está aí a primeira lição de Universidade Monstros, que institui a importância do trabalho em equipe.
Em um momento no qual o avanço tecnológico parece ser mais importante que roteiro e construção de personagens, é acalentador sabe que ainda há uma certa preocupação com o enrendo. A Pixar mantém seu selo de qualidade, dá foco e estabelece uma gratificante meta final, que acerta no desenvolvimento da trama e da narrativa. Abordando temas como bullying, superação de obstáculos e o valor dos estudos sem ser cafona, o estúdio faz de Universidade Monstros um filme convidativo a adultos e crianças de todas as idades, que conseguem se indentificar com os personagens e formar paralelos com suas próprias vidas.
O maior acerto de Universidade Monstros, no entanto, é provar que existem inúmeros finais felizes ao longo de uma vida. Um prelúdio a Monstros S.A. não era esperado. Após os últimos momentos do filme de 2001, que deixa pendente um reencontro entre Sulley e Boo, seria óbvio mostrar uma possível amizade entre o monstro azul e a criança. Mas a Pixar foi sábia ao manter íntimo aquele momento único, nos mostrando que voltar ao passado e apreciar mais a história da amizade entre a bola verde e o grandalhão azul expande de forma inteligente o universo que conhecemos anos atrás.
The Sighting
2.4 7Filme até que bacana, consegue entregar uma história decente e boas atuações, coisa rara pra produções desconhecidas de baixo orçamento, só o final que acho que deixa a desejar.
Não sei se eu que sou burro mesmo ou o que, mas não entendi muito bem, tipo, o Travis jura de pé junto que os Sasquatchs são os responsáveis por toda a matança, mas o policial não acredita e diz que tudo isso não passa de conversa fiada e é o próprio o responsável por tudo isso, ou seja, ele é um maluco psicopata, fez tudo isso por causa da namoradinha, mas essa é a questão, quem é que está falando a verdade??? Os Sasquatchs existem ou não? O que aconteceu de fato? Ou o diretor deu essa opção de final aberto para que nós decidirmos em quem acreditar? E se o policial estiver certo e realmente é o Travis que matou todo mundo, mas se isso for verdade, o que foi aquele barulho na mata quando ele estava sozinho na floresta nos últimos 10 segundos de filme??? Dando a entender que tinha alguma coisa ali???
Rapaz... Sócrates já dizia, só sei que nada sei.
Além disso, depois tem uma cena pós credito onde aquela policial entra naquela mesma caverna no meio da floresta, mas pq? Tinha alguma coisa lá dentro? Algum Sasquatch? Ela morreu ou sobreviveu? Achei essa cena bem aleatória e sem nexo.
Enfim, quem puder dar uma luz, agradeço.
O Dia em que a Terra Parou
2.7 783 Assista AgoraUm filme regular. Se você gosta de ver aqueles filmes com destruição e um suspense apocalíptico, é um bom filme para passar o tempo, mas se você for analisar a mensagem que o filme pretende passar, você verá que não há lógica. A seguir minha opinião com spoiler:
O filme resumidamente trata de uma invasão alienígena, na qual estes pretendem destruir a humanidade para salvar a terra, perceba que eles querem salvar o planeta terra, mas querem destruir as pessoas, isso porque o próprio homem é o causador do caos.
Até aí tudo bem, o raciocínio dos alienígenas é inteligente e se assemelha muito com Metalhead (Black Mirror) e com o de Ultron (Os Vingadores). O problema não é a ideia em si, mas sim os desdobramentos para provar pro Klatu (alienígena que pretende ajudar o mundo) que as pessoas merecem uma segunda chance, e que essa ideia de destruição da humanidade não é válida.
O argumento usado para convencer Klatu é o seguinte: a civilização diante da destruição evolui, e por isso o mundo poderia evoluir já que a destruição estava se aproximando, mas é aí que vem minha crítica: o filme não mostra que a humanidade evoluiu, ou que se quer sabia que uma destruição estava próxima, ou muito menos quem era o Klatu.
Então no final o Klatu se compadece da humanidade porque sente pena ao ver uma mãe com o filho sofrendo, como se ele (alienígena com poderes e inteligência sobre humana) fosse um humano de coração mole. No fim a ameaça alienígena vai embora, e bem provavelmente os humanos vão continuar matando a natureza e uns aos outros. Em suma, a vinda dos et's à terra foi inútil, e Klatu se demonstrou ser tão burro quantos nós, humanos.
O Klaatu de 2008 virou uma vítima burra de sua própria ignorância: não disse ao que veio, não cumpriu seu objetivo e ainda “morreu”, sem ter certeza de que os humanos mudariam sua conduta. Muito ao contrário do original, que em seu desfecho cíclico e memorável, põe um medo justificável a raça humana através de um ultimato que dificilmente será esquecido.
O principal defeito de O Dia em que a Terra Parou: a falta de foco, e não estou falando do trabalho de câmera. O original tinha uma mensagem fortíssima para a época, que ecoa até hoje – nós, humanos, somos ignorantes selvagens, o que há de mais vil no reino animal. Devolvemos com violência tudo aquilo o que não conhecemos ou não compreendemos e colocamos a política mesquinha em detrimento a razão, colocando em cheque nossa própria existência.
Já o remake tenta dar uma de Greenpeace, todavia não sabe exatamente em qual time joga. Na tentativa de atualizar o recado e ainda assim atrair público jovem descerebrado interessado só na barulheira para o cinema, Derrickson faz uma mescla de ação superlativa e mensagem piegas que dificilmente daria certo. Não se sabe se o diretor tentou fazer um sci-fi clássico com cara de blockbuster ou um blockbuster com elementos clássicos da ficção científica e isso acaba se tornando um tremendo engodo para quem esperava uma abordagem semelhante ao longa de 1951.
Falando um pouco mais sobre o roteiro, esta edição tem muitas questões não explicadas – para citar uma – por que cargas d’água o presidente dos Estados Unidos não parece estar nem aí pra crise situada em seu país, mesmo que o planeta todo esteja em risco? – e os diálogos sofrem de um “bairrismo” imenso. Eu não sei se os personagens norte-americanos foram criados arrogantes deste jeito de propósito ou se reflete a arrogância do próprio roteirista. Uma das falas que mais refletem isto é quando os cientistas dizem que a estrutura de DNA de Klaatu é tão complexa que a comunidade mundial ficaria anos para desvendar seus segredos, no que a personagem de Kathy Bates responde que o DNA de Klaatu é “de propriedade do governo dos Estados Unidos”.
Enfim, no geral o que sobra é uma história até que boa, mas muito mal aproveitada e conduzida. O clássico de 51 também não achei grandes coisas, mas pelo menos ele consegue transmitir a mensagem principal com um exito infinitamente melhor e mais prático.
O Dia Em Que A Terra Parou
4.0 170 Assista AgoraClássico do cinema. É meio parado, mas claro, tem que dar um desconto por não haver recursos cinematográficos na época. E é louvável a ideia. Mais do que um simples filme de ficção cientifica, um alerta humanista para reflexão política, num contexto de um mundo bipolar onde a autodestruição humana parecia iminente. Uma mensagem extremamente profunda que é válida até os dias de hoje.
Na década de 50, no século passado, o cinema americano sempre mostrava alienígenas como seres monstruosos que vinham à Terra para destruir a raça humana. Era a época da Guerra Fria, bem após a II Guerra Mundial, e os extraterrestres eram sempre associados ao “inimigo externo” que poderiam invadir-nos e dominar a nossa “civilização”.
“O Dia em Que a Terra Parou” (1951), dirigido pelo brilhante Robert Wise, foi talvez o único filme da época a mostrar um ser de outro planeta com um objetivo pacifista.
Numa tranqüila manhã em Washington, capital dos Estados Unidos, uma espaçonave alienígena aterrisa numa de suas praças principais. As pessoas aguardam, então, curiosas e com medo, o que está para acontecer.
A porta da espaçonave se abre e, de seu interior, sai um grande robô, Gort (Lock Martin). Em seguida, sai um ser extraterrestre, que se apresenta como Klaatu (Michael Rennie). Seu gesto de boas-vindas é confundido com um ato de agressão e logo ele é baleado.
Levado ao hospital e, após “milagrosamente” se auto-curar, ele propõe uma reunião com todos os chefes de estado do mundo para um importante comunicado da comunidade do espaço. O representante do governo americano lhe diz, então, que “seria muito difícil juntar todos os líderes mundiais, em função das desavenças políticas em nosso mundo…”
Klaatu então escapa do hospital e aluga um quarto na casa de Helen Benson (Patricia Neal) e, convivendo com sua família, começa a entender aos poucos como pensam os humanos.
Na tentativa de transmitir ao mundo o seu importante comunicado, ele resolve apelar para a comunidade científica mundial, que talvez receba o seu recado sem se preocupar com “pequenas divergências políticas locais”.
Na visita que Klaatu faz ao Prof. Barnhardt (Sam Jaffe), ele lhe diz que, caso os dirigentes da Terra não o escutem, o planeta poderia ser destruído instantaneamente. O professor, então, lhe faz uma pergunta: “O que faria com que todo o mundo ficasse com medo o suficiente para que todos percebessem a magnitude de seu poder e lhe dessem, então, atenção, sem, com isso, fazer mal a ninguém?”
Um filme que vale a pena ver (e rever) pela mensagem pacifista que ele traz, mensagem esta que, infelizmente, continua servindo até os dias de hoje.
O Espantalho
2.3 352 Assista AgoraFilma simples, objetivo e eficaz. Dá uns bons sustos e bons momentos de tensão. Recomendo!
Pense rápido. Qual é a premissa da grande maioria dos filmes de terror que começam com um grupo de amigos ou casal dirigindo em alguma estrada estranha e isolada? A resposta mais comum é que o carro vai quebrar, bater, ficar sem gasolina e parar. Desta forma, costuma ser logo após o veículo parar que a ação realmente vai começar. O problema é que tal cena pode demorar para acontecer em alguns filmes, o que obriga o público a aguentar 10, 15, 20 minutos de blá blá blá quando o que se quer ver na verdade é as pessoas que estão dentro do carro serem perseguidas pelo vilão da vez.
Reforçando esta temática dos filmes de terror que “começam” apenas depois que o carro quebra ou bate, até que Espantalho (Husk), de 2011, começa de forma muito satisfatória. A trama norte-americana, dirigida por Brett Simmons, mostra o acidente no tempo de um minuto e quarenta segundos depois do início do filme. Sem demora, sem parada em posto de gasolina, sem dar carona para ninguém. Mal conhecemos os cinco integrantes do veículo e já temos um acidente que dá sinal verde para a ação.
Aos poucos vamos colhendo pistas. A estrada que o grupo está fica no meio de um milharal ao melhor estilo Colheita Maldita. Após a batida, um dos passageiros do carro simplesmente desaparece. Existe uma casa com uma luz acesa em um dos cômodos e um espantalho no meio do plantação. No milharal ainda é possível encontrar outros espantalhos além de carros que parecem ter se envolvido no mesmo tipo de acidente dos personagens principais. A partir destes elementos, os jovens se separam e logo anoitece.
O roteiro de Brett Simmons trabalha de forma muito positiva com o isolamento do grupo sem oferecer em um primeiro momento muita explicação sobre o que está realmente acontecendo. Além da sinistra casa e do próprio milharal, a figura do espantalho também é um ponto positivo dentro da trama uma vez que o boneco feito para espantar corvos já é por si só assustador na vida real. Além disso, os amigos não param de ser surpreendidos seja na casa ou na plantação. E por falar neles, até que os personagens são bens construídos em Espantalho. A única mulher do grupo logo morre e a trama passa a companhar três rapazes que constantemente se alternam entre quem sobrevive e quem morre.
Espantalho é baseado no curta homônimo dirigido e roteirizado pelo próprio Brett em 2005. A trama original segue os principais elementos do longa, porém de forma mais amadora e resumida. A direção de fotografia que é um dos destaques do filme de 2011 deixa muito a desejar no curta, embora a atmosfera aterradora esteja presente. O curta também deixa de lado algumas das questões que acabam por sobrar no longa. Desta forma, apesar dos acertos, Espantalho traz algumas falhas que poderiam ter ficado de fora. Como exemplo, a eterna mania de explicar todos os detalhes do filme, o que faz com que alguns personagens simplesmente passem a ter visões do passado para solucionar o mistério. Além do mais, o final chega e simplesmente não acontece nada para que pudesse encerrá-lo, o que pode causar certa frustração.
No entanto, as falhas são poucas e apesar de não ser considerado o filme mais espetacular do gênero, Brett ao menos consegue apresentar uma história bem conduzida e com fôlego. Além dos elementos tradicionais do estilo, como o carro que quebra, o milharal, a casa abandonada e os amigos que se separam em busca de ajuda, a trama segue de forma segura para manter o interesse do público até o seu final. Fica então a dica para os diretores que forem fazer seus personagens baterem os carros. Além de começar a ação o mais cedo possível, criatividade na hora de escrever o roteiro também conta ponto.
Feitiço
3.0 149 Assista AgoraFilme com uma história fantasmagórica e uma trama macabra, temos boas interpretações, cenas de agonia e um roteiro bem produzido.
A obra contém cenários excelentes juntamente com uma ótima fotografia, tem aquela pegada mais escura e sombria, que combina perfeitamente com a história de feitiços, encantamentos e vodu.
Além disso, traz uma bela reflexão, mostra uma realidade que muitas pessoas acreditam na magia negra e em suas superstições assim criando suas seitas e cultos, e assim fazendo-se para conseguir o poder de dominar e abusar de qualquer pessoa para seu uso pessoal.
Mas nem tudo são flores, tem certas coisas que são incomodas, exemplo:
Além da queda do avião e do boneco que fica próximo do rapaz sem necessidade disso, o roteiro ainda traz sequências improváveis. Assim que descobre o que está causando a ferida em sua perna, ele retira o prego gigante e que atrapalhava sua locomoção – em uma sequência difícil de acompanhar – e simplesmente começa a andar normal, como se nada mais impedisse a dor de colocar o pé no chão e até correr. Posteriormente, quando percebe a aproximação de Eloise, com Earl dispondo de um machado, ele coloca novamente o prego no pé e se deita, sem deixar rastros de sangue pela casa. Em outro momento, depois que ele tenta fugir e é novamente capturado, você imagina que a vilã irá cortar a perna dele fora ou dificultar a fuga, mas não: ela sai de carroça com todo mundo, deixando o local vazio e as portas abertas! Além de todos esses furos evidentes, Feitiço ainda reserva uma sequência final que parece o confronto do Mickey em O Aprendiz de Feiticeiro (1940). Aquele rapaz que até então renegava suas origens e não acreditava em magia, torna-se apto para uma briga de bruxos.
Ainda que tenha todas essas falhas, o longa pelo menos garante a diversão. É bem realizado, com um bom elenco, e construção narrativa. Transmite ideias de superação, de resgate de sua natureza, de união familiar e crenças, do embate contra seus fantasmas do passado e a aceitação de sua resistência. Se o internauta conseguir ignorar seus percalços, a falta de originalidade e os clichês, pode ser que se divirta em um exemplar claustrofóbico e repleto de tensão.
As Aventuras de Sharkboy e Lavagirl em 3-D
2.2 440 Assista AgoraÉ impressionante que quando somos crianças gostamos de absolutamente qualquer coisa que assistimos, e rever essas mesmas obras depois de muitos anos é bizarro, pois você se pergunta "como é que eu gostava disso?", e essa indagação serve perfeitamente pra Sharkboy e Lavagirl, KKKKKKKKKKKKKKK.
Tecnicamente falando, é tosco demais kkkkkkkkk. Efeitos especiais horríveis, história pífia, atuações tenebrosas, única coisa que ajuda é o fator nostalgia que bate forte, pois de resto nada se salva. É pra um público extremamente infantil mesmo.
Robert Rodriguez é um cineasta de sorte. Se olharmos sua filmografia, notaremos muito facilmente que ele basicamente faz o que lhe dá na telha, sem muita preocupação com retornos financeiros ou em entregar obras perfeitamente acabadas, ainda que, aqui e ali, seja possível destacar algumas verdadeiras maravilhas como Sin City: A Cidade do Pecado ou trasheiras muito divertidas como Um Drink no Inferno. Sua veia infantil, iniciada pela série Pequenos Espiões, em 2001, ganhou uma versão super-heróica em 2005 com As Aventuras de Sharkboy e Lavagirl, filme feito para surfar também no renovado interesse no cinema 3D, mesmo que ainda com a ultrapassada tecnologia dos anos 50, algo que só mudaria, mas não necessariamente para melhor, em 2009, com Avatar.
Em poucas palavras, o longa infantil de Rodriguez tendo as então crianças Cayden Boyd, Taylor Lautner e Taylor Dooley, é uma ruindade inegavelmente simpática. A simpatia vem, primeiro, da premissa clichê, mas sempre importante, sobre a contraposição de sonhos e realidade e como fazer para um tornar-se o outro e, em segundo, da imaginação que o cineasta demonstra ter e que ele disse – e é perfeitamente crível que tenha sido assim – que teria vindo de seus filhos em grande parte. A ruindade, por seu turno, vem de praticamente todo o restante.
Se o rápido prelúdio que conta a origem “mogliana” de Sharkboy (Lautner) promete uma narrativa interessante exatamente pela criatividade que demonstra em poucos minutos, o ritmo muito rapidamente degringola quando o foco passa a ser no garoto sonhador Max (Boyd) que, sofrendo bullying na escola, encontra refugio em seus sonhos, tendo que impedir a destruição do Planeta Drool com a ajuda da dupla Sharkboy e Lavagirl (Dooley). A estrutura básica do mundo real ser repetido no mundo dos sonhos é algo que funciona da maneira mais basal possível, com um roteiro que não procura trazer nenhum grau de sofisticação. E, antes que os roladores de olhos de plantão venham dizer que “é um filme feito para crianças” e que, portanto, não há razão para algo complexo, vale lembrar que há uma infinidade de obras criadas para exatamente o mesmo público que não simplificam o roteiro ao ponto de ele ser uma sucessão didática de diálogos ruins acompanhado de sequências aleatórias. A idade baixa do público-alvo não é e nunca foi passe livre para fazer qualquer coisa.
O CGI já nasce ultrapassado e, mesmo para um filme de baixo orçamento (que nem é tão baixo assim, já que custou 50 milhões de dólares), desaponta praticamente do começo ao fim mesmo quando usa tecnologia de décadas como chroma key ou pinturas matte. No entanto, cabe ressaltar que a computação gráfica é o menor dos problemas de As Aventuras de Sharkboy e Lavagirl, pois uma história bem construída, com personagens interessantes e um elenco de qualidade poderiam muito facilmente compensar esse aspecto.
Mas o filme não tem nada disso. Mesmo se conseguirmos ultrapassar, com muita boa vontade (muita mesmo), os problemas de um roteiro mal-ajambrado construído ao redor de jogo de palavras e de situações repetidas ad nauseam, temos que encarar um fato difícil de ser ignorado: o elenco infantil é um dos piores que já singrou as telonas. Não consigo nem colocar a culpa integral na direção de atore de Rodriguez, pois a questão não está somente com um ou outro jovem talento, mas sim cada um deles e, de quebra, também com os adultos. Sei muito claramente que os personagens são, basicamente, caricaturas, mas mesmo em casos assim, quando o ator ou atriz mirim sabe fazer mais do que apenas cara feia, nuanças dramáticas são perfeitamente detectáveis. Aqui, elas simplesmente não existem e o que vemos na tela é o que há, sem mais, nem menos, o que talvez explique o porquê de nenhum dos três principais terem tido carreiras prolíficas (e não, o lobinho da saga Crepúsculo nem de longe faz de Lautner um ator de verdade).
Mesmo com tanto problema, o longa é, como eu disse, simpático. Rodriguez sem dúvida é um cineasta que demonstra muito amor por seu ofício e isso transparece até mesmo em sua piores obras, como é o caso aqui. Há uma camada bem leve de inocência e bobeira que é capaz de esquentar corações. O problema é que, quando enxergamos além dessa camada, o que notamos é um longa que não parece ser muito mais do que uma sucessão dos rabiscos de Max em seu caderno.
O Lagosta
3.8 1,5K Assista AgoraQuem procura filmes de fácil interpretação não conseguirá apreciar plenamente a profundidade deste filme. Mais uma vez, Farrell entrega uma performance excepcional, enquanto o diretor habilmente conduz diálogos diretos, em sintonia com a atmosfera distópica do filme.
A obra nos leva a refletir sobre a verdadeira natureza da busca pelo amor, questionando se o encontro de alguém na vida é uma inevitabilidade ou uma imposição social. Além disso, o filme aborda de forma interessante nossa relação com os animais, destacando como, a qualquer momento, podemos estar consumindo membros de nossa própria família.
Durando quase duas horas, O Lagosta prende o espectador do início ao fim através de um mecanismo muito simples, que é a necessidade de explicações para cenas altamente impactantes.
A primeira, por exemplo, com a mulher que sai do carro e mata o burro (e que vai permanecer sem explicação até o fim do filme), nada mais é do que um anzol que nos fisga e nos faz ficar debatendo até o fim da história para entender o que está acontecendo.
Acho que a grande característica desta obra é trabalhar com a inteligência de quem assiste. Muita coisa, o espectador é obrigado a depreender, deduzir, concluir por si só. As pontas soltas são só detalhes que não tiram o sentido da narrativa principal, mas a enriquecem. Eu gosto disso. Me irritaria se o filme tivesse necessidade de explicar pormenorizadamente, através de uma cena muito explícita, ou (no pior dos casos) através de uma fala de personagem, o sentido por trás do seu roteiro.
Mas, afinal, por que The Lobster é um filme magistral na sua proposta? Porque ele argumenta sobre seu tema. E qual é o tema? Nossa necessidade de se adaptar às outras pessoas para se incluir na sociedade, principalmente dentro de relacionamentos afetivos.
Nesta narrativa, as pessoas são obrigadas a se encaixar em uma de duas categorias estanques: casais ou isolados. Escolher um desses grupos tem consequências, que é viver fingindo que combina com o parceiro ou parceira, ou passar o resto dos dias sem poder se envolver afetivamente com qualquer outra pessoa (e sendo caçado pelos que pretendem não ser solitários).
Um filme que usa metáforas com tanta destreza nunca poderá ser classificado como ruim.
Embora a obra não aborde a política, vivemos um mundo muito parecido ao filme, quando o assunto são os espectros políticos (direita e esquerda, que são farinha do mesmo saco), um lado não tolera nem aceita o outro, assim como no filme, onde se vive num mundo onde não é possível viver sozinho e, quem não arruma um par é punido de forma bizarra.
A Acompanhante
2.6 79 Assista AgoraO começo é bem interessante e tem um desenvolvimento bacana, mas quando chega pra metade até o final vira praticamente um drama misturado com comédia romântica, mas não é ruim não, muito pelo contrário, curti a história de tal forma que nem vi a hora passar.