Filme real, tão bom e "angustiante" que entra no rol de filmes sobre relacionamentos reais junto com "História de um Casamento".
Começa por mostrar as diferenças de mundo entre o casal (formação, origens, objetivos) e o diretor vai retratando bem entre as passagens de tempo e a progressão da história. Um é mais atento à filha outra mais desligada, aparentemente. Uma mais preocupada com a vida profissional, outro mais desleixado, etc. Vai trazendo típicas discussões que começam por besteira e ciúmes (implicância, sinal de que relacionamento vai mal). Tem boas transições de cena. Algumas máximas como a canção "Como nossos pais" vão se dando, frustrações desde a adolescência e "exemplo" do casamento dos pais… que vão afetando e se repetindo de alguma forma.
É um filme arrastado e doloroso, claro, faz parte e expressar estes momentos pode ser triste e denso. O filme é bom porque exatamente consegue nos fazer sentir pena, raiva, consideração e até...se reconhecer em algumas cenas e atos de personagens. Sinal de bom trabalho das interpretações e da direção. Ah, ele abre gatilhos sim, NÃO é um filme para relacionamentos que estão no início, mas pode ser um BOM FILME indicado para aquela pessoa que precisa se libertar de um relacionamento abusivo e "cair a ficha". É um filme sobre relacionamento, com momentos de romance, mas com cautela, é sobretudo, real e nada romantizado.
como a cena do elevador, beijo, etc. O caraser meio vilão do bem e outras contradições, mas um pouco para a história acontecer.
Boa trilha sonora e direção. Cenas de ação em boa parte também bem filmadas. O filme também é todo Ryan Gosling e a direção não esconde querer isso. Lembra sim Baby Driver (mas este veio primeiro e foca mais na história do que propriamente como ação. Como ação/montagem Baby Drive fez melhor).
Filme sobre decadência, impotência, envelhecimento. Mostra o lado da decadência de um lutador, acostumado com os holofotes, em contrapartida com a stripper também a envelhecer: ambos abandonados quando vão perdendo sua juventude e vitalidade, por isso os dois de alguma maneira, se entendem.
Performance sensacional de Mickey Rourke e direção maravilhosa do Aronofsky que acompanha com a câmera as reações do personagem (o surto, conforto, revolta, etc).
Queria ter gostado mais, mas sim é um bom exercício de filmagem e atuações. Principalmente em premissa simples e take reduzido. Percebe-se que os quatro estavam ali se divertindo nas filmagens (e que atuações de Jodie e Kate! uau!).
O roteiro é um pouco forçado para o "filme poder acontecer e seguir", obviamente. Por vezes fiquei um pouco irritado, mas o propósito do filme parece ser ir nos tirando do sério, como cada personagem vai tendo sua fúria e seu show solo em algum momento. Você consegue achar babacas e sentir raiva de todos eles, pelo menos em alguma cena, rs. (parece que tem bem mais os minutos que tem, rsrs).
Filme pra ficar com aquele sorrisinho. Um bonito romance inusitado com sutilezas de roteiro, paisagens e sobretudo, atuações.
A reconstrução de época e figurino é demais! local aprazível e muito bonito. A história, embora simples e mesmo que não seja grandiosa traz bonitas reflexões como já abordado aqui, do romance na velhice. Em alguns momentos fiquei a refletir "algumas omissões" no no roteiro (quem viu sabe quais são, não os levanto spoiler a quem não tenha visto), entretanto, penso que possa ter sido uma opção do diretor/roteirista. Ainda assim, o diretor é também o roteirista e achei que ele se sai melhor como diretor. Vou citar um exemplo, o personagem do médico
não parece ter uma motivação ou razão necessária para ser uma espécie de antagonista, sobretudo da maneira repentina que ele muda de foco ao início do filme. Nota-se que é um subterfúgio para seguimento e acontecimentos da própria história, sem a fluidez necessária.
Mas são pequenas observações, vale ser visto pela leveza, reconstrução de época, riqueza da história e pelas incríveis atuações.
Fiz imediatamente após ter visto "A bela da Tarde", funciona muito melhor com suas singelezas e homenagens e torna o clássico ainda mais especial. Recomendo este exercício deleitoso "casado".
A premissa é melhor que o desenvolvido em si. Lugar ermo, pradarias, fotografia, maquiagem e personagens sinistros, boas notas por isso, somada a interpretação da personagem de Jodelle Ferland. Quando chega no roteiro mais ou menos... bem mais ou menosr.
Um bom filme para refletir várias questões: o processo democrático, a organização e vida adolescente nas escolas, a realidade da escola pública, os sentimentos de repressão nas periferias, as expectativas com a realidade da juventude, enfim são múltiplas e importantes questões.
Parabéns ao professor que provocou e ajudou a fazer o processo de eleição (não anotei ou não notei se falou o nome dele ou disciplina). Como educador também, o que destaco principalmente neste documentário foi o processo em si: a autonomia em deixar os jovens se organizarem e desenvolverem suas ideias (dentro dos acordos, obviamente) e ver o quanto o processo todo os fez amadurecer e crescer, seja politicamente, seja nas suas relações interpessoais e no modo de perceber os desafios, e, sobretudo, necessidade da democracia. A prática em si foi/é muito melhor que muitas aulas sobre Cidadania, Ética e Democracia. Parabéns.
Um documentário forte e triste. Necessário. De múltiplas sensações ao longo dele: raiva, choque, alegria, alívio, tristeza... também enche os olhos as reflexões sobre o poder da arte, da educação, do afeto.
Achei impressionante como o diretor conseguiu filmá-los e envolver-se praticamente sem que a câmera estivesse presente, mais realidade impossível. Alguns spoilers de momentos memoráveis.
Que agonia de todo mundo se drogando no apê com aquele cubículo e o menino ali do lado. Além das drogas, falta o básico: comida, fogão, dignidade.
Como professor, emocionou-me muito ver a cena em que Andrea conseguiu escrever para a mãe (em vista que não sabia ler ou escrever no início do filme). Também a transformação que a dança (e as artes de maneira geral) fazem com Toto e Andrea... os olhos deles admirados, depois o envolvimento e como os ajudam a crescer, emancipar, se libertar.
Retrato dos guetos de Paris. Filme de gueto mesmo. Necessário e ajuda a entender parte dos ataques de hoje do mundo islâmico, especialmente e quase recorrentes na França. Logicamente nos chega uma narrativa quase que exclusiva lidando apenas o mundo árabe/africano como "terrorista". Esse filme ajuda a entender um pouco de como o processo de repressão continua, com outros traços e formas.
Boa comédia. Divertida, como humor minimalista. Os diálogos são memoráveis, mas claro que como boa parte dos filmes do diretor, exige atenção e empatia, logicamente não pega um espectador mais displicente. Como boa parte dos filmes de Rohmer reflete a liberdade feminina e seus anseios, por vezes desastradas ou cheia de fantasias, mas em si, a realidade prevalece.
Ótimo filme e necessário. Apenas é um "Dramor", um terror dramático (e não de terror necessariamente). Não que isso seja problema, apenas que a Mubi o publicizou como "parte da semana de Halloween", assim ao final saí mais reflexivo do que com experiência com o horror. Como filme em si é muito bom. Direção e atuações ótimas e excelente fotografia. O uso das cores como parte da narrativa é um primor. Filmão.
É uma inegável perspectiva diferente de narrar a história dos EUA em uma lógica a partir dos povos indígenas, sindicalistas, feministas, enfim, "os oprimidos e dominados". Pode parecer enfadonho de início e mesmo durante, mas o compreendi como uma mensagem subliminar a tantas mortes (não explicita sempre por não ter uma narração em si, somente imagens) geradas pelo "progresso" ou mesmo quantas vidas custaram para se construir "o sonho americano". Make America Great Again. RIP.
Os temas e alguns momentos da trama funcionam mais do que a obra como um todo. Marina Person e João Miguel destacam-se muito em suas interpretações (achei o restante do elenco, mesmo secundário), dissonante em suas cenas.
Assustador, especialmente como o discurso não mudou ou pouco mudou:, grupos pró-vida… religiosos pensando a sexualidade como patologia. (não à toa o fundamentalismo religioso e político se assemelha e por vezes até ultrapassa atualmente o que foi na década de 70).
Como produção em si é um documentário necessário, seja como registro histórico e importante da luta LGBTQI+, seja como um olhar de uma década em especial e claro, entender algumas coisas do presente.
Um filme simples e ao mesmo tempo filosófico-existencial. Caminhar, recomeçar, reencontrar-se.
O documentário é um convite a conhecer lugares remotos, gente simples e diversas situações pelo interior da França. Também é um convite a olhar para si mesmo: o que o/a faz buscar a felicidade e mesmo o que ela lhe representa.
Cabe mencionar também a inteligência da edição (quando alguém responde e fala sobre paisagem, a montagem vai lá e coloca plano de paisagem). Roteiro e edição em diálogo. Merece ser visto.
Lindíssimo. Fotografia perturbante, bela, inquietante. Não é um filme de guerra, mas sobre a guerra, sobre as trivialidades da guerra. Ele desperta curiosidade em estudar e aprofundar mais sobre o país e sobre a política/conflitos armênios.
Sobre o filme em si destacam-se os olhares, a cultura, a leveza e desespero... e principalmente a fotografia incrível.
um pouquinho como o fato de ser enrolado o lance com o africano. Parecia uma coisa e foi outra. Além disso, africano com nome de brasileiro? Nordestino com pouco sotaque e pouquíssimas características culturais? Não é esperar trejeitos, mas acredito que ajudaria a dar mais densidade nos estudos e papéis dos personagens. 🤔
A direção e o lance da vida cotidiana sem dúvida são os pontos fortes.
Maluco mesmo. O que é legal no filme é a originalidade e ser diferente de tudo. Ele perde força no seu lado scifi, deveria ter ficado no humor ou na comédia dramática, que é a meu ver o que executa de melhor.
Algumas cenas borradas e edição de imagens digitais não é muito legal não. Ainda assim, visivelmente inspirado no Cristiano (alguns planos mesmo parece o próprio). Agora, não tenho conhecimento tão grande para ver o quanto de fidelidade à sua vida pessoal. Muito, sem dúvidas é inspirado. O personagem principal é uma mistura de Cristiano Ronaldo, Schumacher e Forrest Gump (juntando o físico com a ingenuidade). Pontos fracos: a parte das manas e construir um personagem assexuado de tamanha bizarrice, ainda mais dentro daquele universo.
A parte do projeto é tosca. Completamente inverídico, mesmo com lance scifi. Sei que ajuda a refletir o lance da xenofobia e destes avanços todos que estão voltando com força na União Europeia, mas mesmo assim.
"As hienas não são as más, são os humanos que devemos temer".
Filme/documentário sensível, a câmera acompanha quase que imperceptivelmente a rotina de Asalif. Realidade comum em tantos países, infelizmente. O filme mostra o tempo todo e põe-nos a pensar o que é de fato inóspito (o selvagem não vem da natureza não-humana), mas do que põe tanta gente na margem da margem.
O filme faz correlacionar tanta coisa, imagens e sensibilidades, vou destacar Milton, na lembrança de Asalif sua mãe e sua gente que segue vivendo e sonhando voar alto, encarando os dias, sendo "uma gente que ri quando deve chorar e não vive apenas aguenta".
Namorados para Sempre
3.6 2,5K Assista AgoraFilme real, tão bom e "angustiante" que entra no rol de filmes sobre relacionamentos reais junto com "História de um Casamento".
Começa por mostrar as diferenças de mundo entre o casal (formação, origens, objetivos) e o diretor vai retratando bem entre as passagens de tempo e a progressão da história. Um é mais atento à filha outra mais desligada, aparentemente. Uma mais preocupada com a vida profissional, outro mais desleixado, etc. Vai trazendo típicas discussões que começam por besteira e ciúmes (implicância, sinal de que relacionamento vai mal). Tem boas transições de cena. Algumas máximas como a canção "Como nossos pais" vão se dando, frustrações desde a adolescência e "exemplo" do casamento dos pais… que vão afetando e se repetindo de alguma forma.
É um filme arrastado e doloroso, claro, faz parte e expressar estes momentos pode ser triste e denso. O filme é bom porque exatamente consegue nos fazer sentir pena, raiva, consideração e até...se reconhecer em algumas cenas e atos de personagens. Sinal de bom trabalho das interpretações e da direção. Ah, ele abre gatilhos sim, NÃO é um filme para relacionamentos que estão no início, mas pode ser um BOM FILME indicado para aquela pessoa que precisa se libertar de um relacionamento abusivo e "cair a ficha". É um filme sobre relacionamento, com momentos de romance, mas com cautela, é sobretudo, real e nada romantizado.
O final
aparentemente aberto é maroto, mas eu gostei com as sugestões que evoca.
obs: que droga de tradução.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraBom filme. Começa meio displicente, mas depois que acontece, vai bem. Um bom filme que se encaixa como Ação/Thriller/scape race.
Claro que há exageros
como a cena do elevador, beijo, etc. O caraser meio vilão do bem e outras contradições, mas um pouco para a história acontecer.
Boa trilha sonora e direção. Cenas de ação em boa parte também bem filmadas. O filme também é todo Ryan Gosling e a direção não esconde querer isso. Lembra sim Baby Driver (mas este veio primeiro e foca mais na história do que propriamente como ação. Como ação/montagem Baby Drive fez melhor).
O Lutador
4.0 912Filme sobre decadência, impotência, envelhecimento. Mostra o lado da decadência de um lutador, acostumado com os holofotes, em contrapartida com a stripper também a envelhecer: ambos abandonados quando vão perdendo sua juventude e vitalidade, por isso os dois de alguma maneira, se entendem.
Performance sensacional de Mickey Rourke e direção maravilhosa do Aronofsky que acompanha com a câmera as reações do personagem (o surto, conforto, revolta, etc).
Deus da Carnificina
3.8 1,4KQueria ter gostado mais, mas sim é um bom exercício de filmagem e atuações. Principalmente em premissa simples e take reduzido. Percebe-se que os quatro estavam ali se divertindo nas filmagens (e que atuações de Jodie e Kate! uau!).
O roteiro é um pouco forçado para o "filme poder acontecer e seguir", obviamente. Por vezes fiquei um pouco irritado, mas o propósito do filme parece ser ir nos tirando do sério, como cada personagem vai tendo sua fúria e seu show solo em algum momento. Você consegue achar babacas e sentir raiva de todos eles, pelo menos em alguma cena, rs. (parece que tem bem mais os minutos que tem, rsrs).
Ah, este filme tem uma das cenas
de vômito mais nojentas do cinema, hahaha. A galera das legendas também tem bom humor, "chamar o hugo", hahaha.
O final
é de ironia sem igual e fecha muito bem.
O Violinista que Veio do Mar
3.7 126Filme pra ficar com aquele sorrisinho. Um bonito romance inusitado com sutilezas de roteiro, paisagens e sobretudo, atuações.
A reconstrução de época e figurino é demais! local aprazível e muito bonito. A história, embora simples e mesmo que não seja grandiosa traz bonitas reflexões como já abordado aqui, do romance na velhice. Em alguns momentos fiquei a refletir "algumas omissões" no no roteiro (quem viu sabe quais são, não os levanto spoiler a quem não tenha visto), entretanto, penso que possa ter sido uma opção do diretor/roteirista. Ainda assim, o diretor é também o roteirista e achei que ele se sai melhor como diretor. Vou citar um exemplo, o personagem do médico
não parece ter uma motivação ou razão necessária para ser uma espécie de antagonista, sobretudo da maneira repentina que ele muda de foco ao início do filme. Nota-se que é um subterfúgio para seguimento e acontecimentos da própria história, sem a fluidez necessária.
Mas são pequenas observações, vale ser visto pela leveza, reconstrução de época, riqueza da história e pelas incríveis atuações.
Sempre Bela
3.6 17Fiz imediatamente após ter visto "A bela da Tarde", funciona muito melhor com suas singelezas e homenagens e torna o clássico ainda mais especial. Recomendo este exercício deleitoso "casado".
Furyo - Em Nome da Honra
3.7 66 Assista AgoraPoxa, o título original é muito melhor. hehe
Fando e Lis
3.9 61Que bonito es un entierro, Que bonito es un entierro. Ire a verte al cementerio, Con una flor y un perro.
Contraponto
3.5 218A premissa é melhor que o desenvolvido em si. Lugar ermo, pradarias, fotografia, maquiagem e personagens sinistros, boas notas por isso, somada a interpretação da personagem de Jodelle Ferland. Quando chega no roteiro mais ou menos... bem mais ou menosr.
Jeff Bridges
convence e fica bizarro até como cadáver, rsrs.
Eleições
3.8 13Um bom filme para refletir várias questões: o processo democrático, a organização e vida adolescente nas escolas, a realidade da escola pública, os sentimentos de repressão nas periferias, as expectativas com a realidade da juventude, enfim são múltiplas e importantes questões.
Parabéns ao professor que provocou e ajudou a fazer o processo de eleição (não anotei ou não notei se falou o nome dele ou disciplina). Como educador também, o que destaco principalmente neste documentário foi o processo em si: a autonomia em deixar os jovens se organizarem e desenvolverem suas ideias (dentro dos acordos, obviamente) e ver o quanto o processo todo os fez amadurecer e crescer, seja politicamente, seja nas suas relações interpessoais e no modo de perceber os desafios, e, sobretudo, necessidade da democracia. A prática em si foi/é muito melhor que muitas aulas sobre Cidadania, Ética e Democracia. Parabéns.
Toto and his sisters
4.3 2 Assista AgoraUm documentário forte e triste. Necessário. De múltiplas sensações ao longo dele: raiva, choque, alegria, alívio, tristeza... também enche os olhos as reflexões sobre o poder da arte, da educação, do afeto.
Achei impressionante como o diretor conseguiu filmá-los e envolver-se praticamente sem que a câmera estivesse presente, mais realidade impossível. Alguns spoilers de momentos memoráveis.
Que agonia de todo mundo se drogando no apê com aquele cubículo e o menino ali do lado. Além das drogas, falta o básico: comida, fogão, dignidade.
Como professor, emocionou-me muito ver a cena em que Andrea conseguiu escrever para a mãe (em vista que não sabia ler ou escrever no início do filme). Também a transformação que a dança (e as artes de maneira geral) fazem com Toto e Andrea... os olhos deles admirados, depois o envolvimento e como os ajudam a crescer, emancipar, se libertar.
O final se torna melancólico pelo fato de
não sabermos o que acontecerá com aquela viagem, aquele trem, aquela família, especialmente pela empatia que se gera com os dois, principalmente.
Wesh Wesh, o que foi?
3.1 1Retrato dos guetos de Paris. Filme de gueto mesmo. Necessário e ajuda a entender parte dos ataques de hoje do mundo islâmico, especialmente e quase recorrentes na França. Logicamente nos chega uma narrativa quase que exclusiva lidando apenas o mundo árabe/africano como "terrorista". Esse filme ajuda a entender um pouco de como o processo de repressão continua, com outros traços e formas.
Um Casamento Perfeito
3.7 24Boa comédia. Divertida, como humor minimalista. Os diálogos são memoráveis, mas claro que como boa parte dos filmes do diretor, exige atenção e empatia, logicamente não pega um espectador mais displicente. Como boa parte dos filmes de Rohmer reflete a liberdade feminina e seus anseios, por vezes desastradas ou cheia de fantasias, mas em si, a realidade prevalece.
Devorar
3.7 369 Assista AgoraÓtimo filme e necessário. Apenas é um "Dramor", um terror dramático (e não de terror necessariamente). Não que isso seja problema, apenas que a Mubi o publicizou como "parte da semana de Halloween", assim ao final saí mais reflexivo do que com experiência com o horror. Como filme em si é muito bom. Direção e atuações ótimas e excelente fotografia. O uso das cores como parte da narrativa é um primor. Filmão.
A Busca do Lucro e o Sussurro do Vento
3.6 2 Assista AgoraÉ uma inegável perspectiva diferente de narrar a história dos EUA em uma lógica a partir dos povos indígenas, sindicalistas, feministas, enfim, "os oprimidos e dominados". Pode parecer enfadonho de início e mesmo durante, mas o compreendi como uma mensagem subliminar a tantas mortes (não explicita sempre por não ter uma narração em si, somente imagens) geradas pelo "progresso" ou mesmo quantas vidas custaram para se construir "o sonho americano". Make America Great Again. RIP.
Canção da Volta
3.3 29Os temas e alguns momentos da trama funcionam mais do que a obra como um todo. Marina Person e João Miguel destacam-se muito em suas interpretações (achei o restante do elenco, mesmo secundário), dissonante em suas cenas.
Gay USA
4.1 9 Assista AgoraAssustador, especialmente como o discurso não mudou ou pouco mudou:, grupos pró-vida… religiosos pensando a sexualidade como patologia. (não à toa o fundamentalismo religioso e político se assemelha e por vezes até ultrapassa atualmente o que foi na década de 70).
Como produção em si é um documentário necessário, seja como registro histórico e importante da luta LGBTQI+, seja como um olhar de uma década em especial e claro, entender algumas coisas do presente.
Felicidade... Terra Prometida
4.3 4Um filme simples e ao mesmo tempo filosófico-existencial.
Caminhar, recomeçar, reencontrar-se.
O documentário é um convite a conhecer lugares remotos, gente simples e diversas situações pelo interior da França. Também é um convite a olhar para si mesmo: o que o/a faz buscar a felicidade e mesmo o que ela lhe representa.
Cabe mencionar também a inteligência da edição (quando alguém responde e fala sobre paisagem, a montagem vai lá e coloca plano de paisagem). Roteiro e edição em diálogo.
Merece ser visto.
O Farol
3.7 16Lindíssimo. Fotografia perturbante, bela, inquietante. Não é um filme de guerra, mas sobre a guerra, sobre as trivialidades da guerra. Ele desperta curiosidade em estudar e aprofundar mais sobre o país e sobre a política/conflitos armênios.
Sobre o filme em si destacam-se os olhares, a cultura, a leveza e desespero... e principalmente a fotografia incrível.
A Colina Sagrada
3.5 13Um pouco mais do universo hippie e psicodélico.
Eu confesso que o que mais gostei foi a parte estilo docudrama da região e povos da Nova Guiné e suas culturas.
Há sim alguns clichês hippies, mas o filme cresce com/na presença do povo local. A trilha sonora do Pink Floyd também é massa...
Cães do Espaço
3.0 2Diferentão. Tenta reproduzir a vida e ótica a partir da cadela. Trabalha aspectos reais e aspectos atuais simulando "o espírito" de laica...
mas é muita suposição (achei que fosse mais fatos reais). Por vezes cenas enfadonhas… Mas é inegável a câmera e direção inventiva.
Agora, aquela cena do gato
… 💩
Corpo Elétrico
3.5 216Primor de direção. Artístico e belo. Muito bem conduzida e sob o controle do diretor o tempo todo.
Há alguns detalhes que interferem
um pouquinho como o fato de ser enrolado o lance com o africano. Parecia uma coisa e foi outra. Além disso, africano com nome de brasileiro? Nordestino com pouco sotaque e pouquíssimas características culturais? Não é esperar trejeitos, mas acredito que ajudaria a dar mais densidade nos estudos e papéis dos personagens. 🤔
A direção e o lance da vida cotidiana sem dúvida são os pontos fortes.
Já o final
deixa a desejar a meu ver… Ficamos boiando, feito ele no mar…
Diamantino
3.2 33Maluco mesmo. O que é legal no filme é a originalidade e ser diferente de tudo. Ele perde força no seu lado scifi, deveria ter ficado no humor ou na comédia dramática, que é a meu ver o que executa de melhor.
Algumas cenas borradas e edição de imagens digitais não é muito legal não. Ainda assim, visivelmente inspirado no Cristiano (alguns planos mesmo parece o próprio). Agora, não tenho conhecimento tão grande para ver o quanto de fidelidade à sua vida pessoal. Muito, sem dúvidas é inspirado. O personagem principal é uma mistura de Cristiano Ronaldo, Schumacher e Forrest Gump (juntando o físico com a ingenuidade).
Pontos fracos: a parte das manas e construir um personagem assexuado de tamanha bizarrice, ainda mais dentro daquele universo.
A parte do projeto é tosca. Completamente inverídico, mesmo com lance scifi. Sei que ajuda a refletir o lance da xenofobia e destes avanços todos que estão voltando com força na União Europeia, mas mesmo assim.
Em resumo: tem altos e baixos...
Anbessa
3.9 3 Assista Agora"As hienas não são as más, são os humanos que devemos temer".
Filme/documentário sensível, a câmera acompanha quase que imperceptivelmente a rotina de Asalif. Realidade comum em tantos países, infelizmente. O filme mostra o tempo todo e põe-nos a pensar o que é de fato inóspito (o selvagem não vem da natureza não-humana), mas do que põe tanta gente na margem da margem.
O filme faz correlacionar tanta coisa, imagens e sensibilidades, vou destacar Milton, na lembrança de Asalif sua mãe e sua gente que segue vivendo e sonhando voar alto, encarando os dias, sendo "uma gente que ri quando deve chorar e não vive apenas aguenta".