Já disse mais de uma vez que adoro filmes assim: crus, secos e realistas, ainda mais se forem históricos. E esse tem a vantagem de usar desse estilo para mostrar aquela que é uma das maiores chagas da humanidade: a escravidão. McQueen é um mestre nesse estilo de filme. E essa é sua grande obra. É um pontapé na boca ao mostrar a perversidade e a podridão do ser humano. É muito violento? Sim. Mas aquele momento histórico e aquele sistema econômico não eram fundamentados no uso da violência? Não haveria sentido em retratar tido aquilo senão da forma como McQueen fez...nao há lugar para meias palavras para falar do assunto. E de quebra as excelentes interpretações de Chiwetel, Lupita e Fassbender. Com pontinha de Cumberbatch e Brad Pitt. Fantástico filme.
Apesar do tema importante (devemos lembrar que Dorfman era chileno escrevendo sobre a ditadura em seu país) Polanski faz um filme menor, pouco preocupado com as questões políticas latino-americanos. Talvez isso torne o filme impessoal e deslocado. Apenas teatro filmado com excelentes interpretações.
Adoro filmes assim: secos e brutais. Esse é um daqueles grandes filmes do cinema de vingança e que usa de uma discussão secundária que, em certo momento, toma conta da história e é pouco desenvolvida no cinema: o terror do colonialismo, nesse caso especial, o britânico na Oceania e o racismo contra os povos nativos. A questão do uso dessas colônias como penitenciárias e o desprezo inglês aos irlandeses também é bem retratado. Sempre de forma brutal...um ótimo filme.
Guerra civil nos quadrinhos foi uma grande saga de Mark Miller que se sabia difícil de adaptar até por sua grandeza e mudanças que trouxe ao Universo Marvel. Mas esse filme se não consegue trazer toda giganteza do embate titânico da saga consegue manter (pelo menos em uma boa parte do filme) a questão ideológica tratada na saga. Acrescente a isso a rápida reapresentação do Homem Aranha ao MCU, a entrada do Pantera Negra e as sempre excelentes cenas de ação e a mistura está quase completa para um excelente filme de heróis. Tem seus pecados, porém: furos de roteiro, um vilão subaproveitado (era para ser o barão Zemo?), mas mesmo assim é muito bom no gênero.
Um clássico. Leone faz uma refilmagem transposta para o oeste americano do clássico "Yojimbo, o Guarda-Costas" de Akira Kurosawa. E se torna tão memorável quanto o original. Ao mesmo tempo revoluciona o faroeste spaghetti introduzindo suas marcas que depois culminariam em Três Homens em Conflito e Era Uma Vez No Oeste: os closes em zoom, os silêncios, os rostos sujos e suados e...a maravilhosa música de Ennio Morricone que se torna indissociável da história do cinema. Um filme baixo custo com um ator desconhecido que passaria a ser um ícone do gênero western (e que se tornaria um dos grandes diretores do cinema americano: Clint Eastwood). Não é perfeito, mas ainda assim está anos luz do cinema convencional. Vê-lo com meu filho é um prazer renovado.
Um Bergman que homenageia o cinema japonês dos anos 50, em especial, Kurosawa. Magnífico filme de vingança em meio a pesada discussão de fé e religiosidade (típico de Bergman) na Idade Média. Há uma contraposição extremamente eficiente na filmagem entre o Cristianismo repressor (mais suave nas imagens) e o Paganismo que agoniza (sensual e vibrante na cenografia). Max Von Sidow incrível como de costume (a cena da árvore e de seu desespero é marcante).
Tem que ver como o que se propõe a ser: um filme de ação incessante que não deixa muito tempo para pensar. E nisso é um dos melhores que vi nos últimos anos. Por isso merece uma boa nota. Não acrescenta nada, mas distrai muitoooo e é só isso que o filme quer te vender. Não tem propaganda enganosa.
Ótimo filme de ação com pancadaria e história interessante na dosagem certa. Mantém o ritmo de quadrinhos (até porquê o roteiro foi escrito pelo criador e argumentista da HQ base da Image). E ainda por cima tem Charlize Theron produzindo e atuando. E onde ela põe a mão é difícil dar naufrágio. Merece uma continuação.
O que dizer...é um filme que cumpre seu papel. E o papel dele é divertir adaptando uma dessas infinitas séries literárias juvenis. Por isso é bom...faz uma excelente adaptação divertindo o público.
Rever esse filme depois de tantos anos mostra o quão talentosa Sofia Coppola era (tendo se perdido depois dele). O roteiro escrito por ela é de uma sutileza única em tratar de temas sérios sobre um verniz de se tratar de uma comédia romântica (por isso tantos o assistem para depois se decepcionarem). Mas na verdade é um filme sobre as fases da vida e as decepções de cada uma delas...a crise da meia idade, a sensação de desalento e de fracasso vs a crise do início da vida adulta com suas incertezas e desafios muitas vezes insuperáveis, não um filme sobre amor (mesmo sendo um dos assuntos do filme). O defino mais como um filme sobre a amizade e sobre como nós completamos muitas vezes para preencher nossas lacunas existenciais. E como a vida pode ser incompreensível (assim como são a língua e a cultura japonesas para Bob), nos levando ao isolamento e a desolação amarga ou excessivamente desafiadora, mas ao mesmo tempo vazia como é o dia dia de Charlotte. Ela procurando caminhos de entrada, ele buscando portas de saída. A direção precisa dos atores por Coppola é impressionante e a química entre Murray e Johansson perfeita (sou suspeito para falar porque adoro o trabalho de ambos). A presença dos dois na cena em que ambos conversam na cama, ela em posição fetal, ele cansado, apenas conversando, dormindo, com ele segurando em seu pé, é impressionante. Mas, em grande parte, isso se deve a adequação dos atores em seus papéis (Murray um ator de sucesso e fama que, na época, estava tentando sair de um ostracismo em que caíra e Scarlett um promessa de atriz que estava decolando para grandes desafios). Sem dúvida valeu muito a revisão. Uma prazerosa revisão.
Um grande filme de formação que mostra como nós homens devemos nossa construção às mulheres e tão somente a elas e como é difícil "criar" uma personalidade em um mundo em transformação Um daqueles indies que demonstram a que vieram. Grandes interpretações de todo elenco, mas gostaria de destacar Greta que está fantástica e mostrando todo talento que tem (também a considero uma grande diretora como mostra em suas obras).
Fui assistir o filme sem esperar muito, mas aí vi que era de Edgar Wright, de quem adoro Scott Pilgrim e Todo Mundo Morto e não me decepcionei. Ótimo ritmo com o uso da música de forma fantástica, tendo cenas memoráveis como as idas a cafeteira, algumas das perseguições de carro na batida da música...Elgort que não acho lá essas coisas como ator está muito bem e Lily James também...para não falar da presença sempre dark de Spacey. Os vilões psicóticos não são caricatos (Hamm é o melhor como o maluco apaixonado, mas Foxx também está ok). O final é Quentin Tarantino puro. Nao é, lógico, um Drive (do Winding) ou um The Driver (do Walter Hill), mas a proposta também é outra. Como todos filmes de Wright é leve, mas com algo muito a mais...vale a pena!
Fukunaga já mostrando seu talento antes de True Detective e Beasts of no Nation. É a melhor adaptação do clássico de Bronte para o cinema que assisti com um clima gótico leve como Bronte escrevia. Tira o excesso de romantismo e melodrama tornando a história mais seca. Fora a maravilhosa fotografia da charneca inglesa.
Uma surpresa! Parece um terror que vira um suspense e nas entrelinhas e no plano de fundo se mostra um interessante drama sobre o luto e a superacao da perda de entes queridos. Mas mais no fundo ainda mostra que, enquanto procuramos tanto por fantasmas, muitas vezes nós é quem os somos. É o que a personagem é: uma rápida aparição, um vislumbre, vivendo de fazer pequenos servicos fúteis, desaparecida, um fantasma, parece que esperando finalmente abandonar a inutilidade dessa vida...e ninguém melhor para um papel assim que Kristen Stewart e sua eterna melancolia, seu ar de que está à beira de um colapso mental, tremendo, arfando...A acho uma puta atriz quando encontra o papel certo e a mão do diretor certo e Assayas é um deles. Algumas horas o filme parece que vai se perder, mas no geral é muito bom...vale conferir
Um grande filme político. Apesar do cuidado em não usar muito o termo é um filme sobre o nazi fascismo feito na Alemanha e sobre como é fácil e simples ressuscitar aquilo tudo novamente. Assim como "Ele Está de Volta" trabalha muito bem, de uma forma simples e didática mas nem por isso menos sofisticada que "a cadela do fascismo está sempre no cio". Ver o professor (O líder) discursando e incitando os sentimentos mais instintivos e primevos das pessoas como Hitler fazia, a disciplina como forma de atingir a ordem e o sucesso. A ação suplantando o pensamento e a imaginação na realização humana. O fanatismo, a propaganda (uniformes, gestos, marchas) o autoritarismo, a perseguição e a segregação(no caso, daqueles que pregam a liberdade de pensamento ou o comportamento individual, não massificado e bestificante, como os anarquistas e os liberais). Só faltou o nacionalismo extremista que aparece um pouco no final e a idéia supremacista. Grandioso, mas ao mesmo tempo assustador nesses tempos que a canalha fascista prega o fim da democracia no país. Ótimo para abrir nossos olhos.
Uma boa animação (apesar do sempre excessivo moralismo e sentimentalismo), mas consegue trabalhar muito bem com humor, diversão e qualidade de arte (a idéia de uma pré história com ares de visual de Avatar) cumprindo sua proposta. E de sobra ainda discute de forma divertida temas interessantes como o mito da caverna, a separação dos continentes e a hibridação entre os neandertais e os sapiens.
Um western clássico com Cooper excelente e um roteiro escrito por um dos perseguidos do Macartismo que conseguiu fazer um dos textos políticos mais sutis já escritos, criando na pequena cidade do filme um microcosmo da sociedade americana da época, que virava a cara para aqueles que estavam tentando defender a liberdade de expressão. Um western psicológico sobre o medo, a angústia e a solidão e o desespero dele versus a necessidade de cumprimento do dever e de manter seus ideais.
Apesar de não gostar muito de filmes de Natal, com seus clichês, fofurismos e sentimentalismo, esse sempre me soou diferente e, por esse motivo, muito bom...o clima de humor desenfreado, desagradável, bem incomum, mais a crítica ao consumismo e a visão de que no Natal todo mundo deve se comportar igual, cheio de felicidade (mesmo no final se rendendo a essa idéia como, provavelmente, uma concessão às crianças), além da interpretação cômica exagerada, mas como sempre engraçadíssima como de costume, de Carrey debaixo de toneladas de maquiagem torna a experiência deliciosamente única.
Uma sequência que consegue ser melhor que o original da franquia. O roteiro melhor elaborado e mais explicativo fechando buracos explicativos do original contribui para isso. Kate Beckinsale marcando de vez sua carreira com a personagem. Ótimo filme de ação.
Drácula encontra Matrix. Na época, apesar das falhas e da cópia descarada em muitas cenas, no vestuário e no plot do Messias escolhido dos filmes dos irmãos Wachowski, foi um dos sopros de renovação nos filmes de ação. A fotografia noturna e o filtro azulado foram depois muito copiados. Ainda hoje a franquia é uma boa opção no gênero, mesmo com todas suas falhas e a mesmice que se instaurou na série. Kate Beckinsale com sua roupa de couro grudada na pele assumiu um daqueles personagens de filmes ação que ficarão na memória pop.
A prequel que sempre foi planejada para mostrar como tudo começou. Um bom filme de ação como todos os demais com aquela fotografia bacana, etc...mas tem um grande ponto fraco. A falta de Kate Beckinsale que é chave na franquia. Isso mostra que, com a saída da atriz, a série deve se extinguir.
12 Anos de Escravidão
4.3 3,0KJá disse mais de uma vez que adoro filmes assim: crus, secos e realistas, ainda mais se forem históricos. E esse tem a vantagem de usar desse estilo para mostrar aquela que é uma das maiores chagas da humanidade: a escravidão. McQueen é um mestre nesse estilo de filme. E essa é sua grande obra. É um pontapé na boca ao mostrar a perversidade e a podridão do ser humano. É muito violento? Sim. Mas aquele momento histórico e aquele sistema econômico não eram fundamentados no uso da violência? Não haveria sentido em retratar tido aquilo senão da forma como McQueen fez...nao há lugar para meias palavras para falar do assunto. E de quebra as excelentes interpretações de Chiwetel, Lupita e Fassbender. Com pontinha de Cumberbatch e Brad Pitt. Fantástico filme.
A Morte e a Donzela
3.6 72Apesar do tema importante (devemos lembrar que Dorfman era chileno escrevendo sobre a ditadura em seu país) Polanski faz um filme menor, pouco preocupado com as questões políticas latino-americanos. Talvez isso torne o filme impessoal e deslocado. Apenas teatro filmado com excelentes interpretações.
The Nightingale
3.7 181 Assista AgoraAdoro filmes assim: secos e brutais. Esse é um daqueles grandes filmes do cinema de vingança e que usa de uma discussão secundária que, em certo momento, toma conta da história e é pouco desenvolvida no cinema: o terror do colonialismo, nesse caso especial, o britânico na Oceania e o racismo contra os povos nativos. A questão do uso dessas colônias como penitenciárias e o desprezo inglês aos irlandeses também é bem retratado. Sempre de forma brutal...um ótimo filme.
Capitão América: Guerra Civil
3.9 2,4K Assista AgoraGuerra civil nos quadrinhos foi uma grande saga de Mark Miller que se sabia difícil de adaptar até por sua grandeza e mudanças que trouxe ao Universo Marvel. Mas esse filme se não consegue trazer toda giganteza do embate titânico da saga consegue manter (pelo menos em uma boa parte do filme) a questão ideológica tratada na saga. Acrescente a isso a rápida reapresentação do Homem Aranha ao MCU, a entrada do Pantera Negra e as sempre excelentes cenas de ação e a mistura está quase completa para um excelente filme de heróis. Tem seus pecados, porém: furos de roteiro, um vilão subaproveitado (era para ser o barão Zemo?), mas mesmo assim é muito bom no gênero.
Por um Punhado de Dólares
4.2 421 Assista AgoraUm clássico. Leone faz uma refilmagem transposta para o oeste americano do clássico "Yojimbo, o Guarda-Costas" de Akira Kurosawa. E se torna tão memorável quanto o original. Ao mesmo tempo revoluciona o faroeste spaghetti introduzindo suas marcas que depois culminariam em Três Homens em Conflito e Era Uma Vez No Oeste: os closes em zoom, os silêncios, os rostos sujos e suados e...a maravilhosa música de Ennio Morricone que se torna indissociável da história do cinema. Um filme baixo custo com um ator desconhecido que passaria a ser um ícone do gênero western (e que se tornaria um dos grandes diretores do cinema americano: Clint Eastwood). Não é perfeito, mas ainda assim está anos luz do cinema convencional. Vê-lo com meu filho é um prazer renovado.
A Fonte da Donzela
4.3 219 Assista AgoraUm Bergman que homenageia o cinema japonês dos anos 50, em especial, Kurosawa. Magnífico filme de vingança em meio a pesada discussão de fé e religiosidade (típico de Bergman) na Idade Média. Há uma contraposição extremamente eficiente na filmagem entre o Cristianismo repressor (mais suave nas imagens) e o Paganismo que agoniza (sensual e vibrante na cenografia). Max Von Sidow incrível como de costume (a cena da árvore e de seu desespero é marcante).
Resgate
3.5 801Tem que ver como o que se propõe a ser: um filme de ação incessante que não deixa muito tempo para pensar. E nisso é um dos melhores que vi nos últimos anos. Por isso merece uma boa nota. Não acrescenta nada, mas distrai muitoooo e é só isso que o filme quer te vender. Não tem propaganda enganosa.
The Old Guard
3.5 662 Assista AgoraÓtimo filme de ação com pancadaria e história interessante na dosagem certa. Mantém o ritmo de quadrinhos (até porquê o roteiro foi escrito pelo criador e argumentista da HQ base da Image). E ainda por cima tem Charlize Theron produzindo e atuando. E onde ela põe a mão é difícil dar naufrágio. Merece uma continuação.
O Sétimo Filho
2.5 722 Assista AgoraO que dizer...é um filme que cumpre seu papel. E o papel dele é divertir adaptando uma dessas infinitas séries literárias juvenis. Por isso é bom...faz uma excelente adaptação divertindo o público.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraRever esse filme depois de tantos anos mostra o quão talentosa Sofia Coppola era (tendo se perdido depois dele). O roteiro escrito por ela é de uma sutileza única em tratar de temas sérios sobre um verniz de se tratar de uma comédia romântica (por isso tantos o assistem para depois se decepcionarem). Mas na verdade é um filme sobre as fases da vida e as decepções de cada uma delas...a crise da meia idade, a sensação de desalento e de fracasso vs a crise do início da vida adulta com suas incertezas e desafios muitas vezes insuperáveis, não um filme sobre amor (mesmo sendo um dos assuntos do filme). O defino mais como um filme sobre a amizade e sobre como nós completamos muitas vezes para preencher nossas lacunas existenciais. E como a vida pode ser incompreensível (assim como são a língua e a cultura japonesas para Bob), nos levando ao isolamento e a desolação amarga ou excessivamente desafiadora, mas ao mesmo tempo vazia como é o dia dia de Charlotte. Ela procurando caminhos de entrada, ele buscando portas de saída.
A direção precisa dos atores por Coppola é impressionante e a química entre Murray e Johansson perfeita (sou suspeito para falar porque adoro o trabalho de ambos). A presença dos dois na cena em que ambos conversam na cama, ela em posição fetal, ele cansado, apenas conversando, dormindo, com ele segurando em seu pé, é impressionante. Mas, em grande parte, isso se deve a adequação dos atores em seus papéis (Murray um ator de sucesso e fama que, na época, estava tentando sair de um ostracismo em que caíra e Scarlett um promessa de atriz que estava decolando para grandes desafios).
Sem dúvida valeu muito a revisão. Uma prazerosa revisão.
Mulheres do Século XX
4.0 415 Assista AgoraUm grande filme de formação que mostra como nós homens devemos nossa construção às mulheres e tão somente a elas e como é difícil "criar" uma personalidade em um mundo em transformação Um daqueles indies que demonstram a que vieram. Grandes interpretações de todo elenco, mas gostaria de destacar Greta que está fantástica e mostrando todo talento que tem (também a considero uma grande diretora como mostra em suas obras).
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraFui assistir o filme sem esperar muito, mas aí vi que era de Edgar Wright, de quem adoro Scott Pilgrim e Todo Mundo Morto e não me decepcionei. Ótimo ritmo com o uso da música de forma fantástica, tendo cenas memoráveis como as idas a cafeteira, algumas das perseguições de carro na batida da música...Elgort que não acho lá essas coisas como ator está muito bem e Lily James também...para não falar da presença sempre dark de Spacey. Os vilões psicóticos não são caricatos (Hamm é o melhor como o maluco apaixonado, mas Foxx também está ok). O final é Quentin Tarantino puro. Nao é, lógico, um Drive (do Winding) ou um The Driver (do Walter Hill), mas a proposta também é outra. Como todos filmes de Wright é leve, mas com algo muito a mais...vale a pena!
Jane Eyre
3.9 787 Assista AgoraFukunaga já mostrando seu talento antes de True Detective e Beasts of no Nation. É a melhor adaptação do clássico de Bronte para o cinema que assisti com um clima gótico leve como Bronte escrevia. Tira o excesso de romantismo e melodrama tornando a história mais seca. Fora a maravilhosa fotografia da charneca inglesa.
Amando Annabelle
2.9 212Baixíssima qualidade...passa longe de "Azul é a Cor mais Quente"...
Personal Shopper
3.1 384 Assista AgoraUma surpresa! Parece um terror que vira um suspense e nas entrelinhas e no plano de fundo se mostra um interessante drama sobre o luto e a superacao da perda de entes queridos. Mas mais no fundo ainda mostra que, enquanto procuramos tanto por fantasmas, muitas vezes nós é quem os somos. É o que a personagem é: uma rápida aparição, um vislumbre, vivendo de fazer pequenos servicos fúteis, desaparecida, um fantasma, parece que esperando finalmente abandonar a inutilidade dessa vida...e ninguém melhor para um papel assim que Kristen Stewart e sua eterna melancolia, seu ar de que está à beira de um colapso mental, tremendo, arfando...A acho uma puta atriz quando encontra o papel certo e a mão do diretor certo e Assayas é um deles. Algumas horas o filme parece que vai se perder, mas no geral é muito bom...vale conferir
A Onda
4.2 1,9KUm grande filme político. Apesar do cuidado em não usar muito o termo é um filme sobre o nazi fascismo feito na Alemanha e sobre como é fácil e simples ressuscitar aquilo tudo novamente. Assim como "Ele Está de Volta" trabalha muito bem, de uma forma simples e didática mas nem por isso menos sofisticada que "a cadela do fascismo está sempre no cio". Ver o professor (O líder) discursando e incitando os sentimentos mais instintivos e primevos das pessoas como Hitler fazia, a disciplina como forma de atingir a ordem e o sucesso. A ação suplantando o pensamento e a imaginação na realização humana. O fanatismo, a propaganda (uniformes, gestos, marchas) o autoritarismo, a perseguição e a segregação(no caso, daqueles que pregam a liberdade de pensamento ou o comportamento individual, não massificado e bestificante, como os anarquistas e os liberais). Só faltou o nacionalismo extremista que aparece um pouco no final e a idéia supremacista. Grandioso, mas ao mesmo tempo assustador nesses tempos que a canalha fascista prega o fim da democracia no país. Ótimo para abrir nossos olhos.
Os Croods
3.7 1,1K Assista AgoraUma boa animação (apesar do sempre excessivo moralismo e sentimentalismo), mas consegue trabalhar muito bem com humor, diversão e qualidade de arte (a idéia de uma pré história com ares de visual de Avatar) cumprindo sua proposta.
E de sobra ainda discute de forma divertida temas interessantes como o mito da caverna, a separação dos continentes e a hibridação entre os neandertais e os sapiens.
O Incidente
3.5 163Uma experiência interessante...me lembrei das obras de Escher. Recomendo mesmo com todos defeitos, pois a premissa e a história são únicas.
Mamma Mia! O Filme
3.6 1,8K Assista AgoraDelicioso! E a música do ABBA se encaixa nas cenas à perfeição
Matar ou Morrer
4.1 205 Assista AgoraUm western clássico com Cooper excelente e um roteiro escrito por um dos perseguidos do Macartismo que conseguiu fazer um dos textos políticos mais sutis já escritos, criando na pequena cidade do filme um microcosmo da sociedade americana da época, que virava a cara para aqueles que estavam tentando defender a liberdade de expressão. Um western psicológico sobre o medo, a angústia e a solidão e o desespero dele versus a necessidade de cumprimento do dever e de manter seus ideais.
O Grinch
3.4 829 Assista AgoraApesar de não gostar muito de filmes de Natal, com seus clichês, fofurismos e sentimentalismo, esse sempre me soou diferente e, por esse motivo, muito bom...o clima de humor desenfreado, desagradável, bem incomum, mais a crítica ao consumismo e a visão de que no Natal todo mundo deve se comportar igual, cheio de felicidade (mesmo no final se rendendo a essa idéia como, provavelmente, uma concessão às crianças), além da interpretação cômica exagerada, mas como sempre engraçadíssima como de costume, de Carrey debaixo de toneladas de maquiagem torna a experiência deliciosamente única.
Anjos da Noite: A Evolução
3.4 399 Assista AgoraUma sequência que consegue ser melhor que o original da franquia. O roteiro melhor elaborado e mais explicativo fechando buracos explicativos do original contribui para isso. Kate Beckinsale marcando de vez sua carreira com a personagem. Ótimo filme de ação.
Anjos da Noite
3.5 602 Assista AgoraDrácula encontra Matrix. Na época, apesar das falhas e da cópia descarada em muitas cenas, no vestuário e no plot do Messias escolhido dos filmes dos irmãos Wachowski, foi um dos sopros de renovação nos filmes de ação. A fotografia noturna e o filtro azulado foram depois muito copiados. Ainda hoje a franquia é uma boa opção no gênero, mesmo com todas suas falhas e a mesmice que se instaurou na série. Kate Beckinsale com sua roupa de couro grudada na pele assumiu um daqueles personagens de filmes ação que ficarão na memória pop.
Anjos da Noite: A Rebelião
3.4 647 Assista AgoraA prequel que sempre foi planejada para mostrar como tudo começou. Um bom filme de ação como todos os demais com aquela fotografia bacana, etc...mas tem um grande ponto fraco. A falta de Kate Beckinsale que é chave na franquia. Isso mostra que, com a saída da atriz, a série deve se extinguir.