“Detachment” é filme muito lindo. É isso. E o meu comentário trará SPOILERS!
A atmosfera da narrativa é construída em cima de um dos textos mais lindo que Edgar Allan Poe escreveu, “A queda da casa dos Usher” (aliás, esse texto foi uma das inspirações que levaram Lúcio Cardoso a escrever “Crônicas de uma casa assassinada”). Tanto no livro, quanto no filme há um debate sobre a decadência de um sistema. Enquanto que no texto de Poe, ele aborda o fim da soberania aristocrata, o filme trata do fim do sistema de ensino tal qual o conhecemos. Todos os sinais da queda estão ali, professores que não se comunicam com os alunos, pais que, quando não estão presentes, nunca mostram suas faces, alunos desinteressados e incompreendidos, professores frustrados. Em meio a isso tudo, temos Henry, símbolo do fracasso, pois apesar de ser muito capaz como professor, não consegue lecionar para uma turma de forma permanente. É esse o significado que nos traz o título do filme, que além de indiferença, significa destacamento (estar deslocado). Adrien Brody está perfeito no papel principal (muito em parte por aquele semblante de sofrimento que ele tem, hahahaha) e consegue transpor o sofrimento e o conflito interno de seu personagem. Destaque para os ótimos atores coadjuvantes (James Caan!!). Muito bom, gostei mesmo e espero que todos tenham a mesma experiência (boa) que eu tive.
Apesar dos seus sucessos recentes, Danny Boyle não conseguiu repetir a fórmula com o seu novo filme, “Em Transe”. Com uma narrativa com pontadas de surrealismo, que nos faz ficar imersos em uma atmosfera hipnótica, como se refere o título, a película tem uma boa base, mas a história não vinga. O filme se arrasta muito, e o roteiro que deveria me deixar intrigada, acabou por me entediar.
O filme fica bem explicado nos minutos finas, mas o que me incomoda é que a revelação me pareceu um tanto simplista e até mesmo boba.
Não vou ficar me adentrando tanto no enredo, porque não vou estragar a experiência para os demais cinéfilos que ainda não o assistiram. Mas gostaria de ressaltar que esperava mais do filme. A trilha sonora do filme é boazinha, o bate-estaca eletrônico até que ficou bem colocado, pois ajuda a familiarizar o espectador com a situação de confusão que os personagens se encontram. As atuações estão ótimas, o elenco foi muito bem escolhido com destaque para Rosario Dawson que estava desaparecida em produções C, conseguiu fazer um retorno digno. No mais, o que mais chama a atenção foi à maneira em que as cenas foram filmadas, sem centralização nos personagens, ângulos inusitados. As luzes e cores também foram bem escolhidas e compunham o cenário e o tema do filme.
Lindamente dirigido, "Léolo" é um filme que retrata os oprimidos. Na trama, Leo Lauzón é um menino criativo que tenta escapar do mundo, da família, da realidade, por meio da escrita. O narrador, possivelmente um Léolo adulto, por meio de um lirismo tocante, retoma seus escritos da infância nos quais conta uma história que não é só sua, mas de uma sociedade. Ele rejeita o pai, símbolo do operariado reprimido e ama a mãe e os irmãos (categorias das mais diversas loucuras sociais que aquele ambiente gera). Para ele a loucura cai na aceitação passiva do pai, assim, ele se ancora nos desajustados como forma de fugir da realidade. Uma pena que a carreira desse cineasta acabou antes mesmo de começar, uma vez que ele veio a falecer alguns anos depois do lançamento deste filme. A trilha sonora é muito boa, com destaque para “Cold Cold Ground” de Tom Waits. Vale a pena ser conferido, acredito que este filme pode agradar a diferentes gêneros (talvez não aos pudicos). Bastante verborrágico, não é um filme de ação, mas sim de sentimentos.
Talhando o enredo em flashbacks, "Incêndios" trata da história de descobrimento do passado e origens. Os gêmeos Jeanne e Simon são apresentados a uma tarefa, mediante o testamento da mãe Nawal Marwan, que consiste em entregar duas cartas: ao pai, que acreditavam estar morto, e ao irmão, cuja existência desconheciam. Nesse momento, Jeanne vai até o oriente médio - país fictício - procurando saber de sua história, ao mesmo tempo em que procura pistas do paradeiro do pai e do irmão. É a partir desse momento que a história se torna interessante, ao sermos transportados aos conflitos do oriente médio como pano de fundo. A atriz Lubna Azabal faz o papel de Nawal esplendidamente, atuação emblemática, sempre cheia de significados. A mãe parece buscar por meio de seu testamento um meio de apaziguar os conflitos com os filhos. Os “incêndios” de o filme fala estão todos no passado, ao passo que no presente somos confrontados com o que resta aos sobreviventes, as cinzas, os frutos da guerra, do sofrimento, do ódio. Muito bonito o filme. Vale a pena ser visto. As cenas são trabalhados como em capítulos onde somos apresentados a personagens e verdades novas. Acho que até mesmo aqueles que não são fãs de filme estrangeiro, mas apareciam um bom drama, vão gostar desse filme. A musica é elemento importante do filme, a trilha sonora traz Radiohead nas cenas do presente - suas letras cabem bem ao clima do filme -, enquanto no passado temos a "mulher que canta". A fotografia é bonita, temos cenas muito belas, mas também não foi o que mais ressaltou no filme. Muito bom, gostei muito. Vale a pena ser assistido, por todos os motivos certos.
Lindíssimo o novo filme de Wes Anderson. Para os fãs vai ser um deleite! Pena que nem todos apreciem esse tipo de arte cuidadosa e milimétrica. Adoro a maneira como as histórias partem de premissas simples (funeral do pai, primeiro amor, vida em família), mas sempre contadas de maneira fantástica.
Motivos para ver esse filme: Três é Demais, A Vida Mariha com Steve Zissou, O Fantástico Senhor Raposo, Os Exentricos Tenenbaums, Viagem a Darjeeling, entre outros.
Sobre esse filme a única coisa produtiva que eu posso dizer é: já vi, mas queria não ter visto. Tenho tantas críticas que não vou gastar tempo falando de filmes ruins.
AVISO: Tenho que dizer que o meu comentário traz spoilers inevitáveis sobre o filme. O que eu posso dizer sobre o filme: esperava muito mais. A premissa me lembrou muito a do livro de Yasunari Kawabata, A Casa das Belas Adormecidas. O livro narra as experiências de Eguchi, um senhor que frequenta uma casa de prostituição na qual as jovens são colocadas para dormir sob o efeito de um forte sonífero e, deste modo, o cliente pode fazer tudo o que quiser menos sexo. (Parece familiar:?). Pois é. Tendo isso em perspectiva esperava que o filme fosse para mim tão bom quanto o livro, só que em uma versão feminista. Porém, não foi isso que aconteceu. O filme pareceu insosso, não me tocou. Isso porque achei que a história precisava desenvolver mais a relação entre os personagens. A protagonista e os coadjuvantes se perderam em meio à trama, não consegui me identificar ou criar algum vínculo emocional com nada do que foi ali proposto. Sei que é uma crítica dura, mas é verdade! Veja bem, a protagonista me parece, mais do que alguém que pensa na questão da mulher, em uma pessoa perdida que faz tudo por dinheiro e foda-se. A narrativa desenvolve-se lentamente e eu odiei, olha que isso não me incomoda pois gosto de filmes orientais a lá "Casa Vazia", ou seja, não funcionou bem. Por fim, não recomendo. Muito fraco o enredo, as histórias e os diálogos que tentam ser profundos. A única coisa que me agradou foram os quadros estáticos do filme, um oasis em meio a um cinema feito de câmeras tremeliquentas .
Nossa, faz tempo que eu não posto nada aqui no Filmow, estou ficando preguiçosa. “Secret Sunshine” é um dos filmes mais tristes que eu já vi, acho que eu devo ter chorado mais da metade do filme. A história é sobre perdas, e fica pau-a-pau com “Rabit Hole”, com Nicole Kidman. Para quem gosta de dramas esse é um prato cheio. A história segue bem a linha de roteiros da maioria dos filmes orientais – que eu tenho visto, é claro -. Parece que o filme não se fecha em começo e fim, os personagens não tem muitas falas e o silêncio é sempre um elemento crucial – quase que um personagem -, que o diga “Casa Vazia”. É claro que não é TODO filme oriental que vai seguir esse estilo, não estou ditando nenhuma regra, apenas apontando uma característica que eu percebo com mais freqüência. Geralmente o personagem principal tem poucas falas e sempre arranjam um coadjuvante para quebrar um pouco o tom monótono (já perceberam). Mas sem mais delongas, é um filme muito pesado, para quem gosta de dramas e não liga para o silêncio – se bem que esse é até comedido. No mais, levanta questões importantes sobre paternidade, perdão e religião sem tentar trazer respostas - love it.
“Quando o Amor Acontece” é um drama leve. A história não segue nem lenta demais, nem em um ritimo frenético, ela simplismente tem um tom de cotidiano. Os atores estão ótimos. Bette Midler está fantástica como sempre *(amo essa mulher)*, Colin Firt está em seu típico papel de Homem Perfeito. Não é um filme genial, e afirmo que nem se pretende como tal. Sabendo o espaço que ocupa a história não se preocupa em grandes cenas ou revelações, mas sim em proporcionar um clima de drama leve (com um tom de tensão), quase que de comédia-drama- romântica da meia idade. Algo como : o amor depois dos 40. Aqui não teremos os conflitos adolescentes, mas sim de pessoas na fase “adulta”, como a vontade de ter filhos e a dificuldade de manter uma familia, ou mais, como sobreviver em meio a um mundo de familias recompostas. Eu achei oi filme bem tranquilo, nada que me levasse aos prantos ou me deixasse triste, achei um bom começo para a carreira de direção de Helen.
Existem pessoas que não conseguem ver um filme sem que a história se desvende nos mínimos detalhes, bem, para aqueles que são assim O Retorno com certeza não vai se encaixar no quesito diversão. Envolvido em meio a pequenos mistérios que, já aviso, nunca serão desvendados o filme se foca no relacionamento de um pai (desaparecido há anos, não se sabe por que) e seus dois filhos numa viagem pela Rússia. O importante aqui não são as lacunas, mas o desenvolvimento do caráter dos personagens, seu desenvolvimento psicológico. O ritmo lento e as paisagens sempre frias da Rússia servem para ilustrar a relação do pai com seus filhos, um relacionamento distante, mas sempre tempestuoso - repleto de emoções fortes. Eu achei o filme lindo, já minha irmã revirou os olhos e se contentou a formular uma única frase: “Nunca mais vejo nenhum filme Russo”. Para aqueles que não se incomodam com filmes de ritmo (bem) lento, e envolto em mistérios insolúveis, ou filmes que focam nas emoções e não na ação, essa é uma boa pedida.
Em minha opinião, Balzac e a Costureirinha é um filme muito bonito sobre o crescer da vida adulta em meio à vida pós-revolucionária. Somos apresentados a dois jovens chineses, Lao e Ma, que estão passando pela chamada reeducação comunista, na qual os filhos de pais reacionários são enviados à partes do interior da China para aprenderem os valores do comunismo e se desapegarem dos valores capitalistas. Ali eles conhecem uma costureirinha e em meio aos clássicos da literatura vão desenvolvendo uma relação profunda de aprendizagem. O filme se desenvolve de maneira lenta, o que pode acabar não agradando aos fãs de ação. No entanto, para aqueles que têm paciência, a história é bem desenvolvida, se focando no desenvolvimento intelectual dos personagens, principalmente da costureirinha. As paisagens chinesas são pano de fundo nessa história, em que, os ideais descritos nos livros, de liberdade e beleza, emocionam e agem de forma libertadora para as personagens. É um filme recomendado para os que gostam do cinema asiático.
Eu já queria, há mais tempo, ver esse filme de Park Chan-wook (ou vice e versa, nunca sei) e hoje me surgiu à oportunidade. Ganhei um PC decente que me permite ver filmes!! Até agora tudo o que eu vi fora alugado, enfim. Sou fã do diretor, um dos mais expressivos da Coréia, e como não podia deixar de ser, ele não me desapontou. No começo do filme somos apresentados ao que parece ser um filme investigativo, que procura solucionar um caso de assassinato entre soldados da Coréia do Norte e do Sul. Porém, o diretor se afasta do que, no início, aparenta ser um plot sobre complôs políticos, para se aprofundar nas relações humanas. Assim, a história se desenvolve em torno de soldados que, apesar de viverem em perspectivas de universos distintas, se aproximam devido a uma das mais ordinárias e complexas relações humanas: a amizade. O que posso dizer sobre isso: Lindiioo!!. Emocionei-me. O diretor sabe como mexer com as emoções em jogo: o que prevalece a amizade ou o medo do inimigo?? Recomendo a todos os amantes do cinema oriental.
Vou ser franca. Achei fraco o filme, principalmente por causa de Penelope Cruz. Muito fraca a atuação dela, o papel que deveria chamar atenção pela vivacidade e sensualidade da personagem ficou perdida. Pocha! Cade a mulher sensual femefatale dos filmes de Almodovar!? è um filme divertido por que tem Jack Sparrow e
)não se desenvolvendo de maneira convincente. Por isso discordo de quem diz que é o melhor da trilogia, pelo contrário, é uma tentativa de retornar a emoção do primeiro filme. Tomara que consigam e que o quinto filme da frota seja inesperadamente surpreendente.
Kung Fu Panda 2 é uma excelente animação. Nos aspectos tecnicos vemos paisagens muito mais detalhadas, maior gama de cores e agilidade dos personagens, o problema é que a evolução postivia da tecnica não foi seguida com o mesmo ritmo pelo roteiro. A história se desenvolve em um ritimo frenético de lutas, o que relembra os filmes de ação, e é nisso que ele perde. O roteiro, apesar de bem desenvolvido na trama villão vs. herói(quase conseguiu me arrancar lagrimas nos momentos de dramaticidade), perde pelo excesso do humor típico "americano", as caras e as tiradinhas. A tentativa de criar um filme de comédia e drama fica um pouco forçada, não consegui sentir a crise identitária que Po clama estar vivendo. A introdução do tema vingar meus antepassados também fica um pouco sem sentido e deslocada na trama, ou seja, NÃO convence. Mas no mais, ainda é uma animação de alto nível, apesar de, ao meu ver, não desenvolver os sentimentos e evoluções dos personagens com calma e clareza, tal qual foi no primeiro filme. Vamos torcer então para que a sequência seja mais auspiciosa e que eles não invistam nessa linha de pensamento.
Os filmes de Jacques Tati sempre me deixam com um que de melancolia. Em Mon Oncle por exemplo Hulot é uma figura singular e solitária em uma metrópole que perde seu caráter em meio ao desenvolvimento tecnológico. Ele é uma ilha de resistência que só encontra compreensão no mundo das crianças. Claro que o filme é carregado de humor e sátiras, no entanto ainda acho um tanto bucólico seus personágens. Of curse que isso representa apenas minha opnião, minha mãe por exemplo acha simplismente hilário e não entnde quando eu caso Melancoli com Tati. No mais amo esse filme e ele entra definitivamente no hall dos meus favoritos!
Nossa, adorei Um Parto de Viagem. O roteiro é bem legal, e tanto Robert Downey Jr. quanto Zach Galifianakis estão ótimos. Juro que gargalhei quando vi o filme, o filme soube balancear bem a comédia com as cenas com as de drama. Aaaa assistam é muito bom.
Eu achei 1.000 esse filme. Ele brinca com o gênero Western, mais precisamente os mitos que ele gera, sem contudo fazer do gênero uma chacota. Muito legal, dizem que esse filme é muito superior a primeira adaptação do livro. Só para constar esse é o ano revival de Jeff Bridges, que estava escondido nos ultimos tempos em meio a algums produções mais independentes. A menininha Hailee Steinfeld também é outra descoberta, mais uma estrela mirim, só espero que ela consiga se manter e não desapareca que nem Keisha Castle-Hughes, de Encantadora de Baleias, a menina sumiu no mundo.
Cara, me esqueci desse filme por algum motivo e só vim me lembrar dele recentemente!! Injustiça minha! Esse filme é Muito bom! Hahahahah. tinha me esquecido da Silvana. Ele passa um sentimento de paz, as ilhas gregas, o mar azul, àguas cristalinas. Da vontade de largar tudo e ir viver lá! Se bem que eu não duraria uma semana sem internet, sejamos francos. Vale a pena ver por que não trata da guerra de maneira habitual (São soldados que encontram em meio ao conflito uma bolha). É outro enfoque, o que vemos aqui são vidas transformadas pela guerra, mas não de maneira negativa. Bellísssimo. Dou nota dez, por que fez a minha infantocência.
Cara que filme tenso. Fazia tempo desde a última vez na qual eu quis levantar no meio do filme para espairecer. Nossa senhora, esse filme tem um ritmo tenso. As falas entre professores e entre professores e alunos são sempre cercadas de tensão, não há tempo para pensar pois não há tempo para o diálogo que leva ao entendimento. As falas dos alunos são rápidas e sempre impensadas, como se fossem uma forma de proteção contra as agressões do ensino. É o retrato de uma guerra verborragica entre os professores, que não compreendem os alunos, e os alunos, que não querem aprender. Cristo, lembrei muito do meu ensino médio, o que foi no mínimo torturante. Vale a pena ver, mostra muito o lado B da educação.O filme pode não agradar a alguns devido ao tempo mais lento, porém isso para mim foi essencial para ajudar a incrementar o clima. Tem boas atuações e o roteiro rata de temas polêmicos que não concernem apenas ao sistema educacional, mas também as questões da cidadania, do preconceito, da rejeição, da falta de comunicação.
Pocha cara, pega leve. Ninguem aqui tá tentando conseguir emprego. É um site, não um blog. Eu nunca vou ser crítica de cinema, mas isso não me faz menos apreciadora. Faço Artes Plásticas e sei que não é preciso ser formada na faculdade para se tornar uma artista plástica. Tudo bem que um ou outro fala, e muito, de maneira redundante, mas pega leve, relaxa. Deixa o povo estravasar!
Uma divertidíssima produção nacional baseada na obra de Jorge Amado. Com uma fotografia muito bonita e narrada por Paulo José - mais conhecido nos teatros do que na tv - esse é mais um exemplo das possibilidades que o cinema brasileiro pode nos apresentar. Gostei muito das atuações de Luis Miranda, que até hoje não me desapontou em nenhum papel (particularmente, sou fã dos trabalhos dele), Flavio Bauraqui e é claro, como é possível esquecer?, nossa amada Marieta Severo (gostaria de ver ela mais no cinema, não que eu não ame Nenê). Sem mais delongas, é um filme divertido, não só pelo texto de Jorge Amado e sua verborragia inesquecível, mas pelas excelentes atuações. O único problema que aponto nessas produções nacionais, e que parece persistir com o tempo, é a qualidade do audio, péssima como sempre é dificil entender as falas dos personagens carregadas de regionalismos o que torna um pouco sofrida a experiência (Por que? Por que?!!!). Para aqueles que gostam de Jorge Amado acho que vão desapontar um pouco com o filme, mas que filme supera a literatura!! A esses recomendo que assistam o filme de peito aberto e se divirtam.
É um documentário muito interessante, junto com arquitetura da destruição, sobre uma das cineastas mais controersas do século XX, que revolucionou o cinema, com suas tecnicas de filmagem inovadoras, e imortalizou o nazismo, em seu documentário Olympia.
O Substituto
4.4 1,7K Assista Agora“Detachment” é filme muito lindo. É isso. E o meu comentário trará SPOILERS!
A atmosfera da narrativa é construída em cima de um dos textos mais lindo que Edgar Allan Poe escreveu, “A queda da casa dos Usher” (aliás, esse texto foi uma das inspirações que levaram Lúcio Cardoso a escrever “Crônicas de uma casa assassinada”). Tanto no livro, quanto no filme há um debate sobre a decadência de um sistema. Enquanto que no texto de Poe, ele aborda o fim da soberania aristocrata, o filme trata do fim do sistema de ensino tal qual o conhecemos. Todos os sinais da queda estão ali, professores que não se comunicam com os alunos, pais que, quando não estão presentes, nunca mostram suas faces, alunos desinteressados e incompreendidos, professores frustrados. Em meio a isso tudo, temos Henry, símbolo do fracasso, pois apesar de ser muito capaz como professor, não consegue lecionar para uma turma de forma permanente. É esse o significado que nos traz o título do filme, que além de indiferença, significa destacamento (estar deslocado). Adrien Brody está perfeito no papel principal (muito em parte por aquele semblante de sofrimento que ele tem, hahahaha) e consegue transpor o sofrimento e o conflito interno de seu personagem. Destaque para os ótimos atores coadjuvantes (James Caan!!). Muito bom, gostei mesmo e espero que todos tenham a mesma experiência (boa) que eu tive.
Em Transe
3.6 738Apesar dos seus sucessos recentes, Danny Boyle não conseguiu repetir a fórmula com o seu novo filme, “Em Transe”. Com uma narrativa com pontadas de surrealismo, que nos faz ficar imersos em uma atmosfera hipnótica, como se refere o título, a película tem uma boa base, mas a história não vinga. O filme se arrasta muito, e o roteiro que deveria me deixar intrigada, acabou por me entediar.
O filme fica bem explicado nos minutos finas, mas o que me incomoda é que a revelação me pareceu um tanto simplista e até mesmo boba.
Não vou ficar me adentrando tanto no enredo, porque não vou estragar a experiência para os demais cinéfilos que ainda não o assistiram. Mas gostaria de ressaltar que esperava mais do filme. A trilha sonora do filme é boazinha, o bate-estaca eletrônico até que ficou bem colocado, pois ajuda a familiarizar o espectador com a situação de confusão que os personagens se encontram. As atuações estão ótimas, o elenco foi muito bem escolhido com destaque para Rosario Dawson que estava desaparecida em produções C, conseguiu fazer um retorno digno. No mais, o que mais chama a atenção foi à maneira em que as cenas foram filmadas, sem centralização nos personagens, ângulos inusitados. As luzes e cores também foram bem escolhidas e compunham o cenário e o tema do filme.
Leolo
4.1 53Lindamente dirigido, "Léolo" é um filme que retrata os oprimidos.
Na trama, Leo Lauzón é um menino criativo que tenta escapar do mundo, da família, da realidade, por meio da escrita. O narrador, possivelmente um Léolo adulto, por meio de um lirismo tocante, retoma seus escritos da infância nos quais conta uma história que não é só sua, mas de uma sociedade. Ele rejeita o pai, símbolo do operariado reprimido e ama a mãe e os irmãos (categorias das mais diversas loucuras sociais que aquele ambiente gera). Para ele a loucura cai na aceitação passiva do pai, assim, ele se ancora nos desajustados como forma de fugir da realidade. Uma pena que a carreira desse cineasta acabou antes mesmo de começar, uma vez que ele veio a falecer alguns anos depois do lançamento deste filme. A trilha sonora é muito boa, com destaque para “Cold Cold Ground” de Tom Waits. Vale a pena ser conferido, acredito que este filme pode agradar a diferentes gêneros (talvez não aos pudicos). Bastante verborrágico, não é um filme de ação, mas sim de sentimentos.
Incêndios
4.5 1,9K Assista AgoraTalhando o enredo em flashbacks, "Incêndios" trata da história de descobrimento do passado e origens. Os gêmeos Jeanne e Simon são apresentados a uma tarefa, mediante o testamento da mãe Nawal Marwan, que consiste em entregar duas cartas: ao pai, que acreditavam estar morto, e ao irmão, cuja existência desconheciam. Nesse momento, Jeanne vai até o oriente médio - país fictício - procurando saber de sua história, ao mesmo tempo em que procura pistas do paradeiro do pai e do irmão. É a partir desse momento que a história se torna interessante, ao sermos transportados aos conflitos do oriente médio como pano de fundo. A atriz Lubna Azabal faz o papel de Nawal esplendidamente, atuação emblemática, sempre cheia de significados. A mãe parece buscar por meio de seu testamento um meio de apaziguar os conflitos com os filhos. Os “incêndios” de o filme fala estão todos no passado, ao passo que no presente somos confrontados com o que resta aos sobreviventes, as cinzas, os frutos da guerra, do sofrimento, do ódio.
Muito bonito o filme. Vale a pena ser visto. As cenas são trabalhados como em capítulos onde somos apresentados a personagens e verdades novas. Acho que até mesmo aqueles que não são fãs de filme estrangeiro, mas apareciam um bom drama, vão gostar desse filme. A musica é elemento importante do filme, a trilha sonora traz Radiohead nas cenas do presente - suas letras cabem bem ao clima do filme -, enquanto no passado temos a "mulher que canta". A fotografia é bonita, temos cenas muito belas, mas também não foi o que mais ressaltou no filme. Muito bom, gostei muito. Vale a pena ser assistido, por todos os motivos certos.
Um Jantar para Idiotas
3.0 497 Assista AgoraTrês e meio. Pela cena da lagosta.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraLindíssimo o novo filme de Wes Anderson. Para os fãs vai ser um deleite! Pena que nem todos apreciem esse tipo de arte cuidadosa e milimétrica. Adoro a maneira como as histórias partem de premissas simples (funeral do pai, primeiro amor, vida em família), mas sempre contadas de maneira fantástica.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraMotivos para ver esse filme: Três é Demais, A Vida Mariha com Steve Zissou, O Fantástico Senhor Raposo, Os Exentricos Tenenbaums, Viagem a Darjeeling, entre outros.
A Mulher de Preto
3.0 2,9KSobre esse filme a única coisa produtiva que eu posso dizer é: já vi, mas queria não ter visto. Tenho tantas críticas que não vou gastar tempo falando de filmes ruins.
Beleza Adormecida
2.4 1,2K Assista AgoraAVISO: Tenho que dizer que o meu comentário traz spoilers inevitáveis sobre o filme.
O que eu posso dizer sobre o filme: esperava muito mais. A premissa me lembrou muito a do livro de Yasunari Kawabata, A Casa das Belas Adormecidas. O livro narra as experiências de Eguchi, um senhor que frequenta uma casa de prostituição na qual as jovens são colocadas para dormir sob o efeito de um forte sonífero e, deste modo, o cliente pode fazer tudo o que quiser menos sexo. (Parece familiar:?). Pois é. Tendo isso em perspectiva esperava que o filme fosse para mim tão bom quanto o livro, só que em uma versão feminista. Porém, não foi isso que aconteceu. O filme pareceu insosso, não me tocou. Isso porque achei que a história precisava desenvolver mais a relação entre os personagens. A protagonista e os coadjuvantes se perderam em meio à trama, não consegui me identificar ou criar algum vínculo emocional com nada do que foi ali proposto. Sei que é uma crítica dura, mas é verdade! Veja bem, a protagonista me parece, mais do que alguém que pensa na questão da mulher, em uma pessoa perdida que faz tudo por dinheiro e foda-se. A narrativa desenvolve-se lentamente e eu odiei, olha que isso não me incomoda pois gosto de filmes orientais a lá "Casa Vazia", ou seja, não funcionou bem. Por fim, não recomendo. Muito fraco o enredo, as histórias e os diálogos que tentam ser profundos. A única coisa que me agradou foram os quadros estáticos do filme, um oasis em meio a um cinema feito de câmeras tremeliquentas .
Sol Secreto
4.0 30Nossa, faz tempo que eu não posto nada aqui no Filmow, estou ficando preguiçosa. “Secret Sunshine” é um dos filmes mais tristes que eu já vi, acho que eu devo ter chorado mais da metade do filme. A história é sobre perdas, e fica pau-a-pau com “Rabit Hole”, com Nicole Kidman. Para quem gosta de dramas esse é um prato cheio. A história segue bem a linha de roteiros da maioria dos filmes orientais – que eu tenho visto, é claro -. Parece que o filme não se fecha em começo e fim, os personagens não tem muitas falas e o silêncio é sempre um elemento crucial – quase que um personagem -, que o diga “Casa Vazia”. É claro que não é TODO filme oriental que vai seguir esse estilo, não estou ditando nenhuma regra, apenas apontando uma característica que eu percebo com mais freqüência. Geralmente o personagem principal tem poucas falas e sempre arranjam um coadjuvante para quebrar um pouco o tom monótono (já perceberam). Mas sem mais delongas, é um filme muito pesado, para quem gosta de dramas e não liga para o silêncio – se bem que esse é até comedido. No mais, levanta questões importantes sobre paternidade, perdão e religião sem tentar trazer respostas - love it.
Quando me Apaixono
3.0 171“Quando o Amor Acontece” é um drama leve. A história não segue nem lenta demais, nem em um ritimo frenético, ela simplismente tem um tom de cotidiano. Os atores estão ótimos. Bette Midler está fantástica como sempre *(amo essa mulher)*, Colin Firt está em seu típico papel de Homem Perfeito. Não é um filme genial, e afirmo que nem se pretende como tal. Sabendo o espaço que ocupa a história não se preocupa em grandes cenas ou revelações, mas sim em proporcionar um clima de drama leve (com um tom de tensão), quase que de comédia-drama- romântica da meia idade. Algo como : o amor depois dos 40. Aqui não teremos os conflitos adolescentes, mas sim de pessoas na fase “adulta”, como a vontade de ter filhos e a dificuldade de manter uma familia, ou mais, como sobreviver em meio a um mundo de familias recompostas. Eu achei oi filme bem tranquilo, nada que me levasse aos prantos ou me deixasse triste, achei um bom começo para a carreira de direção de Helen.
O Retorno
4.0 90Existem pessoas que não conseguem ver um filme sem que a história se desvende nos mínimos detalhes, bem, para aqueles que são assim O Retorno com certeza não vai se encaixar no quesito diversão. Envolvido em meio a pequenos mistérios que, já aviso, nunca serão desvendados o filme se foca no relacionamento de um pai (desaparecido há anos, não se sabe por que) e seus dois filhos numa viagem pela Rússia. O importante aqui não são as lacunas, mas o desenvolvimento do caráter dos personagens, seu desenvolvimento psicológico. O ritmo lento e as paisagens sempre frias da Rússia servem para ilustrar a relação do pai com seus filhos, um relacionamento distante, mas sempre tempestuoso - repleto de emoções fortes. Eu achei o filme lindo, já minha irmã revirou os olhos e se contentou a formular uma única frase: “Nunca mais vejo nenhum filme Russo”. Para aqueles que não se incomodam com filmes de ritmo (bem) lento, e envolto em mistérios insolúveis, ou filmes que focam nas emoções e não na ação, essa é uma boa pedida.
Balzac e a Costureirinha Chinesa
4.2 96 Assista AgoraEm minha opinião, Balzac e a Costureirinha é um filme muito bonito sobre o crescer da vida adulta em meio à vida pós-revolucionária. Somos apresentados a dois jovens chineses, Lao e Ma, que estão passando pela chamada reeducação comunista, na qual os filhos de pais reacionários são enviados à partes do interior da China para aprenderem os valores do comunismo e se desapegarem dos valores capitalistas. Ali eles conhecem uma costureirinha e em meio aos clássicos da literatura vão desenvolvendo uma relação profunda de aprendizagem. O filme se desenvolve de maneira lenta, o que pode acabar não agradando aos fãs de ação. No entanto, para aqueles que têm paciência, a história é bem desenvolvida, se focando no desenvolvimento intelectual dos personagens, principalmente da costureirinha. As paisagens chinesas são pano de fundo nessa história, em que, os ideais descritos nos livros, de liberdade e beleza, emocionam e agem de forma libertadora para as personagens. É um filme recomendado para os que gostam do cinema asiático.
Zona de Risco
4.1 82 Assista AgoraEu já queria, há mais tempo, ver esse filme de Park Chan-wook (ou vice e versa, nunca sei) e hoje me surgiu à oportunidade. Ganhei um PC decente que me permite ver filmes!! Até agora tudo o que eu vi fora alugado, enfim. Sou fã do diretor, um dos mais expressivos da Coréia, e como não podia deixar de ser, ele não me desapontou. No começo do filme somos apresentados ao que parece ser um filme investigativo, que procura solucionar um caso de assassinato entre soldados da Coréia do Norte e do Sul. Porém, o diretor se afasta do que, no início, aparenta ser um plot sobre complôs políticos, para se aprofundar nas relações humanas. Assim, a história se desenvolve em torno de soldados que, apesar de viverem em perspectivas de universos distintas, se aproximam devido a uma das mais ordinárias e complexas relações humanas: a amizade. O que posso dizer sobre isso: Lindiioo!!. Emocionei-me. O diretor sabe como mexer com as emoções em jogo: o que prevalece a amizade ou o medo do inimigo?? Recomendo a todos os amantes do cinema oriental.
Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas
3.6 2,7K Assista AgoraVou ser franca. Achei fraco o filme, principalmente por causa de Penelope Cruz. Muito fraca a atuação dela, o papel que deveria chamar atenção pela vivacidade e sensualidade da personagem ficou perdida. Pocha! Cade a mulher sensual femefatale dos filmes de Almodovar!? è um filme divertido por que tem Jack Sparrow e
o macaco (que irrita mais ainda pequenininho)
sereia e padre mais sem sal!
Kung Fu Panda 2
3.5 836 Assista AgoraKung Fu Panda 2 é uma excelente animação. Nos aspectos tecnicos vemos paisagens muito mais detalhadas, maior gama de cores e agilidade dos personagens, o problema é que a evolução postivia da tecnica não foi seguida com o mesmo ritmo pelo roteiro. A história se desenvolve em um ritimo frenético de lutas, o que relembra os filmes de ação, e é nisso que ele perde. O roteiro, apesar de bem desenvolvido na trama villão vs. herói(quase conseguiu me arrancar lagrimas nos momentos de dramaticidade), perde pelo excesso do humor típico "americano", as caras e as tiradinhas. A tentativa de criar um filme de comédia e drama fica um pouco forçada, não consegui sentir a crise identitária que Po clama estar vivendo. A introdução do tema vingar meus antepassados também fica um pouco sem sentido e deslocada na trama, ou seja, NÃO convence. Mas no mais, ainda é uma animação de alto nível, apesar de, ao meu ver, não desenvolver os sentimentos e evoluções dos personagens com calma e clareza, tal qual foi no primeiro filme.
Vamos torcer então para que a sequência seja mais auspiciosa e que eles não invistam nessa linha de pensamento.
Meu Tio
4.1 115Os filmes de Jacques Tati sempre me deixam com um que de melancolia. Em Mon Oncle por exemplo Hulot é uma figura singular e solitária em uma metrópole que perde seu caráter em meio ao desenvolvimento tecnológico. Ele é uma ilha de resistência que só encontra compreensão no mundo das crianças. Claro que o filme é carregado de humor e sátiras, no entanto ainda acho um tanto bucólico seus personágens. Of curse que isso representa apenas minha opnião, minha mãe por exemplo acha simplismente hilário e não entnde quando eu caso Melancoli com Tati. No mais amo esse filme e ele entra definitivamente no hall dos meus favoritos!
Um Parto de Viagem
3.3 1,4K Assista AgoraNossa, adorei Um Parto de Viagem. O roteiro é bem legal, e tanto Robert Downey Jr. quanto Zach Galifianakis estão ótimos. Juro que gargalhei quando vi o filme, o filme soube balancear bem a comédia com as cenas com as de drama. Aaaa assistam é muito bom.
Bravura Indômita
3.9 1,4K Assista AgoraEu achei 1.000 esse filme. Ele brinca com o gênero Western, mais precisamente os mitos que ele gera, sem contudo fazer do gênero uma chacota. Muito legal, dizem que esse filme é muito superior a primeira adaptação do livro. Só para constar esse é o ano revival de Jeff Bridges, que estava escondido nos ultimos tempos em meio a algums produções mais independentes. A menininha Hailee Steinfeld também é outra descoberta, mais uma estrela mirim, só espero que ela consiga se manter e não desapareca que nem Keisha Castle-Hughes, de Encantadora de Baleias, a menina sumiu no mundo.
Mediterrâneo
3.7 45Cara, me esqueci desse filme por algum motivo e só vim me lembrar dele recentemente!! Injustiça minha! Esse filme é Muito bom! Hahahahah. tinha me esquecido da Silvana. Ele passa um sentimento de paz, as ilhas gregas, o mar azul, àguas cristalinas. Da vontade de largar tudo e ir viver lá! Se bem que eu não duraria uma semana sem internet, sejamos francos. Vale a pena ver por que não trata da guerra de maneira habitual (São soldados que encontram em meio ao conflito uma bolha). É outro enfoque, o que vemos aqui são vidas transformadas pela guerra, mas não de maneira negativa. Bellísssimo. Dou nota dez, por que fez a minha infantocência.
Entre os Muros da Escola
3.9 363Cara que filme tenso. Fazia tempo desde a última vez na qual eu quis levantar no meio do filme para espairecer. Nossa senhora, esse filme tem um ritmo tenso. As falas entre professores e entre professores e alunos são sempre cercadas de tensão, não há tempo para pensar pois não há tempo para o diálogo que leva ao entendimento. As falas dos alunos são rápidas e sempre impensadas, como se fossem uma forma de proteção contra as agressões do ensino. É o retrato de uma guerra verborragica entre os professores, que não compreendem os alunos, e os alunos, que não querem aprender. Cristo, lembrei muito do meu ensino médio, o que foi no mínimo torturante. Vale a pena ver, mostra muito o lado B da educação.O filme pode não agradar a alguns devido ao tempo mais lento, porém isso para mim foi essencial para ajudar a incrementar o clima. Tem boas atuações e o roteiro rata de temas polêmicos que não concernem apenas ao sistema educacional, mas também as questões da cidadania, do preconceito, da rejeição, da falta de comunicação.
Mal dos Trópicos
4.0 85Pocha cara, pega leve. Ninguem aqui tá tentando conseguir emprego. É um site, não um blog. Eu nunca vou ser crítica de cinema, mas isso não me faz menos apreciadora. Faço Artes Plásticas e sei que não é preciso ser formada na faculdade para se tornar uma artista plástica. Tudo bem que um ou outro fala, e muito, de maneira redundante, mas pega leve, relaxa. Deixa o povo estravasar!
Quincas Berro D'Água
3.3 352Uma divertidíssima produção nacional baseada na obra de Jorge Amado. Com uma fotografia muito bonita e narrada por Paulo José - mais conhecido nos teatros do que na tv - esse é mais um exemplo das possibilidades que o cinema brasileiro pode nos apresentar. Gostei muito das atuações de Luis Miranda, que até hoje não me desapontou em nenhum papel (particularmente, sou fã dos trabalhos dele), Flavio Bauraqui e é claro, como é possível esquecer?, nossa amada Marieta Severo (gostaria de ver ela mais no cinema, não que eu não ame Nenê). Sem mais delongas, é um filme divertido, não só pelo texto de Jorge Amado e sua verborragia inesquecível, mas pelas excelentes atuações. O único problema que aponto nessas produções nacionais, e que parece persistir com o tempo, é a qualidade do audio, péssima como sempre é dificil entender as falas dos personagens carregadas de regionalismos o que torna um pouco sofrida a experiência (Por que? Por que?!!!). Para aqueles que gostam de Jorge Amado acho que vão desapontar um pouco com o filme, mas que filme supera a literatura!! A esses recomendo que assistam o filme de peito aberto e se divirtam.
Leni Riefenstahl - A Deusa Imperfeita
3.8 3É um documentário muito interessante, junto com arquitetura da destruição, sobre uma das cineastas mais controersas do século XX, que revolucionou o cinema, com suas tecnicas de filmagem inovadoras, e imortalizou o nazismo, em seu documentário Olympia.