Uma obra-prima de Robert Wiene. Em época de expressionismo alemão e nos alicerces do thriller/horror, um roteiro tão bem escrito é algo notável, tanto quanto essencial, e os seus roteiristas Carl Myer e Hans Janowitz de fato entregam-no para Wiene. O diretor de de forma magistral, conduz o filme através de 6 atos minuciosamente montados, o destaque vai para toda a ambientação distorcida e perturbadora que sugere o distúrbio do protagonista ao contar sua fábula, que prende a atenção do espectador a cada novo ato, e surpreende-o a cada segundo, principalmente no ato final, no qual nos deparamos com uma reviravolta sensacional. A trilha sonora é primorosa! E se encaixa perfeitamente com o desenvolver das cenas (com direito até a efeitos sonoros em meio a ela), alimentando ainda mais a atmosfera sombria proposta pelo diretor. Uma fotografia B&W realmente magnífica, filtrada genialmenteç para dar a alusão de iluminação (noite/dia, escuro/claro). As atuações apesar de teatrais, que eram tipicas do expressionismo naquela época, nos entregam muito bem a caracterização dos personagens (Werner Krauss estava sensacional), arduamente quebrando a limitação do cinema mudo e nos supreendendo. Uma película marcante, que envelheceu da forma mais influente possível, sendo base de estudo e inspiração para todo cineastra do gênero.
Pi, o primeiro longa metragem dirigido pelo cineeastra Darren Aronofsky já nos mostra uma característica incrível e recorrente em seus filmes: a transposição da atmosfera de um roteiro para as telas, a fim de provocar a comoção e atenção do espectador, e isso é evidente em quase todos os seus filmes, a sensação de estar na pele do personagem e sentir seu distúrbio. Max, interpretado de forma bem eficaz pelo ator Sean Gullette,
luta tão desesperadamente ao procurar a fórmula geral, contrariando quaisquer conselhos e recomendações (retratado recorrentemente na citação:
"When I was a little kid, my mother told me not to stare into the sun, so when I was six I did...")
que isso se agrava de forma irreversível
, e isso tudo é perfeitamente colocado em tela, com uma edição impecável e elementos recorrentes e cenas de profundo teor traumático, junto a uma fotografia em preto e branco ,uma trilha sonora agonizante, alem de efeitos sonoros aterrorizantes e desinquietantes que só intensificam a experiência perturbadora vivida por Max.
O Lutador nos apresenta Randy, um wrestler renomado que tem a carreira comprometida por um problema de saúde. Aronofsky nos mostra claramente sua assinatura crua e dramática através do realismo narrativo, e novamente aborda problemas socias comuns como a prostituição e os narcóticos de forma bem reflexiva e assim como réquiem for a dream, mostra como simples deslizes ou uma obsessão ou pode afetar a vida e uma relação familiar. Mas acima de tudo apresenta a decadência de um personagem que apesar de tudo, se mantém positivo e não baixa a cabeça, seguindo em frente e fazendo oque ama. Uma história comovente e bem montada, com uma fotografia bonita e trilha sonora incrível destacando a época de ouro nao só do metal, mas do personagem, toda a construção e desenvolvimento dele. Genial, Leão de Ouro Merecido
Danny boyle, acabei de conhecer e ja posso falar que é um cara que se mostra muito versátil. De um drama social abordando drogas, á um drama indiano oscar winner sensacional, logo um ano após um grande trabalho de direçao nesse Sci-Fi Maravilhoso. não é pra qualquer um. Doyle em Sunshine nos entrega uma proposta que pode parecer simples e maçante no começo, mas a medida que o filme se desenvolve percebemos que não é um sci fi comum, é repleto de beleza. Claramente inspirado por Kubrick, Ridley Scott e Tsrkovski, por suas. Respectivas grandes obras espaciais: 2001, Alien e Solaris, nota-se tanto extrema beleza técnica quanto uma boa narrativa, o casting é muito bom, os personagens são bem apresentados e interpretados, não se vê nada forçado no desenvolvimento, é uma fluidez que te cativa e te faz debater consigo mesmo sobre os posicionamento e personalidade de cada um,
, que funciona bem como um elemento suspensioso até certo ponto, logo depois se torna meio superficial, mas nada que ofusque tamanha beleza do filme. Abordando a parte técnica do longa, temos efeitos especiais impecáveis! Quanto a Fotografia, Direção de Arte e figurino pode se dizer um verdadeiro show visual, facilmente entre os mais bonitos do século, lembra muito 2001 em algumas cenas. Além de um ótimo e perceptível trabalho na parte de som. Uma edição muito boa com omissões surpreendentes, cenas bem construidas!
A delicadeza com a qual Haneke aqui dirige é a chave para apreciar essa sua obra, tudo nesse filme é singelamente lindo, cada gesto, cada diálogo, o estudo e desenvolvimento das personagens, o silêncio da ausência de qualquer trilha, cada movimento de camera e enquadramneto tem ênfase na simplicidade e sensibilidade que o filme carrega, uma história comovente de como uma relaçao pode ser forte e recíproca até o momento mais amargo: a perda. O sentimento expressado perfeitamente pelos atores nos remete a uma profunda e bela reflexão sobre o tema, não muito abordado com idosos, mas Haneke vêm e nos presenteia com uma obra prima dessas. É um filme pra sentir, e saber que o gênero drama/romance nunca esteve tão em alta tanto dentro quanto fora de hollywood, Michael Haneke, parabéns, você é um mestre!
Que direção incrível, que Filme incrível. É uma película que através de cenas lentas, atmosfera degradada, e atuações mórbidas e cruas, te passa todo o sentimento de angustia, consegue retratar toda a crueldade que pode se desenvolver em uma sociedade, haneke constrói uma alegoria simbólica atraves de elementos recorrentes e dialogos reflexivos, eu nunca tinha visto igual. Além de ser um show técnico e visual, o filtro B&W não poderia contribuir melhor para a linda fotografia, que inspira angústia e tristeza em sombrios e melancólicos takes. Uma Obra Prima Contemporânea!
Genial, o diretor Denis Tanovic conduz um drama de guerra linear simples e muito comovente, com personagens convictos e bem estudados, grandes questionamentos politicos e duras críticas, inclusive a onu e a imprensa. Além de manter clima de tensão o tempo todo, não te deixando desviar a atenção. Um filme muito bom pra conhecer a realidade da guerra e sua verdadeira face.
Spike Jonze é realmente um gênio, e o destaque aqui é o seu roteiro, que aula! é simplesmente marcante a sensibilidade com a qual ele dirige o seu perfeito e originalíssimo roteiro sobre amor, existencialismo, solidão e relacionamentos com tanta expressividade, através de brilhantes cenas muito bem ambientadas e construídas com a ajuda da belíssima trilha sonora, cinematografia e edição esplêndida do longa, nos faz refletir por horas sobre as dificuldades de um relacionamento, seja ele normal ou estranho, físico ou virtual, complexo ou simples, sempre haverão problemas, questionamentos, momentos de dificuldade, e jonze com a ajuda de seu poderoso elenco que fez um ótimo trabalho de atuação, parece repassar isso de forma tão sensível que chega a comover e te fazer sentir sempre estranhamente culpado por algo, uma experiência única!
Vinterberg nos apresenta um exemplo de roteiro simples, original, dramaticamente comovente e beirando a perfeição, com questionamentos sobre as dimensões que um caso como esse pode tomar, se não for rapidamente e minuciosamente averiguado, requer muita sensibilidade para pegar o lado de cada personagem, e definir um culpado para o proliferamento de uma incerteza desse nível, seja por inocência da garotinha, incompetência da diretora , imaturidade do seu irmão que a expôs pornografia deliberadamente. O casting também não fica pra trás, não conseguiria ver outra pessoa interpretando o Lucas se não fosse o Mads, com certeza a sua melhor atuação em anos, todos os coadjuvantes também interpretam suas personagens de forma bem convincente. Uma Bela fotografia e trilha sonora para incrementar toda a ambientação imersiva do filme, torna The Hunt um filme não só Genialmente dirigido, escrito e estrelado, mas uma verdadeira aula técnica!
Andrei Tarkovsky realmente é um diretor que não somente dirige, mas nos ensina lições para a vida, existencialismo e a procura da fé são abordados em Stalker de forma realmente incrível, o diretor busca por meio de conflitos internos e de alto teor simbólico e filosófico de seus personagens, questionar o sentido da vida. Toda a atmosfera poética, melancólica e misteriosa reflete nos personagens magistralmente com esplêndidas atuações, cada expressão, cada ação torna a experiência mais imersiva, certamente esta entre as melhores fotografias e cinematografias que ja vi, takes lentos e prolongados, planos-sequência e enquadramentos lindos. Mixagem e edição de som bem simples e natural, a trilha sonora incrivelmente meticulosa e bem encaixada,
Depois de apresentado ao grande e único cinema de Bela Tarr com "Harmonias de Wreckmeister" e "O Cavalo de Turin", não havia como não esperar muito desse filme, aclamado mundialmente e considerado por muitos sua obra prima é também o filme que melhor retrata a queda do comunismo na Hungria.
Além de cumprir minhas expectativas, "Satantango" superou-as absurdamente, tornando-se logo um dos meus filmes favoritos, Tarr nos propõe a sua ja conhecida lentidão e sutileza em planos-sequência quase intermináveis filmados magistralmente por seu diretor de fotografia Gabor Medvigy, que quase nos obrigam a conhecer bem melhor e mais profundamente cada personagem por menos importante que ele seja no trama.
O diretor constrói uma narrativa composta por uma atmosfera sombria, surreal e apocalíptica, claramente inspirada por tarkovsky, mostrando a dura e fria realidade da existência humana e as consequências de seus atos ao decorrer do filme, partindo de cenas simples como as do Doutor, ate diálogos maquiavélicos e cenas fortes e absurdamente dramáticas.
Editado excepcionalmente apresentando-nos diversos pontos de vista de um mesmo acontecimento, não houve sequer um segundo em suas 7 horas de longa em que eu desviei minha atenção do ecrã, a imersividade da obra é muito perceptível quando apreciamos bem a cinematografia, e ainda mais junto a excepcional trilha sonora composta por Mihaly Vig, que também da vida ao personagem que se destaca mais no Filme: Irimias.
Quando se trata de monólogos, Tarr nos presenteia com seus filosóficos pensamentos acarretando temas religiosos, politicos e humanos como ninguém! Atuações muito boas quando necessárias, é bem evidente o esforço e paciência dos atores diante de tantas cenas memoráveis dirigidas por Tarr.
Atualmente aposentado, o húngaro com certeza fará falta para o cinema-arte, um exemplo de como intensificar uma experiência cinematográfica fazendo dela algo pensativo e dificil de se esquecer.
Nota: 100
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O Gabinete do Dr. Caligari
4.3 522 Assista AgoraUma obra-prima de Robert Wiene.
Em época de expressionismo alemão e nos alicerces do thriller/horror, um roteiro tão bem escrito é algo notável, tanto quanto essencial, e os seus roteiristas Carl Myer e Hans Janowitz de fato entregam-no para Wiene.
O diretor de de forma magistral, conduz o filme através de 6 atos minuciosamente montados, o destaque vai para toda a ambientação distorcida e perturbadora que sugere o distúrbio do protagonista ao contar sua fábula, que prende a atenção do espectador a cada novo ato, e surpreende-o a cada segundo, principalmente no ato final, no qual nos deparamos com uma reviravolta sensacional.
A trilha sonora é primorosa! E se encaixa perfeitamente com o desenvolver das cenas (com direito até a efeitos sonoros em meio a ela), alimentando ainda mais a atmosfera sombria proposta pelo diretor.
Uma fotografia B&W realmente magnífica, filtrada genialmenteç para dar a alusão de iluminação (noite/dia, escuro/claro).
As atuações apesar de teatrais, que eram tipicas do expressionismo naquela época, nos entregam muito bem a caracterização dos personagens (Werner Krauss estava sensacional), arduamente quebrando a limitação do cinema mudo e nos supreendendo.
Uma película marcante, que envelheceu da forma mais influente possível, sendo base de estudo e inspiração para todo cineastra do gênero.
Pi
3.8 769 Assista AgoraPi, o primeiro longa metragem dirigido pelo cineeastra Darren Aronofsky já nos mostra uma característica incrível e recorrente em seus filmes: a transposição da atmosfera de um roteiro para as telas, a fim de provocar a comoção e atenção do espectador, e isso é evidente em quase todos os seus filmes, a sensação de estar na pele do personagem e sentir seu distúrbio.
Max, interpretado de forma bem eficaz pelo ator Sean Gullette,
luta tão desesperadamente ao procurar a fórmula geral, contrariando quaisquer conselhos e recomendações (retratado recorrentemente na citação:
"When I was a little kid, my mother told me not to stare into the sun, so when I was six I did...")
que isso se agrava de forma irreversível
O Lutador
4.0 912O Lutador nos apresenta Randy, um wrestler renomado que tem a carreira comprometida por um problema de saúde. Aronofsky nos mostra claramente sua assinatura crua e dramática através do realismo narrativo, e novamente aborda problemas socias comuns como a prostituição e os narcóticos de forma bem reflexiva e assim como réquiem for a dream, mostra como simples deslizes ou uma obsessão ou pode afetar a vida e uma relação familiar. Mas acima de tudo apresenta a decadência de um personagem que apesar de tudo, se mantém positivo e não baixa a cabeça, seguindo em frente e fazendo oque ama. Uma história comovente e bem montada, com uma fotografia bonita e trilha sonora incrível destacando a época de ouro nao só do metal, mas do personagem, toda a construção e desenvolvimento dele. Genial, Leão de Ouro Merecido
Sunshine: Alerta Solar
3.4 360 Assista AgoraDanny boyle, acabei de conhecer e ja posso falar que é um cara que se mostra muito versátil. De um drama social abordando drogas, á um drama indiano oscar winner sensacional, logo um ano após um grande trabalho de direçao nesse Sci-Fi Maravilhoso. não é pra qualquer um.
Doyle em Sunshine nos entrega uma proposta que pode parecer simples e maçante no começo, mas a medida que o filme se desenvolve percebemos que não é um sci fi comum, é repleto de beleza.
Claramente inspirado por Kubrick, Ridley Scott e Tsrkovski, por suas. Respectivas grandes obras espaciais: 2001, Alien e Solaris, nota-se tanto extrema beleza técnica quanto uma boa narrativa, o casting é muito bom, os personagens são bem apresentados e interpretados, não se vê nada forçado no desenvolvimento, é uma fluidez que te cativa e te faz debater consigo mesmo sobre os posicionamento e personalidade de cada um,
principalmente o icônico e convicto vilão,
(claramente muito inspirado por "Alien")
Abordando a parte técnica do longa, temos efeitos especiais impecáveis! Quanto a Fotografia, Direção de Arte e figurino pode se dizer um verdadeiro show visual, facilmente entre os mais bonitos do século, lembra muito 2001 em algumas cenas.
Além de um ótimo e perceptível trabalho na parte de som.
Uma edição muito boa com omissões surpreendentes, cenas bem construidas!
Como a da exploração da Icarus I com frames dos ex-tripulantes.
Genial, Belo e Subestimado!
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraA delicadeza com a qual Haneke aqui dirige é a chave para apreciar essa sua obra, tudo nesse filme é singelamente lindo, cada gesto, cada diálogo, o estudo e desenvolvimento das personagens, o silêncio da ausência de qualquer trilha, cada movimento de camera e enquadramneto tem ênfase na simplicidade e sensibilidade que o filme carrega, uma história comovente de como uma relaçao pode ser forte e recíproca até o momento mais amargo: a perda.
O sentimento expressado perfeitamente pelos atores nos remete a uma profunda e bela reflexão sobre o tema, não muito abordado com idosos, mas Haneke vêm e nos presenteia com uma obra prima dessas. É um filme pra sentir, e saber que o gênero drama/romance nunca esteve tão em alta tanto dentro quanto fora de hollywood, Michael Haneke, parabéns, você é um mestre!
A Fita Branca
4.0 756 Assista AgoraQue direção incrível, que Filme incrível. É uma película que através de cenas lentas, atmosfera degradada, e atuações mórbidas e cruas, te passa todo o sentimento de angustia, consegue retratar toda a crueldade que pode se desenvolver em uma sociedade, haneke constrói uma alegoria simbólica atraves de elementos recorrentes e dialogos reflexivos, eu nunca tinha visto igual. Além de ser um show técnico e visual, o filtro B&W não poderia contribuir melhor para a linda fotografia, que inspira angústia e tristeza em sombrios e melancólicos takes. Uma Obra Prima Contemporânea!
Terra de Ninguém
4.0 80Genial, o diretor Denis Tanovic conduz um drama de guerra linear simples e muito comovente, com personagens convictos e bem estudados, grandes questionamentos politicos e duras críticas, inclusive a onu e a imprensa. Além de manter clima de tensão o tempo todo, não te deixando desviar a atenção. Um filme muito bom pra conhecer a realidade da guerra e sua verdadeira face.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraSpike Jonze é realmente um gênio, e o destaque aqui é o seu roteiro, que aula! é simplesmente marcante a sensibilidade com a qual ele dirige o seu perfeito e originalíssimo roteiro sobre amor, existencialismo, solidão e relacionamentos com tanta expressividade, através de brilhantes cenas muito bem ambientadas e construídas com a ajuda da belíssima trilha sonora, cinematografia e edição esplêndida do longa, nos faz refletir por horas sobre as dificuldades de um relacionamento, seja ele normal ou estranho, físico ou virtual, complexo ou simples, sempre haverão problemas, questionamentos, momentos de dificuldade, e jonze com a ajuda de seu poderoso elenco que fez um ótimo trabalho de atuação, parece repassar isso de forma tão sensível que chega a comover e te fazer sentir sempre estranhamente culpado por algo, uma experiência única!
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraVinterberg nos apresenta um exemplo de roteiro simples, original, dramaticamente comovente e beirando a perfeição, com questionamentos sobre as dimensões que um caso como esse pode tomar, se não for rapidamente e minuciosamente averiguado, requer muita sensibilidade para pegar o lado de cada personagem, e definir um culpado para o proliferamento de uma incerteza desse nível, seja por inocência da garotinha, incompetência da diretora , imaturidade do seu irmão que a expôs pornografia deliberadamente.
O casting também não fica pra trás, não conseguiria ver outra pessoa interpretando o Lucas se não fosse o Mads, com certeza a sua melhor atuação em anos, todos os coadjuvantes também interpretam suas personagens de forma bem convincente.
Uma Bela fotografia e trilha sonora para incrementar toda a ambientação imersiva do filme, torna The Hunt um filme não só Genialmente dirigido, escrito e estrelado, mas uma verdadeira aula técnica!
Stalker
4.3 500 Assista AgoraAndrei Tarkovsky realmente é um diretor que não somente dirige, mas nos ensina lições para a vida, existencialismo e a procura da fé são abordados em Stalker de forma realmente incrível, o diretor busca por meio de conflitos internos e de alto teor simbólico e filosófico de seus personagens, questionar o sentido da vida. Toda a atmosfera poética, melancólica e misteriosa reflete nos personagens magistralmente com esplêndidas atuações, cada expressão, cada ação torna a experiência mais imersiva, certamente esta entre as melhores fotografias e cinematografias que ja vi, takes lentos e prolongados, planos-sequência e enquadramentos lindos.
Mixagem e edição de som bem simples e natural, a trilha sonora incrivelmente meticulosa e bem encaixada,
nos presenteando com aquela cena final seguida da nona sinfonia de beethoven.
Toda a experiência é uma dádiva concebida por aquele que sabe fazer um cinema único e surreal desse jeito, Tarkovsky, um gênio!
O Tango de Satã
4.3 139Satantango (1994)
Diretor: Bela Tarr
Depois de apresentado ao grande e único cinema de Bela Tarr com "Harmonias de Wreckmeister" e "O Cavalo de Turin", não havia como não esperar muito desse filme, aclamado mundialmente e considerado por muitos sua obra prima é também o filme que melhor retrata a queda do comunismo na Hungria.
Além de cumprir minhas expectativas, "Satantango" superou-as absurdamente, tornando-se logo um dos meus filmes favoritos, Tarr nos propõe a sua ja conhecida lentidão e sutileza em planos-sequência quase intermináveis filmados magistralmente por seu diretor de fotografia Gabor Medvigy, que quase nos obrigam a conhecer bem melhor e mais profundamente cada personagem por menos importante que ele seja no trama.
O diretor constrói uma narrativa composta por uma atmosfera sombria, surreal e apocalíptica, claramente inspirada por tarkovsky, mostrando a dura e fria realidade da existência humana e as consequências de seus atos ao decorrer do filme, partindo de cenas simples como as do Doutor, ate diálogos maquiavélicos e cenas fortes e absurdamente dramáticas.
Editado excepcionalmente apresentando-nos diversos pontos de vista de um mesmo acontecimento, não houve sequer um segundo em suas 7 horas de longa em que eu desviei minha atenção do ecrã, a imersividade da obra é muito perceptível quando apreciamos bem a cinematografia, e ainda mais junto a excepcional trilha sonora composta por Mihaly Vig, que também da vida ao personagem que se destaca mais no Filme: Irimias.
Quando se trata de monólogos, Tarr nos presenteia com seus filosóficos pensamentos acarretando temas religiosos, politicos e humanos como ninguém!
Atuações muito boas quando necessárias, é bem evidente o esforço e paciência dos atores diante de tantas cenas memoráveis dirigidas por Tarr.
Atualmente aposentado, o húngaro com certeza fará falta para o cinema-arte, um exemplo de como intensificar uma experiência cinematográfica fazendo dela algo pensativo e dificil de se esquecer.
Nota: 100