Apresentando o protagonista mais bundão dos RPGs, cujo super poder é sempre ser salvo na hora certa (velho, o cara não venceu uma luta a série inteira, não ganhou um batalha, sempre foi outra pessoa por ele, ou o pai pegando para deixarem ele vencer). Tem várias facilitações narrativas por causa da faixa etária que quer atingir, que é sempre problemático já que parte do principio que pre-adolescentes\adolescentes são meio burros, mas no geral faz um bom trabalho com a narrativa (cujos buracos espero que tenham sido propositais para serem abordados em eventuais continuações e não apenas pontos completamente abandonados da história) e a batalha final foi... broxante para se dizer o mínimo. Mas possuí boas ideias e vale a é uma ótima opção pipoca se vc for com uma expectativa de sessão da tarde, que já fica bem claro desde o primeiro ep. Não entendo pq tem gente chamando de o "game of thrones da netflix", a serie nem se propõe a isso. Em todo caso, mais de uma vez a fotografia cria cenas de encher os olhos e os efeitos visuais são muito bons.
Esse filme não é apenas ruim, ele se esforça para ser mais ruim ainda e consegue com louvor. Não é uma história de uma princesa em perigo, pq a mulher consegue jogar fogo pela mão, mas não joga pq ela é frágil e o poder dela só serve para ser dado ao marido, só não é ofensivo pq é patético. O protagonista tem basicamente a habilidade de ser bonito, não fede nem cheira, não tem presença, não é habilidoso, é o tipico caso de meritocracia: é o herói pq saiu das bolas certas. E a arma do filme, com o poder mais forte de todos, bem... é bumerangue, tire suas conclusões. Num mundo em que Sharknado estaria para o que é o Tubarão do nosso mundo, esse filme seria o Senhor dos Anéis. O que prova que nem toda realidade alternativa é melhor.
Estava achando que seria muito difícil eles continuarem a série sem o Drácula, mas meu amigo, conseguem com louvor! É claramente uma temporada de transição, o que para a maioria das séries equivale a uma temporada meia boca, mas que dois pés no peito foi essa temporada. A trama te prende desde os instantes iniciais com o Alucard tendo um dia dos mais banais, para iniciar um crescendo nos acontecimentos que não para. Não tem momentos fillers aqui, ou gordurinhas. Até os momentos mais parados estão criando algo, construindo pedaços do mundo que serão importantes em algum momento. As novas vilãs são tão complexas quanto o Drácula (apesar que são necessárias quatro vampiras, um padre fanático e uns humanos intolerantes para quase chegarem no mesmo nível de um único Drácula). É muito tenso ver o jogo sadista da vampira que treina o traidor, ao mesmo tempo que vc sente pena enquanto acha que ele merece aquilo. As reflexões do Isaac rendem alguns dos melhores diálogos e dos mais profundos, esse personagem promete demais. A quimica do casal principal está muito divertida e as cenas de ação são espetaculares, em especial do episódio 09. E Alucard... que final é esse? WTF. Conflitos políticos, fanatismo religioso, traições, reviravoltas, peitos, muito sangue... é lindo ver uma animação sendo mais GOT que o próprio GOT. Na moral, se a Netflix esperar até 2022 para a próxima temporada o Drácula tinha mais é que destruir a humanidade inteira mesmo. Existem alguns erros de continuidade em algumas cenas e uma ou outra vez a animação perde qualidade, fora o novo mago apresentado e mal aproveitado, entre outros defeitos, mas quem se importa?
É uma animação interessante em vários sentidos. Primeiro pq os protagonistas não são os heróis da história, existe um herói misterioso que os salva o tempo inteiro e derrota o vilão, é como se essa fosse a história das vítimas que o herói salvou. (Herói esse que é uma clara cópia do Conan). Quanto a animação em si ela oscila do visualmente bonito e original para o completamente amador. Faltou um diretor de animação de verdade. A arte do Frazetta não segura sozinha a animação e por isso ela envelheceu mal. Mas é um bom filme pipoca, apesar de ser carregado de fan service gratuito.
Fazia muito tempo que eu não chegava na metade de um filme com a convicção que o filme era fodaparaumcaralh....! Que filme. Ele vai da convenção a quebra de clichês, do entretenimento por si só a crítica social (e que crítica violenta e pertinente). O roteiro consegue sair de um ótimo Thriller alá Aghata Christie para apontar o preconceito velado e esfregar na cara da audiência. E não só de roteiro vive o filme, ótima direção e atuações. E Ana de Armas linda demais, jesuis!
Se por um lado gostei pq ficou mais ficção cientifica, por outro os caras viajaram pacas. E o que a é Apple comparada com o Avatar, computadores arvores bombam nos mundos alienígenas.
Chato. Não empolga emocionalmente, filosoficamente, com a trama, com a jornada. As próprias escolhas de direção e de arte parecem contribuir para deixar o filme sonolento. As duas horas mais longas que enfrentei em muito tempo.
Quase desisti no segundo episódio por causa da Trish, agora no último episódio vejo que devia ter desistido. A Trish é a encarnação da hipocrisia que tem se tornado tão comum hj em dia em certas esferas politicas, só faltou o "tá ok?". Todas suas ações são fruto de inveja, egoismo, egocentrismo, e infantilidade, justificadas com um falso nome de justiça. Odeio tanto a personagem que até a atriz me causa raiva. A Netflix tem uns roteiristas que deveriam voltar para o jardim de infância, os caras não tem noção de desenvolvimento de personagem e até para representar emoções complexas, como culpa, fraternidade, empatia, os caras cagam no role e transformam numa versão americana de Mutantes, Caminhos do Coração, e minha teoria é que se uma empresa do nivel da Netflix consegue competir com uma novela da record em termos de ser ruim em narrativa, é pq falhou miseravelmente. E olha que nem estou entrando no fragil campo das cenas de ação, dos poderes da Jessica representados e nos vários erros amadores de edição. E na moral, Benjamin Walker daria um ótimo Nathan Drake.
Até agora eu não sei o quanto desse filme é real e o quanto é uma comédia, talvez pela extrema diferença cultural com o ocidente, mas muitos personagens são quase uma caricatura. Ótima série, só me preocupada a dificuldade de encontrar informações sobre possíveis continuações ou cancelamento.
Acho que dessa primeira leva dos filmes do Stugio Ghibli no Netflix, esse anime foi o meu favorito (perdendo só para o Totoro que eu já tinha visto). Incrível como um mundo cheio de referencia ao passado, como a própria magia e histórias de séculos, presente no anime, no qual existem robos overpowers, que voam e soltam lasers, dialogam com o Japão (ou o imaginário desse) moderno.
Tudo na proposta desse filme é diferente do que o estúdio havia feito: a começar pela equipe de produção. A ideia criativa era montar uma equipe feita apenas por jovens (todos os envolvidos tinham entre 20 e 30 anos), visando dialogar justamente com esse público (tanto que foi o primeiro trabalho do estúdio que não foi dirigido pelas duas lendas que construíram o nome Ghibli no mundo); outro ponto era a ideia de fazer um filme mais barato (o que fica bastante claro no desenvolvimento bem menos trabalhado que dos demais animes). Todas as obras do estúdio (ok, talvez o Porco seja a exceção) tratam de temas do dia a dia, comuns, por mais mágicos que sejam, e nesse filme em particular isso vai além. O "oceano" ou "mar" do título na minha bem limitada interpretação tem está ligado tanto ao caráter de transformação e amadurecimento (água costuma ser um elemento em semiótica para marcar mudanças), nem sempre de forma calma, o que, assim como o mar, marca a instabilidade e inconstância da juventude, juventude que é acima de tudo o tema central da obra, mesmo o amor é desenvolvido a partir da inexperiência e dos dramas que só surgem (ou mais comumente surgem) nessa etapa da vida. Além disso, o som do mar em cidades costeiras é como um pano de fundo que nunca desaparece por completo (nem que seja do imaginário), e isso também pode representar os sentimentos que o personagem não conseguiu deixar para trás, mas que ficaram com ele, revolvendo em seu interior, como um eco, que só são resolvidos quando o protagonista amadurece. Tanto que todo o filme gira ao redor de localizações próximas ao mar, desde a cidade em que vivem, até onde vão passar as férias e único cenário longe do mar é Tókio, onde o filme termina, assim como o ciclo dos protagonistas. De uma forma sutil, é uma bela história de formação (como a maioria das histórias do estúdio), não perde em nada para os dramas em live action que buscam retratar o cotidiano em sua essência, de forma realista e leve. Um filme para assistir sem pretensões, para se identificar e para ficar tocado em sua simplicidade.
Lindo, sensível, magico e todos outros adjetivos que tbm casam com a maior parte dos animes desse estúdio, e mesmo assim uma experiência impar sobre crescimento e auto descoberta. Esse é um dos raríssimos casos do cinema que peca por ter pouco tempo, faltavam uns cinco minutos ou um pouco mais de história para ela ser perfeita, apenas para aprofundar os impactos da perda dos poderes da protagonista, suas razões e como ela os reencontrou quando mais precisava, assim como as relações entre as personagens, principalmente o amigo que quer ser piloto; sem esses minutos a Kiki se torna aqueles personagens que são desenvolvidos unicamente para se gostar deles, sem que exista um problema ou desenvolvimento real tanto da trama como do personagem. Ainda assim, a magia do estúdio engole esse problema e ele desaparece por completo nessa fantasia tão cativante.
Que filme bosta. Cheio de clichês e facilitações narrativas, combinadas num melodrama tão forçado que dá enjoo. E que mania os "dramas" japoneses têm de passar panos quentes para personagens babacas, nada a ver o Yu e o outro carinha estarem no mesmo nível de heroísmo. Até pretendia comprar o jogo, mas desisti.
Uma pena que não teve o reconhecimento que merecia, filme maravilhoso. Ri demais. Sou fã da Olivia Wilde desde House, agora aguardo mais que ansioso seu próximo trabalho na direção.
O filme merecia estar indicado ao Oscar só pela cena dos créditos. Dito isso, como falar mal de bandido que vira pastor quando o Hannibal Lecter se torna o Papa e ninguém fala nada? Não é o melhor trabalho do Meirelles, mas é um baita filme.
Deveriam demitir os roteiristas dessa série. Ok, é possível relevar muita coisa se aceitar que o foco é infanto juvenil (é esse o foco né, sério, o roteiro se leva muito a sério em alguns momentos, então não tenho certeza?), mas mesmo isso não alivia quando se coloca histórias infanto juvenis como Harry Potter ou com crianças como protagonistas, como o próprio Stranger Things, tbm da Netflix, que são muito bem escritos e com coerência. Existem muitas formas de se fazer suspense e criar conflito sem precisar recorrer todo episódio à coisas que dão errado. Sério, todos TODOS os planos dão errado. A série gira em torno de: não podemos deixar nossos amigos (família) para trás e advinha, eles deixam. A quantidade de erro por acidente é tão grande que todas as ações da série são inúteis, então a série cria momentos grandiosos, suspenses e tramas que logo em seguida descarta. E o pior, é tanto problema que o roteiro não dá conta de resolver, assim as soluções caem do céu e esse mesmo grande problema que aparece é resolvido de uma forma extremamente fácil. Outro ponto que mostra como os caras são amadores no roteiro é o fato de metade dos diálogos terminar em abraço. É uma forma amadora de sinalizar para o público que é uma cena ou momento emocionante. Existem recursos menos óbvios, melosos e repetitivos. E o pior vem agora: o desenvolvimento dos personagens. Na moral, essa série seria perfeita para o CW (me diga se o final da série não está um passo de virar The 100), é o mesmo perfil de personagem: alguém tenta te matar, vc fica com birra dessa pessoa, passa um tempo e estão amigos de novo, ou se falando numa boa. O mundo está acabando, bora aproveitar para ter uma crise adolescente ao invés de salvar a vida. E as motivações dos antagonistas, alguém entendeu? "Vou matar duas pessoas para que ninguém saiba que não sou o foda que eu acho que sou". É tudo simplificado ao máximo da incoerência e esquecido em seguida. A impressão é que ninguém é punido por nada que faça de errado, principalmente os protagonistas. E os conflitos gerados são resolvido em segundos e as crises politicas simplesmente esquecidas de um episódio para o outro. As coisas acontecem pq o roteiro quer e disfarça as intenções atrás de ótimos efeitos visuais. Visualmente a série é maravilhosa. A premissa é ótima. A execução da história digna de uma série adolescente dos anos 2000. Muito potencial jogado fora em nome da lei do minimo esforço.
Ótimos efeitos, principalmente nos animais e o mistério prende, no entanto, a série causa mais estranheza do que consegue ser fantástica. Uma vez que a premissa dos daemons e humanos é levantada ela passa a ser usada na serie de forma bastante inconsistente, a maior parte dos personagens em tela não possuí um espírito junto, o que provavelmente é reflexo de uma questão orçamentaria, mas que quebra o pacto levantado desde o começo. Ao mesmo tempo, o visual realista e de cores escuras faz com que os elementos fantásticos sejam jogados de forma estranha, não existe nada nesse universo que (ao menos visualmente) sustente seu ar fantástico, fazendo a aparição de ursos que falam e usam armaduras e mesmo dos companheiros animais parecerem fora de tom e os momentos grandiosos parecerem qualquer coisa. A série sofre de uma identidade visual, não sendo mágica nem realista. E os conflitos são resolvidos com uma facilidade brochante. A série fica a maior parte dos episódios prometendo uma grande batalha, difícil, sangrenta, e que é resolvida em... 10 minutos? durou tanto? A base super protegida e ultra secreta é invadida por um grupo de ciganos como um churrasco na praia e crianças andam pela instalação super controlada com mais facilidade que pelos corredores de uma escola. E por fim a protagonista, que deveria ser, acredito eu, uma personagem cheia de vida, esperta, com uma personalidade cativante, e ao invés disso é... chata, barulhenta, interesseira, desrespeitosa e... sem personalidade? É a forma errada de se criar uma personagem forte e livre das convenções de gênero, sendo mais uma caricatura. E as relações entre personagens acontecem pq sim, não existe construção, desenvolvimento. De um episódio para o outro o cara do balão já adorava a Lyra e vice versa, pq o roteiro quis, não houve aproximação, nem ligação. E isso se repete em todos os núcleos, com todos os personagens. É o tipo de desenvolvimento que nem em novelas ruins se sustenta. Faltou um senso de perigo real aqui e um senso estético de aderir o fantástico de forma mais convincente ao invés de pontos aleatórios jogados na tela. Mas é divertida, caso se releve a maior parte das preguiças que roteiristas e diretores têm ao tratar obras supostamente para crianças.
Em primeiro lugar, tenho que admitir que gostei mais do que devia: amo o universo dos games e gosto demais do universo dos livros, então cheguei com uma afinidade antecipada pela série, tanto que não consegui parar antes de chegar no último ep. e vou ficar um ano inteiro (torço para ser apenas um ano) ansioso demais pela continuação. Dito isso, é preciso chegar no "mas". A série começa lá em cima, os primeiros três\quatro episódios são fantásticos: fotografia, música, ambientação, cenas de ação, tudo. Mas a partir daí a coisa fica um tanto bagunçada. O saltos temporais não chegam a confundir, mas eles engolem momentos importantes da progressão dos personagens: um personagem aparece de determinada forma num ponto A e no episódio seguinte (ou até no fim do mesmo episódio) ele aparece no ponto B, sem que a progressão e a construção dessa mudança seja mostrada. As coisas acontecem pq têm que acontecer: Geralt se apaixona pela Yen pq sim (sério, não existe nenhuma preparação anterior, ele não esboça nenhum sentimento antes da cena da cadeia e não faz sentido ele se apaixonar ali; outro exemplo são as relações entre os personagens, vc não vê Geralt e o Bardo ficando amigos, eles ficam). Isso tira muito do poder dramático e da capacidade de criar afinidade com os personagens por parte do público, pois nenhuma relação é desenvolvida, elas surgem de forma espontânea e resta aceitar, o que é um ponto muito preguiçoso dos roteiristas e diretor. As cenas de ação tbm ficam mais bagunçadas para o final, por mais que continuem boas. Não me incomodou no geral as licenças dos acontecimentos, mas o episódio do dragão que é um dos meus contos favoritos é brochante, pior CG de dragão desde os anos 90, com acontecimentos jogados, cenas de ação que lembram os cortes do Michael Bay no pior sentido da comparação e um final anti climático onde o dragão destroi a relação e os sonhos de Geralt e Yen em sinal de... gratidão? É sério isso? Tipo, de verdade?! No geral, The Witcher precisava ir na contramão das outras séries, que, no geral, nós reclamamos de episódios desnecessários, aqui mais um ou dois episódios seriam ótimos, mas no sentido de pisar no freio da ação e focar nos personagens, dar um sentimento de passagem de tempo e de preparação maiores, até para antecipar e preparar o público para os acontecimentos maiores que, quando chegam, não são tão apoteóticos como a narrativa faz entender que deveriam ser, mais uma vez, eles só acontecem, só estão lá. E quero ressaltar que o Cavill está a altura do Geralt dos games, a voz até lembra em alguns momentos (em outros lembra o Vin Diesel), além disso a música não se inspira na trilha do terceiro jogo, ELA BEBE DESCARADAMENTE DA FONTE, ao ponto de ficar MUITO parecida, principalmente a música de suspensa e os cantos - o que não é ruim, pq a trilha do The Witcher 3 é um tesouro da humanidade. No entanto, essa Yen é calminha e emotiva demais para a Yen dos livros ou dos jogos, é uma criação a parte. Vale muito a pena e aguardo a segunda temporada, que venha com mais bruxeiro e mais calma para uma melhor exploração e construção de mundo, uma vez que nada da politica, economia e religião desse mundo estão claros, mesmo os principais acontecimentos girarem em torno disso.
Parecia bom. Tinha premissa que fingia ser profunda. Uma crítica social ao império britânico, ao racismo, ao colonialismo... tudo fachada. O que separa essa série de qualquer coisa da CW é primeiro o valor de produção e segundo os nudes leves de vez em quando, fora isso é uma novelona disfarçada para o carnaval. A trama politica é pano de fundo para o melodrama romântico quase adolescente, cheio de traições (em um episódio vc descobre dois filhos ilegítimos do mesmo casal, wtf!!!!), fica mais não fica, te amo mas não te caro... se a globo investisse em fantasia a Amazon poderia comprar direto deles o direito de transmissão. E por fim, tem coisa mais patética em pleno século XXI que ator de 30 anos ou mais nas costa se fazendo passar por jovenzinho, filho em idade escolar. Até o mistério e suspense é segundo plano na trama novelesca da coisa. Nem os mamilos pagam o tempo perdido depois de ver a temporada toda (pensa umas cenas de sexo chochas), uns personagens chatos e sem química, e umas reviravoltas que só surpreendem o público abaixo da sétima série. Dito isso, existem dois erros gigantes no roteiro, um que é prova de burrice apenas e outro que destrói o plot da trama:
o primeiro é quando a Vignette se torna "suspeita" de ser a X9 da gangue, isso não faz sentido pq ela foi a última a entrar para o grupo e a lider louca já estava matando os amiguinhos pq já sabia que existia um X9 antes dela, logo é preciso racionalizar muito o problema para encontrar desculpas plausiveis mas que nós sabemos que são só desculpas. E o segundo e que destrói a trama é a motivação da vilã: se o filho dela não é a criança da profecia não adianta matar o bastardo, pq o filho dela continuará não sendo a criança da profecia, ou seja, a ambição dela não vai se realizar da mesma forma, ela só vai impedir que a profecia aconteça, ou seja, a motivação dela de "eu não posso arriscar" não faz sentido. No máximo a ideia de "sou birrenta, se não é o meu não vai ser o de ninguém" (inclusive essa motivação está mais no nivel do roteiro), mas não é assim que a trama se vende, logo toda essa temporada gira em torno de um furo não de um plot.
Carta ao Rei (1ª Temporada)
2.7 26 Assista AgoraApresentando o protagonista mais bundão dos RPGs, cujo super poder é sempre ser salvo na hora certa (velho, o cara não venceu uma luta a série inteira, não ganhou um batalha, sempre foi outra pessoa por ele, ou o pai pegando para deixarem ele vencer). Tem várias facilitações narrativas por causa da faixa etária que quer atingir, que é sempre problemático já que parte do principio que pre-adolescentes\adolescentes são meio burros, mas no geral faz um bom trabalho com a narrativa (cujos buracos espero que tenham sido propositais para serem abordados em eventuais continuações e não apenas pontos completamente abandonados da história) e a batalha final foi... broxante para se dizer o mínimo. Mas possuí boas ideias e vale a é uma ótima opção pipoca se vc for com uma expectativa de sessão da tarde, que já fica bem claro desde o primeiro ep. Não entendo pq tem gente chamando de o "game of thrones da netflix", a serie nem se propõe a isso. Em todo caso, mais de uma vez a fotografia cria cenas de encher os olhos e os efeitos visuais são muito bons.
Krull
3.5 188 Assista AgoraEsse filme não é apenas ruim, ele se esforça para ser mais ruim ainda e consegue com louvor. Não é uma história de uma princesa em perigo, pq a mulher consegue jogar fogo pela mão, mas não joga pq ela é frágil e o poder dela só serve para ser dado ao marido, só não é ofensivo pq é patético. O protagonista tem basicamente a habilidade de ser bonito, não fede nem cheira, não tem presença, não é habilidoso, é o tipico caso de meritocracia: é o herói pq saiu das bolas certas. E a arma do filme, com o poder mais forte de todos, bem... é bumerangue, tire suas conclusões. Num mundo em que Sharknado estaria para o que é o Tubarão do nosso mundo, esse filme seria o Senhor dos Anéis. O que prova que nem toda realidade alternativa é melhor.
Beastars: O Lobo Bom (1ª Temporada)
4.0 88 Assista AgoraIdeia super original, com altas viagens e discussões pertinentes mas que se perde para se tornar um novelão japonês clichê.
Castlevania (3ª Temporada)
4.1 184Estava achando que seria muito difícil eles continuarem a série sem o Drácula, mas meu amigo, conseguem com louvor! É claramente uma temporada de transição, o que para a maioria das séries equivale a uma temporada meia boca, mas que dois pés no peito foi essa temporada. A trama te prende desde os instantes iniciais com o Alucard tendo um dia dos mais banais, para iniciar um crescendo nos acontecimentos que não para. Não tem momentos fillers aqui, ou gordurinhas. Até os momentos mais parados estão criando algo, construindo pedaços do mundo que serão importantes em algum momento. As novas vilãs são tão complexas quanto o Drácula (apesar que são necessárias quatro vampiras, um padre fanático e uns humanos intolerantes para quase chegarem no mesmo nível de um único Drácula). É muito tenso ver o jogo sadista da vampira que treina o traidor, ao mesmo tempo que vc sente pena enquanto acha que ele merece aquilo. As reflexões do Isaac rendem alguns dos melhores diálogos e dos mais profundos, esse personagem promete demais. A quimica do casal principal está muito divertida e as cenas de ação são espetaculares, em especial do episódio 09. E Alucard... que final é esse? WTF. Conflitos políticos, fanatismo religioso, traições, reviravoltas, peitos, muito sangue... é lindo ver uma animação sendo mais GOT que o próprio GOT. Na moral, se a Netflix esperar até 2022 para a próxima temporada o Drácula tinha mais é que destruir a humanidade inteira mesmo. Existem alguns erros de continuidade em algumas cenas e uma ou outra vez a animação perde qualidade, fora o novo mago apresentado e mal aproveitado, entre outros defeitos, mas quem se importa?
Fogo e Gelo
3.5 35É uma animação interessante em vários sentidos. Primeiro pq os protagonistas não são os heróis da história, existe um herói misterioso que os salva o tempo inteiro e derrota o vilão, é como se essa fosse a história das vítimas que o herói salvou. (Herói esse que é uma clara cópia do Conan). Quanto a animação em si ela oscila do visualmente bonito e original para o completamente amador. Faltou um diretor de animação de verdade. A arte do Frazetta não segura sozinha a animação e por isso ela envelheceu mal. Mas é um bom filme pipoca, apesar de ser carregado de fan service gratuito.
Entre Facas e Segredos
4.0 1,5K Assista AgoraFazia muito tempo que eu não chegava na metade de um filme com a convicção que o filme era fodaparaumcaralh....! Que filme. Ele vai da convenção a quebra de clichês, do entretenimento por si só a crítica social (e que crítica violenta e pertinente). O roteiro consegue sair de um ótimo Thriller alá Aghata Christie para apontar o preconceito velado e esfregar na cara da audiência. E não só de roteiro vive o filme, ótima direção e atuações. E Ana de Armas linda demais, jesuis!
Altered Carbon (2ª Temporada)
3.5 82 Assista AgoraSe por um lado gostei pq ficou mais ficção cientifica, por outro os caras viajaram pacas. E o que a é Apple comparada com o Avatar, computadores arvores bombam nos mundos alienígenas.
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 854 Assista AgoraChato. Não empolga emocionalmente, filosoficamente, com a trama, com a jornada. As próprias escolhas de direção e de arte parecem contribuir para deixar o filme sonolento. As duas horas mais longas que enfrentei em muito tempo.
Jessica Jones (3ª Temporada)
3.7 118 Assista AgoraQuase desisti no segundo episódio por causa da Trish, agora no último episódio vejo que devia ter desistido. A Trish é a encarnação da hipocrisia que tem se tornado tão comum hj em dia em certas esferas politicas, só faltou o "tá ok?". Todas suas ações são fruto de inveja, egoismo, egocentrismo, e infantilidade, justificadas com um falso nome de justiça. Odeio tanto a personagem que até a atriz me causa raiva. A Netflix tem uns roteiristas que deveriam voltar para o jardim de infância, os caras não tem noção de desenvolvimento de personagem e até para representar emoções complexas, como culpa, fraternidade, empatia, os caras cagam no role e transformam numa versão americana de Mutantes, Caminhos do Coração, e minha teoria é que se uma empresa do nivel da Netflix consegue competir com uma novela da record em termos de ser ruim em narrativa, é pq falhou miseravelmente. E olha que nem estou entrando no fragil campo das cenas de ação, dos poderes da Jessica representados e nos vários erros amadores de edição. E na moral, Benjamin Walker daria um ótimo Nathan Drake.
O Diretor Nu (1ª Temporada)
3.9 17 Assista AgoraAté agora eu não sei o quanto desse filme é real e o quanto é uma comédia, talvez pela extrema diferença cultural com o ocidente, mas muitos personagens são quase uma caricatura. Ótima série, só me preocupada a dificuldade de encontrar informações sobre possíveis continuações ou cancelamento.
O Castelo no Céu
4.2 327 Assista AgoraAcho que dessa primeira leva dos filmes do Stugio Ghibli no Netflix, esse anime foi o meu favorito (perdendo só para o Totoro que eu já tinha visto). Incrível como um mundo cheio de referencia ao passado, como a própria magia e histórias de séculos, presente no anime, no qual existem robos overpowers, que voam e soltam lasers, dialogam com o Japão (ou o imaginário desse) moderno.
Eu Posso Ouvir o Oceano
3.2 222 Assista AgoraTudo na proposta desse filme é diferente do que o estúdio havia feito: a começar pela equipe de produção. A ideia criativa era montar uma equipe feita apenas por jovens (todos os envolvidos tinham entre 20 e 30 anos), visando dialogar justamente com esse público (tanto que foi o primeiro trabalho do estúdio que não foi dirigido pelas duas lendas que construíram o nome Ghibli no mundo); outro ponto era a ideia de fazer um filme mais barato (o que fica bastante claro no desenvolvimento bem menos trabalhado que dos demais animes). Todas as obras do estúdio (ok, talvez o Porco seja a exceção) tratam de temas do dia a dia, comuns, por mais mágicos que sejam, e nesse filme em particular isso vai além. O "oceano" ou "mar" do título na minha bem limitada interpretação tem está ligado tanto ao caráter de transformação e amadurecimento (água costuma ser um elemento em semiótica para marcar mudanças), nem sempre de forma calma, o que, assim como o mar, marca a instabilidade e inconstância da juventude, juventude que é acima de tudo o tema central da obra, mesmo o amor é desenvolvido a partir da inexperiência e dos dramas que só surgem (ou mais comumente surgem) nessa etapa da vida. Além disso, o som do mar em cidades costeiras é como um pano de fundo que nunca desaparece por completo (nem que seja do imaginário), e isso também pode representar os sentimentos que o personagem não conseguiu deixar para trás, mas que ficaram com ele, revolvendo em seu interior, como um eco, que só são resolvidos quando o protagonista amadurece. Tanto que todo o filme gira ao redor de localizações próximas ao mar, desde a cidade em que vivem, até onde vão passar as férias e único cenário longe do mar é Tókio, onde o filme termina, assim como o ciclo dos protagonistas. De uma forma sutil, é uma bela história de formação (como a maioria das histórias do estúdio), não perde em nada para os dramas em live action que buscam retratar o cotidiano em sua essência, de forma realista e leve. Um filme para assistir sem pretensões, para se identificar e para ficar tocado em sua simplicidade.
Porco Rosso: O Último Herói Romântico
3.9 287 Assista AgoraPor enquanto essa é a animação que eu menos gostei do Studio Ghibli. Será alguma heresia?
O Serviço de Entregas da Kiki
4.3 778 Assista AgoraLindo, sensível, magico e todos outros adjetivos que tbm casam com a maior parte dos animes desse estúdio, e mesmo assim uma experiência impar sobre crescimento e auto descoberta. Esse é um dos raríssimos casos do cinema que peca por ter pouco tempo, faltavam uns cinco minutos ou um pouco mais de história para ela ser perfeita, apenas para aprofundar os impactos da perda dos poderes da protagonista, suas razões e como ela os reencontrou quando mais precisava, assim como as relações entre as personagens, principalmente o amigo que quer ser piloto; sem esses minutos a Kiki se torna aqueles personagens que são desenvolvidos unicamente para se gostar deles, sem que exista um problema ou desenvolvimento real tanto da trama como do personagem. Ainda assim, a magia do estúdio engole esse problema e ele desaparece por completo nessa fantasia tão cativante.
Udon No Kuni No Kiniro Kemari
4.3 5Chorei igual um retardado. Meu deus, pq os japoneses só fazem finais assim? Faz uma vez feliz para variar, numa dessas fica até bom.
Ni no Kuni
3.2 45Que filme bosta. Cheio de clichês e facilitações narrativas, combinadas num melodrama tão forçado que dá enjoo. E que mania os "dramas" japoneses têm de passar panos quentes para personagens babacas, nada a ver o Yu e o outro carinha estarem no mesmo nível de heroísmo. Até pretendia comprar o jogo, mas desisti.
Fora de Série
3.9 493 Assista AgoraUma pena que não teve o reconhecimento que merecia, filme maravilhoso. Ri demais. Sou fã da Olivia Wilde desde House, agora aguardo mais que ansioso seu próximo trabalho na direção.
Dois Papas
4.1 963 Assista AgoraO filme merecia estar indicado ao Oscar só pela cena dos créditos. Dito isso, como falar mal de bandido que vira pastor quando o Hannibal Lecter se torna o Papa e ninguém fala nada? Não é o melhor trabalho do Meirelles, mas é um baita filme.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraAlguns momentos me lembraram Woody Allen nos melhores momentos. O tipo de filme que acaba e vc continua chorando. Ótimo filme.
Perdidos no Espaço (2ª Temporada)
4.0 106 Assista AgoraDeveriam demitir os roteiristas dessa série. Ok, é possível relevar muita coisa se aceitar que o foco é infanto juvenil (é esse o foco né, sério, o roteiro se leva muito a sério em alguns momentos, então não tenho certeza?), mas mesmo isso não alivia quando se coloca histórias infanto juvenis como Harry Potter ou com crianças como protagonistas, como o próprio Stranger Things, tbm da Netflix, que são muito bem escritos e com coerência. Existem muitas formas de se fazer suspense e criar conflito sem precisar recorrer todo episódio à coisas que dão errado. Sério, todos TODOS os planos dão errado. A série gira em torno de: não podemos deixar nossos amigos (família) para trás e advinha, eles deixam. A quantidade de erro por acidente é tão grande que todas as ações da série são inúteis, então a série cria momentos grandiosos, suspenses e tramas que logo em seguida descarta. E o pior, é tanto problema que o roteiro não dá conta de resolver, assim as soluções caem do céu e esse mesmo grande problema que aparece é resolvido de uma forma extremamente fácil. Outro ponto que mostra como os caras são amadores no roteiro é o fato de metade dos diálogos terminar em abraço. É uma forma amadora de sinalizar para o público que é uma cena ou momento emocionante. Existem recursos menos óbvios, melosos e repetitivos. E o pior vem agora: o desenvolvimento dos personagens. Na moral, essa série seria perfeita para o CW (me diga se o final da série não está um passo de virar The 100), é o mesmo perfil de personagem: alguém tenta te matar, vc fica com birra dessa pessoa, passa um tempo e estão amigos de novo, ou se falando numa boa. O mundo está acabando, bora aproveitar para ter uma crise adolescente ao invés de salvar a vida. E as motivações dos antagonistas, alguém entendeu? "Vou matar duas pessoas para que ninguém saiba que não sou o foda que eu acho que sou". É tudo simplificado ao máximo da incoerência e esquecido em seguida. A impressão é que ninguém é punido por nada que faça de errado, principalmente os protagonistas. E os conflitos gerados são resolvido em segundos e as crises politicas simplesmente esquecidas de um episódio para o outro. As coisas acontecem pq o roteiro quer e disfarça as intenções atrás de ótimos efeitos visuais. Visualmente a série é maravilhosa. A premissa é ótima. A execução da história digna de uma série adolescente dos anos 2000. Muito potencial jogado fora em nome da lei do minimo esforço.
His Dark Materials - Fronteiras do Universo (1ª Temporada)
4.0 166 Assista AgoraÓtimos efeitos, principalmente nos animais e o mistério prende, no entanto, a série causa mais estranheza do que consegue ser fantástica. Uma vez que a premissa dos daemons e humanos é levantada ela passa a ser usada na serie de forma bastante inconsistente, a maior parte dos personagens em tela não possuí um espírito junto, o que provavelmente é reflexo de uma questão orçamentaria, mas que quebra o pacto levantado desde o começo. Ao mesmo tempo, o visual realista e de cores escuras faz com que os elementos fantásticos sejam jogados de forma estranha, não existe nada nesse universo que (ao menos visualmente) sustente seu ar fantástico, fazendo a aparição de ursos que falam e usam armaduras e mesmo dos companheiros animais parecerem fora de tom e os momentos grandiosos parecerem qualquer coisa. A série sofre de uma identidade visual, não sendo mágica nem realista. E os conflitos são resolvidos com uma facilidade brochante. A série fica a maior parte dos episódios prometendo uma grande batalha, difícil, sangrenta, e que é resolvida em... 10 minutos? durou tanto? A base super protegida e ultra secreta é invadida por um grupo de ciganos como um churrasco na praia e crianças andam pela instalação super controlada com mais facilidade que pelos corredores de uma escola. E por fim a protagonista, que deveria ser, acredito eu, uma personagem cheia de vida, esperta, com uma personalidade cativante, e ao invés disso é... chata, barulhenta, interesseira, desrespeitosa e... sem personalidade? É a forma errada de se criar uma personagem forte e livre das convenções de gênero, sendo mais uma caricatura. E as relações entre personagens acontecem pq sim, não existe construção, desenvolvimento. De um episódio para o outro o cara do balão já adorava a Lyra e vice versa, pq o roteiro quis, não houve aproximação, nem ligação. E isso se repete em todos os núcleos, com todos os personagens. É o tipo de desenvolvimento que nem em novelas ruins se sustenta. Faltou um senso de perigo real aqui e um senso estético de aderir o fantástico de forma mais convincente ao invés de pontos aleatórios jogados na tela. Mas é divertida, caso se releve a maior parte das preguiças que roteiristas e diretores têm ao tratar obras supostamente para crianças.
Pássaro do Oriente
3.1 180Melhor história de relacionamento entre uma humana e um robô assassino.
The Witcher (1ª Temporada)
3.9 926 Assista AgoraEm primeiro lugar, tenho que admitir que gostei mais do que devia: amo o universo dos games e gosto demais do universo dos livros, então cheguei com uma afinidade antecipada pela série, tanto que não consegui parar antes de chegar no último ep. e vou ficar um ano inteiro (torço para ser apenas um ano) ansioso demais pela continuação. Dito isso, é preciso chegar no "mas". A série começa lá em cima, os primeiros três\quatro episódios são fantásticos: fotografia, música, ambientação, cenas de ação, tudo. Mas a partir daí a coisa fica um tanto bagunçada. O saltos temporais não chegam a confundir, mas eles engolem momentos importantes da progressão dos personagens: um personagem aparece de determinada forma num ponto A e no episódio seguinte (ou até no fim do mesmo episódio) ele aparece no ponto B, sem que a progressão e a construção dessa mudança seja mostrada. As coisas acontecem pq têm que acontecer: Geralt se apaixona pela Yen pq sim (sério, não existe nenhuma preparação anterior, ele não esboça nenhum sentimento antes da cena da cadeia e não faz sentido ele se apaixonar ali; outro exemplo são as relações entre os personagens, vc não vê Geralt e o Bardo ficando amigos, eles ficam). Isso tira muito do poder dramático e da capacidade de criar afinidade com os personagens por parte do público, pois nenhuma relação é desenvolvida, elas surgem de forma espontânea e resta aceitar, o que é um ponto muito preguiçoso dos roteiristas e diretor. As cenas de ação tbm ficam mais bagunçadas para o final, por mais que continuem boas. Não me incomodou no geral as licenças dos acontecimentos, mas o episódio do dragão que é um dos meus contos favoritos é brochante, pior CG de dragão desde os anos 90, com acontecimentos jogados, cenas de ação que lembram os cortes do Michael Bay no pior sentido da comparação e um final anti climático onde o dragão destroi a relação e os sonhos de Geralt e Yen em sinal de... gratidão? É sério isso? Tipo, de verdade?! No geral, The Witcher precisava ir na contramão das outras séries, que, no geral, nós reclamamos de episódios desnecessários, aqui mais um ou dois episódios seriam ótimos, mas no sentido de pisar no freio da ação e focar nos personagens, dar um sentimento de passagem de tempo e de preparação maiores, até para antecipar e preparar o público para os acontecimentos maiores que, quando chegam, não são tão apoteóticos como a narrativa faz entender que deveriam ser, mais uma vez, eles só acontecem, só estão lá. E quero ressaltar que o Cavill está a altura do Geralt dos games, a voz até lembra em alguns momentos (em outros lembra o Vin Diesel), além disso a música não se inspira na trilha do terceiro jogo, ELA BEBE DESCARADAMENTE DA FONTE, ao ponto de ficar MUITO parecida, principalmente a música de suspensa e os cantos - o que não é ruim, pq a trilha do The Witcher 3 é um tesouro da humanidade. No entanto, essa Yen é calminha e emotiva demais para a Yen dos livros ou dos jogos, é uma criação a parte. Vale muito a pena e aguardo a segunda temporada, que venha com mais bruxeiro e mais calma para uma melhor exploração e construção de mundo, uma vez que nada da politica, economia e religião desse mundo estão claros, mesmo os principais acontecimentos girarem em torno disso.
Carnival Row (1ª Temporada)
3.8 139 Assista AgoraParecia bom. Tinha premissa que fingia ser profunda. Uma crítica social ao império britânico, ao racismo, ao colonialismo... tudo fachada. O que separa essa série de qualquer coisa da CW é primeiro o valor de produção e segundo os nudes leves de vez em quando, fora isso é uma novelona disfarçada para o carnaval. A trama politica é pano de fundo para o melodrama romântico quase adolescente, cheio de traições (em um episódio vc descobre dois filhos ilegítimos do mesmo casal, wtf!!!!), fica mais não fica, te amo mas não te caro... se a globo investisse em fantasia a Amazon poderia comprar direto deles o direito de transmissão. E por fim, tem coisa mais patética em pleno século XXI que ator de 30 anos ou mais nas costa se fazendo passar por jovenzinho, filho em idade escolar. Até o mistério e suspense é segundo plano na trama novelesca da coisa. Nem os mamilos pagam o tempo perdido depois de ver a temporada toda (pensa umas cenas de sexo chochas), uns personagens chatos e sem química, e umas reviravoltas que só surpreendem o público abaixo da sétima série. Dito isso, existem dois erros gigantes no roteiro, um que é prova de burrice apenas e outro que destrói o plot da trama:
o primeiro é quando a Vignette se torna "suspeita" de ser a X9 da gangue, isso não faz sentido pq ela foi a última a entrar para o grupo e a lider louca já estava matando os amiguinhos pq já sabia que existia um X9 antes dela, logo é preciso racionalizar muito o problema para encontrar desculpas plausiveis mas que nós sabemos que são só desculpas. E o segundo e que destrói a trama é a motivação da vilã: se o filho dela não é a criança da profecia não adianta matar o bastardo, pq o filho dela continuará não sendo a criança da profecia, ou seja, a ambição dela não vai se realizar da mesma forma, ela só vai impedir que a profecia aconteça, ou seja, a motivação dela de "eu não posso arriscar" não faz sentido. No máximo a ideia de "sou birrenta, se não é o meu não vai ser o de ninguém" (inclusive essa motivação está mais no nivel do roteiro), mas não é assim que a trama se vende, logo toda essa temporada gira em torno de um furo não de um plot.