As faces de Helen é, ao meu ver, um retrato da depressão e seus vários estágios. Um breve afastamento, uma pequena desconexão, a sensação da incompreensão e a instauração do isolamento. "Eu não a vejo, mas a sinto chegando", Helen adoece e se vê presa dentro de sua própria mente, num lugar onde ninguém pode alcançá-la, por mais que tentem. Vemos os esforços de seu marido em ajudá-la, sem muito sucesso, e como isso vai desgastando a relação; vemos também um esforço sobre-humano de Helen ao fingir estar tudo bem diante da filha e buscando, de alguma forma, poupa-la da dor de ver a mãe adoecendo, uma tentativa de proteger alguém que se ama através do afastamento.
De início achei a relação de Helen e Matilda um pouco superficial, mas entendo que a ideia era mostrar como a compreensão genuína pode romper barreiras. Matilda entende Helen pois sente as mesmas dores. Acho interessante a forma de como o filme retrata o suporte emocional oferecido pelo marido e por Matilda "você me pergunta como estou. Ela sabe como estou". A depressão gera uma constante sensação de desconexão e incompreensão e ter que explicar isso para os outros (sem mesmo saber exatamente como se sente) requer uma grande quantidade de energia. Achei curioso (e triste) que o filme intercala as cenas do tratamento de Helen com as cenas autodestrutivas e Matilda, já dando sinais do que viria a seguir.
E por fim, acho que a fotografia e a trilha sonora se encaixam bem com a proposta do filme.
As faces de Helen é, ao meu ver, um retrato da depressão e seus vários estágios. Um breve afastamento, uma pequena desconexão, a sensação da incompreensão e a instauração do isolamento. "Eu não a vejo, mas a sinto chegando", Helen adoece e se vê presa dentro de sua própria mente, num lugar onde ninguém pode alcançá-la, por mais que tentem. Vemos os esforços de seu marido em ajudá-la, sem muito sucesso, e como isso vai desgastando a relação; vemos também um esforço sobre-humano de Helen ao fingir estar tudo bem diante da filha e buscando, de alguma forma, poupa-la da dor de ver a mãe adoecendo, uma tentativa de proteger alguém que se ama através do afastamento.
De início achei a relação de Helen e Matilda um pouco superficial, mas entendo que a ideia era mostrar como a compreensão genuína pode romper barreiras. Matilda entende Helen pois sente as mesmas dores. Acho interessante a forma de como o filme retrata o suporte emocional oferecido pelo marido e por Matilda "você me pergunta como estou. Ela sabe como estou". A depressão gera uma constante sensação de desconexão e incompreensão e ter que explicar isso para os outros (sem mesmo saber exatamente como se sente) requer uma grande quantidade de energia.
Achei curioso (e triste) que o filme intercala as cenas do tratamento de Helen com as cenas autodestrutivas e Matilda, já dando sinais do que viria a seguir.
E por fim, acho que a fotografia e a trilha sonora se encaixam bem com a proposta do filme.