Mantendo a tendência dos filmes do Capitão América serem os mais maduros da Marvel, Guerra Civil é de longe o melhor filme do estúdio. Equilibra perfeitamente os momentos sérios e de humor, nos apresenta personagens multifacetados e com motivações críveis: Steve e Tony não são retratados como mocinho v.s vilão e sim duas pessoas com pontos de vistas diferentes. Muito bom.
Artificialidade, é a palavra que define este filme. O designer de produção, fotografia e efeitos visuais soam tão falsos que parecem animação ou vídeo game. A direção é péssima, não consegue criar uma atmosfera de tensão, emoção em nenhum momento. O roteiro me faz lembrar Hércules da Disney ao americanizar a mitologia, transformada na típica trama de super-heróis de Hollywood. Por agir mais como um filme da Marvel\DC do quer um épico mitológico, muitos aspectos da relação dos deuses, pós-vida e etc, soam confusos. É um passatempo esquecível.
O filme é um triunfo estético: o designer de produção, fotografia, música, coreografia e efeitos especiais, especialmente na sequência da performance de Os Sapatinhos Vermelhos, é o que Wagner chamaria de Gesamtkunstwerk, uma obra de arte total que funde Artes Plásticas, Música, Dança e Drama num trabalho só. A sequência da montagem de Os Sapatinhos Vermelhos é rica também em simbolismos com Vicky virando pássaro refletindo ao sonho de Craster que virou realidade e etc. O que me incomodou no filme foi a falta de desenvolvimento dos personagens. Boris ficou reduzido ao típico artista-esnobe-frio e Vicky a donzela passiva. O problema de reduzir personagens a arquétipos é que eles não ficam identificáveis, assim eu não me emocionei ou fiquei triste com o final porque os personagens não tinham profundidade para fazer o público se importa com o seu destino.
Como todos os filmes de Bergman, Persona é uma experiência equivalente a ir a terapia. Porque é um estudo de personagem, introspectivo, subjetivo que cansa mentalmente mas é interessante. Todos os quadros são repletos de simbolismos e sobreposição dos rostos das atrizes para enfatizar a duplicação, tem uma áurea contemplativa, niilista como é costume do diretor e seus diálogos memoráveis. Embora pretenda ser ambíguo, depois de alguns minutos de reflexão me parece mais claro: Elisabeth e Alma são duas faces da mesma moeda, duas faces da personalidade humana, Elisabeth é a persona, máscara das pessoas e a Alma é... a alma humana. Concordo com alguns autores que existe uma crítica sutil ao patriarcado aqui q enriquece ainda mais a obra: Elisabeth resiste ao papel de gênero imposto pela sociedade: ser mãe, seu isolamento pode ser visto como uma maneira de escapar das convenções de seu gênero. Ao encontrar a Alma, que faltava a ela, ocorre uma identificação e atração platônica ou homoerótica entre elas que cria uma identidade múltipla, e em suma, exclui a necessidade da sexualidade masculina. De modo geral, o tema de fusão e duplicação entre as duas é uma constante ao longo de Persona, o filme mais psicológico de Bergman.
É um filme que funciona apenas quando você tem ideia do contexto histórico: Em 1967 17 estados americanos ainda proibiam o "casamento inter-racial'', e pensar que em menos de 50 anos atrás discutíamos algo tão banal é a prova de que a espécie humana falhou. A direção e o roteiro criam uma atmosfera angustiante e intrigante, que mantêm o telespectador atento num filme que depende exclusivamente dos diálogos, e eles funcionam. O elenco tem uma ótima interação, especialmente Hepburn e Tracy. O problema é que o fato do casamento acontecer tão depressa nos faz perceber que mesmo que Prentice fosse branco, os Drayton não aceitaram. No entanto, é ótimo perceber como as pessoas ditas ''liberais'' tem preconceito enraizados... as vezes dizemos ser tão mentes abertas mas quando a questão bate a porta mostramos todo nosso preconceito. Ótimo filme.
O tema é fascinante pra mim que ama História e Arte, o filme consegue deixar clara a importância de se preservar a cultura dos povos, é interessante e bastante divertido. Perde pontos pelo roteiro ser bastante raso e não se aprofundar em sua história, ficando tudo superficial. A trilha sonora é muito exagerada querendo chamar atenção para si o tempo todo, fora essas questões é... ok.
Os personagens são rasos feito uma folha em branco, os diálogos podres, sequências de ação pouco empolgantes ou épicas, a quase nada que se aproveitar aqui.
Bruno Ganz está excelente como Adolf Hitler, incorpora todos os maneirismos sem soar forçado do ditador. É ótimo para entender a mentalidade nazista além do arquétipo de ''monstros''. É muito fácil transformamos o Nazismo numa espécie de Diabo, algo de fora do mundo, negando que eram pessoas como nós. Mas foram pessoas comuns que encheram-se do discurso fascista, de ódio, que vemos hoje em dia com os filhotes de Bolsonaro.
Também tem uma ótima fotografia, designer de produção bastante realista.
O roteiro consegue pegar uma questão burocrática e chata, e fazer um filme divertido e interessante, só isso já merece o Óscar. Além de contar com uma direção e montagem elétrica que nos impede de ficar entediados. Mas uma vez, aprendemos como o capitalismo é podre.
É divertido, o filme consegue manter as crianças e mais velhos interessados pelas suas ótimas sequências de ação e visual impressionante. Segue uma história diferente da animação, o que é ótimo para não ser repetitivo mas mantêm o ar de nostalgia. Seu problema é ser pouco memorável, foi claramente planejado para ser um entretenimento rápido vide as produções da Marvel, Malévola, Cinderela, ficando esquecível. Estou torcendo que a Disney se livre dessa fórmula passatempo e volte a fazer grandes épicos.
Este Batman vs Superman: A Origem da Justiça como o próprio título já diz, pretende ser um filme de Batman, Superman e ainda fazer ponta para a liga justiça. Acaba virando uma confusão narrativa, com cortes que quebram o ritmo, diálogos expositivos, forçados que falam da temática o tempo todo (''deus v.s homem, dia v.s noite"), ao invés de MOSTRA-LO ao público com simbolismos. Diálogos expositivos é para o teatro e não para o cinema, que como uma fotografia não precisa falar sobre o que se trata, o espectador VER. Snyder exagera também em câmaras lentas e cenas desnecessárias de sonhos que pontuam apenas o que já sabemos. Na verdade, exagero é a definição deste filme: Ele gasta duas horas martelando a mesma coisa nas nossas cabeças e na reta final parece que deram-se conta do tempo e forçam uma paz entre Batman e Superman num exemplo perfeito de Deus Ex Machina. Pra completar, nos oferecem um vilão inexpressivo e uma Mulher Maravilha sem relevância pra trama alguma.
No fim, Batman v.s Superman é um filme com boas atuações, designer de produção e bastante ambicioso que quer ser tudo ao mesmo tempo...e é exatamente seu olho gordo que o faz tropeçar.
A trama política e a questão das interferências do Ocidente no Oriente, o colocam como um filme de ação acima da média: ''Nós criamos a maioria dos terroristas do mundo".
O Caldeirão Mágico é uma tentativa de adaptar uma série de livros em UM filme de 80 minutos, o problema já começa ai: Falta de desenvolvimento do universo e personagens. Nomes de reinos são citados q desconhecemos, o patrão de Taran é um mago? se sim, porque não apareceu para socorrê-lo ao longo da trama? a princesa Eilonwy foi raptada e ninguém do seu reino foi buscá-la? Que espécie ou o quê é Gugi afinal? Enfim... cheio de furos por todos os lados com uma conclusão apressada que dá a sensação de estar faltando mais coisa. O mesmo vale para os personagens rasos como uma tábua. O que funciona é o Rei de Chifres que é um perfeito vilão, suas cenas são as melhores e o filme é bem feito tecnicamente, como é de se esperar da Disney.
Guilherme Del Toro comete o mesmo erro de Tim Burton, ao se preocupar mais com o estilo - gótico - , do quer com os personagens e a história.
O filme segue o bom e velho gótico, que nesses tempos de terror trash consegue soar fresco. Assim, nós temos a heroína gótica típica, Edith Cushing - nome claramente em homenagem a Peter Cushing - que é pura, doce, inocente, até conhecer um homem misterioso, Thomas Sharpe, o clássico héroi byroniano que tem um segredo imoral, é sedutor, perigoso, instável, mas ainda sim é capaz de amar, no caso Edith. A partir dessas informações, fica claro que o filme é sobre uma heroína que é corrompida por um amor e série de eventos sombrios, o gótico tradicional. A fotografia iluminada da vida de Edith em Nova York para a fotografia sombria quando se muda para Colina, estabelece não só a transição para o mundo obscuro dos Sharpe, mas a própria perda da inocência de Edith. Desta maneira, o filme é impecável na parte técnica. A trilha sonora é vivaz e memorável, é rico em cores, no design de produção, fotografia e figurinos que evidenciam o arquétipo de cada personagem. E é isso que sabemos sobre eles, os personagens são rasos e sem profundidade Não á emoção ou surpresa nenhuma aqui, os sustos são previsíveis e não funcionam, o grande segredo,
, é evidente desde a metade do filme pra qualquer espectador mais atento. Então, A Colina Escarlate é aquele filme que admiramos tecnicamente mas sentimos pouco.
Mark Waters fez um trabalho decente em meninas malvadas, que é um bom filme adolescente, mas este aqui é pavoroso. A começar os diálogos são horríveis e expositivos. É todo mal conduzido com ângulos tortos, cortes confusos, rápidos, sem conexão, parecendo que lançaram o filme sem editar. O universo concebido soa sem imaginação no design de produção e roteiro, fazendo tudo soar como uma mistura de Harry Potter com Crepúsculo. O relacionamento de Rose e Lissa é interessante, as duas personagens tem potencial mas tão presas a um roteiro fraco, bobo, cheio de furos e mal desenvolvido. Passatempo esquecível.
Quase sem história nenhuma, o que faz interessante essas duas horas de Leonardo Di Caprio se arrastando são as atuações fortes de todo o elenco, bela fotografia e a direção ágil do Iñárritu.
A Garota Dinamarquesa consegue abordar o tema de maneira sensível e as atuações de Alicia e Edide são excelentes. O filme perde pontos pela direção sempre capenga do Tom Hooper, que beira a previsibilidade e amadorismo, sabotando a emoção da sequência final.
Uma das melhores animações da Disney. A história e executada de maneira ágil, sem enrolação, a trama se equilibra bem entre o drama e a comédia, cheia de reviravoltas e referências legais a Poderoso Chefão, Frozen e etc. E o melhor de tudo é trazer uma mensagem positiva e tão atual, discutindo preconceito, racismo, esteriótipos bem melhor que muitos filmes ditos ''adultos''. O visual também é imaginativo, diversificado, criando perfeitamente uma ''cidade animal''. Estou adorando este novo ''renascimento da Disney'', desde 2009: A Princesa e o Sapo, Enrolados, Winnie The Pooh, Detona Ralph, Frozen, Big Hero 6 e agora Zootopia, mantendo um excelente nível nas animações.
Bambi tem um ritmo lento que é compensado por ser um deleite aos olhos: É belamente desenhado, a fotografia é primorosa e a animação dos animais extremamente precisa as suas espécies. E ainda conta com a trilha sonora vivaz, sendo tecnicamente impecável. Tem poucos diálogos e história, é movido pelas imagens e músicas que vão narrando o crescimento de Bambi de maneira poética, com momentos tristes, alegres, de ganhos e perdas, como é a vida. Merece mais pontos por não mostrar o ''Homem'', que poderia ser qualquer pessoa, fazendo todo público se sentir culpado pela caça aos animais. Não mostrando o ''Homem'' ele torna-se fantasmagórico, assustador, fazendo a Humanidade assumir o posto de monstro, fantasma, ao invés de alguma criatura sobrenatural; Esta subversão é inteligente e merece ser notada. No fim da projeção, fica claro que ele inspirou O Rei Leão, outro clássico Disney, que como Bambi nos mostra o ciclo da vida.
Diferente da maioria, não fiquei com raiva da Briony não. Do modo como tudo aconteceu: a cena da irmã na fonte, a carta, a conversa que conclui que Robbie é ''louco por sexo'', seguido pela cena da biblioteca e por último o estupro, tudo no mesmo dia, impossível para uma criança sem maturidade pensar diferente. Esta é uma história trágica que mostra como mal entendidos e falta de diálogos podem destruir vidas. Celine e Robbie tem sua parcela de culpa tbm, porque eles não conversaram com ela na cena da biblioteca? apenas deixaram a criança lá, sozinha e assustada, e esperavam o que ela viu não iria afeta-la de alguma maneira? É aquela tragédia que podia ter sido evitada com 2 minutos de conversa, o que torna tudo mais triste. As atuações são ótimas também, assim como a fotografia e trilha sonora. Senti apenas que o filme não explorou bastante as relações de Celine e Robbie, nem de Briony e Robbie - a cena do lago mostra que tinham uma amizade - e nem a relação das irmãs, mas nada que comprometa o resultado final.
É um clássico obrigatório para cinéfilos. Chamado na época de ''Loucura de Disney'' por Hollywood, Walt Disney e sua equipe navegaram contra a maré e produziram o primeiro longa-metragem de animação dos EUA e o primeiro totalmente a cores. Um triunfo estético para época, Branca de Neve apresenta tecnologias hoje obsoletas mas que foram novidades em 1937: a câmera multiplano e os primeiros efeitos visuais que permitiram desenhar humanos de maneira realista. Mesmo parecendo simples na atualidade, até hoje o filme mantêm sua beleza estética com paisagens que parecem pinturas. As canções no estilo clássico são lindas e atemporais, os anões cativantes, e a Rainha é um protótipo perfeito para milhares de vilãs que viriam depois dela. O filme também sabe equilibrar perfeitamente entre momentos sombrios e de humor.
Mas e claro que por ser um filme antigo, ele tem elementos que são datados pra hoje em dia: Todo romance de Branca de Neve e o Príncipe soa cliquê e sem graça, porque a fórmula donzela em perigo - príncipe ao resgate, foi refeita milhares de vez depois deste filme; Em anos de Frozen, Branca de neve é passiva demais, difícil o público atual acha-la interessante, mas também e impossível esperar outra coisa dos anos 30, filmes são produtores de sua época e não tinha como ser diferente. Mesmo com os anacronismos, pelo seu pioneirismo e beleza, Branca de Neve e os sete anões sempre vai permanecer no pódio das animações.
Moana: Um Mar de Aventuras
4.1 1,5KPrincesa Disney que não é branca, cultura não-européia e ainda a velha magia Disney? Aguardo ansiosamente.
Capitão América: Guerra Civil
3.9 2,4K Assista AgoraMantendo a tendência dos filmes do Capitão América serem os mais maduros da Marvel, Guerra Civil é de longe o melhor filme do estúdio. Equilibra perfeitamente os momentos sérios e de humor, nos apresenta personagens multifacetados e com motivações críveis: Steve e Tony não são retratados como mocinho v.s vilão e sim duas pessoas com pontos de vistas diferentes. Muito bom.
Deuses do Egito
2.6 719 Assista AgoraArtificialidade, é a palavra que define este filme. O designer de produção, fotografia e efeitos visuais soam tão falsos que parecem animação ou vídeo game. A direção é péssima, não consegue criar uma atmosfera de tensão, emoção em nenhum momento. O roteiro me faz lembrar Hércules da Disney ao americanizar a mitologia, transformada na típica trama de super-heróis de Hollywood. Por agir mais como um filme da Marvel\DC do quer um épico mitológico, muitos aspectos da relação dos deuses, pós-vida e etc, soam confusos. É um passatempo esquecível.
Os Sapatinhos Vermelhos
4.3 171 Assista AgoraO filme é um triunfo estético: o designer de produção, fotografia, música, coreografia e efeitos especiais, especialmente na sequência da performance de Os Sapatinhos Vermelhos, é o que Wagner chamaria de Gesamtkunstwerk, uma obra de arte total que funde Artes Plásticas, Música, Dança e Drama num trabalho só. A sequência da montagem de Os Sapatinhos Vermelhos é rica também em simbolismos com Vicky virando pássaro refletindo ao sonho de Craster que virou realidade e etc.
O que me incomodou no filme foi a falta de desenvolvimento dos personagens. Boris ficou reduzido ao típico artista-esnobe-frio e Vicky a donzela passiva. O problema de reduzir personagens a arquétipos é que eles não ficam identificáveis, assim eu não me emocionei ou fiquei triste com o final porque os personagens não tinham profundidade para fazer o público se importa com o seu destino.
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraComo todos os filmes de Bergman, Persona é uma experiência equivalente a ir a terapia. Porque é um estudo de personagem, introspectivo, subjetivo que cansa mentalmente mas é interessante. Todos os quadros são repletos de simbolismos e sobreposição dos rostos das atrizes para enfatizar a duplicação, tem uma áurea contemplativa, niilista como é costume do diretor e seus diálogos memoráveis.
Embora pretenda ser ambíguo, depois de alguns minutos de reflexão me parece mais claro: Elisabeth e Alma são duas faces da mesma moeda, duas faces da personalidade humana, Elisabeth é a persona, máscara das pessoas e a Alma é... a alma humana. Concordo com alguns autores que existe uma crítica sutil ao patriarcado aqui q enriquece ainda mais a obra: Elisabeth resiste ao papel de gênero imposto pela sociedade: ser mãe, seu isolamento pode ser visto como uma maneira de escapar das convenções de seu gênero. Ao encontrar a Alma, que faltava a ela, ocorre uma identificação e atração platônica ou homoerótica entre elas que cria uma identidade múltipla, e em suma, exclui a necessidade da sexualidade masculina. De modo geral, o tema de fusão e duplicação entre as duas é uma constante ao longo de Persona, o filme mais psicológico de Bergman.
Adivinhe Quem Vem Para Jantar
4.1 222 Assista AgoraÉ um filme que funciona apenas quando você tem ideia do contexto histórico: Em 1967 17 estados americanos ainda proibiam o "casamento inter-racial'', e pensar que em menos de 50 anos atrás discutíamos algo tão banal é a prova de que a espécie humana falhou. A direção e o roteiro criam uma atmosfera angustiante e intrigante, que mantêm o telespectador atento num filme que depende exclusivamente dos diálogos, e eles funcionam. O elenco tem uma ótima interação, especialmente Hepburn e Tracy. O problema é que o fato do casamento acontecer tão depressa nos faz perceber que mesmo que Prentice fosse branco, os Drayton não aceitaram. No entanto, é ótimo perceber como as pessoas ditas ''liberais'' tem preconceito enraizados... as vezes dizemos ser tão mentes abertas mas quando a questão bate a porta mostramos todo nosso preconceito. Ótimo filme.
Caçadores de Obras-Primas
3.1 476 Assista AgoraO tema é fascinante pra mim que ama História e Arte, o filme consegue deixar clara a importância de se preservar a cultura dos povos, é interessante e bastante divertido. Perde pontos pelo roteiro ser bastante raso e não se aprofundar em sua história, ficando tudo superficial. A trilha sonora é muito exagerada querendo chamar atenção para si o tempo todo, fora essas questões é... ok.
O Caçador e a Rainha do Gelo
3.1 642 Assista AgoraOs personagens são rasos feito uma folha em branco, os diálogos podres, sequências de ação pouco empolgantes ou épicas, a quase nada que se aproveitar aqui.
A Felicidade Não Se Compra
4.5 1,2K Assista AgoraSensível e com uma mensagem poderosa, a Felicidade Não se Compra é um filme atemporal, impossível não ser tocado e comovido.
A Queda! As Últimas Horas de Hitler
4.1 777Bruno Ganz está excelente como Adolf Hitler, incorpora todos os maneirismos sem soar forçado do ditador. É ótimo para entender a mentalidade nazista além do arquétipo de ''monstros''. É muito fácil transformamos o Nazismo numa espécie de Diabo, algo de fora do mundo, negando que eram pessoas como nós. Mas foram pessoas comuns que encheram-se do discurso fascista, de ódio, que vemos hoje em dia com os filhotes de Bolsonaro.
Também tem uma ótima fotografia, designer de produção bastante realista.
O Menino e o Mundo
4.3 735 Assista AgoraLindo, sensível, emocionante e com uma ótima crítica social, O Menino e o Mundo é maravilhoso.
A Grande Aposta
3.7 1,3KO roteiro consegue pegar uma questão burocrática e chata, e fazer um filme divertido e interessante, só isso já merece o Óscar. Além de contar com uma direção e montagem elétrica que nos impede de ficar entediados.
Mas uma vez, aprendemos como o capitalismo é podre.
Mogli: O Menino Lobo
3.8 1,0K Assista AgoraÉ divertido, o filme consegue manter as crianças e mais velhos interessados pelas suas ótimas sequências de ação e visual impressionante. Segue uma história diferente da animação, o que é ótimo para não ser repetitivo mas mantêm o ar de nostalgia. Seu problema é ser pouco memorável, foi claramente planejado para ser um entretenimento rápido vide as produções da Marvel, Malévola, Cinderela, ficando esquecível. Estou torcendo que a Disney se livre dessa fórmula passatempo e volte a fazer grandes épicos.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista AgoraEste Batman vs Superman: A Origem da Justiça como o próprio título já diz, pretende ser um filme de Batman, Superman e ainda fazer ponta para a liga justiça. Acaba virando uma confusão narrativa, com cortes que quebram o ritmo, diálogos expositivos, forçados que falam da temática o tempo todo (''deus v.s homem, dia v.s noite"), ao invés de MOSTRA-LO ao público com simbolismos. Diálogos expositivos é para o teatro e não para o cinema, que como uma fotografia não precisa falar sobre o que se trata, o espectador VER. Snyder exagera também em câmaras lentas e cenas desnecessárias de sonhos que pontuam apenas o que já sabemos. Na verdade, exagero é a definição deste filme: Ele gasta duas horas martelando a mesma coisa nas nossas cabeças e na reta final parece que deram-se conta do tempo e forçam uma paz entre Batman e Superman num exemplo perfeito de Deus Ex Machina. Pra completar, nos oferecem um vilão inexpressivo e uma Mulher Maravilha sem relevância pra trama alguma.
No fim, Batman v.s Superman é um filme com boas atuações, designer de produção e bastante ambicioso que quer ser tudo ao mesmo tempo...e é exatamente seu olho gordo que o faz tropeçar.
O Pacificador
3.0 109 Assista AgoraA trama política e a questão das interferências do Ocidente no Oriente, o colocam como um filme de ação acima da média:
''Nós criamos a maioria dos terroristas do mundo".
O Caldeirão Mágico
3.5 123O Caldeirão Mágico é uma tentativa de adaptar uma série de livros em UM filme de 80 minutos, o problema já começa ai: Falta de desenvolvimento do universo e personagens. Nomes de reinos são citados q desconhecemos, o patrão de Taran é um mago? se sim, porque não apareceu para socorrê-lo ao longo da trama? a princesa Eilonwy foi raptada e ninguém do seu reino foi buscá-la? Que espécie ou o quê é Gugi afinal? Enfim... cheio de furos por todos os lados com uma conclusão apressada que dá a sensação de estar faltando mais coisa. O mesmo vale para os personagens rasos como uma tábua.
O que funciona é o Rei de Chifres que é um perfeito vilão, suas cenas são as melhores e o filme é bem feito tecnicamente, como é de se esperar da Disney.
A Colina Escarlate
3.3 1,3K Assista AgoraGuilherme Del Toro comete o mesmo erro de Tim Burton, ao se preocupar mais com o estilo - gótico - , do quer com os personagens e a história.
O filme segue o bom e velho gótico, que nesses tempos de terror trash consegue soar fresco. Assim, nós temos a heroína gótica típica, Edith Cushing - nome claramente em homenagem a Peter Cushing - que é pura, doce, inocente, até conhecer um homem misterioso, Thomas Sharpe, o clássico héroi byroniano que tem um segredo imoral, é sedutor, perigoso, instável, mas ainda sim é capaz de amar, no caso Edith. A partir dessas informações, fica claro que o filme é sobre uma heroína que é corrompida por um amor e série de eventos sombrios, o gótico tradicional. A fotografia iluminada da vida de Edith em Nova York para a fotografia sombria quando se muda para Colina, estabelece não só a transição para o mundo obscuro dos Sharpe, mas a própria perda da inocência de Edith.
Desta maneira, o filme é impecável na parte técnica. A trilha sonora é vivaz e memorável, é rico em cores, no design de produção, fotografia e figurinos que evidenciam o arquétipo de cada personagem. E é isso que sabemos sobre eles, os personagens são rasos e sem profundidade Não á emoção ou surpresa nenhuma aqui, os sustos são previsíveis e não funcionam, o grande segredo,
o incesto
Academia de Vampiros: O Beijo das Sombras
2.7 561 Assista AgoraMark Waters fez um trabalho decente em meninas malvadas, que é um bom filme adolescente, mas este aqui é pavoroso. A começar os diálogos são horríveis e expositivos. É todo mal conduzido com ângulos tortos, cortes confusos, rápidos, sem conexão, parecendo que lançaram o filme sem editar. O universo concebido soa sem imaginação no design de produção e roteiro, fazendo tudo soar como uma mistura de Harry Potter com Crepúsculo.
O relacionamento de Rose e Lissa é interessante, as duas personagens tem potencial mas tão presas a um roteiro fraco, bobo, cheio de furos e mal desenvolvido. Passatempo esquecível.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraQuase sem história nenhuma, o que faz interessante essas duas horas de Leonardo Di Caprio se arrastando são as atuações fortes de todo o elenco, bela fotografia e a direção ágil do Iñárritu.
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraA Garota Dinamarquesa consegue abordar o tema de maneira sensível e as atuações de Alicia e Edide são excelentes. O filme perde pontos pela direção sempre capenga do Tom Hooper, que beira a previsibilidade e amadorismo, sabotando a emoção da sequência final.
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
4.2 1,5K Assista AgoraUma das melhores animações da Disney. A história e executada de maneira ágil, sem enrolação, a trama se equilibra bem entre o drama e a comédia, cheia de reviravoltas e referências legais a Poderoso Chefão, Frozen e etc. E o melhor de tudo é trazer uma mensagem positiva e tão atual, discutindo preconceito, racismo, esteriótipos bem melhor que muitos filmes ditos ''adultos''. O visual também é imaginativo, diversificado, criando perfeitamente uma ''cidade animal''.
Estou adorando este novo ''renascimento da Disney'', desde 2009: A Princesa e o Sapo, Enrolados, Winnie The Pooh, Detona Ralph, Frozen, Big Hero 6 e agora Zootopia, mantendo um excelente nível nas animações.
Bambi
3.5 440 Assista AgoraBambi tem um ritmo lento que é compensado por ser um deleite aos olhos: É belamente desenhado, a fotografia é primorosa e a animação dos animais extremamente precisa as suas espécies. E ainda conta com a trilha sonora vivaz, sendo tecnicamente impecável. Tem poucos diálogos e história, é movido pelas imagens e músicas que vão narrando o crescimento de Bambi de maneira poética, com momentos tristes, alegres, de ganhos e perdas, como é a vida. Merece mais pontos por não mostrar o ''Homem'', que poderia ser qualquer pessoa, fazendo todo público se sentir culpado pela caça aos animais. Não mostrando o ''Homem'' ele torna-se fantasmagórico, assustador, fazendo a Humanidade assumir o posto de monstro, fantasma, ao invés de alguma criatura sobrenatural; Esta subversão é inteligente e merece ser notada.
No fim da projeção, fica claro que ele inspirou O Rei Leão, outro clássico Disney, que como Bambi nos mostra o ciclo da vida.
Desejo e Reparação
4.1 1,5K Assista AgoraDiferente da maioria, não fiquei com raiva da Briony não. Do modo como tudo aconteceu: a cena da irmã na fonte, a carta, a conversa que conclui que Robbie é ''louco por sexo'', seguido pela cena da biblioteca e por último o estupro, tudo no mesmo dia, impossível para uma criança sem maturidade pensar diferente. Esta é uma história trágica que mostra como mal entendidos e falta de diálogos podem destruir vidas. Celine e Robbie tem sua parcela de culpa tbm, porque eles não conversaram com ela na cena da biblioteca? apenas deixaram a criança lá, sozinha e assustada, e esperavam o que ela viu não iria afeta-la de alguma maneira? É aquela tragédia que podia ter sido evitada com 2 minutos de conversa, o que torna tudo mais triste.
As atuações são ótimas também, assim como a fotografia e trilha sonora. Senti apenas que o filme não explorou bastante as relações de Celine e Robbie, nem de Briony e Robbie - a cena do lago mostra que tinham uma amizade - e nem a relação das irmãs, mas nada que comprometa o resultado final.
Branca de Neve e os Sete Anões
3.8 711É um clássico obrigatório para cinéfilos. Chamado na época de ''Loucura de Disney'' por Hollywood, Walt Disney e sua equipe navegaram contra a maré e produziram o primeiro longa-metragem de animação dos EUA e o primeiro totalmente a cores. Um triunfo estético para época, Branca de Neve apresenta tecnologias hoje obsoletas mas que foram novidades em 1937: a câmera multiplano e os primeiros efeitos visuais que permitiram desenhar humanos de maneira realista. Mesmo parecendo simples na atualidade, até hoje o filme mantêm sua beleza estética com paisagens que parecem pinturas. As canções no estilo clássico são lindas e atemporais, os anões cativantes, e a Rainha é um protótipo perfeito para milhares de vilãs que viriam depois dela. O filme também sabe equilibrar perfeitamente entre momentos sombrios e de humor.
Mas e claro que por ser um filme antigo, ele tem elementos que são datados pra hoje em dia: Todo romance de Branca de Neve e o Príncipe soa cliquê e sem graça, porque a fórmula donzela em perigo - príncipe ao resgate, foi refeita milhares de vez depois deste filme; Em anos de Frozen, Branca de neve é passiva demais, difícil o público atual acha-la interessante, mas também e impossível esperar outra coisa dos anos 30, filmes são produtores de sua época e não tinha como ser diferente.
Mesmo com os anacronismos, pelo seu pioneirismo e beleza, Branca de Neve e os sete anões sempre vai permanecer no pódio das animações.