Carolina

Extremamente metafórico.
O filme retrata de certa forma o capitalismo, como um homem ganancioso trata vários tipos de trabalhadores, alguns vendendo seus instrumentos, outros vendendo suas coisas mais preciosas, o desprezo com o senhor sem nem ao menos ter levado em consideração que a sua caneta era sim de ouro e tinha muito valor, a viciada fazendo de tudo para conseguir qualquer quantia de dinheiro.
Acho que também, a Bunda representa a visão do mercado perante a mulher, uma bunda. Pode ser que a visão do autor perante as mulheres seja essa, após ter passado por algum tipo de desilusão ou assumir que sim, é um homem que não nasceu para o amor e tomou o lado mais doentio e frio das relações. Ele queria comprar o amor.
Quanto ao cheiro do ralo, o cheiro do ralo é a podridão dentro de todos os nossos seres, aquela falha, aquele pontinho, aquela situação que não conseguimos remediar. "Tem que quebrar tudo". E daí a negação.

Na minha opinião, esse filme é sensacional. Tanto a fotografia quanto a atuação. Muita novidade pra indústria cinematográfica brasileira. E devemos admitir, acho que não estamos tão preparados para o humor negro, tendo em vista todos os comentários que eu vi sobre o filme.

"A vida é dura."

O filme mesmo sendo de 1936 explora a realidade dos tempos atuais, o fracasso de Chaplin ao tentar se enquadrar ao mundo operário e a satirização da sua má colocação no "mercado de trabalho" é sensacional de todas as formas. A demonstração de amor subliminar, os sonhos e a mensagem final do filme (never give up trying).

Todas as características dele fizeram com que eu me apaixonasse mais e mais a cada cena.
Sem contar que a atuação é de se perder o fôlego, muita coisa é dita no olhar dos dois protagonistas.

Perfeito.

''Buck up! - never say die.
We'll get along !''

We all exist in our own personal reality of craziness.