Fiquei a primeira metade do filme desejando que fosse a Katharine Hepburn fazendo par com o Cary Grant, mas na segunda já tinha me rendido ao carisma da Irene Dunne, que ainda por cima entregou uma atuação incrível.
Cary Grant adorável como sempre.
E o que são as participações especiais do Mr. Smith e do gato preto? A cereja do bolo.
Pra que não tem o costume de assistir a comédias de screwball dos anos 30, algumas cenas podem parecer meio forçadas ou sem sentido, mas é assim mesmo nesse tipo de filme. Não só não me incomodam como me deleitam.
Lembrou-me muito "Desejo e Reparação". Só não gostei mais porque o amor da personagem, que era tão forte (chega a nos angustiar junto) a ponto de ela aceitar ser torturada pra não entregar o amado, acabou por sucumbi-la no final, e eu preferia que ela tivesse sido a "heroína" redentora que se sacrificasse completamente.
Mas como ela mesma diz, na vida real não há heróis, e o filme acaba sendo sobre isso, a paixão que nos torna tão humanos quanto imperfeitos; sobre expiação dos erros e "pecados" do passado. Como o próprio nome diz, "expurgo".
Outro ponto interessante do filme é a contextualização histórica e política, mostrando os horrores naquela região naquela época, como pano de fundo para o drama amoroso.
A Coréia do Sul tem um jeito único de fazer filmes tratando de temas que, no cinema americano, já estão desgastados, e torná-los diferentes, uma novidade, como em "O Hospedeiro", por exemplo. Por essa razão "A Gripe" não correspondeu às minhas expectativas. Não vi nada que diferisse de qualquer filme americano do gênero. Boa diversão, mas com a mesma receita de bolo.
O filme é lindo, mas teria ficado bem melhor se crítica social ao capitalismo fosse só um pano de fundo para as desventuras de um menino procurando por seu pai; mas me pareceu mais o contrário, que a história do menino foi um pano de fundo pra fazer um filme com viés politico e panfletário. Só por isso não gostei mais.
A certa altura do filme, mesmo sem ter me informado antes, já imaginava ser baseado numa peça. E a impressão que tive o tempo todo foi essa, de estar assistindo a uma peça filmada. Por essa razão não gostei tanto quanto esperava, os diálogos ficaram meio deslocados numa linguagem que exige mais verossimilhança como o cinema. O que mais gostei foram as atuações.
É impossível não gostar dessa moderna fábula socialista. O único problema é que esse tipo de enredo a meu ver fica melhor trabalhado de forma naturalista em vez de romântica como aqui. Os personagens são estereotipados demais.
[spoiler]Muito bom! a direção, as atuações, a atmosfera que o filme consegue criar. Pra mim só pecou um pouco no roteiro, acho que ficaria melhor se fosse um suspense psicológico sem a parte de terror. Ficaria melhor não ter mostrado a bruxa logo no início, por exemplo, e deixado subentendido ou em aberto, deixando a possibilidade de tudo ser uma loucura da família. O final poderia ter acabado quando a Thomasin matou a mãe, ou então depois de falar com o bode. Mas ainda assim é um filme muito interessante, principalmente pelas sensações que consegue despertar. Entendo quem tenha gostado a ponto de dar nota máxima, embora ache supervalorização demais. Todo mundo anda cansado dos filmes de terror sem graça então quando aparece um diferente costuma logo ser incensado.[/spolier]
O filme quase inteiro se passa durante o crepúsculo, período em que não é dia nem noite, em que a luz do sol foi embora, mas ainda não está completamente escuro. Pra mim isso simboliza bem o que é tratado no filme, como se eles, o "clube", vivessem nessa espécie de limbo, nesse estágio intermediário em que estão longe da luz (de Deus) embora ainda consigam enxergar, vivendo no mundo criado por Ele, mas isolados pelos seus pecados. Filme pesado, chega a ser grotesco.
Falar da Cate é chover no molhado. Mas o que é a Rooney Mara nesse filme? Incrível. Merecia ter ganho o Oscar, até porque não vejo nada de coadjuvante, pra mim a personagem é tão protagonista quanto a Carol.
E o filme poderia muito bem ter concorrido em vez de "Brooklyin".
Gostei da forma metalinguística com que o filme foi dirigido, numa linguagem direta e objetiva como a do jornalismo, sendo quase uma obra de arte combativa e denunciativa por sua vez, do mesmo modo que as matérias em que o roteiro foi baseado. Em nenhum momento lembro de ter ouvido trilha sonora, e são poucos e leves os momentos que apelam para o lado emocional. Isso pode ter deixado a desejar pra quem gostaria de um dedo na ferida mais incisivo e crítico, mas achei a melhor e mais segura forma de abordar o assunto e desenvolver o enredo, que, se por um lado tornou o filme menos empolgante ou dramático, poupou-o de cair numa propaganda "anticlerical". Mas despeito de tudo isso, tenho certeza que a obra deve ter mexido nos calos da Igreja e incomodado muita gente.
Charlotte é incrível, mais conhecida por quem gosta de filmes estrangeiros ingleses e franceses, de sex-symbol nos anos 70, soube envelhecer dignamente e lapidar seu talento com os anos, se tornando uma grande atriz, com interpretações de uma intensidade sutil, em que diz muito mesmo se expressando pouco.
Quanto ao filme, tem uma história interessante, mas passa a impressão o tempo todo que foi trabalhado de forma preguiçosa. Poderia ter tido uma direção e roteiro melhores. Mais um exemplo daqueles que o que salva são as atuações.
Assim que descobri esse filme pensei, o produtor só pode ser o marido rico dela, que produziu o filme pra ela estrelar, única explicação pra alguém colocá-la numa produção e como protagonista. Daí fui pesquisar, e... foi isso mesmo.
Deve ter sido muito legal assistir no cinema nos anos 50, principalmente naquele momento em que a tela fica escura e só temos o áudio, assim como o fim, no qual imagino toda a platéia gritando.
Genial o final, tanto o desfecho – o Tingler se apossando da mulher que, por ser surda, não ouvirá os gritos (se fosse nos dias de hoje com certeza teria uma sequência) – quanto a sacada metalinguística.
Fiquei imaginando se hoje em dia com efeitos especiais não ficaria melhor de fazer a criatura; por outro lado, a "tosquice" dele deixa o filme mais tenebroso e, visto nos dias de hoje, com um toque cômico-trash.
Outra boa surpresa foram os personagens redondos da história, que jogam o tempo todo com nossa compreensão deles, num momento você pensa que se comportarão de um modo, e depois tudo muda.
Adoro filmes de vampiro "realistas", que não recorrem a efeitos especiais nem superpoderes, mostrando-os apenas como seres sedutores e manipuladores. No que esse filme tem de positivo nesse quesito (não vemos sequer dentes caninos), tem de negativo na inverossimilhança de algumas partes do roteiro, principalmente nas mortes. Apesar disso, gostei de como conseguiu criar uma atmosfera sombria de suspense e sensualidade, com a ajuda da trilha sonora, da iluminação (diversos trechos filmados no escuro) e da atuação da Delphine Seyrig, com as outras duas atrizes lindas (Ilona me lembrou a Isabella Rossellini). Levando em conta o ano de produção, percebe-se a influência do feminismo no filme, assim como em outros que envolvem vampiras (lésbicas) do mesmo período.
A Bette Davis depois de velha, por não conseguir mais grandes papéis por causa da idade, fez vários filmes nesse estilo, de terror e pra tv. Alguns ela protagonizou, outros atuava mais como "participação especial". Muitos são ótimos. Antes de julgarmos este desfavoravelmente, é preciso lembrar que foi um filme pra tv, levando em conta isso e a década em que foi feito, achei um filme interessante. Só não me surpreendeu o desfecho, desde o início percebi que seria algo "hitchcockiano".
Cupido é Moleque Teimoso
3.9 48 Assista AgoraFiquei a primeira metade do filme desejando que fosse a Katharine Hepburn fazendo par com o Cary Grant, mas na segunda já tinha me rendido ao carisma da Irene Dunne, que ainda por cima entregou uma atuação incrível.
Cary Grant adorável como sempre.
E o que são as participações especiais do Mr. Smith e do gato preto? A cereja do bolo.
Pra que não tem o costume de assistir a comédias de screwball dos anos 30, algumas cenas podem parecer meio forçadas ou sem sentido, mas é assim mesmo nesse tipo de filme. Não só não me incomodam como me deleitam.
Os Olhos Sem Rosto
4.0 232O figurino do filme, os vestidos que a personagem usa, foi criado por Givenchy.
Expurgo
4.1 40Lembrou-me muito "Desejo e Reparação". Só não gostei mais porque o amor da personagem, que era tão forte (chega a nos angustiar junto) a ponto de ela aceitar ser torturada pra não entregar o amado, acabou por sucumbi-la no final, e eu preferia que ela tivesse sido a "heroína" redentora que se sacrificasse completamente.
Mas como ela mesma diz, na vida real não há heróis, e o filme acaba sendo sobre isso, a paixão que nos torna tão humanos quanto imperfeitos; sobre expiação dos erros e "pecados" do passado. Como o próprio nome diz, "expurgo".
Outro ponto interessante do filme é a contextualização histórica e política, mostrando os horrores naquela região naquela época, como pano de fundo para o drama amoroso.
A Gripe
3.6 340A Coréia do Sul tem um jeito único de fazer filmes tratando de temas que, no cinema americano, já estão desgastados, e torná-los diferentes, uma novidade, como em "O Hospedeiro", por exemplo. Por essa razão "A Gripe" não correspondeu às minhas expectativas. Não vi nada que diferisse de qualquer filme americano do gênero. Boa diversão, mas com a mesma receita de bolo.
O Menino e o Mundo
4.3 735 Assista AgoraO filme é lindo, mas teria ficado bem melhor se crítica social ao capitalismo fosse só um pano de fundo para as desventuras de um menino procurando por seu pai; mas me pareceu mais o contrário, que a história do menino foi um pano de fundo pra fazer um filme com viés politico e panfletário. Só por isso não gostei mais.
A Floresta Petrificada
3.7 31 Assista AgoraA certa altura do filme, mesmo sem ter me informado antes, já imaginava ser baseado numa peça. E a impressão que tive o tempo todo foi essa, de estar assistindo a uma peça filmada. Por essa razão não gostei tanto quanto esperava, os diálogos ficaram meio deslocados numa linguagem que exige mais verossimilhança como o cinema. O que mais gostei foram as atuações.
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista AgoraO mosassauro rouba a cena. :)
Rua Cloverfield, 10
3.5 1,9KJá tem pra baixar em qualidade boa?
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraÉ impossível não gostar dessa moderna fábula socialista. O único problema é que esse tipo de enredo a meu ver fica melhor trabalhado de forma naturalista em vez de romântica como aqui. Os personagens são estereotipados demais.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista Agora[spoiler]Muito bom! a direção, as atuações, a atmosfera que o filme consegue criar. Pra mim só pecou um pouco no roteiro, acho que ficaria melhor se fosse um suspense psicológico sem a parte de terror. Ficaria melhor não ter mostrado a bruxa logo no início, por exemplo, e deixado subentendido ou em aberto, deixando a possibilidade de tudo ser uma loucura da família. O final poderia ter acabado quando a Thomasin matou a mãe, ou então depois de falar com o bode. Mas ainda assim é um filme muito interessante, principalmente pelas sensações que consegue despertar. Entendo quem tenha gostado a ponto de dar nota máxima, embora ache supervalorização demais. Todo mundo anda cansado dos filmes de terror sem graça então quando aparece um diferente costuma logo ser incensado.[/spolier]
O Clube
3.9 147O filme quase inteiro se passa durante o crepúsculo, período em que não é dia nem noite, em que a luz do sol foi embora, mas ainda não está completamente escuro. Pra mim isso simboliza bem o que é tratado no filme, como se eles, o "clube", vivessem nessa espécie de limbo, nesse estágio intermediário em que estão longe da luz (de Deus) embora ainda consigam enxergar, vivendo no mundo criado por Ele, mas isolados pelos seus pecados. Filme pesado, chega a ser grotesco.
O Clube
3.9 147A página desse filme está duplicada.
https://filmow.com/o-clube-t117517/
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraAlguém sabe se já tem pra baixar?
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraFalar da Cate é chover no molhado. Mas o que é a Rooney Mara nesse filme? Incrível. Merecia ter ganho o Oscar, até porque não vejo nada de coadjuvante, pra mim a personagem é tão protagonista quanto a Carol.
E o filme poderia muito bem ter concorrido em vez de "Brooklyin".
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista Agora"Come fly with me, gatinha."
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraGostei da forma metalinguística com que o filme foi dirigido, numa linguagem direta e objetiva como a do jornalismo, sendo quase uma obra de arte combativa e denunciativa por sua vez, do mesmo modo que as matérias em que o roteiro foi baseado. Em nenhum momento lembro de ter ouvido trilha sonora, e são poucos e leves os momentos que apelam para o lado emocional. Isso pode ter deixado a desejar pra quem gostaria de um dedo na ferida mais incisivo e crítico, mas achei a melhor e mais segura forma de abordar o assunto e desenvolver o enredo, que, se por um lado tornou o filme menos empolgante ou dramático, poupou-o de cair numa propaganda "anticlerical". Mas despeito de tudo isso, tenho certeza que a obra deve ter mexido nos calos da Igreja e incomodado muita gente.
45 Anos
3.7 254 Assista AgoraCharlotte é incrível, mais conhecida por quem gosta de filmes estrangeiros ingleses e franceses, de sex-symbol nos anos 70, soube envelhecer dignamente e lapidar seu talento com os anos, se tornando uma grande atriz, com interpretações de uma intensidade sutil, em que diz muito mesmo se expressando pouco.
Quanto ao filme, tem uma história interessante, mas passa a impressão o tempo todo que foi trabalhado de forma preguiçosa. Poderia ter tido uma direção e roteiro melhores. Mais um exemplo daqueles que o que salva são as atuações.
Acordar Negro
1.7 17Assim que descobri esse filme pensei, o produtor só pode ser o marido rico dela, que produziu o filme pra ela estrelar, única explicação pra alguém colocá-la numa produção e como protagonista. Daí fui pesquisar, e... foi isso mesmo.
Inverno de Sangue em Veneza
3.6 209Não sei porquê, mas me lembrou David Lynch.
Força Diabólica
3.8 33 Assista AgoraDeve ter sido muito legal assistir no cinema nos anos 50, principalmente naquele momento em que a tela fica escura e só temos o áudio, assim como o fim, no qual imagino toda a platéia gritando.
Genial o final, tanto o desfecho – o Tingler se apossando da mulher que, por ser surda, não ouvirá os gritos (se fosse nos dias de hoje com certeza teria uma sequência) – quanto a sacada metalinguística.
Fiquei imaginando se hoje em dia com efeitos especiais não ficaria melhor de fazer a criatura; por outro lado, a "tosquice" dele deixa o filme mais tenebroso e, visto nos dias de hoje, com um toque cômico-trash.
Outra boa surpresa foram os personagens redondos da história, que jogam o tempo todo com nossa compreensão deles, num momento você pensa que se comportarão de um modo, e depois tudo muda.
Filhas das Trevas
3.6 30Adoro filmes de vampiro "realistas", que não recorrem a efeitos especiais nem superpoderes, mostrando-os apenas como seres sedutores e manipuladores. No que esse filme tem de positivo nesse quesito (não vemos sequer dentes caninos), tem de negativo na inverossimilhança de algumas partes do roteiro, principalmente nas mortes. Apesar disso, gostei de como conseguiu criar uma atmosfera sombria de suspense e sensualidade, com a ajuda da trilha sonora, da iluminação (diversos trechos filmados no escuro) e da atuação da Delphine Seyrig, com as outras duas atrizes lindas (Ilona me lembrou a Isabella Rossellini). Levando em conta o ano de produção, percebe-se a influência do feminismo no filme, assim como em outros que envolvem vampiras (lésbicas) do mesmo período.
O Que Fazemos nas Sombras
4.0 662 Assista AgoraNo final dos créditos aparece o Deacon nos hipnotizando. :)
Um Grito de Terror
3.0 8A Bette Davis depois de velha, por não conseguir mais grandes papéis por causa da idade, fez vários filmes nesse estilo, de terror e pra tv. Alguns ela protagonizou, outros atuava mais como "participação especial". Muitos são ótimos. Antes de julgarmos este desfavoravelmente, é preciso lembrar que foi um filme pra tv, levando em conta isso e a década em que foi feito, achei um filme interessante. Só não me surpreendeu o desfecho, desde o início percebi que seria algo "hitchcockiano".
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraSó eu queria que na cena final alguém a ajudasse e ela dissesse: "Sempre dependi da bondade de estranhos?" :)